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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Abuso e dependência de álcool atingem 5,6% dos brasileiros



Na Semana de Combate ao Alcoolismo, CISA chama a atenção para o papel da família na prevenção do uso abusivo de álcool e no sucesso do tratamento nos casos em que a doença foi diagnosticada


O uso abusivo de álcool é um dos fatores de risco de maior impacto para o desenvolvimento de doenças, incapacidades e mortalidade em todo o mundo, e está relacionado a 3,3 milhões de mortes a cada ano – o que significa dizer que quase 6% de todas as mortes no mundo são atribuídas total ou parcialmente ao álcool.

No Brasil, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que 5,6% da população apresenta transtornos relacionados ao uso de álcool (abuso e dependência). Por isso, na Semana de Combate ao Alcoolismo, o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool – CISA, organização não governamental que se destaca como uma das principais fontes para o tema, alerta sobre a importância dos familiares com relação a esse problema de saúde pública.

“A família é peça-chave tanto na prevenção do uso abusivo do álcool, como em casos em que o problema já está instalado. Inclusive, não são poucas as vezes em que o tratamento se inicia na família, principalmente porque o usuário de álcool não aceita seu problema, não reconhece que o uso de bebidas alcoólicas traz consequências negativas ou está desmotivado para buscar ajuda”, afirma o presidente executivo do CISA, o psiquiatra e especialista em dependência química Dr. Arthur Guerra.
Em se tratando da prevenção entre crianças e jovens, é de vital importância que pais e familiares assumam sua responsabilidade na formação de valores que protejam essa população mais vulnerável do consumo precoce e excessivo de álcool. “É preciso considerar que, muitas vezes, as pessoas bebem para serem aceitas em um grupo, e isso é muito comum entre os jovens. A questão é que, quanto mais cedo se inicia o uso, maior o risco de desenvolver dependência”, explica.

Entre as medidas protetivas estão o diálogo aberto e amigável, para que os filhos se sintam à vontade para tirar dúvidas, o relacionamento de parceria e confiança e a manutenção de hábitos saudáveis em casa. Afinal, nada melhor do que dar o exemplo.


Para os casos em que a doença já foi diagnosticada, a família também é parte importante do tratamento. De acordo com o especialista, um acompanhamento específico e dirigido para os familiares é essencial para que possam compreender a doença e seus desdobramentos, assim como receber orientação adequada sobre a melhor forma de ajudar o ente querido e a si mesmo.

“O alcoolismo é uma doença crônica, assim como diabetes e hipertensão, e totalmente passível de tratamento. Por ser uma doença complexa, é interessante que o tratamento seja multidisciplinar, para atender às diversas necessidades do paciente. Nesta fase, o apoio da família continua sendo fundamental, principalmente para auxiliar a pessoa a refazer seu círculo de amigos ".

Outro fator importante apontado pelo Dr. Arthur Guerra é a prática regular de atividade física, uma vez que as endorfinas, hormônios produzidos pelo próprio corpo durante o exercício, trazem sensação de bem-estar. Além disso, a prática esportiva permite o contato com pessoas de interesses similares e pode ajudar também na prevenção de recaídas.


No Brasil, os locais mais conhecidos para tratamentos gratuitos especializados são os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-AD) e hospitais públicos e conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS).








Centro de Informações sobre Saúde e Álcool – CISA


A queda da Selic é boa para as PMEs?


No início do mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) reuniu-se e, pela 11ª vez consecutiva, decidiu baixar a taxa Selic, que agora opera em 6,75% ao ano. 
O índice, que chegou ao menor nível da história, não surpreendeu os analistas financeiros, mas para alguns empresários –especialmente os que têm pequenos e médios negócios – trouxe uma dúvida: o que isso muda?    
 
Em tese, a redução da taxa básica estimula a economia, pois os juros menores barateiam o crédito e, como consequência, incentivam a produção e o consumo em um cenário de movimentação econômica fraca. Assim, para os empreendedores que passam por dificuldades financeiras ou têm projetos entravados por falta de investimento, a situação tende a melhorar, já que as taxas para conseguir crédito caem. 

Mas, na realidade, as pequenas e médias empresas não têm sentido os efeitos da baixa da Selic.  Os juros do cheque especial e do cartão de crédito, por exemplo, ainda alcançam níveis absurdos; e, ao que parece, o cenário não mudará a curto prazo.

Felizmente, essa situação propicia o crescimento de outras instituições financeiras que oferecem verdadeiros benefícios aos empreendedores: as fintechs. Além da possibilidade de juros mais baixos, essas startups diferenciam-se por proporcionar praticidade e agilidade – qualidades fundamentais àqueles que procuram crédito para aperfeiçoar ou, em muitos casos, garantir a sobrevivência do negócio no mercado.   

Os números refletem o fortalecimento dessa tendência que, ao que tudo indica, veio para ficar. Entre 2016 e 2017, o número de fintechs no país cresceu 140%, de acordo com a Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs). 

Os reflexos da crise, aliados à falta de tempo que atinge a rotina dos empresários, faz com que, cada vez mais, os processos precisem ser desburocratizados para atender às necessidades de quem empreende. Às instituições financeiras, portanto, cabe aprimorar constantemente os serviços para conquistar esse público. Mas, afinal, quem ganha em meio a essa competição? Quem souber inovar mais e, principalmente, as PMEs, que desfrutarão do aperfeiçoamento dos serviços disponíveis. 







Alexandre Góes - diretor de Meios de Pagamentos da TrustHub, fintech especializada na antecipação de recebíveis a PMEs.


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