Pesquisar no Blog

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Como ser disciplinado em 2022?

Quais são os caminhos do cérebro para desenvolver disciplina?

Confira as dicas e abandone de vez a procrastinação!

 

A motivação é importante, mas definitivamente não é ela que te leva até o seu objetivo. Você certamente já ouviu algo semelhante na internet e, segundo a neurociência, esta afirmação está correta.

 

Embora a motivação seja determinante para a ação, o que nos ajuda a persistir e realizar os nossos objetivos é outro sentimento: a disciplina.

 

 

Como a disciplina funciona no cérebro?

 

A palavra disciplina vem no latim discere, que significa “aprender”. O cérebro - a nossa máquina adaptativa - relaciona o tempo todo quais são os comportamentos que tivemos e seus resultados. Quando um comportamento realizado resulta em uma recompensa imediata fica muito fácil para o cérebro entender que esse comportamento é bom.

 

“Por exemplo, faço uma receita nova de torta e ela fica deliciosa, imediatamente o cérebro registra que cozinhar doces é bom. Por outro lado, se vou à academia por uma semana e não percebo mudanças no corpo, o cérebro pode entender que aquilo é um gasto de energia ‘à toa’ e então fica mais difícil brigar contra a preguiça. Aqui entra a disciplina: preciso ensinar meu cérebro a persistir em esforços, mesmo que a recompensa não seja imediata”, alertou Livia Ciacci, neurocientista do Supera – Ginástica para o cérebro.

 

 

A importância da disciplina para o cérebro

 

Ainda segundo a especialista, ser disciplinado em algo é o resultado da atuação de um conjunto de funções do cérebro. “Quando mantenho a atenção em um objetivo, uso o raciocínio lógico para avaliar se tenho os recursos necessários para chegar lá, uso o controle inibitório para regular as melhores posturas de acordo com o meio social e ainda faço uma projeção futura com minha flexibilidade mental. Desta forma, estou dando direcionamento aos meus desejos. Tudo isso pode acontecer na nossa cabeça várias vezes por dia, a grande diferença estará no valor que eu atribuo àquele objetivo em especial - esse valor vai alimentar a motivação, e a motivação vai nos colocar em movimento para colocar o plano em prática”, alertou.

 

 

Motivação x disciplina

 

Mas a verdade é que todo mundo coloca planos em prática todos os dias não é mesmo? Principalmente quando tomamos uma decisão porque estamos empolgados.

 

No entanto, planos não funcionam perfeitamente e então, começam as dificuldades. Como seguir em frente mesmo assim? Como manter o plano quando a empolgação passou e bateu aquele imprevisto? Aqui entra a disciplina. 

A disciplina, segundo a especialista, é o que sustenta um comportamento na ausência da motivação. “A disciplina não vem de uma área do cérebro ou de uma função isolada, mas é construída pela metacognição - que é a capacidade do ser humano de monitorar e autorregular os processos cognitivos. Não adianta usar a atenção, o raciocínio e a flexibilidade mental sem ter plena consciência desses processos durante o planejamento de um objetivo”, alertou a especialista, que completou: “a metacognição está em ação quando, por exemplo, eu preparo a mesa para estudar e escolho cronometrar 20 minutos para ficar em total concentração e deixo o smartphone bem longe nesse período. Faço isso porque eu sei que se o aparelho estiver próximo terei grandes chances de distrair. Quando regulo meu comportamento usando estratégias para privilegiar a busca de um objetivo, estou usando a metacognição e desenvolvendo a disciplina”, explicou.

 

As vantagens de ser disciplinado

 

Ainda segundo Livia Ciacci, neurocientista do Supera– Ginástica para o cérebro, a grande vantagem de desenvolver esse controle é, que quanto mais melhoramos, mais resultados vamos conseguindo a partir das mudanças de hábitos e isso vai contribuir para o cérebro reforçar esse comportamento e assumir uma visão mais positiva e otimista da vida. “O contrário disso é o que acontece com muitas pessoas ao começar um plano para atingir um objetivo sem ter a consciência de quanto e quais esforços elas terão que assumir. Então começam a se autossabotar com comportamentos contrários à direção do objetivo”, alertou.

 

 

 

5 dicas para ter mais disciplina em 2022:  

 

·        Faça um planejamento realista da rotina é um passo importante. Organize seus dias levando em consideração todas as atividades – inclusive o novo hábito, o tempo real que elas consomem e como a rotina diária varia ao longo da semana;

 

·        Fragmente os resultados desejados em metas menores e sequenciais, e priorize atingi-las;

 

·        Crie gatilhos ambientais para auxiliar na constância também ajuda. Se você quer estudar inglês e mora com outras pessoas, já avise a todos qual dia e horário você estará focado;

 

·        Melhorar as habilidades de raciocínio lógico, memória e atenção por meio de exercícios cognitivos e ginastica cerebral são um caminho eficiente para atingir a metacognição e controlar melhor as próprias escolhas;

 

·        Exercite a autoconsciência, observando como sua mente funciona, o que o desanima e o que o estimula. Este é o primeiro passo para inserir pensamentos auto motivadores.

  

 “Ser focado é saber aonde você quer chegar, é visualizar o final da estrada, planejando exatamente quais etapas serão necessárias. É possível estar concentrado em algo ser ter um foco, mas não é possível se manter focado num objetivo sem manter a concentração nas etapas do trajeto”, concluiu Livia Ciacci, neurocientista do Supera – Ginastica para o cérebro.



Está sedentário? Algumas dicas para retomar os exercícios

O isolamento social durante pandemia mudou radicalmente a rotina em todos os aspectos. A prática de atividades físicas deu lugar ao sedentarismo prolongado, com consequências negativas para a saúde, como ganho de peso e perda de massa muscular.

