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quinta-feira, 22 de julho de 2021

Pequenas indústrias sentem mais dificuldade no acesso a crédito

Sondagem das Micro e Pequenas Empresas revela que três de cada dez empreendedores do setor consideram as exigências dos bancos altas


Apesar da percepção de melhoria de acesso a crédito, entre os donos de pequenos negócios do setor da indústria, ter crescido quase dois pontos percentuais em junho, quando comparado com o mês anterior, esse segmento continua sendo o que tem a pior avaliação sobre acesso a empréstimos. De acordo com a Sondagem das Micro e Pequenas Empresas, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), quase 33% dos donos de micro e pequenas indústria consideram o grau de exigência para concessão ou renovação de empréstimos bancários alto, 57,3% moderado e apenas 10% acreditam que é baixo.

“Mesmo com o aumento do acesso a crédito que temos constatado de um ano para cá, os empresários ainda consideram que os bancos são muito exigentes para emprestar dinheiro e, por isso, é tão importante o desenvolvimento de políticas públicas que facilitem o uso de garantias, como é o caso do Pronampe, que voltou a vigorar neste mês”, comenta o presidente do Sebrae, Carlos Melles. Ele acredita que, com a nova rodada do programa, é possível que essa percepção melhore nos próximos meses.

Os empreendedores do setor de Serviços, apesar de serem um dos mais afetados pela pandemia do coronavírus e com grande parte do faturamento reduzido, veem o acesso a crédito de uma forma mais positiva. Para 25,6% deles as exigências são altas e o percentual de empresários que consideram baixas cresceu 5,6 pontos percentuais, passando de 9%, em maio, para 14,6% em junho. Para 59,8%, as exigências são normais. “O grau de dificuldade fácil, entre os empreendedores do Comércio, também teve queda de 9,4 pontos percentuais, o que é um sinal de alerta de que o segmento precisa maior atenção da política de crédito”, observa Melles.

Apesar disso, para outros 75,7% dos negócios do comércio, as exigências são normais, o que provavelmente está associado ao uso mais tradicional do uso de montantes menores e para capital de giro.


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