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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Com apenas uma opção terapêutica, pacientes com XLH lamentam decisão do Ministério da Saúde de não incluir tratamento no SUS

 Recomendação inicial pela não incorporação do burosumabe no Sistema Único de Saúde (SUS) impacta negativamente a vida de pacientes e familiares. Associação de pacientes ressalta que consulta pública pode ajudar reverter esse cenário

 

O Instituto Vidas Raras informa que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), em seu relatório preliminar, deu parecer desfavorável à inclusão do burosumabe no Sistema Único de Saúde (SUS) e abriu consulta pública (CP). A terapia, única específica destinada a pacientes com raquitismo hipofosfatêmico ligado ao cromossomo X (XLH) patologia rara também conhecida como hipofosfatemia ligada ao cromossomo X, já é aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e reembolsada em outros países. Até 30 de novembro, médicos, profissionais da área saúde, pacientes, familiares e cuidadores podem opinar sobre o oferecimento da medicação na rede pública de saúde por meio da CP nº56 .

Para Regina Próspero, vice-presidente do Instituto Vidas Raras, a consulta pública é o momento no qual os pacientes e toda a sociedade podem participar de decisões que vão influenciar diretamente em suas vidas. "Um dos papeis da Conitec é reconhecer a voz dessas pessoas, é na CP que elas podem participar e mostrar o quanto é importante a inclusão de terapias como essa, além de ser um exercício democrático é uma chance de reverter decisões sobre a inclusão de tratamentos no SUS", afirma.

Segundo o relatório, os desfechos dos estudos foram divergentes impossibilitando um compilado que fornecesse resultados suficientemente claros para a recomendação, além de serem desfechos indiretos. Além disso, consideraram elevados a razão de custo-efetividade incremental, assim como o impacto orçamentário em vista de diversas incertezas dos dados reais da doença e da manutenção do benefício em longo prazo do burosumabe na vida dos pacientes.

Edson Paixão, gerente geral da Ultragenyx, empresa responsável pelo medicamento, explica que o relatório preliminar traz elementos que demonstram o benefício final da terapia aos pacientes bem como reforça sua eficiência e segurança. "Os estudos clínicos apresentam resultados significativos para os pacientes, inclusive já reconhecidos pelo órgão", ressalta Paixão. "Vamos esclarecer as dúvidas apresentadas e evidenciar que os desfechos utilizados nos estudos são compatíveis com a grande variabilidade clínica da doença. Não podemos deixar de dizer que o custo da terapia é comparável aos demais tratamentos de doenças raras e ultrarraras. Entendemos que a Conitec preza pela sustentabilidade do sistema de saúde e isso se reflete no seu cuidado em relação ao impacto no orçamento global e no valor da razão do custo-efetividade incremental. Estamos comprometidos com a comunidade brasileira de XLH e mantemos diálogo aberto com as autoridades".

O raquitismo hipofosfatêmico ligado ao cromossomo X é uma doença rara, crônica e progressiva causada pela deficiência de fósforo no organismo e que afeta crianças e adultos. Seus principais sintomas são deficiência do crescimento, alargamento dos punhos, joelhos e tornozelos, dor nos membros inferiores, alterações dentárias, fraqueza muscular, limitação funcional e pernas arqueadas.

"A recusa para a incorporação do burosumabe no SUS demonstra falta de conhecimento da doença e da causa. Nós, que iniciamos o tratamento do Pietro pelo SUS por meio de uma ação judicial, acompanhamos as dificuldades de quem tem raquitismo. Principalmente, os menos favorecidos financeiramente, em relação a cirurgias, fisioterapia etc. O burosumabe elimina todos esses problemas, ajudando os que mais precisam se for incorporado na rede pública", diz Paulo Inglese Gonçalves Jr., de 42 anos, pai do Pietro Nave Iglese, 14 anos, paciente com XLH.

O medicamento, única opção de tratamento específico para pacientes com XLH, já aprovado no Brasil, Estados Unidos, Canadá e Europa, age de maneira precisa e proporciona melhoras significativas na qualidade de vida do paciente ao mudar o curso natural da doença. "O burosumabe aumenta a reabsorção de fosfato nos rins e a produção da forma ativa da vitamina D. Existem estudos robustos que sustentam os benefícios clínicos dessa terapia para os pacientes", afirma Daniel Garcia, diretor médico da Ultragenyx Brasil.

Há pouco mais de um ano, Pietro começou o tratamento com o burosumabe. "A melhora é nítida, as pernas dele estão desentortando, não tem mais dores de cabeça e ele está crescendo", diz o pai. "Eu não conseguia agachar, depois de um tempo tomando o remédio derrubei um brinquedo no chão e me agachei sem perceber. Na hora eu pensei: consegui! Hoje eu consigo andar mais e sinto que cresci na altura", conta Pietro.

"Estamos fazendo nosso trabalho de tentar levar qualidade de vida para esses pacientes por meio de terapias transformadoras. A doença não tem cura e é progressiva, ou seja, cada dia sem o medicamento é uma perda", finaliza Paixão.


Nova chance

A realização da consulta pública é uma das etapas do processo de incorporação de tecnologias na rede pública de saúde. Ainda há chance de reverter a decisão inicial da Conitec. Até 30 de novembro, toda a sociedade pode contribuir com a CP. Pacientes, familiares e cuidadores podem participar por meio do formulário de experiência ou opinião, já o questionário técnico-científico é voltado para médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde de maneira geral. "Esperamos que essa recomendação inicial seja revista pela Conitec. Precisamos ter a possibilidade de acesso a esse medicamento", declara o pai de Pietro.

