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terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Vacinação contra febre amarela terá dose fracionada em três estados



O Ministério da Saúde informa que, em decisão conjunta com os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, a campanha de fracionamento da vacina contra a febre amarela será antecipada para o dia 25 de janeiro



A campanha de fracionamento da vacina contra a febre amarela começa nesta quinta-feira (25) nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A antecipação foi adotada porque o Ministério da Saúde já repassou, a ambos os estados, os insumos que serão utilizados nas campanhas.

Em São Paulo, 54 municípios participarão da campanha, com previsão de vacinar 8,3 milhões de pessoas, sendo 6,3 milhões com a dose fracionada e 2 milhões com a padrão.

Já no Rio de Janeiro, 7,7 milhões de pessoas deverão receber a dose fracionada e 2,4 milhões a padrão, em 15 municípios.

Até o momento, a campanha de vacinação no estado da Bahia permanece para a data prevista anteriormente: entre 19 de fevereiro e 9 de março. Na Bahia, 2,5 milhões de pessoas serão vacinadas com a dose fracionada e 813 mil com a dose padrão em oito municípios.

“A estratégia de fracionamento da vacina é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) quando há aumento de epizootias e casos de febre amarela silvestre de forma intensa, com risco de expansão da doença em cidades com elevado índice populacional e que não tinham recomendação para vacinação anteriormente. A dose fracionada tem mostrado a mesma proteção que a dose padrão. Estudos em andamento continuarão a avaliar a proteção posterior a esse período. A única diferença está no volume. A dose padrão (0,5 Ml) protege por toda a vida, enquanto a dose fracionada (0,1 Ml) protege por pelo menos doze meses, segundo estudo realizado pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz)”, afirma o explica o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

Segundo Chencinski, que é editor do BLOG PEDIATRA ORIENTA da Sociedade de Pediatria de São Paulo, “a busca por informações sobre a vacinação contra a febre amarela, bem como sobre a vacinação fracionada é crescente e intensa nos últimos dias, tanto por meio das redes sociais, quanto presencialmente. Buscando orientar, da melhor maneira, as famílias, a Sociedade de Pediatria de São Paulo, por meio do seu Departamento de Imunizações, produziu um documento, listando as principais dúvidas das famílias sobre a vacinação contra a febre amarela”.

A seguir, o médico destaca alguns pontos centrais do documento, esclarecendo as principais dúvidas sobre o tema presentes nas redes sociais nos últimos dias. Confira:


  • O que é a febre amarela silvestre (FAS)?

Febre amarela silvestre é um termo que se refere ao ciclo de transmissão da doença, que se caracteriza pelos atores que participam da transmissão, sendo eles os primatas não humanos PNH (macacos), tendo os mosquitos silvestres como transmissores (vetores). O termo é útil para diferir a Febre Amarela Urbana (FAU), circunstâncias em que os atores da transmissão se modificam com a participação do homem como hospedeiro principal e os mosquitos de hábitos urbanos como principais vetores na transmissão, como o Aedes aegypti. Essa forma de transmissão não é registrada no Brasil desde 1942, embora permaneça como importante ameaça ainda nos dias de hoje.


  • Como a doença é transmitida? 

A febre amarela silvestre é transmitida pela picada de mosquitos Haemagogus Sabethes, que vivem predominantemente em áreas silvestres e de matas. Ao picar um macaco doente, o mosquito adquire o vírus e, depois de alguns dias, passa a ser capaz de transmitir a febre amarela a outros macacos ou humanos.


  • Como a doença pode ser evitada? 

A melhor forma de evitar é por meio da vacinação. A vacina está disponível durante todo o ano nas unidades de saúde e deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de risco, principalmente, para os indivíduos que são vacinados pela primeira vez.


  • Que lugares constituem áreas de risco? 

No Brasil, a vacinação é recomendada para as pessoas que residem ou que se deslocam para os municípios que compõem a Área Com Recomendação de Vacinação. No entanto, as áreas consideradas de maior risco de exposição são os locais de matas, florestas, rios, cachoeiras, parques e o meio rural que, em geral, abriga vírus, hospedeiros e vetores naturalmente, aumentado o risco de exposição ao ciclo natural da doença.


