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sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Volta às aulas: ortopedista explica medidas importantes para saúde das crianças



Mochila adequada e avaliação postural ajudam a evitar problemas mais graves no futuro


O início do ano letivo já se aproxima e esse é um momento em que pais e responsáveis saem as compras para escolher a mochila ideal, item cuja compra deve ser bem pensada, já que quando utilizada de forma inadequada pode desencadear problemas  futuros na coluna.

Segundo o especialista em ortopedia, traumatologia, cirurgia da coluna vertebral e professor da Faculdade de Medicina Santa Marcelina, Dr. Luiz Cláudio Lacerda, além da estética, algumas categorias de segurança devem ser levadas em consideração na hora da escolha.

“Prefira os modelos com duas alças, largas e acolchoadas com cinta adicional para o suporte lombar; o peso na hora de carregar não deve passar de 10 % do peso da criança; o fundo da mochila não pode ficar a mais que 10 cm abaixo da altura do umbigo  para impedir o aumento do esforço na manutenção da postura ereta.  Além disso, na hora de adquirir a de rodinhas é fundamental que ela esteja adequada à altura do estudante, possibilitando que ele fique com as costas retas ao puxá-la”, esclarece o ortopedista.


Avaliação postural infantil 

O período de volta às aulas é também um momento interessante para que seja realizada uma avaliação postural nas crianças, técnica que permite diagnosticar desvios posturais.

“Devido à sua flexibilidade, a criança tem tendência a ficar em posições erradas e mesmo assim se sentir confortável. Por isso, devemos ficar atentos a posição corporal de nossas crianças, seja para observamos posições erradas e já corrigi-las ou para identificar o início de uma deformidade que se apresente de maneira sutil”, explica o médico.

O ortopedista ainda explica que algumas atividades físicas e esportes podem comprometer a saúde postural, como exercícios com muito peso, que podem gerar dor por excesso de força ou causar pequenos traumas repetidos. Por isso, é importante observar e acompanhar a vida da criança, já que a longo prazo a má postura pode evoluir para problemas mais sérios. 

“Sempre que os pais tiverem alguma dúvida sobre a postura das crianças é necessário consultar um especialista. Muitas deformidades da coluna nem sempre estão ligadas a má postura, porém, tem seu início de maneira sutil. Assim, sempre que reparar algo de errado na maneira de sentar ou levantar dos pequenos, consulte um especialista, pois muitas vezes o diagnóstico de uma possível deformidade pode ser retardado e evitar alterações mais severas no futuro”, finaliza Luiz Cláudio.







Dr. Luiz Cláudio Lacerda - Mestre em medicina pela Unifesp e especialista em ortopedia, traumatologia e cirurgia da coluna vertebral pelo Hospital Santa Marcelina. Com aprimoramento cirurgia oncológica da coluna vertebral pelo Instituto Ortopédico Rizzoli. Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), professor da faculdade de medicina do Hospital Santa Marcelina e responsável pelo atendimento na Clínica L&L Ortopedia.




TDAH e os benefícios da ginástica cerebral



Os exercícios para o cérebro promovem as ligações entre os neurônios e ajudam a desenvolver a atenção e a concentração em pessoas de todas as idades


Inquietude e desatenção são sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), mas é preciso tomar cuidado com diagnósticos precipitados, que podem ter graves consequências para crianças e até para adultos. Mas se seu filho convive com isso, a ginástica para o cérebro pode ser uma grande aliada.

Antes de mais nada, é preciso conhecer o transtorno e conseguir identificar os sintomas. Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. Esta região é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.

Para os especialistas, as alterações nesta região estão relacionadas ao funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios).

Essa troca de informações entre os neurônios pode ser fortalecida quando acontece a estimulação de determinadas habilidades cognitivas, ou seja, por meio da ginástica cerebral.

Com isso, há o aumento do número das redes neuronais e, consequentemente, uma melhora no desempenho cerebral. Você fica mais criativo, recorda-se de situações com mais facilidade, além de conseguir manter-se focado por mais tempo.

No Brasil, existe uma rede de 300 escolas especializadas em ginástica cerebral espalhadas por todos os estados. Para Rodolfo Martins, educador do SUPERA São José dos Campos (SP), a estimulação cognitiva ou ginástica cerebral, já fez a diferença em muitos casos de alunos com esse diagnóstico.

“Antes de tudo, o aluno precisa ter um acompanhamento médico. Mas, determinadas atividades, como os cálculos com o ábaco, por exemplo, exigem concentração do aluno. E isso faz com que, aos poucos, essa habilidade seja desenvolvida”, diz o educador.

Com um acompanhamento individual, o educador consegue identificar os principais desafios de cada aluno, respeitando o ritmo de aprendizado e evolução.

“Para cada aula, seguimos um roteiro com atividades diversificadas, estimulantes e desafiadoras. Mas, alguns alunos têm um ritmo diferente, portanto, trabalhamos de maneira individual. Por isso, quando um aluno está com dificuldades em se concentrar no ábaco, intercalamos com as atividades das apostilas e utilizamos jogos, até que ele se acostume com o grau de dificuldade e possa prosseguir”, completa.

O SUPERA não é voltado para pacientes com diagnóstico de doenças degenerativas, mas eles também podem fazer o curso. Nestes casos, recomenda-se que o aluno tenha acompanhamento de um médico ou terapeuta.  Atualmente, existem alunos que encontraram no SUPERA mais uma ajuda no processo de reabilitação.













Janeiro Roxo conscientiza a população sobre a hanseníase



Doença tem cura, mas se não tratada adequadamente pode deixar sequelas


  
A hanseníase, também conhecida como lepra, não está tão distante como podíamos imaginar. O Brasil é um dos piores países no controle de casos novos, mostrando que os programas de saúde implantados não são tão eficazes. 

A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen e que evolui de forma lenta e progressiva. É importante ficar atento aos primeiros sinais da doença que podem surgir com manchas esbranquiçadas ou em tons mais claros (quase da cor da pele) e perda da sensibilidade nesses locais. Estas manchas pouco evidentes e com sensação de anestesia ou parestesia, são a forma inicial da hanseníase e devem ser tratadas o quanto antes evitando a evolução do caso. 

Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde (Sinan), Mato Grosso registra as maiores taxas de detecção de hanseníase do país. Em 2016, foram detectados 2.658 casos novos, o que equivale a 80,4 registros para cada 100 mil habitantes. A transmissão de uma pessoa para outra se dá por conta do contato com gotículas de saliva ou secreção do nariz da pessoa infectada. Diferente do que a maioria das pessoas pensa: tocar a pele do paciente não transmite a hanseníase! O período de incubação (tempo entre a aquisição e a manifestação dos sintomas) varia de seis meses a cinco anos. 

O tratamento para Hanseníase é fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) gratuitamente e é eficaz. Dependendo do caso, pode demorar até um ano a cura total da doença. Por isso, a melhor forma de prevenção contra a Hanseníase é o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Desta forma, a cadeia de transmissão da doença pode ser interrompida.   

Converse com um dermatologista, deixe o preconceito de lado e procure tratamento. Ele pode ajudar esclarecendo sobre contágio e tratamento da doença. 





Dra. Denise Steiner - médica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da qual foi presidente entre os anos de 2013 e 2014. Dra. Denise Steiner também é especialista em Hansenologia, em Saúde Pública e em Medicina do Trabalho, além de ser Doutora em Dermatologia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Também é autora de várias publicações de reconhecimento nacional e internacional, entre elas: “Calvície – Um assunto que não sai da cabeça”, “Beleza sem Mistério” e “Envelhecimento Cutâneo”. www.denisesteiner.com.br 




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