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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Menos de 2% da população doa sangue no Brasil



Como incentivo à pratica, o aplicativo Docway envia mensagens aos usuários incentivando a doação


No próximo dia 25 de novembro, será celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue. A doação é fundamental para que milhares de vidas possam ser salvas em todo o mundo. Porém, aqui no Brasil, muitos não têm essa consciência ou esbarram em leis muito antigas que os impedem de doar sangue. Para se ter uma noção, o número de doadores regulares de sangue aumentou no país nos últimos anos, mas ainda está longe de ser o ideal. Segundo o Portal Brasil, em 2014, a taxa de doação de sangue para cada mil habitantes no Brasil foi de 18,49, ou seja, 1,8%. Entre 2013 e 2014, houve aumento de 4,5% nas coletas de bolsa de sangue, passando de 3,5 milhões para 3,7 milhões. O que é significativo, mas não suficiente. 

Por isso, o Docway, maior aplicativo do segmento da saúde no Brasil, resolveu incentivar seus usuários a doarem sangue. Segundo Fabio Tiepolo, CEO do Docway, assim que o aplicativo recebe a informação da falta de determinado tipo de sangue, manda imediatamente uma mensagem a seus usuários incentivando a ação. “Nós enviamos pushs para os pacientes avisando via aplicativo o tipo sanguíneo que o banco está precisando”, explica. O objetivo do Docway é ajudar a aumentar o número de doadores de sangue, além de auxiliar a cada banco de sangue de acordo com a sua necessidade. Afinal, com uma simples bolsa de sangue, podem ser salvas até quatro vidas. Após receber a mensagem, os pacientes interessados em doar devem ir ao banco de sangue indicado.


Requisitos para doação de sangue no Brasil


·        Estar em boas condições de saúde;

·        Estar descansado e bem alimentado;

·        Ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos precisam da autorização do responsável para fazer a doação);

·        Pesar mais de 50 quilos

·        Portar documento oficial com foto;

·         Respeitar o intervalo mínimo entre cada doação (3 meses).









Docway




UM "NEOLIBERAL" NA REVOLUÇÃO



        Penso que avançaremos mais no combate à criminalidade se examinarmos a hipótese de estarmos, simultaneamente, sob os raios e os trovões de uma posição filosófica e de uma atitude política que a estimulam. Elas penduram a criminalidade num varal que tem uma ponta no capitalismo e outra na exclusão social. Na lógica da análise marxista, que faz da vítima um malfeitor, o ladrão é um justiceiro, pararrevolucionário que ainda não compreendeu bem sua trincheira. Ou, quem sabe, um neoliberal da revolução, assumindo na iniciativa privada aquilo que deveria ser socializado pelo coletivo. Aliás, é mais fácil combater o capitalismo com discurso do que vender o socialismo com exemplos.

        Pensando sobre isso, lembrei-me de um artigo que escrevi para Zero Hora em 2 de fevereiro de 2001. À época, Tarso Genro era prefeito de Porto Alegre e Olívio Dutra governava o Rio Grande do Sul. Sim, sim, já passamos por isso. O referido texto tratava de um assalto ocorrido poucos dias antes na capital gaúcha e que, em vista de suas peculiaridades, ganhara destaque no noticiário. 

        Por azares da vida, no momento da abordagem, a vítima estava sendo entrevistada por um veículo da RBS, tornando possível a gravação, a transcrição e a divulgação da conversa que se travou entre o assaltado e o assaltante. Esse diálogo, absolutamente incomum, levou o episódio ao noticiário de Zero Hora e motivou o artigo que releio enquanto escrevo. Pasme, leitor: durante a abordagem, o assaltado afirmou e sublinhou, de maneira insistente, sua condição de pessoa conhecida, de dirigente petista presente nos noticiários daquele mesmo dia, de amigo do governador e do prefeito. Foram, ao todo, seis tentativas de trazer política à conversa com o assaltante.

        Quem, na condição de assaltado, cuidaria de se apresentar como pessoa importante? Fazê-lo seria algo arriscado pois poderia aguçar a ganância do criminoso. Havia um intuito e uma estratégia naquela atitude. O assaltado tinha convicção de que produziria efeito positivo sobre o bandido. Intuía que sua posição estabeleceria uma conexão entre ambos. O assaltante, porém, não foi sensível. “Não quero saber do teu trabalho, né meu? Minha caminhada é uma, a tua é outra.”