Caso a decisão seja pela incorporação, o Decreto nº 7.646/2011[1], que dispõe sobre o processo administrativo para incorporação, exclusão e alteração de tecnologias em saúde no SUS, define novo prazo de 180 dias para que a terapia seja disponibilizada aos pacientes pelo SUS a contar da data da publicação da decisão no Diário Oficial da União (DOU).

 

Miastenia e a saúde da mulher - ciclo menstrual e sintomas pós menstruação

Pacientes em período menstrual relatam desafios mensais. Aprenda a identificar as variações hormonais e como lidar com cada fase


Todos os meses as mulheres passam por um período de variação hormonal, a famosa e temida tensão pré-menstrual (TPM). O que muitas pessoas desconhecem, no entanto, é que o estrogênio, a testosterona e a progesterona agem em maior ou menor grau durante o mês inteiro no corpo feminino. Esses hormônios influenciam o comportamento e podem até interferir na performance profissional das mulheres, ainda mais, quando se trata de mulheres que possuem uma doença chamada Miastenia Gravis. Esses sintomas nas pacientes tornam-se mais acentuados causando muito desconforto e mal-estar.

Para ele, a preocupação com a saúde, bem-estar e qualidade de vida das mulheres miastênicas deve ser constante. “Cada fase destes 28 dias é um desafio, por isso, entender melhor o seu ciclo pode contribuir para medicação assertiva e sintomas mais amenos. Nem todas as pacientes de Miastenia Gravis apresentam esses sintomas tão acentuados”, reforça Dr Estephan.

Segundo Dr Estephan, os sintomas podem variar de mulher para mulher. Como miastênicas, dois dias antes de menstruar algumas começam a sentir como se estivessem doentes. Relatam sensação de peso nas pernas, a pele fica “devastada”, entre outros sintomas. Entretanto, como todos esses sintomas surgem, eles vão embora depois de três dias e se repetem no mês seguinte, ou não.

“Embora ainda não tenha sido comprovado, acredita-se que essa piora ocorra na maior parte das mulheres com miastenia. Isso acontece por conta do aumento dos níveis principalmente de progesterona, mas também do estrogênio em menor importância”, afirma o Dr. Eduardo Estephan.

Essa explicação justifica porque a maioria dessas miastênicas experimentam melhora dos sintomas a partir do 3º dia da menstruação, quando os níveis de progesterona estão já bem mais baixos.

Estudos já foram realizados nas tentativas de ministrar anticoncepcionais para impedir que as pacientes miastênicas menstruassem a fim de amenizar os sintomas. Porém, os resultados não foram positivos, nem eficazes. No entanto, quando há muito incomodo no período é importante procurar atendimento médico especializado. Conforme destaca o Dr. Estephan, pode-se aumentar a dose da piridostigmina - medicação para os sintomas da miastenia - durante o período mais crítico. Com doses maiores da medicação há uma compensação, ao menos em parte, dos efeitos das mudanças hormonais da menstruação.


Segundo estudos:

Pesquisadores conduziram um estudo na Universidade Hebraica de Israel para averiguar o assunto. Eles verificaram que aproximadamente 2/3 das mulheres que menstruam experimentam piora dos sintomas miastênicos 2 a 3 dias antes do início do sangramento.

Essa piora persiste até o 3º dia de sangramento em pelo menos 50% dos casos. E em praticamente 20% a piora é suficientemente importante para que seja necessário aumentar a dose da piridostigmina.Esse estudo contou com a participação de 42 mulheres, com a doença generalizada e que não estavam na menopausa. Os resultados foram os seguintes:

  • 28 pacientes (67%) relataram exacerbação dos sintomas da Miastenia Gravis 2 a 3 dias antes do período menstrual.
  • 22 dessas pacientes continuaram com sintomas exacerbados até o terceiro dia do ciclo menstrual.
  • 9 dessas pacientes precisaram aumentar a ingestão de piridostigmina nos dias anteriores à menstruação, em razão do agravamento clínico.

Além disso, diferentes tratamentos da Miastenia Gravis, assim como contraceptivos orais, não influenciam o quadro clínico. Dependendo da intensidade da exacerbação pode levar a mudanças no tratamento, conforme critério do médico especialista.

‘’Portanto, se você é mulher tem Miastenia Gravis e se sente pior às vésperas de menstruar, você não está sozinha e nem significa que algo está fora do previsto. É importante manter seu médico informado desses acontecimentos. Juntos, é possível bolar a melhor estratégia para lidar com esses efeitos da menstruação, com aumento de medicação ou repouso programado, por exemplo”, finaliza Dr Esthephan.


COVID-19: Hospitais filantrópicos atendem 35% dos casos que requerem UTI

Fehosp destaca que setor está fazendo todos os esforços para dispor de leitos


As internações por Covid-19 vêm aumentando e as Santas Casas e hospitais filantrópicos têm dado importante suporte no atendimento. Levantamento do último dia 22, da Secretaria estadual de Saúde, a pedido da Fehosp (Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo), mostra que, em todo o Estado, 32,55% das internações em UTI ocorreram em instituições sem fins lucrativos e 32,32% foram realizadas em leitos de enfermaria. Com relação a casos suspeitos, as entidades filantrópicas também atenderam a 32% dos casos, em seus leitos de enfermaria.

“Os casos de Covid voltaram a subir e nossas instituições, apesar de todas as dificuldades financeiras que enfrentam, estão fazendo todos os esforços para disponibilizar seus leitos e ampliar a oferta para o enfrentamento da doença", fala o presidente da Fehosp, Edson Rogatti. Em alguns municípios esse aumento é mais significativo.

