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terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Dermatologista esclarece: vitiligo não evolui para albinismo

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Sociedade Brasileira de Dermatologia - Secção RS (SBD-RS) esclarece diferenças entre os dois tipos de situações que foram citados em reality show da televisão brasileira


A participação da modelo mineira Natália Deodato no reality show Big Brother Brasil (BBB) colocou em debate não apenas o preconceito vivido por quem tem vitiligo. Além do tema ter ganhado destaque, um comentário chamou a atenção de especialistas. Diferente do que foi afirmado pela participante do programa, o vitiligo não evolui para albinismo. Embora tanto o vitiligo quanto o albinismo sejam distúrbios que afetam a pele, eles não são a mesma coisa e têm mecanismos de ação distintos.

"O vitiligo é uma doença autoimune na qual há anticorpos agindo contra os melanócitos, que são os responsáveis por darem cor para pele. Com isso, surgem manchas brancas, mais claras que nossa pele, que podem ser localizadas e pequenas ou extensas e acometerem o corpo inteiro. O mais comum, nestes casos, é que seja em determinadas partes do corpo", explica o médico dermatologista e diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Juliano Peruzzo.

Por outro lado, o albinismo é uma doença genética, na qual o paciente nasce sem nenhum tipo de pigmentação.

"O albinismo pode ser em todo o corpo ou também algo que acomete a coloração dos olhos. Há ausência de pigmentação da íris em alguns casos. Alterações neurológicas também podem estar presentes. A condição, então, é genética", complementa o médico

O tratamento para o vitiligo pode ser com medicações tópicas ou dependendo da condição, com tratamento via oral. Além disso, pode ser incluída a fototerapia, orientada por um médico dermatologista.

“A avaliação do médico, nos pacientes com vitiligo, é fundamental uma vez que o especialista pode trabalhar na prevenção e métodos para frear o avanço das manchas”, finaliza.

As duas doenças, além de estarem associadas à produção de melanina, têm uma coisa em comum: não são contagiosas e não há qualquer razão para ter preconceito contra as pessoas que possuem essas características.

 

 

Marcelo Matusiak


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