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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Outubro Rosa conscientiza sobre a importância da detecção precoce do câncer de mama



O rosa colore o mês de outubro por uma boa causa. A cor representa a campanha internacional Outubro Rosa, promovida pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). O objetivo é orientar a sociedade, por meio do compartilhamento de informações sobre o câncer de mama, e também promover a conscientização acerca da importância da detecção precoce da doença. A Oncomed-BH também fará sua parte e prepara uma séria de ações para reforçar o mote da campanha.

De acordo com o Dr. Leandro Ramos, oncologista da Oncomed-BH, a doença não tem causa única. “Seu desenvolvimento deve ser compreendido em função de uma série de fatores de risco, sendo a idade o mais importante para o câncer de mama entre as mulheres. A incidência da doença cresce progressivamente com o envelhecimento, sendo que a ocorrência desse tipo de câncer pode ser externa ou interna ao organismo, interagindo de várias formas, o que aumenta a probabilidade de transformações malignas nas células normais”, explica o médico.

Outros fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da doença são:
  • História familiar positiva;
  • História pessoal de câncer de mama;
  • História menstrual: pela maior exposição aos hormônios femininos, mulheres que tiveram sua primeira menstruação antes dos 12 anos e ou entraram na menopausa após os 55 anos, têm um risco aumentado de desenvolver câncer de mama.
  • História reprodutiva: Mulheres que não tiveram filhos ou tiveram o primeiro filho após os 30 anos, e ainda as que não amamentaram, também compreendem o grupo de maior risco;
  • Uso de reposição hormonal (principalmente com estrogênio e progesterona associados);
  • Obesidade;
  • Ingestão regular (mesmo que moderada) de álcool;
  • Presença de mutação genética (incluindo BRCA1, BRCA2, entre outros): embora apenas de 5% a 10% de todos os cânceres de mama sejam causados por estas mutações, sabe-se que a mulher que as possui tem risco muito aumentado de desenvolver tal neoplasia.

Já as chances de cura dependem do tipo de tumor, da idade e das condições de saúde do paciente e do estágio em que o câncer for detectado. Por isso, a prevenção secundária, que significa garantir o diagnóstico precoce no controle da doença, é tão importante. “A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que todas as mulheres façam a mamografia anualmente, a partir dos 40 anos. Cerca de 95% dos pacientes em bom estado de saúde, que descobrem o câncer de mama em fase inicial e seguem o tratamento recomendado, se livram da doença após cinco anos”, afirma o Dr. Leandro Ramos.

Não é possível parar de envelhecer, mudar o histórico familiar ou interferir na idade da primeira menstruação da mulher, porém, é factível seguir importantes recomendações para a prevenção primária. “Evitar a obesidade, através de dieta equilibrada e da prática regular de exercícios físicos, além de não ingerir bebidas alcoólicas, são algumas das recomendações importantes na prevenção primária do câncer de mama”, diz o médico. O autoexame também é uma forma de prevenção, porém, não elimina a necessidade da consulta de rotina, destaca o oncologista.

*Autoexame: como fazer?
De acordo com as orientações do Instituto Brasileiro de Controle de Câncer (IBCC), o autoexame deve ser realizado uma vez a cada mês, na semana seguinte ao término da menstruação. Existem duas formas de fazer o autoexame, são elas:

No chuveiro ou deitada:
Coloque a mão direita atrás da cabeça. Deslize os dedos indicador, médio e anelar da mão esquerda suavemente em movimentos circulares por toda mama direita. Repita o movimento utilizando a mão direta para examinar a mama esquerda.

Diante do espelho:
1-      Levante os braços, colocando as mãos na cabeça. Observe se ocorre alguma mudança no contorno das mamas ou no bico.

2-      Repita a observação, colocando as mãos na cintura e apertando-a. Observe se há qualquer alteração.

3-      Finalmente, esprema o mamilo delicadamente e observe se sai qualquer secreção. A observação de alterações cutâneas ou no bico do seio, de nódulos ou espessamentos, e de secreções mamárias, não significa necessariamente a existência de câncer.

O que procurar?
• Caroços (nódulos).

• Abaulamentos ou retrações da pele e do complexo aréolo-mamilar (bico do seio).
• Secreções mamilares existentes.

 *Informações do site do Instituto Brasileiro de Controle de Câncer (IBCC)




 Sobre a Oncomed 
A Oncomed-BH, clínica especializada na prevenção e no tratamento das doenças neoplásicas, foi fundada em 1994, em Belo Horizonte. Desde então, realiza um trabalho que envolve cuidados diferenciados e tratamento humanizado a todos os pacientes. São especialistas em oncologia, hematologia, nutrição, clínica da dor, psicologia e cardiologia, além de uma equipe de suporte que realiza um acompanhamento efetivo na prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças.


