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quinta-feira, 22 de julho de 2021

Escolha pela vida


Neste momento, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking de países com maior número de infecções por covid-19. Também estamos em segundo lugar no ranking de mortes em decorrência da doença. Mesmo com alguns grupos prioritários já imunizados, os índices de novos casos seguem altos - e a melhor forma para conter o avanço da pandemia é por meio da vacinação em massa. Quanto mais rápido formos capazes de vacinar a população, mais significativa será a redução de todos esses números alarmantes. Para acelerar esse processo, temos hoje disponíveis quatro tipos de imunizantes. No entanto, o que poderia ser considerado positivo (o que realmente é), infelizmente tem feito com que pessoas sem motivos justificáveis definam por qual vacina querem ser imunizadas. E será que de fato há razões válidas para escolher a vacina para covid-19? 

As vacinas atualmente disponíveis no Brasil – Coronavac, Oxford-Astrazeneca, Pfizer e Janssen – apresentam eficácia mínima comprovada por meio de estudos científicos de 50,3%, 67%, 95% e 66%, respectivamente, para evitar o adoecimento contra as formas moderadas e graves da covid-19. Assim, todas elas cumprem esse papel. Estudos realizados em Serrana-SP em que toda a população adulta foi imunizada pela Coronavac, mostram que os casos sintomáticos de covid-19 caíram 80%, as internações 86%, e as mortes 95%, após a segunda dose da vacina.

E o que dizer dos idosos e dos profissionais de saúde? A grande maioria foi imunizada primeiramente com a Coronavac. Houve uma redução do número de internamentos e de mortes por meio da vacina de origem chinesa em todo o território brasileiro. O mesmo podemos dizer em relação à Oxford-Astrazeneca. Outro estudo populacional em andamento, agora na cidade de Botucatu-SP, também viu uma redução em 81% de novos casos de infecção pela covid-19 após cinco semanas da vacinação em 82% dos adultos com a primeira dose. As vacinas da Pfizer e Janssen têm mostrado, em Israel e nos Estados Unidos, respectivamente, uma redução expressiva de novos casos de infecção, de taxa de hospitalização e de letalidade após 60% da população adulta vacinada com a primeira e/ou segunda dose.  

Há que se atentar aos órgãos reguladores de saúde internacionais, como o da Austrália e o dos EUA, que apontam que alguns grupos teriam razões válidas para escolher a vacina. São eles: pessoas com história de trombose do seio venoso cerebral; trombocitopenia induzida por heparina; trombose venosa esplâncnica idiopática (mesentérica, portal e esplênica); pacientes com Síndrome antifosfolipídica com trombose; e gestantes.                                                                   

Isso porque nesses grupos tem sido relatada associação da Síndrome da Trombose com trombocitopenia após a vacinação com a vacina da Janssen e da Oxford-Astrazeneca. Portanto, para essas pessoas, a indicação tem sido pela vacinação com o imunizante da Pfizer e com a Coronavac, vacinas em que não tem sido vista a relação com essa síndrome, que é uma doença rara que envolve coágulos sanguíneos (trombose) em qualquer parte do corpo, porém mais comumente no cérebro e no abdome, com baixa contagem de plaquetas (trombocitopenia). Isso geralmente ocorre até 40 dias após a vacinação e é mais frequente em indivíduos abaixo de 60 anos, sendo mais apresentado em mulheres. O mecanismo que causa essa síndrome não é totalmente compreendido, mas parece semelhante à trombocitopenia induzida por heparina, uma reação rara ao tratamento com esse anticoagulante.

Não há evidências de que pessoas com histórico anterior de outros tipos de coágulos sanguíneos tenham risco aumentado dessa síndrome. A taxa geral de coágulos sanguíneos não aumentou em países que usaram extensivamente a vacina AstraZeneca ou a Janssen.

Outro grupo da população também merece atenção - o dos cidadãos com alto risco social (moradores de rua, usuários de drogas, entre outros). Para essas pessoas, a imunização completa deveria ser com uma vacina com apenas uma dose, como a Janssen. Isso porque a vulnerabilidade social leva a uma dificuldade de aplicar a 2ª dose.

Assim, cada pessoa deve fazer uma escolha consciente, baseada em fatos verídicos e na ciência, lembrando que a escolha tem impacto coletivo e não apenas individual. A vacina protege, sim, vidas, mas a vacinação é que salva. Somente com a vacinação do maior número de brasileiros é que será possível voltar à normalidade. Por isso, escolha por vacinar, escolha pela vacina disponível, escolha pela vida.

 

Viviane de Macedo - infectologista, doutora em Ciências e professora de Doenças Infecciosas e Parasitárias do curso de Medicina da Universidade Positivo (UP).


Serviço de telemedicina evolui e linha de 'consultórios inteligentes' deve chegar em breve ao Brasil

Imagine uma linha de ‘consultórios inteligentes’, sem a presença física de profissionais da saúde, mas equipados com a última tecnologia em conectividade e telemetria à distância. A partir de uma série de dispositivos agregados, o próprio paciente consegue fazer e enviar diversos exames ao seu médico, em qualquer lugar que ele esteja do planeta. 

Apesar de parecer coisa de um filme de ficção científica, a novidade está prestes a desembarcar no Brasil. Com o nome de ‘Diagnóstica’, o novo serviço é um lançamento da DOC24, healthtech líder em expansão, que fornece serviços de telemedicina baseados em inovação tecnológica a serviço da saúde.

 

A linha de consultórios inteligentes possui dois modelos, diferentes no tamanho e na sua proposta de atendimento. 

 

A Estação Diagnóstica é uma cabine de teleconsulta equipada com uma plataforma com a última tecnologia em conectividade e telemetria à distância. Os dispositivos integrados enviam os dados do usuário imediatamente para a nuvem e, com procedimentos facilitados pela Internet das Coisas (IoT), permite monitorar o paciente e realizar um check-up médico remoto e em tempo real. É ideal para lugares com grande concentração de pessoas, como grandes fábricas e aeroportos.