As Santas Casas e hospitais filantrópicos são responsáveis por 50% dos atendimentos do SUS (Sistema Único de Saúde). Em algumas cidades, essas entidades são os únicos equipamentos de saúde, atendendo a todas as classes sociais. "Essa situação de alta nos preocupa sobremaneira, porque continuamos a atender todas as outras demandas que também carecem de atenção. Inclusive, o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, recomenda que a estrutura destinada aos atendimentos da Covid-19 não seja desmobilizada e também que a retomada dos atendimentos e procedimentos eletivos observem as diretrizes do Centro de Contingência”, pontua Rogatti. “Outro ponto preocupante é dar conta financeiramente de tudo isso. Com o aumento de casos de Covid, os leitos de UTI, por exemplo, para onde os pacientes graves precisam ser encaminhados, requerem muitos recursos e com alta complexidade", completa. 

 

3 dicas para combater a diabetes com exercícios físicos

Novembro é o mês da prevenção da doença que atinge cerca de 13 milhões de brasileiros


A Federação Internacional de Diabetes (IDF) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiram a data ,14 de novembro, como o dia oficial de combate à diabetes, e o mês de Novembro como o período de reflexão e ações no combate à doença. Segundo dados da Coordenação Geral de Prevenção de Doenças Crônicas e Controle do Tabagismo do Ministério da Saúde, 70,6% dos que têm diabetes são mulheres e 60,3% são homens. Além disso, a doença existe nesses indivíduos principalmente pelo excesso de peso.

Existem dois tipos de diabetes, a tipo 1 que é a doença autoimune na qual as defesas do organismo atacam as células do pâncreas, responsáveis pela fabricação de insulina, hormônio que permite a entrada da glicose no interior das células. Já o tipo 2, que é responsável por 90% dos casos é caracterizado pela deficiência parcial ou total na produção de insulina com graus variados de resistência periférica ao hormônio. Esta incapacidade é provocada por fatores como obesidade, sedentarismo e hereditariedade.

A doença também atinge muitos idosos trazendo inúmeras complicações se não forem tratadas de forma adequada, e é neste sentido que o cuidador age de forma profissional para promover a qualidade de vida daquela pessoa, no CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos), o curso de cuidador dá um amplo conhecimento com noções de enfermagem, atividades físicas e recreativas, e um módulo só para diabetes tipo I e II.

"Nosso objetivo é formar profissionais capazes de lidar com o atendimento de pessoas de qualquer idade que requerem atenção especial, prezando pela qualidade de vida e bem-estar, destacando-se no mercado pelos conhecimentos técnicos e desenvolvimento comportamental", finaliza Jefferson Vendrametto Diretor de Relações Institucionais do CEBRAC.

Pensando nisso, a equipe do CEBRAC , montou 3 dicas de exercícios para combater a doença:


• Exercícios aeróbicos

A recomendação médica é de realizar o total de 150 minutos/semana, com intensidade moderada, limitados pela frequência cardíaca obtida no teste ergométrico, feito com presença de cardiologista. Corrida, natação e ciclismo são as mais recomendadas. Sempre com o auxílio de um profissional e medindo os níveis de glicose no sangue.


• Fortalecimento muscular

De duas a três sessões semanais, de 30 minutos cada, principalmente nos grupos musculares das pernas e braços. Muitos diabéticos têm problemas de circulação sanguínea, e por isso o fortalecimento muscular é importante para ativar o fluxo de sangue. Porém, para diabéticos com problemas oculares da retina: esses exercícios devem ser evitados;


• Flexibilidade e equilíbrio

Com ao passar dos anos, é natural perder alguma capacidade de equilíbrio, e pessoas com diabetes geralmente perdem a sensibilidade dos pés. Por isso, é importante a prática de exercícios de equilíbrio que ajudam a neutralizar essa questão. Tentar se equilibrar em um pé perto de um degrau e trabalhar o equilíbrio é essencial.

Para saber mais sobre o curso de cuidador do CEBRAC, clique aqui !



CEBRAC - Centro Brasileiro de Cursos

https://www.cebrac.com.br


Dezembro Laranja: cirurgião plástico explica como é feita a remoção do câncer de pele e dermatologista orienta sobre prevenção

- Diagnóstico precoce de melanoma é fundamental para tratamento


- Guarda-sol comum oferece proteção de, no máximo, FPS 7


Mais comum em pessoas acima de 40 anos, o câncer de pele pode surgir devido ao excesso de exposição ao sol, mas também por fatores genéticos. Em muitos casos, tanto o câncer de pele não melanoma (carcinomas basocelulares e espinocelulares) quanto o melanoma apresentam fator genético envolvido na sua patogênese. Dessa forma, quem tem história familiar de câncer de pele pode ter maior risco de desenvolvê-lo.

Há diversos tipos de câncer de pele, porém, os três mais comuns no Brasil são: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma, sendo esse último o mais grave, com risco de desenvolver metástase e podendo levar o paciente a óbito.

  • Carcinoma basocelular: o mais comum, cerca de 80% dos casos, pode ser mais agressivo localmente, porém - normalmente - apresenta uma evolução mais lenta. Pode-se apresentar como uma pinta, mancha, nódulo ou ferida na pele.
  • Carcinoma espinocelular: com origem na camada mais superficial da pele também pode aparecer em mucosas e até em áreas de cicatrização prolongada, como uma ferida que nunca fecha. Mais comum surgir nas áreas do corpo que ficam mais expostas ao sol, como rosto, orelhas, lábios, pescoço e dorso da mão. Às vezes, pode até ser necessário radioterapia no complemento do tratamento.
  • Melanoma: É o menos frequente, representa 3% dos cânceres de pele no Brasil, porém, é o mais agressivo, com risco de metástase. O prognóstico pode ser bom se descoberto na fase inicial. Devido aos novos medicamentos e a detecção precoce da doença, houve uma melhora na sobrevida desses pacientes nos últimos anos.