        Com essa frase, a política saiu da pauta do assalto. E o assalto entrou na pauta da política. Afinal, nossa insegurança tem a ver com ele. A vítima, ali, sabia que para a esquerda marxista brasileira tudo se resume a uma luta pelo poder, daí porque a palavra "luta" só deixa a frase do discurso para virar cartaz de passeata. Sabia, também, que toda ruptura da ordem serve à causa, quer seja uma invasão de escola por meia dúzia de adolescentes, quer seja a revolta de um presídio. Aprendeu que permissividade com o roubo abala o valor do direito de propriedade. Soube que para Foucault, guru da New Left, “As prisões não diminuem a taxa de criminalidade: pode-se aumentá-las, multiplicá-las ou transformá-las, a quantidade de crimes e de criminosos permanece estável, ou, ainda pior, aumenta." Ou, como li outro dia num trabalho acadêmico: "O controle social institucionalizado, realizado pelo  jus puniendi, com instrumentalização dada pelo Sistema Penal, carece, hodiernamente, de fundamentação teórica e filosófica que lhe dê sustentação, legitimidade."

        É fácil entender o quanto essa concepção resulta aconchegante aos criminosos, desestimula a criação de vagas prisionais e tem oferecido aos fora da lei segurança e condenações sem qualquer eficácia.







Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.




domingo, 19 de novembro de 2017

1.8 bilhão de pessoas continuam bebendo água potável sem proteção contra a contaminação por fezes




No âmbito do Dia Mundial do Banheiro, a Fundação We Are Water, uma iniciativa da Roca, alerta para a falta de acesso de milhões de pessoas ao saneamento básico e higiene.

- “A jornada do cocô” é o tema escolhido pelas Nações Unidas como uma campanha de conscientização para celebrar o Dia Mundial do Banheiro.

- A Fundação entra em ação por meio de campanhas de conscientização e projetos de cooperação para reduzir os efeitos negativos derivados deste problema.- 
Barcelona, Novembro de 2017. - O Dia Mundial do Banheiro é comemorado no dia 19 de novembro, declarado um dia internacional pelas Nações Unidas com o objetivo de sensibilizar as pessoas sobre esta questão. A Fundação We Are Water, ciente da situação sofrida por milhões de pessoas ao redor do mundo, alerta sobre o problema existente de saneamento e higiene.

Atualmente, os dados são alarmantes em nível mundial:

- 80% da água de efluentes geradas pela sociedade retorna ao ecossistema sem ser tratada ou reutilizada.
- 1.8 bilhão de pessoas utilizam uma fonte de água potável sem nenhuma proteção contra a contaminação por fezes.

- Apenas 39% da população mundial (2.9 bilhões de pessoas) utiliza um serviço de saneamento gerenciado com segurança, ou seja, que as fezes são eliminadas com segurança no local ou tratadas externamente.

  - Cerca de 60% da população mundial – 4,5 bilhões de pessoas -, não possuem um banheiro em casa ou têm um que não gerencia com segurança as secreções. 

 - 869 milhões de pessoas ao redor do mundo defecam a céu aberto e não possuem um banheiro disponível. 

- As ações para garantir o uso de água não contaminada, uma boa higiene ou a melhoria do saneamento poderiam evitar cerca de 842 mil mortes todos os anos.


A Fundação We Are Water, que atua em colaboração com diferentes ONGs para melhorar as instalações de saneamento nos países em que isso é um problema, ou até mesmo um tabu, e desenvolver planos educacionais para trabalhar sobre os hábitos de higiene, irá apresentar seu novo “Manual de construção de banheiros e poços”, que inclui todas as características necessárias para garantir a eliminação segura, responsável e adequada de resíduos, no âmbito do Dia Mundial do Banheiro.   

Depois de mais de 7 anos visitando e desenvolvendo diferentes projetos de saneamento no mundo todo, a Fundação We Are Water obteve uma vasta experiência que, juntamente com a orientação técnica da Roca, permitiu a realização deste “Manual de construção de banheiros e poços”, que visa proporcionar soluções eficientes, autossuficientes, sustentáveis, de baixo consumo de água e baixo custo, a fim de melhorar a vida de milhões de pessoas.

Desde o início, a Fundação aumentou muito a sua atividade e realizou projetos de cooperação em mais de 21 países no mundo todo, especialmente com foco no sul da Ásia e África subsaariana, que reúnem 1.648 bilhão de pessoas sem acesso a um saneamento adequado. A maioria dos projetos, com o objetivo de atenuar os efeitos negativos da falta de recursos hídricos adequados, continua ativa atualmente. Mais de 540 mil pessoas se beneficiaram destes projetos.  

Você pode verificar os projetos no site: http://www.wearewater.org/es/




Sobre a Fundação We Are Water
A Fundação We Are Water possui dois principais objetivos em mente. O primeiro é promover a conscientização e incentivar o debate entre o público e as organizações sobre a necessidade de criar uma nova cultura para a água, a fim de permitir o desenvolvimento equitativo e gestão sustentável dos recursos hídricos do mundo. O segundo é realizar uma série de ações para combater os efeitos negativos da falta de recursos hídricos adequados. Os campos de atividade da fundação incluem o envolvimento em infraestrutura, educação, saúde e pesquisa, concentrados nas áreas mais desfavorecidas do mundo.





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