 

Já o Multi Diagnóstica funciona através de uma tela tátil com diversos dispositivos agregados, que permite ao usuário realizar check-ups médicos e consultas com um médico online. É uma solução perfeita para centros de saúde, clínicas, hospitais ou asilos que necessitem potencializar e estender o alcance dos cuidados médicos e sanitários através uma plataforma de telemedicina. 

 

“Acreditamos que a ‘Diagnóstica’ é a evolução da telemedicina. Conectamos médicos e pacientes em uma plataforma com equipamentos de última geração, que permite realizar exames de forma segura, ágil e imediata, através de dispositivos integrados e com uso da tecnologia da Internet das Coisas (IoT) na área médica”, explica Fernando Ferrari, diretor-geral da DOC24 no Brasil.

 

Entre os instrumentos médicos que a linha de consultórios inteligentes oferece estão sensor de temperatura, estetoscópio, dermatoscópio, pulsioxímetro, otoscópio, tensiômetro e glucômetro. A Estação Diagnóstica oferece ainda balança e sensor de altura, enquanto a Multi Dignóstica pode contar com eletrocardiógrafo digital e ecógrafo.

 

“Esse conjunto de aparelhos permite realizar diferentes exames médicos, que tanto podem ser enviados diretamente para um profissional para atendimento online, quanto podem ser armazenados em nuvem para um histórico clínico futuro”, garante Fernando.

 


DOC24

http://www.doc24.com.br


O setor do turismo ainda vai sofrer bastante até o final da pandemia?

Segmento teve 59% a menos de faturamento em relação a uma semana normal em pesquisa realizada pelo SEBRAE com a FGV

 

O turismo ainda é o setor mais afetado durante a pandemia por conta da proibição da circulação de pessoas. Na 10ª pesquisa “O Impacto da Pandemia de Coronavírus nos Pequenos Negócios” realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) em parceria com a Faculdade Getúlio Vargas (FGV) de forma online do dia 25/02/2021 ao dia 01/03/2021¹, mostrou que o setor do turismo segue isolado como o mais impactado durante todo o período de Covid-19 no Brasil até o momento.

São 59% a menos do faturamento do segmento em relação a uma semana normal. Hotéis e agências de viagens estão sentindo este aperto financeiro há algum tempo já que, assim como qualquer outro segmento, elas estão baseadas em fluxo de caixa. É preciso entrar mais dinheiro do que sair para não dar prejuízo, mas o cenário não é esse faz tempo. E para isso, algumas ações estão sendo feitas pelas empresas para tentar reverter, ainda que minimamente, esse quadro.

Essas promoções podem ser encontradas principalmente na internet em parcerias entre os hotéis e sites facilitadores de reservas. Muitos estão oferecendo viagens a preços bem mais baixos que o normal, mas o passeio fica marcado para o ano de 2022, com três opções de datas a serem indicadas pelo turista e depois definidas pelo próprio site. Rodrigo Cabernite, CEO da fintech GYRA+, apontou que trazer esse fluxo de caixa futuro para hoje é altamente válido, mas acha difícil as empresas conseguirem resolver todo o problema dessa forma: “Agora é o momento que aqueles que eram mais resilientes financeiramente conseguiram chegar até esse ponto mais difícil da crise. Os mais fracos ou já quebraram, ou se reinventaram. Os que chegaram neste ponto tem um último dever a cumprir para chegar naquela tão sonhada luz no fim do túnel. É preciso fazer um exercício administrativo de ficar em forma financeiramente, de cortar os custos, de conseguir deixar todos os seus equipamentos (quartos e instalações) prontos para a próxima temporada e conseguir esse fôlego até o final do ano”, disse.

E é aí que entra a questão do crédito. Visto como a melhor alternativa para conseguir segurar a crise até o verão de 2021 para 2022 (período em que muitos especialistas consideram ser a temporada de retorno deste setor), se as empresas conseguirem se financiar agora, contando que essa próxima temporada vai ser bem melhor do que a última, esse tipo de exercício pode funcionar bem.

Cabernite contou que na GYRA+, fintech que faz esse tipo de empréstimo, existe uma tática voltada especificamente para instituições do setor que recorrem à concessão de crédito. “As empresas chegam aqui em um cenário não muito positivo, já que elas sofreram bastante. O que nós temos feito nesse segmento é dar empréstimos não muito grandes para ajudar a estancar um pouco e dar um fôlego para os próximos meses. Mas como nós não estávamos tão seguros em relação a reabertura, estava tudo bem devagar. Agora que nós estamos mais confiantes, nós estamos com linhas de crédito extremamente interessante para o segmento. Eu acredito que a partir de julho, com alguns parceiros desse segmento, nós vamos conseguir chegar em uma grande massa de hotéis e pousadas para financiar essa última ponte até a reabertura do mercado”, garante.

Alguns locais no Brasil estão observando um crescimento, mesmo que tímido, da demanda já. É o caso de localizações no interior de São Paulo e na região serrana do Rio de Janeiro, por exemplo. Compostos principalmente por excursionistas idosos – pelo fato de formar uma população de maioria vacinada – os hotéis estão entendendo que a retomada está próxima. Daqui a pouco serão as pessoas de 40 a 60 anos, que é uma massa grande do turismo a ser a próxima leva. E aí se espera uma uniformidade na demanda, já que os locais de turismo mais tradicional, como o Nordeste, por exemplo, que tem muitas localizações que precisam pegar mais de um transporte para chegar ao local, ainda está muito abaixo do normal.

“Já tem alguns segmentos do turismo que estão indo bem, nós estamos de olho, mas nós acreditamos que o turismo como um todo consiga crescer, obviamente para essa próxima temporada, mas principalmente para o verão de 2022 para 2023. Ali que vai ser o momento de toda a demanda reprimida se soltar. Quem chegar lá bem, vai ter muito retorno. É legal até de pensar em ampliar a capacidade das instalações porque virá muita demanda pela frente”, finalizou Cabernite.  