No entanto, à medida que a vacinação avança e a quantidade de casos da doença diminui, passamos a sentir mais confiança para retomar hábitos saudáveis.

 A retomada das atividades físicas precisa ser feita de forma gradual e respeitando as medidas de biossegurança.

🔹Primeiro passo para voltar a fazer exercícios.

A primeira recomendação é procurar um médico para fazer check-up.

Isso vale tanto para quem contraiu a Covid-19 como para quem não se infectou, pois quando ficamos muito tempo parados, sem fazer exercícios, perdemos força muscular e até um pouco da capacidade respiratória.

 

🔹Exercício mais recomendado nessa retomada.

O exercício ideal é aquele que a pessoa gosta de fazer e com o qual se identifica.

Pode ser caminhada, academia, corrida, natação, hidroginástica, aulas de dança. São muitas as opções.

 

🔹Frequência ideal de exercícios.

Recentemente a OMS divulgou uma cartilha com diretrizes para atividade física e comportamento sedentário.

Segundo esse documento, para os adultos é indicado praticar de 30 a 60 minutos de atividade moderada em 5 vezes por semana, ou de 20 a 60 minutos de atividade vigorosa em 3 vezes por semana.

Para compreendermos a diferença, a atividade moderada aumenta a frequência cardíaca e faz respirar mais rápido.

Atividade vigorosa faz respirar ainda mais forte e rápido.

Se você quer retomar - ou começar - a prática de exercícios físicos, essa é a hora!

 


 Ricardo Oliveira - sócio fundador da Lion Saúde e especializado em Direito Securitário para planos de saúde.


Conheça técnicas para fazer um "detox mental"

Dani Costa, mentora e palestrante especialista em desenvolvimento humano, ensina as pessoas a iniciarem as atividades do dia com mais foco e leveza


Neste mês, profissionais da área da saúde estão imbuídos em ações para promover a saúde mental das pessoas. O Janeiro Branco é uma campanha ao estilo das demais realizadas em Outubro e Novembro e tem por objetivo chamar a atenção da humanidade para as questões e necessidades relacionadas à saúde mental e emocional dos indivíduos e das instituições humanas.

Dani Costa, mentora palestrante e autora do livro “Você é o caminho”, no qual relata como superou a Síndrome de Burnout, indica algumas frentes em que a própria pessoa pode agir e que podem resultar em um verdadeiro “detox mental”:

  • Meditação – há diversos aplicativos hoje em dia que ensinam a prática. Minutos da prática já trazem resultados no dia a dia: mais foco, concentração e redução da ansiedade com o aumento do estado de presença.
  • Evitar pessoas, pensamentos, sentimentos e emoções negativos. E sempre se perguntar se algum desconforto emocional realmente tem só a ver com você ou foi algo que captou de uma reunião, conversa ou situação do trabalho. Somos verdadeiras esponjas, estamos muito presentes e conscientes aos pensamentos, sentimentos e emoções de outras pessoas.
  • Sempre que possível, realizar um detox de redes sociais e celular.
  • Buscar conectar-se com a natureza, seja por meio de uma planta em casa, animais ou a luz solar durante o dia.
  • Ler livros e ouvir músicas que remetam coisas boas e tragam sensação de alegria e prazer.
  • Incluir atividades físicas na rotina, elas promovem um detox no corpo e mente, além de trazer maior motivação para o dia a dia.
  • Prestar atenção no que come, a comida também traz toxidades, influenciando na química do corpo e por conseguinte no nosso equilíbrio como um todo.
  • E por último, bebe bastante água, pois ela limpa, purifica e leva embora as toxinas acumuladas durante o dia.

Dani ainda recomenda iniciar o dia com um mantra: “Eu me honro, escolho o que me honra e escolho o que me honra”, ele funciona como um algoritimo na nossa programação mental, liberando situações de abuso, assédio ou sobre carga de atividades. Quando você toma consciência de que tudo que você escolhe no seu dia pode vir de um lugar que honra você, de mais auto amor e empatia, você começa a eliminar tudo aquilo que não está congruente com isso da sua rotina, desde a forma com que se relaciona com você mesmo, bem como com o outro.

Ela ainda ressalta ser importante também iniciar o dia com um planejamento, uma organização diária e sempre se perguntar : “O que posso acrescentar à minha rotina hoje que vai me trazer mais plenitude e realização?”

A pergunta abre espaço para possibilidades, pois tira você de respostas pré-definidas.

Para finalizar, Dani afirma que a nossa mente funciona como um HD e quanto mais arquivos leves e produtivos enviamos a ela, mais refletimos isso na nossa realidade, e tudo funciona com maior fluidez. Porém, se ao longo do dia, levamos apenas arquivos pesados, o que se refletirá é uma vida pesada e lenta, podendo ser interpretada como procrastinadora. “Que tal fazer uma limpeza nesse HD mental, cuidar mais dele e trazer arquivos bons? Assim a vida poderá ser mais leve e divertida”, sugere.

 


Dani Costa - Trabalha com desenvolvimento humano há mais de 10 anos, é também mentora, palestrante e escritora, ela lançou o livro “Você é o Caminho” para contar como superou a Síndrome de Burnout e com isso ajudar quem sofre com o mesmo problema.  É  idealizadora da Plataforma da Vida, um portal de conteúdo e serviços voltados para autoconhecimento e gestão emocional. Formada em letras pela Unniversidade de Brasíliai, passou pelo serviço público de Brasília e atuou 13 anos como bancária, nove deles como gestora.

Instagram: @plataformadavidaoficial e @dani.costa.oficial

Relacionamento no trabalho. E agora?

 Como agir nessa situação? Margareth Signorelli dá orientações


Se apaixonar pelo chefe ou por alguém no ambiente de trabalho é uma responsabilidade maior do que se apaixonar por qualquer outra pessoa, pois você pode correr o risco de se dar mal e até perder seu emprego.