  • Que época do ano a doença é mais comumente registrada? 

A série histórica da doença no Brasil tem demonstrado maior frequência de ocorrência de casos humanos nos meses de dezembro e maio, como um padrão sazonal. Esse fato ocorre principalmente no verão, quando a temperatura média aumenta na estação das chuvas, favorecendo a reprodução e proliferação de mosquitos (vetores) e, por consequência o potencial de circulação do vírus.


  • Em que horário do dia há maior risco de ser picado pelo mosquito vetor? 

Os vetores silvestres têm hábitos diurnos, realizando o repasto sanguíneo durante as horas mais quentes do dia, sendo os vetores dos gêneros Haemagogus e Sabethes, geralmente, mais ativos entre as 9h e 16h da tarde.


  • Qualquer pessoa está em risco de contrair febre amarela silvestre? 

Sim. Qualquer pessoa não vacinada, independentemente da idade ou sexo, que se exponha em áreas de risco e/ou com recomendação de vacina.


  • Quanto tempo leva para que a doença se torne aparente? 

O período de incubação é, geralmente, de três a seis dias após o contato com o vírus. Em situações esporádicas, esse tempo pode ser maior com até 10 a 15 dias.


  • Quais os sintomas da doença?  
                     
Os sintomas iniciais da febre amarela incluem o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. A maioria das pessoas melhora após os sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% dos casos apresenta um breve período de melhora dos sintomas e, então, desenvolvem uma nova fase mais grave da doença. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia (especialmente a partir do trato gastrointestinal) e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20-50% das pessoas que desenvolvem a forma grave da doença podem morrer.


  • O que você deve fazer se apresentar os sintomas?

Depois de identificar sintomas em pessoas com histórico de exposição compatível com a febre amarela silvestre, deve-se procurar um médico na unidade de saúde mais próxima e informar sobre qualquer viagem ou atividade de risco em até 15 antes do início dos sintomas. A observação da morte de macacos, picadas de mosquitos nos lugares de exposição devem ser informadas aos médicos e enfermeiros, assim como o histórico do uso (ou não) da vacina contra a febre amarela.


  • Como a febre amarela silvestre é tratada? 

Não há tratamento específico contra a doença. O médico deve tratar os sintomas, como dores no corpo e cabeça, com analgésicos e antitérmicos. Salicilatos devem ser evitados (AAS e Aspirina), pois o uso pode favorecer manifestações hemorrágicas. O médico deve estar alerta para quaisquer indicações de agravamento do quadro clínico.


  • Qual é a diferença entre a febre amarela silvestre (FAS) e febre amarela urbana (FAU)? 

Febre Amarela Silvestre ocorre nas matas e os principais atores desse ciclo de transmissão são os mosquitos silvestres dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que contraem o vírus dos macacos e os transmitem aos hospedeiros susceptíveis. Já na febre amarela urbana, mudam os atores do ciclo de transmissão e o homem passa a ser o hospedeiro principal, sendo o Aedes aegypti, o principal vetor. A diferença entre elas (FAS e FAU) é o vetor e o hospedeiro principal. Na cidade, a doença é mantida num ciclo de transmissão entre o homem e o Aedes aegypti, como ocorre na dengue. Desde 1942, o Brasil não registra casos de febre amarela de transmissão urbana.


  • A febre amarela silvestre é contagiosa? 

A doença não é contagiosa, ou seja, não há transmissão de pessoa a pessoa e de animais às pessoas. É transmitida somente pela picada de mosquitos infectados com o vírus da febre amarela.


  • Como se previne a doença FA?

