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O Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril,
chama atenção para uma condição ainda pouco visível, mas que impacta
profundamente milhões de pessoas em todo o mundo: as feridas crônicas.
De acordo com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, cerca
de 20 milhões de pessoas convivem com feridas crônicas no mundo, enfrentando
desafios físicos, emocionais e sociais decorrentes dessa condição.
No Brasil, um estudo publicado na Revista da Escola
de Enfermagem da USP, realizado com 339 idosos atendidos na atenção básica,
revelou uma prevalência de 11,8% de feridas crônicas. As principais causas
apontadas foram lesões por pressão (5%), úlceras diabéticas (3,2%) e úlceras de
origem vasculogênica (2,9%).
Nos Estados Unidos, um artigo publicado em 2023 na
revista científica Advances in Wound Care, liderado pelo pesquisador Chandan K.
Sen, estima que aproximadamente 2% da população americana é afetada por feridas
crônicas, com maior incidência entre idosos e pessoas com doenças metabólicas.
“O que torna as feridas crônicas tão desafiadoras é
seu caráter persistente e o impacto que causam no bem-estar físico e emocional
dos pacientes”, explica a enfermeira da Vuelo Pharma, Andrezza Barreto.
“A cicatrização é um processo complexo, dividido em
três fases - inflamatória, proliferativa e de maturação - que exige cuidados
específicos em cada etapa para evitar complicações como infecções ou necroses”,
completa ela.
Ainda segundo o estudo da USP, fatores como dor,
odor, presença de exsudato e tempo de duração da ferida estão diretamente
associados à deterioração da qualidade de vida dos pacientes.
O bem-estar emocional, segundo os autores da
pesquisa, é uma das dimensões mais afetadas, reforçando a necessidade de uma
abordagem terapêutica que vá além do cuidado físico.
O impacto econômico também chama atenção. Um
relatório publicado pela consultoria Fortune Business Insights em 2023 aponta
que os gastos anuais com úlceras venosas e outras feridas crônicas ultrapassam
4,94 bilhões de dólares nos Estados Unidos. Na Austrália, dados da Australian
Wound Management Association mostram que o governo investe cerca de 3 bilhões
de dólares por ano no tratamento dessas lesões.
Ainda de acordo com o relatório da Fortune Business
Insights, o mercado global de tratamento de feridas crônicas foi avaliado em
13,29 bilhões de dólares em 2023, com expectativa de atingir 24,03 bilhões até
2032. O crescimento é impulsionado pela demanda crescente por tecnologias
avançadas que tornem o tratamento mais eficaz e humanizado.
Nesse cenário, soluções inovadoras têm se destacado
no cuidado com feridas. A membrana regeneradora Membracel, por exemplo, atua
como um substituto temporário da pele, promovendo a cicatrização acelerada, o
alívio da dor e a proteção contra contaminações externas. De acordo com a
Vuelo, fabricante do produto, a estrutura da membrana mantém a umidade ideal no
leito da ferida, criando um ambiente favorável à regeneração celular.
“Neste Dia Mundial da Saúde, nos unimos a todas as
vozes que tentam reforçar a importância de dar visibilidade a desafios que
muitas vezes passam despercebidos, mas que afetam milhões de pessoas no mundo e
demandam atenção integrada, multidisciplinar e tecnológica”, finaliza o CEO da
Vuelo Pharma, Thiago Moreschi.
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