O cirurgião plástico e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Dr. Fernando Amato, orienta que se deve procurar um médico especialista quando encontrar as seguintes alterações em uma lesão ou pinta suspeita, método conhecido como ABCDE:

 

A – Assimetria: quando uma parte da lesão é diferente da outra

B – Borda: irregularidades no contorno

C – Cor: cores diferentes na mesma pinta ou lesão

D – Diâmetro: quando for maior de 6 milímetros

E – Evolução: perceber se a lesão apresenta crescimento, muda de formato ou cor

 

“Feridas que não cicatrizam depois de três semanas ou que sangram facilmente também devem ser investigadas”, alerta Dr Amato.

Normalmente, o dermatologista é quem faz a suspeita do diagnóstico pela dermatoscopia, exame realizado com lente de aumento. Sendo necessário o estudo anatomopatológico para definição do diagnóstico.

Dependendo do local onde está a lesão, no caso de regiões do corpo mais delicadas e expostas, como a face, por exemplo, o paciente é encaminhado para o cirurgião plástico, que faz a remoção e reconstrução se necessário.

“Todo material retirado do paciente deve ser enviado para estudo anatomopatológico (biópsia), e dependendo do resultado, pode ser necessário outros procedimentos como por exemplo no melanoma, em que é necessário a retirada de toda lesão para se definir a necessidade ou não de cirurgia nos linfonódos (gânglios). Depois que é feito o estadiamento da doença, ou seja, identificado até onde ela avançou, pode ser necessário o envolvimento de outros especialistas, como o oncologista para dar seguimento no tratamento”, explica o Dr. Fernando Amato.


Dermatologista orienta sobre quantidade adequada do protetor solar

Os raios ultravioletas (UVA e UVB, responsáveis pelo aumento do risco de câncer de pele, estão presentes ao longo do dia. A médica dermatologista Dra. Luciana Malzoni Langhi, da equipe do Dr. Fernando Amato, explica que o raio UVA, mais relacionados ao fotoenvelhecimento (surgimento de manchas e rugas), está presente de forma continua durante o dia, enquanto o raio UVB, mais relacionado ao câncer de pele, tem sua concentração maior entre 10 e 16 horas. “No entanto, ele também está presente ao longo dos outros períodos do dia, embora em menor quantidade”, conta a especialista.

Evitar o sol nesses horários não é a única forma de se prevenir o câncer de pele. A melhor prevenção é o uso correto de filtro solar, ao longo do dia, associado a proteções físicas como roupas e chapéus.

A Dra. Luciana lista algumas dicas que contribuem muito para a prevenção do câncer de pele:

  • Usar filtro solar diariamente, mesmo que em dias nublados, e reaplicá-lo a cada duas ou três horas ou antes se houver suor excessivo e atividades em água.
  • Recomenda-se aplicar protetor na quantidade que corresponde aproximadamente a 1 colher de chá para rosto, pescoço e couro cabeludo; 1 colher de chá para a parte da frente do tronco e 1 colher de chá para a parte de trás do tronco; 1 colher de chá para cada braço; 1 colher de chá para a parte da frente de cada perna e 1 colher de chá para a parte de trás de cada perna.
  • Aplicar filtro solar adequado ao seu fototipo - pessoas de fototipo 1 ou 2 (pele clara, olhos claros, que sempre se queimam e nunca se bronzeiam) precisam de uma fotoproteção de no mínimo FPS 50; pessoas de fototipo 3 ou 4 (pele clara e cabelos castanhos ou pele mais morena e cabelos castanhos, que se bronzeiam e nem sempre se queimam) necessitam de fotoproteção entre FPS 30-50 e pessoas de fototipo 5 e 6 (peles morenas mais escuras e negras) apresentam fotoproteção eficiente com FPS 30. Lembrando que esses fatores são suficientes desde que se aplique o filtro em quantidades adequadas.
  • Aplicar filtro solar mesmo embaixo do guarda-sol, pois o guarda-sol comum oferece uma proteção de no máximo FPS 7, de modo que só ele não é suficiente para proteger a pele dos danos solares.
  • Não usar o mesmo filtro solar por vários verões, pois os componentes se deterioram com o tempo, perdendo o seu efeito de proteção.
  • Evitar ao máximo queimaduras solares durante a infância. Um dos fatores de risco para o desenvolvimento de melanoma é a ocorrência de queimaduras solares importantes, principalmente com formações de bolhas, portanto, é essencial a proteção solar adequada das crianças quando expostas ao sol.
  • Não esquecer de aplicar o filtro solar em áreas mais escondidas ou periféricas, como axilas, pescoço, orelhas, região inguinal, cotovelos e pés.

 


Dr. Fernando C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

https://www.instagram.com/meu.plastico.pro/


Quem usa aparelho ortodôntico precisa de cuidados específicos com a higienização bucal


Quem usa aparelho ortodôntico, seja fixo ou móvel, precisa ter cuidados específicos com a higienização bucal, já que, segundo a cirurgiã dentista Tamires Cancian, da OdontoCompany, embora a escovação se torne mais difícil, ela é fundamental para a saúde. “O mau hábito de não escovar os dentes corretamente pode trazer uma série de problemas, principalmente quando se usa aparelho, especialmente o fixo, devido ao fato de que brackets, fios e elásticos acumulam restos de alimentos com muito mais facilidade. A falta de frequência ou cuidado na escovação, pode causar sangramentos na gengiva, cáries, excesso de placa bacteriana e até a perda de dentes”, alerta a especialista. No mercado, além dos tradicionais enxaguantes bucais e fios dentais, existem escovas e outros acessórios específicos para quem os utiliza. Esses recursos podem e devem ser usados como aliados para facilitar a higienização e promover uma escovação correta. “É fundamental, também, não faltar às consultas, fazer a correta manutenção do aparelho e pedir ajuda ao dentista se precisar de orientações mais específicas”, finaliza Tamires.