Em primeiro lugar vamos entender alguns pontos importantes:

- Você é correspondida?

- Quais as regras da empresa?

Partindo do princípio de que a empresa não tem nenhuma restrição em relação a relacionamentos, ainda assim existe uma responsabilidade mútua.

Vou exemplificar duas situações diversas.

  • Você não é correspondida, mas ele percebeu que você se apaixonou por ele. Aqui você poder ter duas atitudes: ser sincera expondo seus sentimentos ou não.

Se decidir tomar a primeira atitude, marque uma conversa e diga que infelizmente se deixou envolver, mas que não deixará, de forma alguma, que isto interfira na sua conduta de trabalho. Aí você precisa procurar ajuda para superar o que não começou e nem tem previsão de começar entender que um relacionamento é muito mais do que a atração ou a admiração que adquirimos por alguém.

Em um relacionamento amoroso existem duas pessoas que se propõem a se conhecerem mais profundamente e essa admiração, atração e amor devem crescer quando você conviver com a pessoa e ver como ela se relaciona com os outros, suas atitudes, valores e interesses.

Estes e muitos outros detalhes podem mudar profundamente a visão do outro, levando da paixão à aversão, mas para isso é preciso se relacionar para descobrir, senão você viverá um Amor Platônico.

É bom ter a consciência de que ninguém tem um relacionamento amoroso solitário. Precisamos de duas pessoas que neste exemplo, não irá acontecer, então não tem como sustentar este amor ilusório. 

  • Você é correspondida, mas o outro pede segredo.

Aqui, você pode perceber, que se não der certo, você corre o risco de se machucar e até perder seu emprego, principalmente se a outra pessoa for seu chefe.

Em uma relação deve existir uma responsabilidade mútua para que os dois se sintam aceitos, respeitados e assumidos. Isso tem que ser acordado entre vocês e pesado se os dois estão dispostos a expor para a empresa este começo ou mesmo se os dois estão dispostos a esperar que realmente se torne algo que mereça ser anunciado publicamente, pois existem consequências que os dois terão que enfrentar juntos.

O importante nessas duas situações é cuidar de você em primeiro lugar e se tiverem que estar juntos, que seja de uma forma que os dois sejam valorizados, se sintam pertencer e possam ter um relacionamento saudável e equilibrado.

Em primeiro lugar é importante saber se estamos preparados a arriscar algo que leva tempo para ser construído e não queremos brincar com os sentimentos da pessoa e nem com os nossos. Mas se não tentarmos, como saber?

 


MARGARETH SIGNORELLI - Profissional com formação internacional, fundadora do ILE - Instituto de  Liberação Emocional tem como missão auxiliar, apoiar, encorajar e guiar pessoas no processo de transformação, buscando o autoconhecimento profundo e quebra de obstáculos internos que impedem que o bem-estar e o amor fluam livremente em suas vidas, para isso possui a seguinte formação:

Instagram: @margareth.signorelli 


Altas temperaturas aumentam o risco de doenças cardiovasculares

Com previsão de aumento na temperatura para os próximos dias em algumas regiões do País, especialistas pedem atenção ao bem-estar cardíaco

 

O ano de 2022 começou com uma onda de calor atingindo o Cone Sul do continente sul-americano.1 Em São Paulo (SP), por exemplo, as temperaturas ultrapassaram os 30ºC nesta última semana. A brusca elevação da temperatura também é aguardada em outras partes da região Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil.² 

Os efeitos da alteração brusca de temperatura são bem conhecidos e podem impactar diretamente o sistema cardiovascular, ocasionando o aumento do risco de doenças cardiovasculares e, também, da taxa de mortalidade por doenças e condições como acidente vascular cerebral (AVC), infarto e síndrome coronária aguda.³ 

Algumas dessas doenças são perigosas também por não apresentarem sintomas facilmente detectáveis, sendo necessária avaliação clínica periódica para o diagnóstico precoce.3 

Dias com temperatura acima de 30ºC favorecem a vasodilatação (processo de expansão dos vasos sanguíneos). Tal efeito ocorre para equilibrar a temperatura corporal, na tentativa de diminuí-la.3 Com menos pressão nas artérias, alterações cardíacas podem acontecer. O aumento da sudorese também pode ser um fator: sem a reposição de líquidos, o volume de sangue circulando no corpo diminui - o que também causa vasodilatação.³ “Em pacientes que já convivem com comorbidades cardíacas, mudanças climáticas podem contribuir para ocasionar aumento da “viscosidade” do sangue podem acarretar complicações adicionais⁴”, afirma o cardiologista Jairo Lins Borges, consultor científico da Libbs Farmacêutica. 

Diabéticos, hipertensos e pacientes com doenças cardíacas, grupos de maior risco cardiovascular, devem ter ainda mais cuidado em dias com temperaturas elevadas. Alguns medicamentos que interferem no equilíbrio entre sal e água, como os diuréticos, predispõem o corpo a ter queda excessiva da pressão arterial.

 

Como se cuidar? 

Alguns hábitos favorecem a manutenção da saúde cardíaca: 

- Alimentação leve e saudável5

- Prática regular de atividade física, em horários com menor incidência solar, no caso de exercícios a céu aberto, e cuidado com a ventilação, no caso de ambientes fechados5,6

- Manutenção do peso adequado5

- Evitar o tabagismo e o abuso de bebidas alcóolicas5

- Beber muita água para manter a hidratação6 

Mesmo seguindo à risca essas dicas, podem ocorrer alterações cardíacas devido às altas temperaturas - como arritmias e queda brusca da pressão arterial. Segundo o cardiologista Jairo Borges, é necessário manter a hidratação e estar atento aos sintomas: 

- Tontura inesperada4,6

- Sensação de fraqueza4,6

- Batimentos cardíacos acelerados4,6

- Dores ou desconforto no peito e/ou nos braços4,6 

Caso algum(ns) (dos) sintoma(s) seja(m) percebido(s), é recomendada a procura a um cardiologista para avaliação do quadro clínico e, se necessário, a indicação do tratamento mais adequado.