 

 


1 - https://datasebrae.com.br/wp-content/uploads/2021/03/Impacto-coronav%C3%ADrus-nas-MPE-10%C2%AAedicao_DIRETORIA-v4.pdf


A despeito da lei, sete estados brasileiros não registram dados sobre a violência contra a população LGBTQIA+ no Brasil

 Penalista afirma que faltam verbas federais destinadas a projetos na área de estatística e mapeamento criminal


O Brasil é considerado o país que mais agride e mata homossexuais e pessoas trans no mundo. Dados do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública - divulgado no último dia 15 de julho- reiteram esta notoriedade, mostrando crescimento superior a 20% no número de notificações de estupros (88) contra pessoas LGBTQIA+ em 2020, por exemplo.

O Anuário também chama atenção para o contexto de subnotificação de casos de violência contra essa população no Brasil: dados focados nessa comunidade inexistem em sete estados da federação - Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Ceará, Rondônia e Rio Grande do Sul - segundo o levantamento, que mapeia o crime no país.

"Já existem diversas legislações que obrigam os estados a colherem os dados estatísticos de segurança pública, mas alguns alegam não fazê-lo por falta de verbas", diz o advogado e especialista em Direito Penal Matheus Falivene, acrescentando que "o caminho correto seria a destinação de verbas federais para projetos na área de estatística e mapeamento criminal".

Diante desta realidade, Falivene concorda que o Supremo Tribunal Federal acertou ao aprovar a criminalização da homofobia e da transfobia em 2019, passando a tipificá-las como racismo - um crime hediondo, inafiançável e com pena de dois a cinco anos de prisão para o agressor. "Porém, para que haja maior segurança jurídica, o correto seria que o Congresso Nacional alterasse a Lei de Racismo para que efetivamente punisse as condutas consideradas homofóbicas ou transfóbicas", defende o especialista. Para condutas mais graves como estupro e homicídio, "não é necessária a criação de novos tipos penais", diz Falivene, que também é professor na pós-graduação da PUC-Campinas.

O advogado orienta as pessoas da população LGBTQIA+ que se sentirem agredidas a procurar os canais de denúncia do Ministério dos Direitos Humanos - o Disque 100 -, aplicativos, a Polícia Militar e a Polícia Civil, por meio da delegacia mais próxima. A orientação do especialista para o cidadão que observa um ato de homofobia é a mesma: denunciar o crime imediatamente às instâncias citadas.

Segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), 80 pessoas trans foram assassinadas no Brasil no primeiro semestre de 2021. A expectativa de vida das mulheres trans no país é de apenas 35 anos.


 

Fonte: Matheus Falivene é advogado nas áreas de Direito Penal e Direito Penal Econômico. Doutor e Metre em Direito Penal, pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Especialização em Direito Penal Econômico pela Universidade de Coimbra/Portugal. Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Professor na pós-graduação da PUC-Campinas.


Equilíbrio entre carreira e vida pessoal! Iniciando a conversa


Existem muitas abordagens e propostas que vão desde dicas sucintas até estudos profundos de muitos anos, com teorias, teses e dissertações, que buscam trazer conhecimento para as pessoas que possuem este desafio.

O ambiente atual é realmente muito desafiador, e foi agravado durante a pandemia. Convivemos cada vez mais, com doenças associadas ao estresse, sobrecarga física e emocional, e que não são necessariamente novas, como a depressão, a dependência química, a síndrome do pânico, ansiedade e mais recentemente burnout. Muitas destas doenças são atribuídas parcialmente a problemas de desequilíbrio que impactam negativamente a qualidade de vida.

As demandas da sociedade tanto na vida pessoal e social quanto na profissional, vem evoluindo e para muitas pessoas gerando mais pressão, cobranças, expectativas, frustrações, exposições e comparações.

Estamos em um ambiente de redes sociais, smartphones, internet, "haters", "stories", apps, que como soluções derivadas da tecnologia podem servir para o bem; mas quando não utilizadas adequadamente, podem agravar muito o problema de desequilíbrio, tanto no lado pessoal quanto no profissional.

Gostaria de propor um pouco de reflexão, para gerarmos autoconhecimento e ajudarmos com ferramentas, técnicas e dicas no desenvolvimento de um planejamento, de objetivos e metas e de uma rotina que permita um equilíbrio entre estes dois aspectos da vida humana moderna/atual.

Reconheço que existem muitas possibilidades e caminhos para a busca do equilíbrio mencionado, e não pretendo apresentar algo que seja melhor ou pior do que outras abordagens, que existem sobre tema.

Buscarei entregar um conteúdo de valor, distribuído em alguns artigos, que possam trazer alguma contribuição para a busca por um equilíbrio e por uma vida mais saudável.

A ideia inicial que proponho é a de promover a discussão de ideias, conceitos e perspectivas sobre o desafio de equilibrar a vida pessoal e a carreira profissional.

Podemos ter uma sequência que aborde com um pouco mais de profundidade, que cada pessoa é diferente das outras e, portanto, um elemento básico para se construir uma rotina de atividades equilibrada, passa por autoconhecimento.

Precisamos de motivação, sonhos e principalmente de objetivos e metas que nos permitam olhar para frente, e ter uma razão para empenhar esforços e energia em busca de algo. Isso será o tema de uma terceira parte desta série de artigos.

Na conclusão, podemos discutir a definição e a vivência de uma rotina que viabilize a priorização do que é mais importante para a pessoa, com alguma produtividade nas suas ações e este equilíbrio tão desejado por profissionais.
Seguem alguns pontos de vista sobre o tema, para sua reflexão.



Perspectivas Vida Pessoal x Carreira Profissional:

Quero iniciar perguntando: por que você está aqui?