A principal forma de prevenção da FA é por meio da vacinação. Recomenda-se que outras medidas de proteção individual sejam adotadas, principalmente para quem tem alguma contraindicação para receber a vacina como: usar repelente de insetos, de acordo com as indicações do produto; proteger a maior extensão possível de pele, através do uso de calça, compridas, blusas de mangas compridas e sem decotes, de preferência largas, não coladas ao corpo, meias e sapatos fechados; evitar, na medida do possível, o deslocamento para áreas rurais e, principalmente, adentrar em matas, seja a trabalho ou a turismo; passar o maior tempo possível em ambientes refrigerados, uso de mosquiteiros e telas nas janelas. Atenção às crianças menores de 9 meses de idade, pois elas não irão receber a vacina, portanto devem utilizar repelente de acordo com as orientações de faixa etária de cada produto, bem como utilizar  mosquiteiros e permanecer em  ambiente protegido.



  • Quais os tipos de repelentes existentes que podem ser empregados preventivamente?

Produtos contendo DEET, icaridina, óleo de eucalipto ou IR3535 oferecem proteção contra picadas de mosquito, com eficácia e duração de ação variadas e indicações específicas. Os produtos à base de DEET têm duração de ação de aproximadamente 2 a 5 horas, dependendo da sua concentração. Os produtos à base de IR3535 duram cerca de 4 horas após a sua aplicação. Os produtos à base de icaridina têm duração de ação de 5 a 10 horas, dependendo da concentração utilizada. 


  • Crianças e gestantes podem usar todos os tipos de repelentes ou existem indicações específicas?

No Brasil, os repelentes podem ser usados da seguinte forma:

  1. O IR3535 e a icaridina podem ser usados em crianças acima de 6 meses, adolescentes e adultos, podendo ser usados em gestantes;
  2. O DEET pode ser usado em crianças acima de 2 anos de idade, podendo também ser usado em gestantes.


  • Como os vários tipos de repelentes devem ser usados?

Aplique os repelentes apenas nas superfícies expostas e nas roupas. Evite utilizar o repelente nas áreas embaixo da roupa. Nunca use repelentes em ferimentos, áreas da pele irritadas ou cortes. Não aplique sobre os olhos ou boca. Quando utilizar sprays, não aplique diretamente sobre o rosto – aplique nas mãos primeiro e depois esfregue com cuidado no rosto. Não permita que as crianças manipulem e apliquem o produto. Aplique primeiro nas mãos e, em seguida, aplique na pele da criança. Apesar do maior risco de picadas de mosquitos ocorrer no crepúsculo ou ao amanhecer, as picadas podem ocorrer em qualquer momento do dia.


  • Qual é a vacina contra a febre amarela utilizada no país e oferecida pelo SUS?

Desde 1937, a vacina utilizada no Brasil, é composta de vírus vivo atenuado, contendo subcepa 17DD do vírus da febre amarela, cultivado em ovos de galinha embrionados livres de germes patogênicos. É produzida no Brasil, pelo Laboratório Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz/Fiocruz, do Ministério da Saúde, credenciado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).



  • A vacina provoca algum tipo de reação? A reação à vacina pode ser grave?

A vacina febre amarela é de maneira geral bem tolerada. A partir do 3º-4º, podemos observar, em aproximadamente 2%-5% dos vacinados, febre, dor de cabeça, dores musculares, dores de cabeça, náuseas, vômitos, dentre outros sintomas. Para controle destes eventos, quando necessário, poderão ser usados analgésicos como o paracetamol ou a dipirona. Eventos adversos graves (reações anafiláticas, doença viscerotrópica e doença neurológica) raramente são associados à vacina. No Brasil, entre 2007 e 2012, foram relatados apenas 1 evento adverso grave em cada 250.000 doses administradas.


  • O que é dose fracionada da vacina febre amarela?

É a utilização de um quinto (1/5) de uma dose padrão (0,5 mL) da vacina febre amarela (VFA), ou seja, 0,1mL. Retira-se do frasco da vacina uma dosagem menor do que a que é habitualmente  utilizada. No entanto, a proteção e a segurança da dose fracionada é a mesma do que a dose padrão.


  • Qual é a diferença da dose fracionada para a dose padrão?