Bebida alcoólica: Fique atento



Saiba quais os problemas que o álcool pode trazer para sua saúde quando consumido exageradamente

O consumo exagerado do álcool faz mal à saúde e isso todo mundo sabe. Mas você sabia que um dos principais órgãos do corpo humano afetado é o fígado? Praticamente tudo que é absorvido pelo intestino acaba passando por ele. Isso acontece com a bebida alcoólica também. 

Segundo Eduardo Ramos, cirurgião geral e de transplante   do Hospital Nossa Senhora das Graças, aproximadamente 20% das pessoas que ingerem bebida alcoólica em grande quantidade desenvolvem disfunções no fígado. “Essas pessoas apresentam alterações importantes como a esteatohepatite alcoólica aguda, que é o acúmulo de gordura no interior das células do fígado, fibrose e cirrose”, afirma. 

Apesar de o corpo demorar em média uma hora para degradar 10 ml de bebida alcoólica, algumas características pessoais podem fazer com que demore mais para ser metabolizado. “Fatores como o peso, se é homem ou mulher, idade, obesidade, metabolismo pessoal, quantidade de alimentos ingeridos juntamente com a bebida, o tipo e a dose da bebida alcoólica e se a pessoa está tomando alguma medicação, fazem o tempo de degradação do álcool variar”, comenta. 

Além dos problemas de saúde, tais como a cirrose e a pancreatite aguda, o consumo exagerado de álcool pode ser um perigo para quem faz uso de medicamentos. “As bebidas alcoólicas podem diminuir ou potencializar os efeitos dos medicamentos”, comenta o médico. O mais comum é potencializar os efeitos colaterais causando sintomas como náuseas, tonturas, sonolência e diminuição da habilidade motora”, salienta o especialista. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) não existe um nível seguro para o consumo de álcool. Se a pessoa bebe, há risco de problemas de saúde. Conforme a OMS as pessoas saudáveis podem consumir, no máximo, 30 gramas de álcool por dia. Porém, se a pessoa for hipertensa ou tiver diabetes não poderá beber. Dr. Eduardo Ramos ressalta que, para aqueles que não abrem mão de um happy hour ou qualquer outra bebida em determinados momentos, o ideal é saber consumir sem exageros. “O ideal é o consumo social, em pequena quantidade, nos fins de semana”, conclui.

Cirrose alcoólica

A cirrose alcoólica é causada pela ingestão diária e prolongada de álcool. É considerada uma doença de alcoólatras, no entanto todas as condições que levam a uma inflamação crônica do fígado (alcoólicas ou não) podem resultar nessa patologia.  É processo crônico de destruição das células hepáticas, que ocorre de maneira difusa, com formação de cicatrizes e nódulos levando à necrose do órgão. 

O único tratamento efetivo da cirrose é o transplante hepático, indicado apenas para alguns casos. Portanto, é importante fazer o diagnóstico precoce para iniciar o mais depressa possível o tratamento que pode adiar ou evitar maiores complicações.

Pancreatite Aguda

É uma inflamação repentina do pâncreas  que ocorre quando as enzimas digestivas produzidas no órgão são ativadas em seu interior, causando danos. As duas causas mais frequentes são a existência de cálculos na vesícula e/ou vias biliares, conhecidas como pedras na vesícula, e também o consumo de álcool em excesso. 

Os sinais de pancreatite aguda costumam variar, mas o mais comum é a dor progressiva na parte superior do abdômen, que torna-se constante e vai piorando com o tempo. Além disso, pode causar náuseas, vômito, gases, fezes com cor de argila, indigestão e inchaço na região abdominal, entre outras.




7 medidas que o Brasil precisa tomar para impedir o avanço do câncer



 Sem aprimoramento das políticas públicas, doença deve se tornar principal causa de óbitos em até 13 anos


Se o Brasil não investir em mudanças substanciais nas políticas públicas de prevenção, detecção e tratamento do câncer, a doença se tornará a principal causa de mortes no País já em 2029. É o que aponta o último estudo do Observatório da Oncologia, uma plataforma de análise de dados criada pelo movimento Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC). 

Para chegar a essa projeção, a pesquisa analisou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre os anos 2000 e 2013 e projeções para o futuro (até 2040), comparando o número de óbitos e incidência do câncer com os de doenças cardiovasculares (como infarto e AVC), atuais campeãs de óbitos no Brasil. Em 2029 a taxa de mortalidade de tumores chegará a 115 a cada 100 mil habitantes, enquanto o índice de óbitos por doenças cardiovasculares será de 113 por 100 mil. Atualmente, as duas doenças juntas matam 542 mil brasileiros todos os anos, conforme dados do Datasus.