Acredita que há um conflito entre vida pessoal e profissional?

Entende que são duas vidas separadas que precisam estar em equilíbrio? Por quê?

Sente que atualmente a sua rotina diária está desequilibrada e isto está causando prejuízos?

Ou está em busca de mais produtividade?

Não? É felicidade, sucesso e qualidade de vida? É possível isto?

São muitas as perguntas que podem levar as pessoas a buscar conteúdo que ajude a equilibrar, o que em primeiro momento, parece ser um desafio ou problema, ou seja, conciliar uma vida pessoal com uma carreira profissional cheia de realizações e sucesso.

Recomendo uma visão integrada, que deve considerar a vida como uma só, com suas muitas dimensões, especialmente no lado pessoal, a exemplo da familiar, da individual, da social, da religiosa e da saúde / bem-estar.

Não devemos desassociar a vida pessoal da vida profissional. Acredito que a vida é uma só e que tanto a perspectiva pessoal quanto a profissional estão integradas, mesmo que em desequilíbrio.

Não vejo como possível, uma pessoa isolar totalmente a sua vida profissional das questões pessoais e o contrário, mesmo que alguns cheguem a quase abrir mão de viver uma destas, por exemplo não tendo carreira profissional "formal" ou então se dedicando absurdamente apenas a questões profissionais e deixando de lado aspectos individuais, sociais, familiares, etc.

Assim podemos dizer que cada pessoa tem uma vida só, que não volta atrás no tempo, que é finita e dinâmica, composta de vários momentos, fases, etapas, e de várias dimensões.

Não há fórmula que se aplique a todas as pessoas, para obtenção de felicidade, sucesso, e equilíbrio, basicamente porque as pessoas são diferentes, possuem cultura, educação, personalidade, etc. que fazem com que sejam únicas.

É importante que cada pessoa conheça a si mesma, conheça opções e alternativas para abordar a sua vida e escolha / decida como deseja conquistar seus sonhos e objetivos, que podem representar a felicidade, o equilíbrio, o sucesso e até mesmo a tão falada, qualidade de vida, mas isto será diferente para cada um e não se poderá isolar as dimensões de uma vida única.

O principal ativo do ser humano, sobre o qual buscamos equilíbrio é o nosso tempo, portanto a gestão do tempo que alocamos para as ações e para as dimensões da vida, tanto do ponto de vista de quantidade, mas principalmente de qualidade, é o fator chave para se alcançar os objetivos, bem como o equilíbrio desejado.

O principal conceito que temos de assumir é: o controle e a função de protagonistas sobre nossas decisões e ações. O autoconhecimento nos ajuda a entender quem somos, nossos valores, motivações e necessidades e até o nosso propósito de vida.

Devemos evitar o papel de vítimas ou terceirizar a responsabilidade sobre nossa situação, para outras pessoas ou entidades. Ter uma atitude de controle sobre a própria vida, a própria agenda e um pensamento sistêmico que entende as relações de causas e consequências na nossa vida, ajuda na construção de uma jornada, que é tão importante quanto o destino final.

Cada individuo é diferente dos demais, portanto sua definição de sucesso e felicidade, seus objetivos e o seu equilíbrio entre o pessoal e o profissional, será único. Esse deve ser construído com o tempo, entendendo-se que não será perene / estático, ou seja, é na média que se obtém o equilíbrio, reconhecendo que são necessários esforços, sacrifícios e "trocas" em determinados momentos, levando a alguns desequilíbrios em um período / temporários; que uma vez conscientes, podem ser compensados e assim o equilíbrio se atinge em um escopo / período maior, mas sempre individual.

Após compartilhar essas ideias centrais neste primeiro artigo da série, devo ir mais fundo nos temas mencionados nos seguintes, propondo discussões, mas sem fórmulas mágicas ou radicais. A ideia é apoiar o indivíduo na sua busca por equilíbrio, com alguma estrutura e objetividade.




Elber Mazaro - advisor na Wintepe, consultor, palestrante e professor de MBA.


Pequenas indústrias sentem mais dificuldade no acesso a crédito

Sondagem das Micro e Pequenas Empresas revela que três de cada dez empreendedores do setor consideram as exigências dos bancos altas


Apesar da percepção de melhoria de acesso a crédito, entre os donos de pequenos negócios do setor da indústria, ter crescido quase dois pontos percentuais em junho, quando comparado com o mês anterior, esse segmento continua sendo o que tem a pior avaliação sobre acesso a empréstimos. De acordo com a Sondagem das Micro e Pequenas Empresas, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), quase 33% dos donos de micro e pequenas indústria consideram o grau de exigência para concessão ou renovação de empréstimos bancários alto, 57,3% moderado e apenas 10% acreditam que é baixo.

“Mesmo com o aumento do acesso a crédito que temos constatado de um ano para cá, os empresários ainda consideram que os bancos são muito exigentes para emprestar dinheiro e, por isso, é tão importante o desenvolvimento de políticas públicas que facilitem o uso de garantias, como é o caso do Pronampe, que voltou a vigorar neste mês”, comenta o presidente do Sebrae, Carlos Melles. Ele acredita que, com a nova rodada do programa, é possível que essa percepção melhore nos próximos meses.

Os empreendedores do setor de Serviços, apesar de serem um dos mais afetados pela pandemia do coronavírus e com grande parte do faturamento reduzido, veem o acesso a crédito de uma forma mais positiva. Para 25,6% deles as exigências são altas e o percentual de empresários que consideram baixas cresceu 5,6 pontos percentuais, passando de 9%, em maio, para 14,6% em junho. Para 59,8%, as exigências são normais. “O grau de dificuldade fácil, entre os empreendedores do Comércio, também teve queda de 9,4 pontos percentuais, o que é um sinal de alerta de que o segmento precisa maior atenção da política de crédito”, observa Melles.