 

 

Referências bibliográficas: 

1. BRAUN, Julia; BBC NEWS BRASIL EM SÃO PAULO. Onda de calor na América do Sul pode elevar temperaturas a quase 50 graus. BBC News Brasil em São Paulo, [s. l.], 12 jan. 2022. Disponível em BBC. Acesso em: 17 jan. 2022. 

2. ROBLES, Tiago; TEMPOCOM METEORED. Além do Sul, ar quente também chega ao Centro-Oeste e Sudeste. Previsão, 10 jan. 2022. Disponível em Tempo. Acesso em: 17 jan. 2022. 

3. Ministério Da Saúde (Brasil). Organização Panamericana De Saúde - OPAS; Fundação Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz; Instituto De Comunicação e Informação Científica e Tecnológica - ICICT. Observatório Nacional Da Saúde: Análise De Situação Em Clima E Saúde, [S. L.], 2017. Disponível em Clima e Saúde. Acesso em: 13 jan. 2022. 

4. DE BLOIS, Jonathan et al. The effects of climate change on cardiac health. Cardiology, v. 131, n. 4, p. 209-217, 2015.  

5. SIMÃO, Antonio Felipe et al. I diretriz de prevenção cardiovascular da sociedade Brasileira de cardiologia-Resumo executivo. Arquivos brasileiros de cardiologia, v. 102, p. 420-431, 2014. 

6. MARINS, João Carlos Bouzas. Exercício Físico e calor-implicações fisiológicas e procedimentos de hidratação. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v. 1, n. 3, p. 26-38, 1996


Dermatologista esclarece: vitiligo não evolui para albinismo

Freepik
Sociedade Brasileira de Dermatologia - Secção RS (SBD-RS) esclarece diferenças entre os dois tipos de situações que foram citados em reality show da televisão brasileira


A participação da modelo mineira Natália Deodato no reality show Big Brother Brasil (BBB) colocou em debate não apenas o preconceito vivido por quem tem vitiligo. Além do tema ter ganhado destaque, um comentário chamou a atenção de especialistas. Diferente do que foi afirmado pela participante do programa, o vitiligo não evolui para albinismo. Embora tanto o vitiligo quanto o albinismo sejam distúrbios que afetam a pele, eles não são a mesma coisa e têm mecanismos de ação distintos.

"O vitiligo é uma doença autoimune na qual há anticorpos agindo contra os melanócitos, que são os responsáveis por darem cor para pele. Com isso, surgem manchas brancas, mais claras que nossa pele, que podem ser localizadas e pequenas ou extensas e acometerem o corpo inteiro. O mais comum, nestes casos, é que seja em determinadas partes do corpo", explica o médico dermatologista e diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Juliano Peruzzo.

Por outro lado, o albinismo é uma doença genética, na qual o paciente nasce sem nenhum tipo de pigmentação.

"O albinismo pode ser em todo o corpo ou também algo que acomete a coloração dos olhos. Há ausência de pigmentação da íris em alguns casos. Alterações neurológicas também podem estar presentes. A condição, então, é genética", complementa o médico

O tratamento para o vitiligo pode ser com medicações tópicas ou dependendo da condição, com tratamento via oral. Além disso, pode ser incluída a fototerapia, orientada por um médico dermatologista.

“A avaliação do médico, nos pacientes com vitiligo, é fundamental uma vez que o especialista pode trabalhar na prevenção e métodos para frear o avanço das manchas”, finaliza.

As duas doenças, além de estarem associadas à produção de melanina, têm uma coisa em comum: não são contagiosas e não há qualquer razão para ter preconceito contra as pessoas que possuem essas características.

 

 

Marcelo Matusiak


Saúde mental: pacientes oncológicos precisam de atenção especial no tratamento

Quando a pessoa descobre que está com câncer, o impacto é grande. Diversos questionamentos e incertezas vêm à tona. Várias histórias passam pela cabeça; medo de que o tratamento seja longo e ineficiente está sempre à espreita. A instabilidade emocional nesse momento é comum para a maioria dos pacientes que recebe o diagnóstico da doença. Há 5 anos, a descoberta de um câncer de próstata para o auxiliar de serviços gerais, Adenildo Rodrigues, foi um grande choque: “na época pensei que fosse morrer, que deixaria minha família, meus amigos, foi um momento bem difícil,” conta.

Para o oncologista do Instituto do Câncer de Brasília (ICB), Caio Neves, desde o início do diagnóstico é essencial um acompanhamento multidisciplinar.  “Receber o diagnóstico de câncer pode abalar o emocional de qualquer pessoa, além de interferir na organização familiar e social, deixando sequelas em todos envolvidos no processo. Portanto, é de extrema importância o cuidado não só com a doença física, mas também com a saúde mental dos pacientes oncológicos”, explica. 

Um levantamento feito pelo Instituto Oncoguia revela um dado preocupante: a maioria das pessoas em tratamento contra o câncer no Brasil não sabe o que fazer em relação à oscilação de humor. E o percentual de pacientes que declararam que o emocional ficou abalado depois do resultado é de 58%. Ainda segundo o estudo, os sentimentos mais presentes na vida destas pessoas foram o medo e a ansiedade. “O paciente tem que contar com toda uma rede de apoio por trás, a psicologia é a peça chave para esse trabalho, provendo a saúde mental. O câncer em si, pode deixar muitos traumas associados: desde o processo do diagnóstico, ao tratamento quimioterápico e os efeitos colaterais inerentes aos procedimentos. O acompanhamento psicológico atua em conjunto acolhendo, tentando deixar esse processo menos doloroso,” ressalta. 