 


OdontoCompany

https://odontocompany.com/

 

O que é preciso para fortalecer a Imunidade?

Chefe de nutrologia do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo, Dr. Daniel Magnoni aponta as principais vitaminas e minerais que não devem faltar na prevenção de doenças

 

Imunidade. Esta talvez seja uma das palavras mais em evidência nos últimos meses sempre que o assunto é saúde. Manter a uma boa imunidade contribui com uma vida mais equilibrada, com disposição e energia para aguentar a correria diária, além de poder aproveitar momentos com família e amigos (sempre respeitando os protocolos de segurança e distância social).

Em contrapartida, a imunidade baixa deixa o corpo vulnerável à ação dos diversos micro-organismo existentes e aumenta aquela sensação de cansaço e vontade de não fazer absolutamente nada. Mas o que é preciso para manter a imunidade num estágio aceitável?

De acordo com chefe de nutrologia do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo, Dr. Daniel Magnoni, a rotina cada vez mais atribulada é uma grande vilã da dieta saudável. "Hoje em dia é muito difícil conseguir seguir uma dieta rica em alimentos que forneçam as necessidades diárias das principais vitaminas e minerais, mas as pessoas já entenderam a importância que isso pode trazer ao organismo e têm procurado opções como a suplementação, que é eficaz e muito prática, inclusive com opções como a nova geração em gomas", comenta Dr. Magnoni.

Imunidade

A combinação de algumas vitaminas e minerais favorece o funcionamento do sistema imunológico tanto em adultos quanto em crianças, de acordo com as necessidades diárias de cada faixa etária. "Vitaminas D e E, e principalmente a C, e minerais como zinco e selênio conseguem dar essa resposta ao organismo, por isso devem estar presentes na alimentação e, quando necessário, na suplementação, sempre orientada por um médico", acrescenta Dr. Magnoni.

Vitamina C - Solúvel em água, esta vitamina é muito importante na função dos leucócitos, que formam as defesas do organismo, por isso tem o papel de auxiliar com a imunidade e disposição. (1)

Vitamina D - Este hormônio foi classificado como vitamina e é sintetizado pela exposição à luz solar. É um importante regulador do sistema imune e auxilia com a absorção de minerais como o cálcio, fundamental na formação de ossos e dentes. Estima-se que 1 bilhão de pessoas no mundo tenham deficiência ou insuficiência de vitamina D. (1)

Vitamina E - Melhora a resposta imune celular e diminui a produção da prostaglandina E2 em idosos, que favorece infecções. É uma das vitaminas em que a suplementação em concentração acima da recomendada contribui positivamente com a função imune. (1)

Zinco - auxilia no funcionamento do sistema imunológico, pois as células desse sistema contêm enzimas que precisam de zinco para funcionar. Auxilia na cicatrização de ferimentos e fortalecimento de unhas e cabelo. (1)

Selênio - Elemento essencial para o sistema imune, tanto inato quanto adquirido, com papel fundamental no equilíbrio de oxidação-redução e proteção do DNA. Atua como cofator de um grupo de enzimas que contribuem para proteger as células de dano oxidativo. (1)

 


Referências

(1) Nutrição e imunidade no homem; Sandra Gredel

 

Prevenção é a principal medida para o combate à Covid-19

ANS reforça importância da manutenção dos cuidados para se proteger contra a doença

 

Os esforços para conter a expansão do novo coronavírus continuam, e a manutenção das medidas preventivas é fundamental. Usar máscara de proteção, manter os cuidados básicos de higiene e evitar aglomerações, mesmo com a flexibilização do isolamento, são medidas imprescindíveis enquanto perdurar a pandemia. Por isso, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reforça junto à população as principais orientações para evitar a contaminação e lembra que o combate à Covid-19 é um compromisso com a saúde individual e coletiva.

Confira abaixo as recomendações:

 

USO DA MÁSCARA

O uso da máscara continua sendo instrumento fundamental para o controle da pandemia e as dicas mais importantes de uso são as seguintes: 

  1. A máscara é individual e não deve ser compartilhada com ninguém.
  2. As máscaras devem ser trocadas sempre que estiverem úmidas ou com sujeira aparente. Não se deve ficar mais do que três horas com a mesma máscara.
  3. Como serve de barreira física ao vírus, o ideal é que tenha pelo menos duas camadas de pano.
  4. Use sempre que precisar sair de casa e lembre de levar uma reserva e uma sacola para guardar a máscara usada quando precisar trocar.
  5. Deve cobrir o nariz e a boca e ser usada de forma permanente no rosto, ou seja, não deve ser manipulada para o queixo ou pendurada em uma das orelhas, por exemplo.


HIGIENE E AGLOMERAÇÃO

Medidas básicas na rotina diária, como lavar as mãos e evitar aglomerações, são fundamentais para a redução do contágio. Sem a adoção dessas recomendações, o número de casos pode se proliferar com muita rapidez. No caso específico da higienização, é recomendado o uso do álcool a 70% como desinfetante e antissépticos para as mãos.

 

CUIDADOS NO AMBIENTE DE TRABALHO

No ambiente de trabalho é importante estar atento à higiene. O recomendado é que as empresas e organizações disponibilizem recursos para a higienização das mãos nos locais de trabalho, incluindo água, sabonete líquido, toalha de papel descartável e lixeira, com abertura que não demande contato manual, ou sanitizante adequado para as mãos, como álcool a 70%. 