Apesar disso, para outros 75,7% dos negócios do comércio, as exigências são normais, o que provavelmente está associado ao uso mais tradicional do uso de montantes menores e para capital de giro.


BRASIL AMPLIA PESQUISAS NO LEITO MARINHO EM BUSCA DE MINERAIS PRECIOSOS E TERRAS RARAS

Não é só o petróleo e o gás que interessam ao Brasil no Mar. O país  está ampliando suas pesquisas no leito marinho de olhos bem abertos nos recursos minerais, nas terras raras Os estudos mostram que há muito mais do que petróleo e gás para explorar no fundo do oceano. Esta é a base também de um amplo movimento do governo e da Marinha  e de algumas indústrias mineradoras, que tem como alvo  um enorme e ainda pouco conhecido reduto: o fundo do mar. As primeiras expedições foram dedicadas a explorar as profundezas oceânicas ocorreram nas décadas de 1960 e 1970. No Brasil estas pesquisas feitas pela CPRM vieram bem depois, também com a ajuda da Marinha brasileira.

As expedições internacionais começaram no no Pacífico Norte e encontraram  nódulos de manganês ricos em cobalto, cobre e níquel. A descoberta, porém, ficou apenas no nível científico em virtude de dois fatores básicos, um político e um tecnológico. De início, não havia um acordo sobre qual área da plataforma continental pertencia a determinado país e, em consequência, onde começavam as águas internacionais. As respostas a essas questões só avançaram com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de 1982, que estabeleceu os princípios gerais da exploração dos recursos submarinos. Havia também as dificuldades  em relação aos altos custos gerados por equipamentos especiais que ainda eram precários  e precisavam ser modernizados. A evolução tecnológica e a procura crescente por esses recursos foram  tornando a relação custo-benefício mais favorável.


Os equipamentos evoluíram para um Robô submarino usado para prospecção de minérios no fundo do mar. Atualmente,  praticamente todos os minerais e pedras preciosas são explorados no oceano. Nove entre dez diamantes extraídos atualmente vêm do mar que banha o litoral da Namíbia e da África do Sul. No início deste século foram encontrados nas 
profundezas grandes depósitos de sulfetos polimetálicos, cuja composição inclui ouro, prata, cobre, ferro e zinco. O potencial brasileiro é imenso. Um litoral de cerca de 7.400 quilômetros, nós temos  um vasto patrimônio submarino a explorar. Hoje, o país ganhou uma ferramenta preciosa: os estudos geológicos feitos pela Petrobrás nos últimos 20 anos na Bacia de Santos.

A segurança é fundamental para garantir as riquezas em solo submarino brasileiro

Esses dados foram reunidos pela empresa, mas  só recentemente passaram a ser divididos com outras instituições brasileiras. O governo federal demonstra interesse na pesquisa mineral marinha, destinando-lhe recursos pelo Programa de Aceleração do Crescimento e pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. O Brasil já levou  às autoridades Internacionais, que cuidam  do controle da exploração no leito dos mares, os seus primeiros pedidos para desenvolver pesquisas de mineração oceânica. O primeiro deles a ser desenvolvido fica na Elevação do Rio Grande, área de cerca de 3.000 km2 no Atlântico Sul  e deverá envolver um investimento superior a US$ 10 milhões nos primeiros cinco anos. O trabalho no setor ainda depende de ajustes  e   de muito do apoio da Petrobrás e da nossa Marinha. Assim como a estatal esteve envolvida nos últimos 20 anos com as pesquisas sobre a Bacia de Santos, a Marinha dedicou-se nesse período a um programa de investigação da plataforma continental, o Leplac, a fim de pleitear junto à ONU a soberania brasileira sobre a área da plataforma oceânica situada fora da zona econômica exclusiva (a reivindicação foi atendida em 81%). Só quando todas essas prioridades foram equacionadas é que os cientistas começaram a embarcar para fazer pesquisas geológicas no mar.

A geologia marinha brasileira é bem melhor que no passado. Os equipamentos estão mais compactos e mais acessíveis financeiramente, permitindo que mais universidades possam adquiri-los.  Tanto o Leplac como o pré-sal  foram muito importantes para se chegar ao conhecimento atual. Ele é um dos responsáveis por um programa governamental, o Remplac, criado em 1997, feito para mapear os nossos recursos minerais marinhos nos 4,5 milhões de quilômetros quadrados da plataforma continental brasileira. A iniciativa, coordenada pelo Ministério das Minas e Energia no âmbito da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, envolve a Casa Civil, 13 ministérios, a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais  e o CNPq, além da Marinha,  quinze universidades e de outras instituições federais. Além do Proarea, o Remplac responde pelos grandes projetos de pesquisa de mineração marinha desenvolvidos no Brasil. Dois deles dedicam-se à busca de pedras preciosas: ouro na região da foz do Rio Gurupi, entre o Pará e o Maranhão, e diamantes na costa baiana, na área da foz do Rio Jequitinhonha.

Sulfetos polimetálicos depositados a profundidades entre mil e 4 mil metros estão sendo Sulfetos polimetálicos depositados a profundidades entre mil e 4 mil metros estão sendo pesquisados nas águas em torno do Arquipélago de São Pedro e São Paulo, a cerca de 1.000 km de Natal. Ótima fonte de fósforo,  minério já raro em terra e muito usado nas indústrias de fertilizantes e de ração animal, a fosforita, que  é objeto de estudos no litoral da Região Sul. Por ser encontrado em águas rasas, o calcário marinho, pesquisado nos litorais do Nordeste e do Sudeste, já é explorado comercialmente, no Maranhão e no Espírito Santo. Além do Brasil, outros países esperam o sinal verde para ampliar suas explorações, como Alemanha, França, Rússia, Japão, Coreia do Sul, China e Índia, além de um consórcio que reúne Cuba e países do Leste Europeu, que também  aguardam o parecer da ONU quanto às suas solicitações.