O importante nessas horas, segundo o oncologista, é colocar o pé no chão e entender o que está acontecendo, quais serão os próximos passos e as razões dos procedimentos que estão sendo praticados. Foi desta forma que Adenildo conseguiu superar o impacto inicial e ter êxito no tratamento. “Depois de assimilar o que estava acontecendo, deixei nas mãos de Deus, recebi apoio da minha família e amigos, além dos médicos e psicólogos. O fato dos profissionais de saúde sempre serem transparentes comigo e me explicarem os processos, me deu mais tranquilidade no tratamento”, afirmou.


Janeiro Branco

O mês de janeiro faz alusão ao tratamento sobre a saúde mental. O movimento também tem um apelo especial para pacientes oncológicos. Embora os cuidados com a saúde mental sejam fundamentais para todas as pessoas, “o suporte psicológico para quem lida com o câncer pode fazer grande diferença na adesão do paciente ao tratamento, nos efeitos colaterais e até no resultado do processo de restauração da saúde'', conclui o oncologista.


Vacinas previnem até mesmo câncer!

Além da importância da vacinação contra a COVID-19, saiba porque vacinar contra o HPV, o maior causador de câncer de colo uterino, é fundamental; Janeiro Verde é o mês de conscientização deste tipo de tumor

 

Nunca se falou tanto em vacinação, uma das medidas mais importantes para a prevenção de doenças, como nos últimos tempos.  Por ano, a vacinação evita de dois a três milhões de mortes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, a pandemia da COVID- 19 colocou o assunto em destaque. Então este é o momento para falar de outras vacinas também. Para Leonardo Silva, oncologista do Grupo SOnHe, especialista em tumores femininos, é oportuno abordar a importância da vacinação contra o HPV. “Estamos no mês de conscientização do tumor de colo uterino, um câncer prevenível com a vacina contra o HPV, que está disponível no Brasil e incluída no Programa Nacional de Imunização desde 2014 para meninas de 9 a 13 anos e meninos de 11 a 13 anos. Idealmente,  ela deve ser aplicada antes do primeiro contato com o HPV, ou seja, antes da primeira relação sexual. Por isso, a faixa etária definida para as meninas e os meninos”, pontua. 

Segundo o oncologista, a vacina administrada é a chamada tetravalente e tem cobertura principalmente contra quatro cepas de HPV sabidamente causadores de câncer: 6, 11, 16 e 18. Além disso, ela é capaz de oferecer certo grau de proteção cruzada contra outras cepas menos comuns. “Apesar da disponibilidade da vacina gratuita no Brasil, a cobertura vacinal ainda é considerada baixa. Os dados oficiais mostram que, no período de 2014 a 2017, 72% das meninas haviam recebido uma dose, mas apenas 45% completaram o esquema de duas doses. Os dados para os meninos são ainda piores, com uma cobertura de apenas 20%. Um fator agravante recente foi a pandemia de COVID-19, que teve impacto direto na atenção à saúde, incluindo a cobertura vacinal contra o HPV”, lamenta o oncologista. 

O oncologista conta que, no final de 2020, a OMS lançou um projeto global ambicioso com o objetivo de acelerar o processo para a eliminação do câncer de colo uterino. “O alvo a ser atingido até o ano de 2030 é garantir a vacinação de 90% das meninas contra o HPV antes dos 15 anos de idade, o rastreamento de 70% das mulheres, e o tratamento adequado e em tempo hábil para os casos de lesões precursoras (pré-cancerosas) e de câncer propriamente dito. A OMS estima que, se atingirmos esses três objetivos, seremos capazes de reduzir em 40% o número de novos casos de câncer de colo uterino e evitar 5 milhões de mortes pela doença até o ano de 2050”, ensina. 

Para o Dr. Leonardo é importante ressaltar que o tempo transcorrido entre a infecção pelo vírus e o desenvolvimento do câncer de colo do útero é em média de 20 a 30 anos. Sendo assim, os efeitos benéficos da vacinação contra o HPV serão percebidos de forma mais significativa daqui algumas décadas. “Nesse contexto, fica claro a importância de fortalecermos concomitantemente o programa de rastreamento do câncer de colo uterino inicialmente baseado na realização de exames de Papanicolaou (citologia oncótica do colo uterino), que são feitos de forma oportunista, quando a mulher procura uma unidade de atenção básica para a realização do teste ou por outros motivos. Outros métodos de rastreamento, incluindo a pesquisa de material genético do HPV, já existem e estudos estão sendo conduzidos analisando a viabilidade de sua utilização no programa do Sistema Único de Saúde (SUS)”, conta. 

 

Dados 

Hoje, o câncer de colo uterino ocupa a quarta posição entre os cânceres mais frequentemente diagnosticados em mulheres, e representa a terceira causa de morte por câncer entre elas. “A cada ano, mais de 300.000 mulheres em todo o mundo morrem em decorrência desse tipo de câncer, e cerca de 90% dessas mortes ocorrem em países de média e baixa renda. Trazendo o foco para o Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima que a cada ano mais de 16.000 mulheres são diagnosticadas com câncer de colo uterino. No ano de 2019, mais de 6.500 mulheres morreram em decorrência dessa doença. E, embora tenhamos observado redução significativa no número de novos casos de câncer de colo uterino no Brasil, nos últimos 20 anos, ainda persistem importantes diferenças regionais. E, tão surpreendente quanto esses números, é o fato de que o câncer de colo uterino pode ser evitado. Vacinação pode mudar positivamente esse cenário . Sim, vacinas salvam vidas”, afirma Dr. Leonardo.

