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domingo, 13 de dezembro de 2020

Alimentação e festas de final de ano

Compartilhar a refeição é benéfico nos hábitos alimentares e, neste Natal, pode ser ainda mais importante para o ambiente familiar


As festas de fim de ano são sinônimo de festa e alegria. O Natal, em específico, representa união, família e compartilhamento. Neste ano, com certeza tudo será diferente, uma vez que muitas famílias sofreram impactos diretos e indiretos da pandemia e o distanciamento social nos obriga a estar longe de quem amamos por um bem maior, a saúde.

Diante da ansiedade de ficar "preso" dentro de casa, do tédio com o fim das aulas e da expectativa do fim da pandemia, muitas crianças acabam encontrando conforto na comida e exageram no consumo de calorias. O índice de crianças com sobrepeso aumentou consideravelmente neste ano e tem assustado médicos e pais.

Segundo a pediatra Flávia Oliveira, da Liga da Cozinha Afetiva, uma das formas de prevenir a obesidade infantil está em um ato simples e que pode ser muito prazeroso: envolver as crianças no preparo dos alimentos e compartilhar a mesa com elas.

"O sentar-se à mesa tem uma conotação ampla que vai muito além do repartir uma refeição. Memórias afetivas são criadas em torno da mesa", destaca.

É por isso que o Natal é uma data tão querida. Afinal, é quando reunimos familiares e pessoas que amamos para compartilharmos, juntos uma refeição especialmente preparada para esta data. "Mesmo que não estejamos todos juntos, devemos aproveitar a data para senti-la de uma maneira minimalista e sensitiva. O benefício de se sentar à mesa não está atrelado ao número de pessoas que se reúnem", diz a pediatra.

É possível reinventar a ceia compartilhada, por meio do uso de tecnologia e até do envio da refeição ou de uma sobremesa por delivery a quem amamos, a fim de nos fazermos presentes por meio de aromas e sabores. "Com certeza não será um Natal habitual, mas vale o esforço para torná-lo o mais real e verdadeiro possível", destaca a nutricionista da Liga da Cozinha Afetiva Flávia Montanari.

As duas profissionais lembram que o hábito de se sentar à mesa em família tem grande impacto no ambiente familiar e, principalmente, no desenvolvimento dos hábitos nutricionais da criança, independentemente de qual seja a refeição partilhada (café, almoço ou jantar).

A pediatra Flávia Oliveira cita um artigo divulgado no periódico Obesity Reviews que trata de uma meta análise com 200 mil pessoas e que apontou que há maior consumo de alimentos frescos, como frutas e vegetais, e redução na ingestão de industrializados entre as famílias que dividem a mesa. Dessa forma, diversas enfermidades podem ser prevenidas ainda na infância, como obesidade, diabetes, colesterol alto, problemas cardiovasculares e outros.

"O mais legal é que existe um padrão intergeracional alimentar, onde, por exemplo, os adolescentes que tinham o hábito de compartilhar refeições se tornam pais que levam esse hábito às suas famílias", cita a pediatra.


Fim de ano

E apesar de o fim de ano ser um período de comilança exagerada, com alimentos mais gordurosos e hipercalóricos, é possível reduzir a ingestão de calorias e manter a linha.

A nutricionista Flávia Montanari dá algumas dicas:

1. Não espere a ceia de barriga vazia: "a fome fará com que você acabe comendo por impulso e exagero. Faça as refeições durante o dia normalmente, beba bastante água e coma algo leve antes de ir para a festa";

2. Natal e Ano Novo não são dias de dieta: "aliás o ano inteiro não é feito de dietas, se comer com qualidade e quantidade, poderá comer de tudo um pouco";

3. Acompanhamentos: geralmente preparamos farofas, arroz à grega, cuscuz, batatas, lasanhas para acompanhar as proteínas, no entanto, todos são fontes de carboidratos, o que acabam contribuindo para um alto consumo de calorias. Por isso, inicie a ceia com verduras e legumes e, ao porcionar em seu prato os acompanhamentos, escolha no máximo duas opções e coloque em porções menores!

4. Sobremesas: "escolha aquele doce que mais te abraça e te conforta para comer. O bom senso sempre deve estar presente!"

5. Aproveite o ano que se inicia para adotar bons hábitos alimentares, para você e a sua família!


LIGA DA COZINHA AFETIVA

O profeto LIGA DA COZINHA AFETIVA visa reaproximar as pessoas do alimento e do ato de cozinhar quebrando as barreiras que foram criadas ao longo dos anos ressignificando o ato de se alimentar. Com embasamento científico e foco na quebra de paradigmas relacionados à nutrição, valorizar os alimentos além dos nutrientes. A Liga lançou um ebook exatamente com esse objetivo: desmistificar os paradigmas em torno da dificuldade de cozinhar, aliando dicas práticas e também técnicas, nomeado ESSÊNCIA: Medicina do Estilo de Vida e Culinária Afetiva do Projeto Liga da Cozinha Afetiva, o produto já está disponível para venda.



@ligadacozinhaafativa

 

Dra. Flávia Oliveira - CRM. 113123 • Médica formada pela Faculdade de medicina ABC • Residência Médica em pediatria e neonatologia pela Faculdade de medicina da USP • Pós Graduação em perinatologia pelo Hospital Albert Einstein • Pós Graduação em Nutrologia pel Boston University • Formação em Consultoria de Sono Materno Infantil

 

Flávia Montanari - CRN-3:25.792 • Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo e especializada em Educação Alimentar e Nutricional pelo Instituto Racine, e em Nutrição Materno Infantil, pelo IMEN Educação Instituto de Metabolismo e Nutrição. • Nutricionista Clínica e responsável técnica e diretora administrativa da Pueri Nutri - Consultoria e Assessoria em Nutrição. • Nesses anos de formação ministrei diversas palestras e cozinhas experimentais para profissionais da área da saúde e famílias, visando nas crianças a possibilidade de fazer muito mais pelas futuras gerações, no que se refere à alimentação infantil!


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