Quanto ao distanciamento, a recomendação é manter o espaço mínimo de um metro entre os trabalhadores e o público. Os funcionários devem usar a máscara cirúrgica ou de tecido e adotar divisórias impermeáveis ou fornecer proteção facial do tipo viseira plástica ou óculos de proteção.

Nas refeições, a orientação é para que os trabalhadores sejam distribuídos em horários diferentes para o uso do refeitório e seja mantido o espaço mínimo de um metro entre as pessoas nas filas e mesas. No caso dos banheiros, deve-se evitar a aglomeração.

 

Mais informações no portal do Ministério da Saúde.

 

CUIDADOS COMPLEMENTARES

  • O álcool 70% é um importante aliado de higienização na luta contra a Covid-19. Mas é importante estar atento ao seu uso para evitar queimaduras. Fique distante do fogo!
  • Ao usar a máscara, passe protetor solar para evitar marcas de queimaduras de sol indesejáveis no rosto.
  • O ideal é que cada pessoa tenha pelo menos duas opções de máscaras de pano, em caso rompimento do elástico ou de umidade excessiva na mesma.
  • Tenha cuidado com o descarte das máscaras descartáveis. Vede a máscara com uma sacola e jogue diretamente na lixeira.
  • Em caso de suspeita de contágio de Covid-19, consulte primeiramente a operadora do seu plano de saúde, através dos canais de atendimento, para obter orientações de atendimento.


COBERTURA DOS PLANOS DE SAÚDE

A cobertura do tratamento aos pacientes diagnosticados com a Covid-19 é assegurada aos beneficiários de planos de saúde de acordo com a segmentação do plano (ambulatorial, hospitalar ou referência). Os usuários também têm garantida a cobertura dos testes para detecção da doença que constam no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, de acordo com as diretrizes de utilização específicas. São eles:

 

Pesquisa por RT – PCR: É indicado para identificar o vírus e confirmar a Covid-19 e é feito através da coleta de amostras da mucosa da nasofaringe (nariz) e orofaringe (garganta). O teste é coberto para os beneficiários de planos com segmentação ambulatorial, hospitalar ou referência, e é feito nos casos em que há indicação médica, de acordo com o protocolo e as diretrizes definidas pelo Ministério da Saúde.

 

Pesquisa de anticorpos IgG ou anticorpos totais:  São os testes sorológicos, que objetivam detectar a presença de anticorpos produzidos pelo organismo após exposição ao vírus, e podem ser realizados por meio das técnicas de imunofluorescência, imunocromatografia, enzimaimunoensaio e quimioluminescência. O procedimento deve ser solicitado pelo médico assistente, desde que o caso se enquadre em um dos seguintes critérios:

  • Pacientes com Síndrome Gripal ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) a partir do oitavo dia do início dos sintomas;
  • Crianças ou adolescentes com quadro suspeito de Síndrome Multissistêmica Inflamatória pós-infecção pela Covid-19;

E em nenhum dos seguintes critérios:

  • Exame RT-PCR prévio positivo para Covid-19;
  • Pacientes que já tenham realizado o teste sorológico, com resultado positivo;
  • Pacientes que tenham realizado o teste sorológico, com resultado negativo, há menos de uma semana;
  • Testes rápidos;
  • Pacientes cuja prescrição tem finalidade de rastreamento (screening), retorno ao trabalho, pré-operatório, controle de cura ou contato próximo/domiciliar com caso confirmado; e verificação de imunidade pós-vacinal.

Além desses testes, estão incluídos no Rol de Procedimentos seis outros exames que auxiliam no diagnóstico e tratamento da Covid-19: Dímero D (dosagem); Procalcitonina (dosagem); Pesquisa rápida para Influenza A e B; PCR em tempo real para os vírus Influenza A e B; Pesquisa rápida para Vírus Sincicial Respiratório; e PCR em tempo real para Vírus Sincicial Respiratório.

 

Caso tenha alguma dúvida, seja em relação aos procedimentos a que tem direito ou sobre o atendimento em caso de suspeita de Covid-19, a ANS orienta o usuário a procurar primeiramente a operadora do seu plano de saúde. A Agência também disponibiliza os seguintes canais de atendimento para prestar informações ou para o registro de reclamações:

 

Disque ANS 0800 701-9656 

Fale Conosco (formulário eletrônico) no portal www.ans.gov.br 

Central de atendimento para deficientes auditivos: 0800 021 2105 

Confira os posts nas redes sociais da ANS e compartilhe a atitude de cuidado e prevenção! 

 

Acidente com as mãos requer atendimento especializado


Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão ressalta importância de cuidado adequado, como dado ao piloto francês Romain Grosjean


O piloto francês Romain Grosjean sofreu queimaduras nas duas mãos, após grave acidente em que ficou em meio a incêndio por quase 30 segundos no GP do Barein, no último domingo (29). Após avaliação médica, ele permanece no hospital para o tratamento dessas lesões.

As mãos são essenciais para qualquer tarefa do dia a dia, por isso, a Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM) faz um alerta sobre a prevenção de acidentes com as mesmas e, quando há ocorrências, a importância de se procurar um especialista da área para tratar adequadamente o problema.

A invalidez, por exemplo, é uma consequência trágica decorrente de acidentes com as mãos. Em outro caso de repercussão nos últimos dias, um dos confeiteiros mais respeitados do mundo - Buddy Valastro, conhecido como Cake Boss – revelou em entrevista que tem medo de não poder voltar a confeitar, após sofrer um acidente com uma máquina de boliche, em setembro. Ele passou por três cirurgias na mão, mas ainda sente dormência e algumas limitações de movimento em dois de seus dedos.

