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Dormir bem é essencial para a saúde. Cada organismo tem necessidades específicas
de descanso para manter o equilíbrio interno. Muitas vezes, o sono vem
acompanhado de ronco, o que pode ser um problema sério. “O ronco só é
considerado aceitável, quando transitório devido a um resfriado, por exemplo.
Fora isso, é importante procurar um médico para avaliar se há apneia do sono”,
explica a Dra. Raquel Rodrigues, otorrinolaringologista do HOPE - Hospital de
Olhos de Pernambuco.
A
médica explica que a apneia do sono são as pausas respiratórias que ocorrem
durante o sono. Quando dormimos, relaxamos a musculatura da garganta e,
naturalmente, há a queda da língua com o deslocamento da mandíbula, provocando
uma obstrução da garganta que impede a passagem do ar, conhecida como apneia.
“Essa doença pode ser do tipo central, que é quando ocorre uma falha no comando
respiratório, e pode ser obstrutiva, sendo a mais comum, na qual ocorrem as
pausas respiratórias durante o sono. Mas algumas pessoas podem ter apneia
mista, ou seja, essas irão apresentar tanto a central quanto a obstrutiva”, completa
a Dra. Raquel.
É
necessário um exame médico para diferenciar um ronco comum de uma apneia.
“Somente a polissonografia pode afirmar se existe ou não a doença. Esse teste
consiste em avaliar o sono, utilizando gravação de áudio e vídeo enquanto o paciente
dorme. Além disso, são colocados alguns sensores sobre a pele”, diz a
otorrinolaringologista.
Para
pessoas com histórico de ronco, o acompanhamento com um otorrinolaringologista
é essencial. Segundo a Dra. Raquel, “na maioria dos casos, com o tratamento
adequado, é possível melhorar a apneia. No entanto, quando não tratada, a
condição pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, elevando
significativamente as chances de infarto. Além disso, a apneia pode causar
alterações nos níveis de colesterol e impactar o humor. Muitas vezes, o cansaço
persistente está diretamente ligado a um quadro de apneia não tratada.”
O
tratamento da apneia vai variar de acordo com a gravidade e as repercussões que
está causando naquele paciente. “Cada histórico deve ser avaliado
individualmente, podendo incluir desde uma fonoterapia para fortalecer a
musculatura, uso de aparelho intraoral, cirurgias e, em alguns casos, a
utilização do CPAP, que joga o ar com força, mantendo a via aérea aberta e
eliminando a apneia.”
Além
do tratamento médico, algumas mudanças no estilo de vida podem contribuir para
a melhora da apneia do sono. “Manter um peso adequado, evitar o consumo de
álcool e sedativos antes de dormir, praticar atividades físicas regularmente e
adotar uma posição adequada para o sono são algumas medidas que podem reduzir
os episódios de apneia. Além disso, a reeducação respiratória e exercícios para
fortalecimento da musculatura da garganta podem ser aliados importantes no
combate ao problema. O mais importante é que o paciente busque ajuda
especializada o quanto antes, evitando complicações que possam comprometer sua
qualidade de vida e bem-estar”, finaliza a Dra. Raquel Rodrigues.
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