A diferença está na dosagem e no tempo de proteção. Na dose padrão, será aplicada 0,5 mL da vacina febre amarela, enquanto na dose fracionada será aplicada 0,1 mL. O tempo de proteção da dose padrão é para toda a vida, já a dose fracionada tem duração de pelo menos 12 meses. Estudos em andamento continuarão a avaliar a proteção posterior a esse período.


  • Qual a via de administração da vacina febre amarela, dose fracionada?

Via subcutânea.


  • O que especialistas dizem a respeito da dose fracionada?

A Organização Mundial da Saúde, em julho de 2016, revisou evidências existentes que demonstraram que o uso da dose fracionada da vacina de febre amarela proporciona proteção contra a doença similar a observada com o uso da dose padrão.  Portanto, uma dose fracionada de 1:5, definida como 0,1mL foi recomendada para a utilização (dose padrão consiste de 0,5mL).


  • Qual é a validade da dose fracionada?

Estudos realizados por Bio-Manguinhos/Fiocruz apontam a presença de anticorpos contra febre amarela, após 8 anos, semelhante ao observado com a dose padrão neste mesmo período. Estudos em andamento continuarão a avaliar a proteção posterior a esse período. Na revisão de estudos sobre a utilização da dose fracionada, a OMS constatou não haver inferioridade na resposta imune, mas estudos e recomendações apontam para uma proteção segura, por enquanto, por pelo menos 12 meses.


  • Quando a dose fracionada da vacina febre amarela deve ser utilizada?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a utilização da dose fracionada em situações de surtos, quando existe o risco de expansão da doença em cidades com elevado contingente populacional e que exigem intensificação das estratégias de vacinação em curto período de tempo.


  • Por que a dose fracionada da vacina febre amarela deve ser utilizada?

O uso de doses fracionadas é a melhor maneira de ampliar o suprimento de vacinas e proteger o maior número possível de pessoas, impedindo, portanto, a propagação da febre amarela em situações de emergência.


  • Quem deverá passar por uma avaliação dos serviços de saúde tanto para receber a dose padrão como a fracionada?

  1. Idosos;
  2. Pessoas que terminaram tratamento de quimioterapia e radioterapia;
  3. Pessoas com doenças hematológicas (do sangue), renais e hepáticas;
  4. Grávidas;
  5. Pessoas em uso de corticoide.

  • Quem não pode tomar a vacina?

  1. Crianças menores de 9 meses de idade;
  2. Mulheres amamentando crianças menores de 6 meses de idade;
  3. Pessoas com alergia grave ao ovo;
  4. Pessoas que vivem com HIV e que tem contagem de células CD4 menor  que 350;
  5. Pessoas em de tratamento com quimioterapia/ radioterapia;
  6. Pessoas portadoras de doenças autoimunes;
  7. Pessoas submetidas a tratamento com imunossupressores (que diminuem a defesa do corpo).

  • Quem são as pessoas  que  devem receber a dose padrão da VFA?

  1. Pessoas que vivem com HIV e que tem contagem de células CD4 maior que 350;
  2. Pessoas que terminaram tratamento de quimioterapia e radioterapia;
  3. Pessoas com doenças hematológicas (do sangue);
  4. Grávidas;
  5. Crianças de 9 meses a menores de 2 anos de idade;
  6. Viajantes internacionais também receberão a dose padrão, uma vez que o Regulamento Sanitário Internacional (RSI) ainda não autorizou a utilização da dose fracionada para a emissão do Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP). Deverá ser apresentado no ato da vacinação, comprovante de viagem (boleto de passagem área ou hotel, convite para participação em eventos internacionais, entre outros) para países que exijam o CIVP para entrada no país.

  • Quem são as pessoas que devem receber a dose fracionada da VFA?

Todas as pessoas, a partir de 2 anos de idade, sem comprovação de vacinação, inclusive idosos e indígenas, exceto aquelas com alguma contraindicação ou com recomendação de receber a dose padrão.


  • As pessoas que receberão a dose fracionada receberão o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP)?