Segundo o médico patologista e presidente da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Clóvis Klock, projeções como a do Observatório da Oncologia devem servir como um sinal grave de alerta para o Pode Público, motivando o aprimoramento das estratégias para enfrentar a doença.
Ele enumera sete medidas importantes que o Brasil deve adotar como formas de combate ao avanço do câncer:

Intensificar a vacinação da população contra o HPV: o controle de fatores importantes de risco é uma das formas mais economicamente viáveis de combater a mortalidade do câncer. O Vírus do Papiloma Humano (HPV), por exemplo, é conhecido por sua associação ao desenvolvimento do câncer de colo do útero.

“Desde 2014 temos a vacinação de meninas contra o HPV, uma estratégia que sem dúvida deve diminuir o número de casos e mortes por esse tipo de tumor. Precisamos agora investir na manutenção e ampliação dessa estratégia, lutando pela erradicação de câncer colo uterino causado por essa infecção”, aponta.

Investimento em hábitos saudáveis: assim como no caso da vacinação contra HPV, a estratégia de combater o câncer de maneira preventiva pode ser feita atacando fatores mais passíveis de alteração do que a propensão genética. O fumo, por exemplo, é responsável por cerca de 90% das mortes por câncer de pulmão.

“Investir nesses hábitos saudáveis é uma tarefa de políticas públicas abrangentes, focadas em educação e construídas para atuarem em longo prazo, mas de extrema relevância para o objetivo de combater a mortalidade do câncer, assim como de outras doenças”, ressalta o patologista.

Rastreamento: depois da prevenção, o diagnóstico correto e precoce é uma das principais estratégias na diminuição da mortalidade do câncer. Campanhas de conscientização para o autoexame e rotinas efetivas de exames como mamografia e Papanicolau, por exemplo, são valiosas para a detecção da doença em seus estágios iniciais.

“Diagnosticar um tumor em seu princípio é fator determinante para ditar a sobrevivência do paciente, diminuindo as sequelas e os custos que a doença representa para o sistema de saúde, uma vez que é mais fácil e barato tratar um câncer antes de seu crescimento ou metástase”, explica.

Medicina de precisão: as opções disponíveis para o tratamento do câncer evoluíram muito nos últimos anos tendo como combustível os avanços de áreas como genética e biologia molecular. A chamada medicina de precisão traz alternativas assertivas com mais expectativas de cura e menos sequelas.

“Vale lembrar que não existe medicina de precisão sem um diagnóstico correto e afinado, realizado pelo médico patologista. Esse laudo serve como direcionamento da conduta terapêutica, permitindo ao oncologista saber com o que ele está lidando e quais são as suas alternativas”, conta o presidente da SBP.

Consolidação de dados: segundo Clóvis Klock, é fundamental um investimento crescente para a consolidação dos dados referentes ao câncer. Com base nisso, o País pode identificar deficiências no sistema e concentrar esforços em saídas relevantes para populações específicas.

“O Brasil ainda engatinha no quesito epidemiologia. Quando falamos câncer estamos nos referindo a um ‘guarda-chuva’ que compreende mais de mil doenças diferentes. Reunir toda a informação possível sobre essas variantes e suas especificidades é fundamental, principalmente em um país plural e de dimensões continentais como o nosso”. 

Aprofundar a parceria com as sociedades médicas: para o patologista, o constante diálogo entre o governo e as sociedades de especialidade envolvidas na luta contra o câncer é outro ponto chave para reverter o cenário atual. Segundo ele, essas instituições são uma das pontes capazes de ligar os responsáveis pelas políticas públicas à linha de frente responsável por aplica-las e aferir seus efeitos.

Resolver o nó do sistema de saúde e prepará-lo para o futuro: unindo fatores como prevenção, diagnóstico e tratamento, a manutenção do sistema de saúde é a esfera superiora no combate ao câncer, ditando como todas as políticas públicas são aplicadas.

“É uma questão extensa e extremamente complexa, mas prioritária e da qual não se pode fugir. Para impedir o avanço do câncer precisamos, antes de tudo, resolver o nó do sistema de saúde, colocando na mesa questões como o reajuste de honorários e de procedimentos e até o financiamento dos sistemas públicos”, finaliza.




Sobre a SBP
Fundada em 1954, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) atua na defesa da atuação profissional dos patologistas, oferecendo oportunidades de atualização e encontros para o desenvolvimento da especialidade. Desde sua instituição, a SBP tem realizado cursos, congressos e eventos com o objetivo de elevar o nível de qualificação desses profissionais. 



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