 

 

Leonardo Roberto da Silva - formado em Oncologia Clínica pela Universidade Federal Minas Gerais, é oncologista do CAISM/Unicamp, com função docente junto aos residentes em Oncologia Clínica da Unicamp. Mestre e Doutor em Oncologia Mamária pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, com doutorado sanduíche na Baylor College of Medicine – Houston/Texas, EUA. É membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e da Sociedade Europeia de Oncologia Clínica (ESMO). Leonardo faz parte do corpo clínico de oncologistas do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia e atua no Radium – Instituto de Oncologia, no Hospital Santa Tereza e no Hospital Madre Theodora


Temida principalmente pelas mulheres, as varizes podem ser evitadas

 De acordo com uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular 38% da população brasileira possui este diagnóstico. Médica Cirurgiã Vascular ensina a evitar as varizes e explica sobre os riscos do não tratamento

 

Fique atento! Você sabia que as tão famosas dores nas pernas, com sensação de peso e queimação podem ser um indício do aparecimento de varizes? Poucas pessoas sabem, mas esses sintomas podem ser sinal de má circulação sanguínea e podem causar rompimento nas veias. Segundo dados compartilhados pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, estudos mostram uma prevalência média de varizes em 38% na população geral brasileira, com maior incidência em mulheres (45%) e depois em homens (30%).
 

Saiba mais e aprenda a evitá-las 

As varizes são vasos venosos de pequeno, médio ou grande porte que se desenvolvem abaixo da pele por conta da má circulação sanguínea, dificultando o trabalho do organismo na transposição do sangue pelas veias. Os membros mais acometidos por este processo são os inferiores, principalmente os pés, pernas e coxas. 

Entre os diagnósticos, as varizes mais comuns são: Telangiectasias, pequenos vasos sanguíneos dilatados na pele ou nas mucosas; Veias reticulares, conhecidas como “aranhas vasculares”; Varizes de origem safênica, ou seja, que surgem por machucados, que são de calibres maiores e visíveis. 

De acordo com a médica cirurgiã vascular Alane Leite, não existe uma idade pré-definida para o surgimento das varizes, e vai de organismo e organismo para a evolução dos sinais, visto que é uma doença multifatorial com relacionamento direto da genética, hormônios e estilo de vida. 

“O aparecimento de varizes depende muito do estilo de vida dessa pessoa, seja jovem, adulto ou idoso. Há um ponto específico com relação às mulheres por conta do ciclo hormonal que é mais forte, tornando-as as principais vítimas das varizes. Na gravidez geralmente elas ficam mais suscetíveis devido ao aumento do volume uterino, que causa compressão de veias localizadas na pelve, dificultando o retorno venoso convencional”, explica a médica do Hospital Anchieta de Brasília. 

Já em relação à prevenção não existe segredo, e ela se dá a partir de um estilo de vida saudável, desde alimentação, hidratação, atividades físicas regulares e exames de rotina. 

“Praticar atividade física regular e respeitar seus limites, ter uma alimentação saudável a fim de manter em sinergia o peso ideal do corpo, evitar ficar longas horas em pé ou sentado, ficar atento ao uso excessivo de salto alto ou sapatos apertados por longos períodos, são algumas formas de prevenir das varizes. Uma outra dica especial, essa voltada para as mulheres que fazem o uso de anticoncepcional, é o acompanhamento com o ginecologista e angiologista, para exames e manutenção das dosagens”, explica Alane.

 

Tratamentos 

O principal tratamento para veias menores já acometidas são pequenos procedimentos que são feitos em consultórios, como a escleroterapia, que consiste na injecção localizada de medicamentos nos vasos dilatados; outra opção é com laser transdérmico, uma técnica de aplicação de luz específica que promove a contração e destruição da veia varicosa. 

Para veias maiores, o indicado é o tratamento cirúrgico convencional ou escleroterapia em paciente com alto risco cirúrgico. Para safenas, o indicado é a remoção total, podendo ser com técnica convencional de extração ou por meio de ablação, que é o processo de queimar a safena com uso de laser endovenoso ou radiofrequência. 

Vale lembrar que quem não trata a tendência é sempre aumentar de tamanho e ampliar a quantidade de varizes pelas partes acometidas.

 

Riscos

“O risco de não tratar varizes a longo prazo é de ter uma insuficiência venosa não controlada. Principalmente se tratando de veias mais grossas onde há a presença de edema persistente com alteração de consistência da pele, presença de hiperpigmentação (manchas escurecidas) e possíveis feridas”, explica Alane. 

Segundo a médica do Hospital Anchieta de Brasília, o risco de trombose com o desenvolvimento das varizes existe, mas é pequeno. “O principal risco são os quadros tromboflebite (veia grossas), porque a formação se coagula nas veias, o que leva a sentir muita dor e hiperemia (vermelhidão local), contudo pode ser tratado com compressas mornas e antiinflamatórios. Além desse quadro, as varizes não tratadas podem levar à insuficiência venosa grave, evoluindo para dermatite, edemas crônicos e em alguns casos até úlceras em membros”.


Mitos e Verdades sobre câncer de colo de útero

Preconceito mata! Entenda a importância de se falar do câncer que pode surgir após contato com vírus transmitido sexualmente e descubra o que é mito e verdade  

 

Muita gente ainda encara o câncer como tabu, e no caso da doença de colo de útero, o preconceito é dobrado. Como o Papilomavírus Humano (HPV), causador do problema, é transmitido por via sexual, ainda há a ideia errada de que só pessoas com múltiplos parceiros são suscetíveis. Por isso, muitas mulheres escondem o diagnóstico e outras não levam os filhos para vacinar na idade correta — a partir de 9 anos para meninas, e 11 para meninos — achando que, por não terem contato sexual, as crianças não precisam ser imunizadas. Nada mais incorreto, esclarece o oncologista Frederico Muller, do Hospital Marcos Moraes, no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro. “Vacinar precocemente, antes de a pessoa ter contato com o vírus, é muito importante porque garante uma proteção maior. Mas muitos pais acabam não levando os filhos porque pensam erroneamente que estarão incentivando a vida sexual das crianças. É uma mentalidade que tem que acabar. Países que alcançaram altos índices de imunização diminuíram drasticamente a quantidade de casos de câncer”, diz o oncologista. De acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de colo de útero, cujas campanhas de prevenção são celebradas este mês, deve atingir quase 17 mil mulheres este ano no Brasil, provocando 6.596 mortes. Para ajudar a esclarecer dúvidas sobre o assunto, o médico elaborou uma lista de mitos e verdades. Confira:

 

1) Só as meninas precisam vacinar — MITO. Os meninos precisam também ser imunizados porque, além de poderem transmitir o HPV, podem ser, eles mesmos, vítimas do vírus, que pode provocar câncer de pênis, na região retal, na cabeça e pescoço.