 “As mãos são partes importantes do corpo. O polegar, por exemplo, é o mais importante de todos os dedos, sendo responsável por 40% da capacidade funcional da mão. A pele nas pontas dos dedos também tem papel de extrema relevância, com células de gordura que funcionam como almofadas de proteção para o enorme número de terminações nervosas embaixo delas. Receptores na pele dos dedos respondem ao tato, pressão, toque, dor e temperatura”, explica o diretor de Comunicação da SBCM, Antonio Tufi Neder Filho.

O especialista ressalta que acidentes envolvendo as mãos resultam em enormes prejuízos para a rotina das pessoas. “Por isso, a SBCM faz campanhas constantes de prevenção e de orientação para a busca de especialista em caso de ocorrência, para que o tratamento adequado seja feito o mais breve possível, proporcionando qualidade de vida ao paciente”, conclui.

 



SBCM (Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão)

http://www.cirurgiadamao.org.br/

 

Como fazer o planejamento financeiro pós-pandemia e para 2021

O planejamento financeiro tornou-se fundamental no mundo pós-pandemia. Ter controle do seu orçamento traz maior tranquilidade e fôlego para passar por qualquer imprevisto sem desespero. Entenda o caminho:


1 – Controle orçamentário:

O primeiro passo é conhecer o orçamento familiar (receitas x despesas). Levante todas as despesas e receitas e, se necessário, trabalhe para reduzir as despesas. Uma dica é fazer uma planilha no Excel indicando o quanto você vai precisar guardar por mês. Por exemplo, supondo que possa gastar por mês até R$ 500 em roupas, sapatos e bolsas, mas você gastou R$ 700, no próximo mês terá de baixar para R$ 300 o teto de gastos com esses itens.

Caso tenha outras dívidas, sobretudo parcelamento no cartão de crédito ou cheque especial que têm juros altos, atue para reduzi-las.

Como já estamos no final do ano, o ideal é fazer o planejamento financeiro para 2021 e sempre reservar um valor para investimentos com o objetivo de começar a construir sua independência financeira. Lembrando que, quanto mais jovem, menor o valor necessário mensal para garantir essa independência. Com 20 anos, por exemplo, o ideal é guardar de 10 a 20% da renda.


2 – Reserva de emergência

Crie uma reserva de emergência. O ideal é guardar de seis a 12 meses do total das despesas (fixas e variáveis). Por exemplo, se você gasta R$ 1.000 por mês, precisará acumular R$ 12 mil na reserva. Como a reserva de emergência tem alta liquidez e menor risco, ela nunca pode ficar desfalcada. Portanto, quando usá-la é preciso repor.


3 – Comece a construir independência financeira

Primeiro ponto a entender é “O que é a independência financeira”, é quando não preciso mais me preocupar que a renda mensal seja obtida da renda do trabalho e sim do patrimônio que foi construído ao longo do caminho e a independência financeira varia de acordo com o desejo e os padrões de cada pessoa.

A busca da independência financeira depende de algumas variáveis, que são a renda e que deseja no futuro, a idade que quer começar a receber a renda e expectativa de vida. Exemplo: hoje tenho 37 anos, quero ter uma renda de R$ 7.000,00 a partir dos 68 anos e com expectativa de vida até os 90 anos. Então serão 31 anos acumulando recursos financeiros (idade futura menos a idade atual 68-37) que proverá a renda de R$ 7.000,00 que deverão durar por 22 anos(idade expectativa de vida menos idade começa a receber a renda 90-68. Tudo isso deve ser levado em consideração para construir a sua independência financeira, inclusive histórico de saúde familiar para estimar sua expectativa de vida média.

Hoje, existem diversas produtos e formas de investimentos, e aqui a dica é diversificar para tentar proteger ao máximo o seu patrimônio. Lembrando que, quanto mais jovem, menor o valor necessário mensal para garantir essa independência.

Por fim, seguindo essas dicas, você conseguirá fazer um planejamento financeiro eficiente, lembre-se sempre de monitorar as suas receitas e despesas, reservar capital para reserva de emergência e começar a construir sua independência financeira.

 



Alessandra Moreira - assessora de investimentos certificada e com mais de 30 anos de experiência no mercado financeiro


Transformação digital pode reverter queda nas vendas de restaurantes?

Ainda é lenta a retomada do setor de alimentação, uma das dez atividades mais prejudicadas pela pandemia de Covid-19. Segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (Cielo/ICVA), bares e restaurantes alcançaram em outubro 73% do faturamento de antes da pandemia. São números animadores, tendo em vista que em abril a queda foi de 74,2%, mas ainda há um longo caminho na retomada de confiança do consumidor.

Além disso, estudos recentes indicam que o número de casos da doença está voltando a subir em todo o país, tornando necessária a ampliação de medidas de segurança em todos os setores. Se muitos já aproveitavam a flexibilização da quarentena para voltar ao trabalho e às atividades de lazer, agora, tudo isso pode ter de ser novamente reconsiderado.

Os últimos meses impactaram fortemente o comportamento do consumidor. Como bem classificou a CEO da Galunion, empresa especializada em consultoria para food service, Simone Galante, hoje são três “S’s” que norteiam as decisões dos consumidores atualmente: saúde, segurança e solidariedade. Ou seja: para atrair o público para o seu estabelecimento, é preciso investir em ações que demonstrem esses valores.

