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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Acumular objetos e animais pode se tornar um transtorno mental



8 em cada 10 acumuladores têm histórico familiar do transtorno


Você conhece alguém que gosta de acumular objetos, pegar todos os animais abandonados ou fazer coleções imensas de itens inusitados? Em caso positivo, preste atenção: essa pessoa pode ter o Transtorno da Acumulação (TA). A necessidade de coletar intencionalmente objetos ou animais e a dificuldade de se desfazer das posses, juntamente com problemas para organizar o ambiente em que mora, são as principais características do TA.

Esse transtorno psiquiátrico ficou mais conhecido do público em geral graças ao programa “Acumuladores Compulsivos”, exibido em alguns canais da TV a cabo. Assistir aos episódios pode ser uma experiência chocante, já que o TA leva à pessoa a conviver com lixo, animais mortos, sujeira, odores insuportáveis e uma infinidade de objetos sem utilidade que acabam colocando a vida em risco e deixando a casa inabitável.   


Acumulação normal x patológica
 
Muitas pessoas podem guardar objetos que têm valor sentimental, ou ainda fazer coleções sem que isso seja uma doença. “O que diferencia o Transtorno da Acumulação de uma pessoa mais apegada aos bens materiais ou animas, por exemplo, é a gravidade do comportamento que pode levar a problemas com autoridades sanitárias, sofrimento psíquico, incapacidade para tralhar e isolamento social”, explica a psicóloga Carolina Marques, cofundadora da Estar Saúde Mental.

Origem pode estar na infância
 
As pesquisas indicam que a origem do acúmulo pode estar na violência física, doença mental dos pais e privação afetiva na infância, assim como na privação material em algum momento da vida. Mas, a manifestação é mais aparente na meia idade e segue um padrão: costuma afetar pessoas que moram sozinhas, não trabalham e estão acima do peso. Além disso, o TA é duas vezes mais frequente em homens que em mulheres.


Tipos de acumuladores
 
Carolina explica que a acumulação tem diferentes perfis. “Os acumuladores que têm o chamado consumismo compulsivo costumam comprar enormes quantidades de um mesmo item, pegar doações e coletar objetos na rua. O prazer está no acúmulo e não no aproveitamento do objeto”, comenta.

“Já os acumuladores de animais são aqueles que coletam animais abandonados de forma compulsiva. São dúzias ou centenas de animais que acabam tendo um tratamento inadequado e vivem em condições insalubres. Este tipo é mais comum em mulheres de meia idade, solteiras e que vivem sozinhas”, diz a psicóloga.

Por fim, o acumulador colecionador é o que menos preocupa. A diferença entre um colecionador saudável e um acumulador patológico é que o primeiro escolhe um item especifico (camisetas, carrinhos, etc.) e o segundo coleciona qualquer objeto e apresenta dificuldades para organizar o ambiente em que vive.


Desapego é sinônimo de sofrimento
 
De acordo com Carolina, as pessoas que têm o Transtorno da Acumulação apresentam enorme dificuldade de se livrar de seus itens ou animais. “Eles não reconhecem como um problema, pelo contrário, eles colocam valores afetivos às coisas, tem uma conexão emocional com seus objetos ou animais. Com isso, são desenvolvidas crenças disfuncionais sobre o descarte, assim como pensamentos catastróficos, como por exemplo: – como vou viver sem isso, não terei dinheiro para comprar outro, etc.”, explica.  
 

Tratamento
 
Como é possível observar nos programas de TV, o tratamento é muito difícil. Os acumuladores são muito resistentes a se livrar do entulho, dos animais, etc. “Por isso, é importante que ao notar qualquer sinal que possa indicar a acumulação patológica, a família busque ajuda. Os acumuladores não percebem o problema, não tem motivação para tomar decisões, por isso a família é muito importante”, reforça Carolina.

A TCC é a abordagem mais aplicada atualmente para o TA, pois ela trabalha para quebrar as crenças disfuncionais sobre o acúmulo, além de ajudar na tomada de decisão e a desenvolver estratégias para diminuir a frequência dos hábitos de coleta. Como os acumuladores têm pensamentos distorcidos ou até mesmo catastróficos para se livrar de suas coisas, a psicoterapia ajuda a diminuir o sofrimento associado ao descarte.






Cientistas afirmam: macarrão faz bem para a saúde



 Consenso científico reforçou os aspectos nutricionais que envolvem as massas alimentícias 


Durante o World Pasta Day, congresso que reuniu a indústria mundial de macarrão no Brasil, quatro cientistas brasileiros e turcos assinaram uma Declaração de Consenso Científico sobre a Alimentação Saudável com Massas. Especialistas da França, Portugal, México, Argentina, Itália, Espanha, Rússia, Turquia e Estados Unidos, também já chancelaram o documento em edições anteriores do evento.

O macarrão é um dos alimentos mais apreciados. Sua crescente popularidade em culturas ao redor do mundo pode ser atribuída não só à sua deliciosa versatilidade, mas também às suas contribuições nutricionais, por ser um carboidrato complexo nutritivo que combinado com vegetais e proteínas é uma das opções de refeição mais práticas e saudáveis.