Não, pessoas que irão viajar para países para que exijam o CIVP para entrada no país deverão receber uma dose padrão, pois somente essa é válida e dá direito à emissão do CIVP. Deverá ser apresentado no ato da vacinação, comprovante de viagem (boleto de passagem área ou hotel, convite para participação em eventos internacionais, entre outros) para países que exijam o CIVP para entrada no país.


  • A pessoa residente em município sem recomendação para vacinação contra febre amarela e que irá se deslocar para uma área onde está ocorrendo vacinação contra febre amarela com dose fracionada, deverá receber a dose fracionada ou dose padrão antes da viagem?

A indicação de vacinação deverá ser feita para locais onde há ocorrência de casos humanos ou epizootias. Nessa situação deverá receber a dose padrão, 10 dias antes da viagem. Em alguns municípios apesar de não estar ocorrendo a circulação ativa do vírus de febre amarela, a vacinação está sendo feita de forma preventiva e nessa situação não há necessidade de vacinação. 


  • A pessoa residente no município onde está ocorrendo vacinação contra febre amarela com dose fracionada e que irá se deslocar para uma área com recomendação para vacinação (ACRV) deverá receber a dose fracionada ou dose padrão antes da viagem?

Depende do grupo que ela está inserida haverá a recomendação de receber a dose padrão ou a fracionada.


  • Como serão identificadas as pessoas que receberem a dose fracionada da VFA?

O Ministério da Saúde disponibilizará aos estados etiquetas adesivas para a identificação da dose fracionada administrada.  Esta etiqueta deve ser preenchida e fixada na Caderneta de Vacinação.


  • Existe um maior risco de ocorrência de eventos adversos com uma dose fracionada da vacina?

A composição da dose fracionada é a mesma da vacina de dose padrão e é tão segura e eficaz quanto a primeira. Não há evidências de aumento de eventos adversos ao usar uma dose fracionada.


  • Como deve ser realizado o registro da dose fracionada?

Deve ser realizado nominalmente, por meio de formulário próprio, a ser utilizado pelos serviços de saúde do SUS. As informações contidas neste, devem ser digitadas exclusivamente no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) por meio do site http://sipni.datasus.gov.br para quem utiliza SIPNI online ou por meio do SIPNI desktop.


  • Depois de quanto tempo após receber a vacina da febre amarela, eu posso doar sangue?

A doação de sangue só poderá ser feita após 28 dias do recebimento da vacina, com isso, o doador poderá procurar o serviço de hemoterapia para realizar a doação antes de receber a vacina.

 

 

 

 

Moises Chencinski

site: http://www.drmoises.com.br

Email: fale_comigo@doutormoises.com.br

 

 

 

 

DA MENTIRA COM TORCIDA AO ESPLENDOR DA VERDADE



“Todos têm direito à própria opinião, mas não a seus próprios fatos”. Daniel Patrick Moyniham


Em 1980, a jornalista Janet Cooke trabalhava na seção de temas "Semanais" do Washington Post. Para ali ingressar, inflara significativamente seu nível de formação profissional. Nessas condições, escreveu um artigo - "Jimmy's World" - no qual relatou a surpreendente história de um menino de oito anos que se tornara dependente de heroína, levado a tal condição pelo namorado da mãe. A história causou comoção nacional. Enquanto ela "preservava sua fonte" (o caso inteiro era uma invenção narrada com extraordinário talento), as autoridades se empenhavam, inutilmente, em procurar pistas que levassem à criança. Dentro do próprio jornal surgiram dúvidas sobre a veracidade do relato. A direção, porém, bancou a funcionária e sua matéria. Candidatou-a ao cobiçado "Pulitzer Price for feature writting" (textos de especial interesse humano). Eram negros, o menino, o namorado da mãe, a mãe e a jornalista. O principal postulante do prêmio para a autora de Jimmy's World dentro da comissão de seleção era um militante negro, interessado em revelar aos brancos a realidade das drogas na comunidade negra.

        Janet Cooke ganhou o mais cobiçado troféu do jornalismo norte-americano, mas foi desmascarada, dias depois, porque a divulgação de seu perfil profissional fez com que a universidade onde obtivera o bacharelado suspeitasse de tudo mais que ela dissera sobre si mesma. E a teia das mentiras foi se rompendo. O Post divulgou o que ficara sabendo, extraiu a confissão da moça, e pediu a retirada do prêmio.