 

 

https://petronoticias.com.br/brasil-amplia-pesquisas-no-leito-marinho-em-busca-de-minerais-preciosos-e-terras-raras/

PORTABILIDADE NUMÉRICA - SÃO PAULO fez mais de 1,35 milhão trocas de operadoras de telefonia em seis meses

No primeiro semestre deste ano, 4,39 milhões de transferências entre operadoras de telefonia fixa e móvel foram efetivadas no País sem alteração do número de identificação do usuário.

De acordo com o último relatório da Entidade Administradora da portabilidade numérica - ABR Telecom (Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações), entre os meses de janeiro e junho deste ano, foram efetivadas 728,21 mil (17%) trocas de operadoras de telefonia por solicitação de usuários de serviço fixo e 3,66 milhões (83%) para os do serviço móvel.

Semestre em São Paulo – No período de janeiro a junho de 2021, os usuários de telefones da área dos DDDs (11 a 19), realizaram 1,35 milhão de ações de portabilidade numérica. O equivalente a 174,89 mil (11%) solicitações feitas por usuários de telefones fixos e 1,17 milhão (89%) de telefones móveis.

A portabilidade numérica existe, no Brasil, desde setembro de 2008. Implantada de forma gradativa nos 67 DDDs ativos, permite que o número de identificação dos telefones fixos e móveis sejam mantidos mesmo após a transferência de operadora.

Segundo trimestre no Brasil – A ABR Telecom destaca os meses de abril a junho, trimestre em que foram realizadas 2,15 milhões de migrações entre operadoras. No serviço fixo, 388,03 mil (18%) trocas foram concluídas, neste segundo trimestre, e 1,76 milhão (82%) no serviço móvel.

Histórico – Desde que a portabilidade numérica passou a ser possível no Brasil, em setembro de 2008, até o dia 30 de junho deste ano, 69,19 milhões de transferências foram feitas, sendo 19,02 milhões (27%) no serviço fixo e 50,17 milhões (73%) no serviço móvel.

Segundo trimestre em São Paulo – De acordo com a apuração entre os telefones atendidos pelos DDDs (11 a 19), o relatório mostra a efetivação de 653,13 mil solicitações de portabilidade numérica entre os meses de abril a junho deste ano. Os usuários de telefones fixos respondem por 93,21 mil (14%) transferências e os de móveis, por 559,92 mil (86%).


Para fazer a portabilidade numérica

Para realizar o processo da portabilidade numérica o usuário deve procurar a operadora para onde ele quer migrar e fazer a solicitação. Conforme o regulamento do serviço, entre os critérios que devem ser atendidos para que o usuário efetive sua migração, estão:

- Informar à operadora de telefonia que recebe o pedido, o nome completo;

- Comprovar a titularidade da linha telefônica;

- Informar o número do documento de identidade;

- Informar o número do registro no cadastro do Ministério da Fazenda, no caso de pessoa jurídica;

- Informar o endereço completo do assinante do serviço;

- Informar o código de acesso;

- Informar o nome da operadora de onde está saindo.

A operadora para a qual o usuário deseja migrar fornecerá um número de protocolo da solicitação a fim de que ele possa acompanhar o processo de transferência. O modelo de portabilidade numérica no Brasil determina que as migrações só podem se efetivar dentro do mesmo serviço – móvel para móvel ou fixo para fixo – e na área de abrangência do mesmo DDD.


Prazos – O tempo de transferência para efetivação da portabilidade numérica é de três dias úteis ou após esta data, se o usuário preferir agendar.

Para desistir da portabilidade numérica, o usuário tem dois dias úteis, após a solicitação de transferência, para suspender o processo de migração.

 

Consultas – Acompanhe o movimento de pedidos e efetivações de transferências da portabilidade numérica conforme o DDD e a data de início do serviço, pelo site

O site da ABR Telecom também disponibiliza uma ferramenta de busca para pesquisar a qual operadora pertencem os números de telefones que já realizaram a portabilidade numérica: https://consultanumero.abrtelecom.com.br


Gestores educacionais discutem FUNDEB permanente

O Fundeb Permanente é a política de financiamento da educação pública do Brasil
Créditos: Divulgação

Secretários Municipais de Educação e equipe técnica de secretarias de diferentes municípios brasileiros que atuam em regime de colaboração por meio do Arranjo de Desenvolvimento da Educação (ADE) participaram de uma reunião com o consultor e especialista em educação e orçamento público, Carlos Eduardo Sanches, para entender e sanar dúvidas sobre o Fundeb Permanente. O encontro, promovido pelo Instituto Positivo, com apoio da Comunidade Educativa Cedac, aconteceu na última terça-feira, 20, de forma on-line.

De acordo com a diretora do Instituto Positivo, Eliziane Gorniak, o movimento dos ADEs tem ganhado força no Brasil. Atualmente, cerca de 290 municípios estão organizados neste modelo e trazer um assunto tão importante para todos os que atuam na área fortalece o trabalho desenvolvido, cada um na sua região. “Por atuarmos em regime de colaboração, buscamos aprimorar nosso conhecimento a partir da troca de experiências e vivências. É isso que este encontro proporciona: compartilhar os desafios e as soluções em relação ao Fundeb para avançarmos na utilização do recurso público e melhorarmos a qualidade da educação com equidade”, destaca.

De acordo com Sanches, o Fundeb Permanente é a política de financiamento da educação pública do Brasil que, para este ano, trouxe algumas mudanças. “Ele poderá impulsionar ainda mais o desenvolvimento educacional. Ainda existem muitas dúvidas e o entendimento da utilização do recurso é fundamental para o bom andamento da gestão”, explica o especialista.

A emenda constitucional 108 tornou o Fundeb permanente com aumento da complementação de recurso da União de 10% para 23%. O processo será gradativo, aumentando ano a ano até 2026. A complementação pode ser feita para estados e municípios que não alcançaram o Valor Aluno Ano Total (VAAT), per capita calculado com base em todas as receitas da educação, de R$ 4.821,99. Este ano, o VAAT repassará R$ 3,2 bilhões, distribuídos em 1.374 municípios, de julho de 2021 a janeiro de 2022. A base de cálculo é o Censo Escolar do ano anterior.