Uma pesquisa feita pela consultoria destacou que o principal motivo (73% das respostas) que leva uma pessoa a confiar em um estabelecimento são as práticas de higiene e limpeza evidentes, tanto das instalações quanto dos colaboradores. Isso passa pelo cliente encontrar mesas limpas e com álcool em gel disponível, funcionários utilizando luvas e máscaras e utensílios entregues somente no momento da refeição, não expostos nas mesas. Mas, um item que merece bastante atenção, por ser uma importante fonte de transmissão se não higienizado constantemente e da maneira correta, é o cardápio.

Assim como a tecnologia foi importante para manter os restaurantes em atividade no início da pandemia, por meio dos aplicativos de delivery, ela pode ser uma aliada na retomada da confiança do consumidor. Muitos bares e restaurantes têm apostado em cardápios digitais, como o Yes Menu, para evitar o contato dos clientes com itens compartilhados e também com a equipe de funcionários. Além de ser uma solução mais segura em tempos de pandemia, a ferramenta reduz o tempo de atendimento – uma antiga reclamação de boa parte do público – e ainda aumenta a rotatividade das mesas, fazendo com que o estabelecimento possa aumentar as receitas em volume. A facilidade também está em alterar itens do cardápio, para evitar que o cliente peça algo que não está disponível no momento.

Eu costumo dizer que a venda é a consequência de um processo bem feito. Com a redução de tempo, melhoria no atendimento e garantia de segurança para o cliente, o estabelecimento é capaz de faturar mais. O resultado da excelência em cada etapa do atendimento é um cliente satisfeito, que volta a consumir e ainda ajuda o bar ou restaurante a crescer por meio de recomendações para amigos e familiares.

Por fim, em qualquer segmento, é necessário um processo de adaptação e a pandemia acelerou tudo que já vinha sendo apresentado como tendência. A tecnologia deve ser utilizada a nosso favor e os restaurantes precisam estar abertos a inovar. Acredite: os clientes já estão preparados para viver novas experiências, desde que elas prezem por conforto, agilidade e segurança. Colocando a transformação digital em prática, será possível reescrever 2020 em 2021!

 



Wanderson Leite - idealizador do YES Menu. Formado em administração de empresas, ele também está à frente da Prospecta Obras, Big Data capaz de mapear obras em andamento e a iniciar em todo o país; da ProAtiva, app de treinamentos corporativos digitais; e da ASAS VR, startup que leva realidade virtual para as empresas.

 

YES Menu 

https://yesmenu.app 


Pandemia torna o 13º salário ainda mais cobiçado e especialista conta como utilizar o benefício de forma inteligente

Docente dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Gestão de RH da Universidade Cruzeiro do Sul, Professor José Felipe Ferreira de Souza explica porque utilizar todo o 13º salário logo que o recebe é um péssimo negócio

 

É natural que em períodos próximos ao final de ano funcionários assalariados criem certa expectativa para receber o 13º salário, principalmente em um ano com crises e pandemia, quando o benefício se torna ainda mais cobiçado. Em um país como o Brasil, onde a renda média da população é considerada baixa, normalmente qualquer entrada de recursos na renda familiar é tratada com ansiedade para cobrir os custos dos famigerados presentes envolvidos nas festividades ou, então, direcionados ao pagamento de dívidas.

No entanto, não é bem essa a forma mais inteligente de consumir o seu direito trabalhista. Segundo o Prof. José Felipe Ferreira Souza, docente dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Gestão de RH da Universidade Cruzeiro do Sul — instituição que integra a Cruzeiro do Sul Educacional —, o ideal, inicialmente, é planejar.

Antes de tudo, na avaliação do especialista, é importante contabilizar corretamente o valor que a pessoa receberá de benefício. Em seguida, ela deve organizar e planejar o pagamento das contas que costumam chegar no início do ano, como tributos (IPVA, IPTU, etc) e gastos com matrícula, renovações, entre outras despesas.

“Vale a pena liquidar essas contas de início de ano à vista, pois, geralmente, elas garantem descontos que variam de 5%, 7% e até 10%. Parece pouco, certo? Porém, existem pouquíssimas aplicações/investimentos que, ao longo de 4 a 6 meses, garantam uma rentabilidade de 5%”, compara o Professor José Felipe.

A próxima orientação é acerca do restante do benefício, aquele que sobrará após a quitação das contas de início de ano. Com esse valor, a indicação é aplicá-lo em um produto de investimento. Dessa maneira, ao invés de pagar juros, é a instituição financeira quem realiza o pagamento de juros ao cliente, fazendo com que aquele dinheiro se valorize em um determinado período.

Agora, se a pessoa faz parte daquelas famílias que não têm como escapar dos presentes, existem algumas saídas inteligentes, conforme explana o Professor José Felipe: “Não invista todo o 13º salário em presentes. Se for um caso indispensável, organize um valor específico do benefício para gastar com os mimos”, afirma.

Uma das alternativas é, de acordo com o especialista, separar 20% do 13º salário para os presentes e despesas com as festividades de final de ano. Mas é importante ressaltar, porém, que ainda estamos em período de pandemia de Covid-19, o que certamente exige de todos os devidos cuidados com a transmissão da doença.

“Não se esqueça de respeitar as normas de segurança e saúde, sempre seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde. Evite aglomerações e respeite o distanciamento social", finaliza o Professor.

Abaixo, algumas dicas de como utilizar o 13º salário de forma inteligente:

  • Organize suas contas e avalie quanto irá receber;
  • Realize um planejamento para utilizar o benefício na quitação de contas de começo de ano (tributos, matrículas, renovações, etc);
  • Invista o dinheiro restante;
  • Se for comprar presentes, utilize apenas 20% do benefício;
  • Procure não consumir todo o seu direito nas festividades de final de ano.

 


Universidade Cruzeiro do Sul

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