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a refeição é benéfico nos hábitos alimentares e, neste Natal, pode ser ainda
mais importante para o ambiente familiar
As festas de fim de
ano são sinônimo de festa e alegria. O Natal, em específico, representa união,
família e compartilhamento. Neste ano, com certeza tudo será diferente, uma vez
que muitas famílias sofreram impactos diretos e indiretos da pandemia e o
distanciamento social nos obriga a estar longe de quem amamos por um bem maior,
a saúde.
Diante da ansiedade de
ficar "preso" dentro de casa, do tédio com o fim das aulas e da
expectativa do fim da pandemia, muitas crianças acabam encontrando conforto na
comida e exageram no consumo de calorias. O índice de crianças com sobrepeso
aumentou consideravelmente neste ano e tem assustado médicos e pais.
Segundo a pediatra
Flávia Oliveira, da Liga da Cozinha Afetiva, uma das formas de prevenir a
obesidade infantil está em um ato simples e que pode ser muito prazeroso:
envolver as crianças no preparo dos alimentos e compartilhar a mesa com elas.
"O sentar-se à
mesa tem uma conotação ampla que vai muito além do repartir uma refeição.
Memórias afetivas são criadas em torno da mesa", destaca.
É por isso que o Natal
é uma data tão querida. Afinal, é quando reunimos familiares e pessoas que
amamos para compartilharmos, juntos uma refeição especialmente preparada para
esta data. "Mesmo que não estejamos todos juntos, devemos aproveitar a
data para senti-la de uma maneira minimalista e sensitiva. O benefício de se
sentar à mesa não está atrelado ao número de pessoas que se reúnem", diz a
pediatra.
É possível reinventar
a ceia compartilhada, por meio do uso de tecnologia e até do envio da refeição
ou de uma sobremesa por delivery a quem amamos, a fim de nos fazermos presentes
por meio de aromas e sabores. "Com certeza não será um Natal habitual, mas
vale o esforço para torná-lo o mais real e verdadeiro possível", destaca a
nutricionista da Liga da Cozinha Afetiva Flávia Montanari.
As duas profissionais
lembram que o hábito de se sentar à mesa em família tem grande impacto no
ambiente familiar e, principalmente, no desenvolvimento dos hábitos
nutricionais da criança, independentemente de qual seja a refeição partilhada
(café, almoço ou jantar).
A pediatra Flávia
Oliveira cita um artigo divulgado no periódico Obesity Reviews que trata
de uma meta análise com 200 mil pessoas e que apontou que há maior consumo de
alimentos frescos, como frutas e vegetais, e redução na ingestão de
industrializados entre as famílias que dividem a mesa. Dessa forma, diversas
enfermidades podem ser prevenidas ainda na infância, como obesidade, diabetes,
colesterol alto, problemas cardiovasculares e outros.
"O mais legal é
que existe um padrão intergeracional alimentar, onde, por exemplo, os
adolescentes que tinham o hábito de compartilhar refeições se tornam pais que
levam esse hábito às suas famílias", cita a pediatra.
Fim de ano
E apesar de o fim de
ano ser um período de comilança exagerada, com alimentos mais gordurosos e
hipercalóricos, é possível reduzir a ingestão de calorias e manter a linha.
A nutricionista Flávia
Montanari dá algumas dicas:
1. Não espere a ceia
de barriga vazia: "a fome fará com que você acabe comendo por impulso e
exagero. Faça as refeições durante o dia normalmente, beba bastante água e coma
algo leve antes de ir para a festa";
2. Natal e Ano Novo
não são dias de dieta: "aliás o ano inteiro não é feito de dietas, se
comer com qualidade e quantidade, poderá comer de tudo um pouco";
3. Acompanhamentos:
geralmente preparamos farofas, arroz à grega, cuscuz, batatas, lasanhas para
acompanhar as proteínas, no entanto, todos são fontes de carboidratos, o que
acabam contribuindo para um alto consumo de calorias. Por isso, inicie a ceia
com verduras e legumes e, ao porcionar em seu prato os acompanhamentos, escolha
no máximo duas opções e coloque em porções menores!
4. Sobremesas:
"escolha aquele doce que mais te abraça e te conforta para comer. O bom
senso sempre deve estar presente!"
5. Aproveite o ano que
se inicia para adotar bons hábitos alimentares, para você e a sua família!
LIGA DA COZINHA
AFETIVA
O profeto LIGA DA
COZINHA AFETIVA visa reaproximar as pessoas do alimento e do ato de cozinhar
quebrando as barreiras que foram criadas ao longo dos anos ressignificando o
ato de se alimentar. Com embasamento científico e foco na quebra de
paradigmas relacionados à nutrição, valorizar os alimentos além dos nutrientes. A Liga
lançou um ebook exatamente com esse objetivo: desmistificar os paradigmas em
torno da dificuldade de cozinhar, aliando dicas práticas e também técnicas,
nomeado ESSÊNCIA: Medicina do Estilo de Vida e Culinária Afetiva do Projeto
Liga da Cozinha Afetiva, o produto já está disponível para venda.
@ligadacozinhaafativa
Dra. Flávia Oliveira - CRM. 113123 • Médica formada pela Faculdade de medicina ABC • Residência Médica em pediatria e neonatologia pela Faculdade de medicina da USP • Pós Graduação em perinatologia pelo Hospital Albert Einstein • Pós Graduação em Nutrologia pel Boston University • Formação em Consultoria de Sono Materno Infantil
Flávia Montanari - CRN-3:25.792 • Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo e
especializada em Educação Alimentar e Nutricional pelo Instituto Racine, e em
Nutrição Materno Infantil, pelo IMEN Educação Instituto de Metabolismo e
Nutrição. • Nutricionista Clínica e responsável técnica e
diretora administrativa da Pueri Nutri - Consultoria e Assessoria em Nutrição.
• Nesses anos de formação ministrei diversas
palestras e cozinhas experimentais para profissionais da área da saúde e
famílias, visando nas crianças a possibilidade de fazer muito mais pelas
futuras gerações, no que se refere à alimentação infantil!