 

2) Só mulheres com múltiplos parceiros são contaminadas. MITO.  "A infecção pelo HPV é muito comum, e 80% das mulheres vão ser afetadas em algum momento da vida. A grande maioria dos casos se cura sozinha, mas alguns vão se transformar em câncer”, diz o médico. 

 

3) Camisinha é a melhor forma de prevenção. VERDADE — Junto da vacinação, o uso de preservativos, tanto masculinos quanto femininos, se mostra eficaz para diminuir a transmissão do vírus. Mas não é só através da penetração que o HPV pode se espalhar. O contato  com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal também pode ser perigoso.

 

4) Mulheres que tomam pílula têm mais chances de ter HPV — VERDADE. Junto do tabagismo e da vida sexual com múltiplos parceiros, a maior incidência do câncer de colo de útero é vista em mulheres que usam contraceptivos orais. “Isso pode acontecer porque elas, ao usarem a pílula, abandonam a camisinha, que é uma proteção sempre necessária”, diz o oncologista.

 

5) O câncer de colo de útero só é descoberto quando é tarde demais — MITO. Tratável, o câncer de colo de útero tem altas chances de cura se descoberto precocemente. As alterações celulares provocadas pelo HPV e que podem evoluir para a doença são facilmente detectadas no exame preventivo, conhecido também como Papanicolau. Por isso, a consulta ao ginecologista deve ser feita anualmente. “O Ministério da Saúde preconiza que o exame seja feito a partir dos 25 anos, mas o ideal é que se comece quando já se tem vida sexual ativa”, diz Muller. Na fase inicial, o câncer do colo do útero pode não apresentar sintomas. Quando está mais avançado, pode evoluir para a sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.

 

6) Todo mundo que tem HPV tem verrugas na área genital — MITO. Existem, segundo o oncologista, mais de 200 tipos de HPV. A vacina combate quatro tipos, o 6 e o 11, que provocam as verrugas, e o 16 e 18, que causam o câncer, mas não apresentam nenhuma lesão visível na área genital.

 

7) A vacina contra o HPV faz mal. MITO. Quando ela foi lançada, houve um temor injustificado de reações adversas. Isso pode, junto do preconceito, ter contribuído para a cobertura estar abaixo do ideal. Dados da Sociedade Brasileira de Imunização mostram que, de 2013 a 2020, o patamar mínimo de 80% foi atingido apenas pela primeira dose para meninas de 9 a 14 anos, que alcançou 83,4% de cobertura. A segunda dose para meninas chegou a 55,6%, mas entre meninos de 11 a 14 anos os índices foram de 57,9% para a primeira dose e de 36,4% para a segunda.

 

8) Toda mulher que desenvolve câncer de colo de útero não pode engravidar. MITO.  Pacientes jovens, com doença em fase inicial, têm condições de gestação, mas não é uma regra geral. “Cada caso deve ser analisado com o médico, e dependerá das condições da paciente”, diz Muller.


Excesso de peso em mochilas escolares pode trazer riscos para a coluna das crianças

Dr. Antônio Krieger alerta que crianças só devem erguer carga equivalente a 10% do próprio peso │Foto: Arquivo pessoal

 

O fim das férias e o retorno ao ano letivo presencial após praticamente dois anos de distanciamento social pode deixar pais e responsáveis em dúvida sobre os limites de peso das mochilas escolares das crianças. É comum que a lista de materiais solicitados ultrapassem os limites de carga que uma criança pode carregar. 

De acordo com o médico ortopedista especialista em coluna, Dr. Antônio Krieger, nesta época do ano os pais devem ficar atentos para evitar que o excesso de peso possa interferir na postura, no desenvolvimento da coluna, e até mesmo, para evitar dor nas costas das crianças. 

"Existem critérios que devemos cuidar para proteger a coluna das nossas crianças. Elas não devem erguer carga acima de 10% do próprio peso. Uma criança de 20 quilos poderia erguer na mochila somente 2 quilos", explica. 

O ortopedista também lembra que é importante calcular o peso da própria mochila. Isso porque muitas delas têm armação e sozinhas já ultrapassariam os limites da criança.
 

Mochilas de rodinhas - Uma das alternativas para não sobrecarregar a coluna são as mochilas com rodinhas. Outra opção é avaliar as possibilidades de diminuir os livros e materiais que não precisam ser levados diariamente para a escola.
 

Regulagem correta - De acordo com Krieger, quando a mochila está nas costas é extremamente importante que a regulagem das alças seja feita de forma correta. 

"A criança deve carregar a mochila sempre com as duas alças. Colocar o peso em apenas um dos ombros pode sobrecarregar a coluna, causando dor e até lesões. As alças da mochila devem ficar bem próximas às costas, sem ficar chacoalhando ou batendo no corpo", reforça o ortopedista.
 

Tamanho da mochila - Os pais também devem observar se o tamanho das mochilas se adequa a criança. "Ela deve cobrir o tronco e parar na altura da cintura. Se chegar na altura do bumbum ou para baixo disso, está muito grande e vai acentuar a lordose, a curva normal que nós temos na parte de baixo da coluna - o que acaba machucando", explica Krieger.