Formulada originalmente em 2004 pela Oldways, The International Pasta Organisation (IPO) e Associazione delle Industrie del Dolce e della Pasta italiane (AIDEPI), a declaração colaborativa reforçou os aspectos de saudabilidade das massa e abordou temas que incluem gluten-free, nutrição esportiva e sustentabilidade. Nestes 13 anos, o consenso já foi atualizado duas vezes: em 2010 e em 2015, com a assinatura de mais 20 cientistas.

"Cientistas de todo o mundo continuam a incentivar o macarrão nas refeições", disse Sara Baer-Sinnott, presidente da Oldways. "As assinaturas dos mais renomados especialistas internacionais são uma adição importante ao nosso esforço contínuo para obter o reconhecimento mundial dos benefícios do macarrão para a saúde e o meio ambiente e o papel das massas nas cozinhas em todo o mundo" completou.

Além de Sara, que apresentou a Declaração de Consenso Científico, o nutrólogo, médico-pediatra e diretor do Núcleo de Dificuldades Alimentares do Instituto PENSI – do Hospital Infantil Sabará – Mauro Fisberg discutiu as questões econômicas, nutricionais e culturais associadas ao macarrão. "Com base no fato de que a maioria dos países da América Latina tem macarrão como alimento rotineiro, em diferentes preparações, é possível entender que a dieta mediterrânea espalhou sua presença no continente. A combinação de macarrão, legumes, peixe ou marisco e óleo é onipresente, mesmo em regiões distantes do litoral".

Os novos signatários são: prof. dr. Dan Waitzberg, da Universidade de São Paulo; prof. dra. Elizabete Wenzel de Menezes, da Universidade de São Paulo; prof. dra. Glaucia Maria Pastore, da Universidade Estadual de Campinas, São Paulo; e prof. dra. Nevin Sanlier, da Universidade de Biruni (Turquia).

"Um efeito positivo das massas é a baixa resposta glicêmica pós-ingestão, que é uma consequência da estrutura e do tipo de amido, aumentando a sensação de saciedade e melhorando a sensibilidade à insulina, regulando a microbiota intestinal. Além disso, a massa integral pode contribuir para o consumo diário de fibras alimentares", ressaltou Elizabete Wenzel.

Algumas mensagens-chave foram destacadas pelos cientistas: macarrão fornece energia, mantém a saciedade por mais tempo, não engorda e, além de ser uma refeição saborosa, aproxima as pessoas.





quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Saúde infantil: quando é necessário levar a criança para a Emergência?



 Primeiro passo é entender o que ela está sentindo, pois nem todo sintoma é caso para ir a uma unidade responsável por esse tipo de atendimento


A dúvida se é necessário levar o filho para a Urgência ou Emergência é muito comum entre os pais. Por isso, é fundamental compreender que nem todo sintoma manifestado será resolvido pelo médico destes tipos de unidades de atendimento, e a preocupação em excesso não deve ser a responsável pelas decisões quando as crianças estão doentes.

Para Isa Schmmit, pediatra do Hapvida Saúde, essas unidades podem ser, inclusive, locais de risco para os pequenos. “As Emergências possuem um fluxo de pessoas com diversas patologias, em alguns quadros graves e contagiosos.

 Por exemplo, em um hospital que tenha tido passagem de uma criança com catapora, o seu filho pode, sim, contrair a enfermidade. Por essa razão, é considerável levar a criança somente quando for realmente urgente”, enfatiza. 

 O primeiro passo é verificar o que está acontecendo com a criança, como, por exemplo, se a febre não ultrapassar o período de 48 horas, se apresenta coriza, tosse seca, diarreia que não ocorre com frequência ou se não apresenta desidratação, não é necessário levá-la. Mesmo não levando a criança à Emergência, alguns cuidados precisam ser tomados para eliminar os sintomas.

 Entrar em contato com o pediatra que faz o acompanhamento do pequeno é uma alternativa para tirar dúvidas, a fim de verificar o que pode ser feito para a melhora.

Para a pediatra, é essencial ficar atento a alguns sinais que podem apontar gravidade no quadro. “Desconforto para respirar, convulsões, queda do nível de consciência, febres que não diminuem depois do uso de medicamentos, lesões de pele que não apresentam melhora, indícios de desidratação, vômitos constantes, entre outras situações, revelam que é hora de levar a criança a um Pronto Atendimento”, explica a médica.

 A Urgência e a Emergência referem-se a circunstâncias diferentes. “A Urgência é para ocorrências que não existe risco de morte, mas necessita de verificação em, no máximo 24h. Podemos citar como exemplos as fraturas, febre persistente e desidratação. Já a Emergência é para situações graves, com risco de morte, que precisa de socorro imediato. São os casos de uma parada cardíaca, hemorragia, traumatismo craniano, convulsão de difícil controle, entre outros”, finaliza a pediatra.






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