        Há mentiras muito mais graves sendo contadas em nosso país. Estão acobertadas pelo direito de mentir conferido aos acusados e são referendadas pela multidão que depende fisiológica, financeira, psicológica, política e ideologicamente de que elas sejam acolhidas e se propaguem. São mentiras tão relevantes que poderiam ser classificadas como institucionais. Determinam fatos políticos. Geram enorme círculo de conexões cuja ruptura põe em riscos sistemas e esquemas. Estimulam uma densa solidariedade que, primeiro, sai a pichar muros e colar cartazes e, depois, atiçada a adrenalina, passa a prometer fogo e fúria.

        Poderia estar relatando qualquer item de um verdadeiro catálogo de mentiras envolvendo a corrupção do ambiente político em nosso país. E isso, certamente, não surpreenderá o leitor. Nenhum corrupto desses de mala de dinheiro, conta na Suíça, offshore no Caribe, chegou a tal estágio sem, antes, ter sido um competente mentiroso. E a mentira, à qual damos tão pouco valor, é gravíssima forma de degradação moral por corromper esse bem precioso que é a verdade.

        A infame corrente de males desencadeada pela mentira é bem mais sinistra do que se possa depreender da simbologia infantil representada por Pinóquio. Ela se agrava com os reforços retóricos construídos mediante sofismas (que corrompem a razão) e com calúnias e difamações que lançam sobre a honra alheia as indignidades do mentiroso.
       
        Felizmente, a exemplo do que aconteceu com a senhora Janet Cooke, o que se esconde na penumbra das conspirações um dia chega às manchetes e a verdade vem à tona. E não como achado flutuante lúgubre de filme de terror, mas esplendente como um anjo dourado no alto de seu campanário.






Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.




Kaspersky Lab: 9 hábitos online que devem ser corrigidos imediatamente



O ano está apenas começando e, com isso, muitas pessoas desejam abandonar maus hábitos que afetam diferentes aspectos de suas vidas. Agora que estamos cada vez mais imersos na vida digital, também é importante corrigir alguns hábitos que colocam em risco a integridade dos nossos dados e a nossa segurança. De acordo com um estudo da Kaspersky Lab, quase metade dos usuários da internet tiveram a terrível experiência de perder os dados por meio de seus diferentes dispositivos: 47% de seu smartphone, 52% de seus computadores e 20% de um tablet.

Todos os usuários de internet têm sua própria rotina online, desde revisar as notificações em suas redes sociais, até verificar seus e-mails em qualquer momento e local. Essas ações normais devem ser pensadas duas vezes, porque se elas não forem feitas de maneira correta, podem colocar em risco a segurança online dos usuários.

Dentro dessa rotina, existem 9 hábitos que a maioria dos usuários faz automaticamente e que talvez eles não pensem que poderiam representar qualquer risco. A Kaspersky Lab convida você a repensar quais desses hábitos você tem:


1. Baixar qualquer aplicativo. Se você é alguém que está antenado sobre o mais recente app de música ou de exercícios e corre para baixar, pressionando o botão "Aceito" sem realmente saber o que está aceitando, tome cuidado! Muitos aplicativos pedem muitas permissões para os dispositivos, incluindo algo sério que possa prejudicá-lo. Além disso, estima-se que pelo menos 30% dos aplicativos que você baixa para o seu celular nunca serão usados, então, por que baixá-los?


2. Ignorar as atualizações. Você sabia que 99% dos computadores Windows estão propensos a serem hackeados por vulnerabilidades com apenas oito aplicativos? Incluindo os navegadores mais populares, players de mídia e plugins Flash que certamente todos nós usamos. Todos estes são monitorados muito de perto pelos cibercriminosos, uma vez que suas vulnerabilidades podem ser usadas para atacar o máximo de usuários possível. Então, certifique-se de instalar todas as atualizações para tornar seu sistema ainda mais seguro.