Outra forma de complementação começa em 2023 para estados e municípios que melhorarem indicadores educacionais, que inclui aprendizagem e redução das desigualdades educacionais. Segundo Sanches, outra mudança importante que se deve observar sobre o Fundeb é que, a partir deste ano, é preciso aplicar 70% do recurso na remuneração de profissionais da Educação ou de assistentes sociais e psicólogos que atuam na rede de ensino. “Até 2020, 60% do recurso era utilizado para folha de pagamento, exclusivamente para profissionais da educação, agora isso foi ampliado para assistentes sociais e psicólogos, porém, apenas para aqueles que atuam na educação. É preciso estar atento na aplicação do recurso”, alerta.

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), o recurso do Fundeb pode ser utilizado para: renumeração de pessoal da educação; formação profissional da educação; construção e manutenção da escola, do muro para dentro; aquisição de recursos pedagógico, técnico e tecnológico; aquisição de veículos e transporte escolar da rede municipal; e levantamento estatístico com foco na educação e realização de atividades meio. Porém, o recurso não pode ser utilizado para: remuneração de pessoal da educação municipal em desvio de função ou de outras áreas, assim como formação para esses profissionais; obras de infraestrutura mesmo que favoreçam as escolas municipais; programas suplementares de alimentação, assistência médico-odontológica, farmacêutica e psicológica, e outras formas de assistência social; aquisição de veículos e combustível para outras áreas e transporte escolar para ensino superior; e levantamento estatístico se o foco não for educação e subvenção a instituição pública ou privada.

“O Fundeb Permanente é uma reforma de gestão que provoca efeitos nas secretarias e, por isso, precisamos adotar uma nova postura de gestão para alcançar melhores resultados. Ele traz o desafio do empoderamento e capacidade técnica do gestor da educação para participar do planejamento, da execução e da prestação de contas da utilização do recurso do Fundeb. Minha sugestão é conversar com o contador da prefeitura e o prefeito para discutir e alinhar o planejamento e utilização dos recursos”, finaliza Sanches.

Sobre os Arranjos de Desenvolvimento da Educação (ADEs)

Os ADEs são um modelo de trabalho em rede, no qual um grupo de municípios com proximidade geográfica e características sociais e educacionais semelhantes buscam trocar experiências
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Os Arranjos são um modelo de trabalho em rede, no qual um grupo de municípios com proximidade geográfica e características sociais e educacionais semelhantes buscam trocar experiências, planejar e trabalhar em conjunto - e não mais isoladamente, somando esforços, recursos e competências para solucionar conjuntamente as dificuldades na área da Educação. A proposta dos Arranjos foi homologada pelo MEC em 2011, e incluída como uma opção para o alcance das metas e das estratégias previstas no Plano Nacional de Educação, aprovado em 2014 (artigo 7º, parágrafo 7º).

O Brasil possui atualmente 13 ADEs, com mais de 414 mil crianças contempladas com as ações desenvolvidas por 225 municípios, que trabalham nesse modelo de colaboração, e alguns já conquistaram avanços consistentes que indicam que estão no caminho certo. Outras 11 regiões do país estão implantando o modelo.

Dedicado a estudar e a difundir a metodologia dos ADEs no Brasil, o Instituto Positivo é parceiro da Associação dos Municípios da Região da Grande Florianópolis (Granfpolis), em Santa Catarina, e, em uma articulação pioneira, lançaram em 2015 o primeiro ADE do Sul do país.

 


Instituto Positivo (IP)

instituto.positivo.com.br


Volta às aulas: pais não podem ser obrigados a mandar os filhos para a escola em meio à pandemia

Rede pública de diversos estados anuncia retorno das aulas presenciais; advogada orienta pais que não se sentem seguros quanto aos protocolos de segurança prometidos pelas escolas


Com o início da aplicação da primeira dose da vacina contra a Covid-19 aos profissionais da Educação, os estados têm planejado retomar e ampliar as aulas presenciais das escolas públicas em 3 de agosto. A vacinação para a faixa etária abaixo dos 18, no entanto, ainda parece distante. Por isso, a decisão encontra resistências. No DF, por exemplo, grupos de pais se organizaram em petição contra o retorno, por medo de que os protocolos de segurança prometidos pelas escolas sejam inviáveis - ou que simplesmente não sejam aplicados adequadamente por estas instituições.

Neste cenário, uma pergunta não quer calar: os pais podem ser obrigados - ainda que temendo por sua segurança - a mandar os seus filhos às aulas presenciais? A advogada Mérces da Silva Nunes acredita que não. "O ensino no país é legalmente realizado na modalidade presencial, mas ainda é muito precoce qualquer decisão das autoridades no sentido de tornar obrigatório o comparecimento dos alunos", diz a especialista - acrescentando que, ainda que "o retorno às aulas presenciais se dê em regime híbrido [semana presencial e semana online], o receio das famílias é pertinente, porque não é possível garantir que os protocolos de segurança sejam implementados e rigorosamente cumpridos".

A advogada explica que, se os pais decidirem não enviar os filhos, podem "ingressar com ação no Judiciário e obter uma ordem liminar para afastar a obrigatoriedade do ensino presencial". Além disso, "se algum membro da família ou a própria criança integrarem um grupo de risco, devem evitar a modalidade presencial, para não agravar a situação ou o estado de saúde do familiar ou da criança".

Vale lembrar que as escolas públicas são obrigadas a prover condições usuais e especiais neste cenário de pandemia: manter as medidas normais de higiene; promover o uso obrigatório de máscara; garantir o distanciamento social; definir o número máximo de pessoas na sala de aula e o distanciamento entre as carteiras dos alunos. Os estudantes devem ser lembrados, todos os dias, a não compartilhar objetos de uso pessoal nem materiais pedagógicos - e a frequentemente higienizar as mãos com água, sabão e álcool 70%, por exemplo.

