Boca seca, vermelhidão no rosto, transpiração
excessiva, aumento da pressão arterial e batimentos cardíacos acelerados. Se
você se encaixa nestas (ou na maioria destas) características, você sofre de
“glossofobia” – termo usado para identificar o medo de falar em público. Apesar
de temida, essa tarefa deve ser trabalhada, já que é necessária ao longo da
carreira profissional.
Nas apresentações escolares, reuniões profissionais,
em palestras e no convívio social, o indivíduo é colocado à prova em situações
que é preciso saber se expressar para mais pessoas. Sendo assim, estar
preparado ou, se for o caso, buscar se preparar para tais eventos é
fundamental.
Normalmente o fator determinante para acentuar
a glossofobia está no julgamento do outro. A opinião alheia influencia, e
muito, no modo como o indivíduo se apresenta. Então, o primeiro passo para
tratar este pânico é saber que o modo como você se expõe é determinante e pode
mudar tudo. Se a voz é tremula e sem convicção; se a postura é submissa; ou se
a expressão facial deixar aparente o seu medo, saiba que o público perceberá.
E, ao notar, transparecerá, também, a avaliação acerca da sua apresentação.
O ponto de vista externo é importante para o
feedback, sem sombra de dúvidas, porém não pode ser determinante e sim
construtivo. Partindo deste princípio, ao apresentar um determinado assunto
para uma plateia, domine o tema, pois este é o ponto chave. Ter o controle do
assunto faz com que você esteja preparado para tudo o que possa surgir.
Para que a comunicação aconteça de forma efetiva, é
muito importante que o emissor seja claro. Claro ao falar, se expressar e se
portar. Desse modo, elimina-se a possibilidade de cair nas “armadilhas” do
receptor. Respostas vindas do público, como: expressões faciais de dúvidas,
conversas paralelas e questionamentos, podem ser o retorno do que estamos
transmitindo. Até pode ocorrer, porém você deve estar apto a enfrentar estes
tipos de situações sem titubear.
Percebo que o mercado de trabalho está passando por
um período no qual o perfil do profissional mudou. Atualmente, o profissional
disputado pelas empresas é aquele que consegue ser multitarefa, dinâmico e
independente. Portanto, eliminar problemas que possam ser utilizados como
critério eliminatório é de suma importância.
Por fim, entendo que quando trabalhamos com ou para
o outro, o julgamento ocorre. Isto é fato. Sabendo disso, preparar-se para se
portar diante de um público – seja ele formado por uma, dez ou mais de cem
pessoas – contribui para a eliminação de falhas, traz segurança e o
entendimento de que a opinião alheia é somente um parecer.
Isso faz com que você analise, absorva aquilo que
for agregar e abstraia o que não somar. Estamos em constante aprendizado.
Entender que o julgamento do outro não é algo pejorativo, ajuda no
desenvolvimento do autoconhecimento e por consequência na identificação de suas
qualidades, que por fim contribuem para o sucesso pessoal e profissional.
Renata Lemos - máster coach sênior e diretora do
Instituto Excelência Gestão & Coaching