3. Levantar do seu computador sem bloqueá-lo. A maioria das pessoas sentadas na frente de um monitor considera irritante e lento bloquear e desbloquear o computador toda vez em que levantam de suas mesas. De acordo com um estudo da Kaspersky Lab, 52% destes usuários experimentaram perda de dados de seus computadores por não terem o bloqueado e/ou colocado uma senha segura de desbloqueio. Evite fazer parte desta estatística.


4. Registrar-se em sites usando o mesmo nome de usuário de redes sociais. "Faça login com sua conta do Facebook" é uma das formas mais comuns de se registrar em sites diferentes. O problema é que, quando você efetua login, o site obtém acesso parcial aos dados em sua conta e, mesmo que seja apenas para informações públicas, são dados que já estão nas mãos de outras pessoas.


5. Fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Ser uma pessoa multitarefa nem sempre é uma coisa boa. Pesquisas recentes revelam que, além de afetar a concentração e a produtividade, fazer várias tarefas ao mesmo tempo também afeta a segurança dos usuários, uma vez que, com tantas distrações na tela, os usuários tendem a prestar menos atenção ao que abrem e acabam clicando e fazendo download de arquivos que não sabem a procedência em sites maliciosos. Então, é melhor tentar fechar as infinitas abas no seu navegador e concentrar-se no que você realmente deveria. Seja o que for, você irá fazê-lo mais rápido, melhor e mais seguro.


6. Ser muito curioso. Com certeza você já clicou em um link apenas por considerá-lo interessante, não é mesmo? Se a curiosidade insistir com frequência, provavelmente é hora de mudar seu comportamento. Tente, especificamente, evitar sites com títulos chamativos, que são os que geralmente são maliciosos.


7. Aceitar os termos e condições de serviços sem realmente prestar atenção. Quantos termos e condições você já leu antes de aceitar determinado serviço? Nenhum? Está na hora de mudar e prestar atenção, uma vez que os desenvolvedores geralmente se beneficiam do fato de que ninguém sabe o que está escondido neles; por exemplo, você sabia que 83 de 100 aplicativos têm acesso a suas contas, contatos, mensagens, chamadas e arquivos armazenados? Pois é, todo esse acesso foi permitido lá no começo, quando você aceitou os termos sem ler com atenção. Por isso, demore alguns minutos lendo o que está aceitando para evitar uma dor de cabeça futura.


8. Registrar-se em todos os lugares. De todas as contas on-line que você tem, quantas você realmente usa? Você usa a mesma senha para todos? O que aconteceria se um dos serviços, dos quais você não se lembra, sofre um vazamento de informação? Com isso, informações valiosas, como seu e-mail, número de telefone, senha e entre outras, estarão expostas sem que você nem imagine para quem. A melhor coisa será eliminar todas as contas que você não usa.


9. Publicar em excesso tudo o que você faz. Você sabia que tudo o que você publicou, de uma fotografia, para o seu celular, nunca mais será privado? Além disso, pessoas mal-intencionadas podem até usar essas informações que compartilham para representar sua identidade. De acordo com a Kaspersky Lab, apenas 7% dos usuários da Internet não compartilham informações em suas redes, então pense duas vezes e não faça parte dos outros 93% que disponibilizam na internet qualquer informação.


"Estas são ações que as pessoas fazem com frequência de forma automática, sem parar para pensar por um momento nas consequências – como é o caso dos mais de 50% dos usuários online que sofreram perda de informações de seus dispositivos. Para que isso seja evitado, os usuários têm que estar mais conscientes dos riscos enfrentados e mudarem esses hábitos. Só assim conseguirão proteger da melhor maneira não somente seus dados, mas também a si mesmos", diz Thiago Marques, analista de segurança da Kaspersky Lab.

A Kaspersky Lab recomenda aos usuários da Internet implementar uma solução de segurança robusta como a Kaspersky Internet Security e a Internet Security para Android em seus dispositivos para que suas informações sejam sempre protegidas.






Kaspersky Lab






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