A situação da volta às aulas presenciais em meio à pandemia é agravada por um fato conhecido: mesmo sem a crise sanitária, falta infraestrutura às escolas da rede pública brasileira. "Acredito que a deficiência das escolas públicas em relação à falta de insumos básicos deverá permanecer, mas ela poderá servir de argumento das famílias para obter uma ordem judicial e evitar o ensino presencial enquanto a sociedade não estiver em segurança", orienta a advogada Mérces.

 

 

Fonte: Mérces da Silva Nunes - graduada em Direito na Instituição Toledo de Ensino - Faculdade de Direito de Araçatuba, Mestre e Doutora em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Sócia-titular da Silva Nunes Advogados Associados. Autora de obras e artigos sobre Direito Médico.

 

Check Point Software detecta nova cadeia de malware que rouba informações de usuários de MacO

Por apenas US$ 49 na Darknet, os hackers compram licenças do novo malware que lhes permite roubar credenciais de login, capturar telas, registrar teclas digitadas e executar arquivos maliciosos no sistema operacional da Apple; no Brasil, 4,95% dos sistemas operacionais são MacOS

 

A Check Point Research (CPR), divisão de Inteligência em Ameaças da Check Point® Software Technologies Ltd. (NASDAQ: CHKP), uma fornecedora líder de soluções de cibersegurança global, detecta uma nova cadeia de malware que evoluiu para roubar as informações dos usuários do sistema operacional MacOS. Batizada de "XLoader", a nova variedade deriva da conhecida família de malware "Formbook" voltada principalmente para usuários do Windows. Após não ter sido mais vendido em 2018, o Formbook foi reformulado em 2020 para XLoader. Nos últimos seis meses, a divisão CPR acompanhou as atividades do XLoader, descobrindo que este malware é prolífico, visando não apenas os usuários do Windows, assim como do sistema operacional do Mac.

Os atacantes podem comprar licenças do XLoader na Darknet por apenas US$ 49, com o qual poderão roubar credenciais de login, capturar telas, registrar teclas digitadas e executar arquivos maliciosos. A equipe da Check Point Research concluiu que o método mais comum de infecção ocorre por meio de e-mails falsos que contêm arquivos maliciosos anexados do Microsoft Office.

Esta é uma ameaça potencial para todos os usuários de MacOS. Em 2018, a Apple estimou que mais de 100 milhões de Macs estavam em uso. No Brasil, estima-se que 4,95% da fatia do mercado de sistemas operacionais para computadores pertença ao MacOS.

Vítimas

A Check Point Research rastreou a atividade do XLoader no período entre 01 de dezembro de 2020 e 01 de junho de 2021, verificando que houve pedidos deste malware em 69 países. Até o momento, mais da metade (53%) das vítimas residem nos Estados Unidos. Apesar de ainda não existirem dados sobre o Brasil, a distribuição global do XLoader é a seguinte:



Vítimas do malware Formbook pelo mundo entre dezembro de 2020 e maio de 2021


Dicas de Prevenção

Para evitar a infecção, a CPR recomenda que os usuários de Mac e Windows:

1. Não abram anexos suspeitos ou maliciosos.

2. Evitem visitar sites suspeitos.

3. Usem software de proteção de terceiros para ajudar a identificar e prevenir comportamento malicioso em seu computador.


Orientação sobre detecção e remoção

Uma vez que esse malware é oculto por natureza, é difícil para quem tem "um olho não técnico" reconhecer a infecção. Portanto, se o usuário suspeitar que foi infectado, é recomendado consultar um profissional de segurança ou usar ferramentas e proteções de terceiros desenvolvidas para identificar, bloquear e até mesmo remover essa ameaça de seu computador. Para mais detalhes técnicos para auxiliar, a equipe da CPR recomenda ir ao Autorun e:

1. Verificar o nome de usuário no sistema operacional.

2. Ir para o diretório / Users / [nome de usuário] / Library / LaunchAgents

3. Verificar se há nomes de arquivos suspeitos neste diretório (o exemplo a seguir é um nome meramente ilustrativo)

/Users/user/Library/LaunchAgents/com.wznlVRt83Jsd.HPyT0b4Hwxh.plist

4. Remover o arquivo suspeito.

"Como parte de nosso rastreamento de cibercrimes, observamos desenvolvimentos interessantes pela conhecida família de malware ‘Formbook’. Vimos uma nova variedade de malware derivada do Formbook original. Chamado de ‘XLoader’, este malware é muito mais maduro e sofisticado em relação aos seus predecessores, suportando diferentes sistemas operacionais, especificamente computadores MacOS", explica Yaniv Balmas, head de Pesquisa Cibernética da Check Point Software Technologies.

Ainda de acordo com Balmas, historicamente, o malware para MacOS não era tão comum. "Eles geralmente se enquadram na categoria de 'spyware', não causando muitos danos. Acho que há uma crença incorreta entre os usuários do MacOS de que as plataformas da Apple são mais seguras que outras plataformas mais amplamente utilizadas. Embora possa haver uma brecha entre o malware do Windows e do MacOS, esta lacuna está diminuindo lentamente com o tempo. A verdade é que o malware do MacOS está se tornando cada vez maior e mais perigoso."

As descobertas recentes da equipe da CPR são um exemplo perfeito e confirmam essa tendência crescente. "Com a popularidade gradual das plataformas MacOS, faz sentido que os cibercriminosos mostrem mais interesse neste domínio e, pessoalmente, acredito que veremos mais ameaças cibernéticas seguindo a família de malware Formbook. Eu pensaria duas vezes antes de abrir qualquer anexo de e-mails que recebo de remetentes que não conheço", finaliza Balmas.

 


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