 

O que levar - Outra dica que faz diferença no peso é revezar os materiais das crianças, permitindo que elas levem apenas o material que será utilizado no dia de aula. "Se o aluno precisa de um livro para a aula de quarta-feira, não precisa carregar aquele peso na mochila a semana inteira", finaliza o ortopedista.


Vivo e WhatsApp se unem em campanha de segurança digital no aplicativo




A Vivo e o WhatsApp lançam em parceria inédita uma campanha com objetivo de reforçar a importância da segurança digital no aplicativo de mensagens. Através dos Gurus, os especialistas em tecnologia da Vivo, toda a semana serão lançados vídeos nas redes sociais da Vivo com dicas para deixar o WhatsApp mais seguro, evitar clonagem, detectar golpes, além de ensinar a ativar as configurações de segurança do aplicativo, como a confirmação em duas etapas, que funciona como uma camada extra de segurança para as contas. O código de verificação do aplicativo (enviado por SMS) será um dos pontos de destaque na campanha para que cada vez menos as pessoas compartilhem ele com estranhos, e toda a comunicação vai orientar os usuários a sempre entrarem em contato por chamada de voz ou vídeo com contatos que estejam pedindo dinheiro no aplicativo.

A campanha, criada pela VMLY&R, conversa com todos os públicos, desde jovens até os 60+, e traz as influenciadoras Laura Seraphim e Coracy Arantes, respondendo dúvidas reais, levantadas em social listening.

Confira aqui:


Mais de 70% da população endividada - sete dicas para sair da situação

O Brasil fechou 2021 com uma média de 70,9% das famílias brasileiras endividadas, no maior número em 11 ano, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgados em 18 de janeiro. Só no mês de dezembro o patamar alcançou 76,3% do total de famílias. 

Ou seja, nunca a população brasileira recorreu tanto ao crédito. Para o especialista em educação financeira do canal Dinheiro à Vista, Reinaldo Domingos, se for considerar que ao comprar parcelado as pessoas estão endividadas, a situação é muito mais complexa, sendo necessário para as famílias estratégias para o momento.
  

Domingos conta que é essencial não entrar em desespero, analisar a situação através de um diagnóstico financeiro e assim sair definitivamente dessa situação. "É preciso evitar fazer novas dívidas antes de quitar as já existentes, tomando cuidado para não entrar numa bola de neve. O primeiro passo é mapear essas dívidas para saber o tamanho do problema e isso exige coragem e determinação", aconselha. 

"Ter dívidas não é necessariamente um problema, todos nós temos dívidas, mas não conseguir honrá-las leva à inadimplência ", complementa Reinaldo Domingos que preparou 7 orientações para sair definitivamente do vermelho e controlar os gastos com maior segurança:
 

1- Colocar na ponta do lápis todas as dívidas que possuir, separando as que correspondem a serviços e produtos de necessidade básica, que não podem ser cortados (como água, energia elétrica, gás e aluguel) e as que sofrem juros mais altos (como cartão de crédito e cheque especial), considerando essas como prioridade para pagamento. Antes de sair se enrolando para pagar, faça um diagnóstico financeiro, para saber como pode diminuir as despesas mensais, fazendo sobrar dinheiro para pagar as dívidas em atraso e assim sair do vermelho;
 

2- Anote durante 30 dias todos os gastos que tiver, separando por tipo de despesa. Isso inclui gastos "pequenos", que podem até ser considerado menos importantes, como gorjetas e guloseimas, pois no final do período será possível compreender de que forma, efetivamente, seu dinheiro está sendo gasto. Reflita sobre os hábitos e comportamentos que o levaram a chegar nessa situação, assim saberá o que deve mudar e quais gastos irá reduzir ou eliminar;


3- Tenha em mente que só se deve negociar uma dívida quando se tem condições de fazer isso, ou seja, após se planejar, pois um passo precipitado pode até piorar a situação. Portanto, só se deve procurar um credor, quando já souber quanto terá disponível mensalmente para pagar e, então, poder negociar;


4- Trocar uma dívida pela outra nem sempre é a melhor alternativa. É claro que o crédito consignado, por exemplo, oferece juros baixos em comparação ao cartão de crédito, cheque especial e financiamentos, já que o pagamento é retido diretamente do salário. Justamente por isso é preciso cautela, já que para quem já está com dificuldade em administrar as finanças, ter sua renda habitual reduzida pode desencadear novos endividamentos e problemas ainda maiores, virando uma bola de neve;


5- Para não agravar a situação, antes de realizar qualquer compra, se faça algumas perguntas como "Eu realmente preciso desse produto?", "O que ele vai trazer de benefício para a minha vida?", "Estou comprando por necessidade real ou movido por outro sentimento, como carência, baixa autoestima ou influência de terceiros?". Ao fazer isso, terá uma grande surpresa sobre a quantidade de coisas adquirida apenas por impulsividade;


6- Em momentos de crise financeira, que são passageiros, é importante resgatar sonhos, objetivos que realmente importam e que farão a pessoa ter ainda mais motivos para "dar a volta por cima". É preciso relacionar no mínimo três sonhos: um de curto prazo (a ser realizado em até um ano), um de médio prazo (entre um a dez anos) e outro de longo prazo (acima de dez anos), sendo que um deles deve ser o de sair das dívidas;


7- Com os números do diagnóstico financeiro em mãos, é possível conhecer a sua força de poupança após os cortes para realizar o sonho de sair das dívidas sem que tenha que fazer outra dívida. Mês após mês, é preciso aplicar esse dinheiro em um investimento que seja coerente ao tipo de objetivo (prazo) e ao perfil do investidor. Caso tenha dificuldade para investir, é válido consultar um especialista.

 

Posts mais acessados