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terça-feira, 10 de novembro de 2020

Apenas 12% dos brasileiros voltaram a viajar após relaxamento da quarentena, diz pesquisa C6 Bank/Ibope

Pesquisa Ibope/C6 Bank mostra que mais da metade da população (55%) parou de viajar durante a pandemia

 

Mais da metade da população (55%) parou de viajar durante a pandemia, segundo pesquisa C6 Bank/Ibope Inteligência. O estudo mostra que apenas 12% das pessoas já voltaram a realizar viagens. A pesquisa ouviu 2.000 brasileiros das classes A, B e C com acesso à internet em todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

A pesquisa também mostra que 38% dos brasileiros com acesso à internet pretendem fazer viagens mais baratas nos próximos seis meses, período que inclui o verão e as férias de final de ano. Quando perguntados sobre os planos para os próximos seis meses, 33% dizem que sempre fizeram viagens econômicas e devem continuar fazendo a mesma coisa no futuro. Já 14% dos brasileiros afirmam que vão gastar mais em viagens nos próximos seis meses.

Apenas 6% dos brasileiros dizem que ampliaram a frequência das viagens de carro, a lazer ou a trabalho, durante a pandemia.

Em relação à intenção de fazer viagens a lazer, a pesquisa mostra que 25% dos brasileiros com acesso à internet não têm certeza se vão sair a passeio nos próximos seis meses. O estudo revela que, nesse período, 36% dos entrevistados pretendem fazer viagens a passeio de carro e 19% planejam viajar a turismo de avião. Entre os que pretendem frequentar os aeroportos, 15% dizem que vão viajar no Brasil e 4% relatam a intenção de ir ao exterior.

Os números revelados pela pesquisa reforçam aqueles divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que indicaram queda de 90,7% na demanda por voos internacionais no mês de setembro – último dado atualizado – em relação ao mesmo período do ano passado. 

Entre os entrevistados, 30% afirmaram que já não costumavam viajar antes da pandemia e seguiram sem viajar, 6% disseram que passaram a viajar mais de carro tanto a turismo quanto a trabalho, 12% diminuíram a quantidade de viagens, mas já voltaram ao normal, e 43% diminuíram ou pararam de viajar e ainda não retornaram à normalidade. 

Desde 2019, o C6 Bank conduz uma série de pesquisas para entender os hábitos financeiros do brasileiro e contribuir para o debate sobre educação financeira no país.


10 bons hábitos para ter controle financeiro

Ter um bom controle financeiro é fundamental, principalmente quando o objetivo é evitar problemas como dívidas. Para alcançar aquilo que realmente você está buscando, é essencial rever os hábitos e identificar o que pode estar atrapalhando nesse processo de autocontrole financeiro. 

Lorelay Lopes, head de Negócios do UP Consórcios, listou 10 bons hábitos que vão te ajudar a manter o planejamento financeiro em ordem:

  1. Acompanhe os gastos -  Sem dúvida este é um dos grandes problemas de quem está aprendendo a controlar as finanças.  Não importa o valor, é fundamental acompanhar todo o dinheiro que foi gasto, mesmo que sejam centavos. Para facilitar esse processo é possível apostar em aplicativos de controle de gastos;
  2. Acompanhe os ganhos - Muitas pessoas não sabem exatamente o quanto ganham. Afinal, o salário líquido pode sofrer variações, da mesma forma que a entrada de outros valores, como aluguéis de propriedades, trabalhos avulsos, vendas de itens usados e afins. Então a dica  é fazer uma média do que recebeu nos meses anteriores e também no mesmo mês, no ano anterior. Assim, você consegue projetar o quanto irá receber com mais facilidade;
  3. Parcelamento de compras - É um recurso que precisa ser utilizado com bastante cautela. O que é somente um pequeno valor hoje pode acumular no futuro. Não se esqueça que parcelar não é sinônimo de economizar;
  4. Depender apenas do cartão de crédito - Assim como o parcelamento, usar o cartão exige sabedoria. Faça uso dele para situações em que a necessidade realmente exista, e não esqueça de planejar seu uso do salário conforme a fatura. Evite ao máximo o crédito rotativo e, além disso, busque sempre pagar o valor total da conta;
  5. Tenha uma reserva - Emergências sempre podem acontecer e, mesmo com as contas equilibradas, um imprevisto pode colocar tudo a perder. Então guarde um pouquinho de dinheiro todos os meses. Se algo urgente acontecer, o impacto não será tão grande e você terá uma solução com mais praticidade;
  6. Crie metas - Elas auxiliam não apenas na contenção de gastos, mas também a ter conhecimento sobre os hábitos financeiros. Ou seja, busque manter uma meta de quanto irá gastar por mês, reduzir seus gastos aos poucos, somente o que for possível, por mês, e guarde esse valor;
  7. Não olhe apenas os valores - Se você identifica algo como promoção ou “baratinho”, tente olhar além do valor daquele produto. Faça uma análise real da sua necessidade, ou ainda, procure reconhecer os motivos de querer aquele item. Somente o tempo de parar e pensar um pouco sobre o tema já é o suficiente para repensar como está sendo gasto o dinheiro;
  8. Cuidado com o imediatismo - Além de olhar além do valor e se perguntar porque deseja algo, analise se realmente precisa daquilo naquele momento. Se realmente não for um gasto essencial, que tal adiá-lo um pouquinho? Nesse meio tempo pode acontecer o desinteresse de comprar aquilo que você não tinha tanta certeza se realmente queria;
  9. Não olhe apenas no curto prazo - Se a sua situação está diante de uma sobra de dinheiro, isso não quer dizer que ele deve ser gasto. Aproveite a folga para investir em algum projeto de longo prazo, ao invés de gastar com algo que irá proporcionar prazer somente em curto prazo;
  10. Não deixe o dinheiro parado - Dinheiro parado não rende nada, longe do que você está realmente buscando. Nesse sentido, crie sua reserva financeira em algum sistema de investimentos em renda fixa ou faça um consórcio, que te ajuda a conquistar objetivos enquanto você guarda os recursos necessários.

 


 UP Consórcios


Tudo o que você precisa saber antes de solicitar um empréstimo pessoal

 A tomada de um empréstimo pode colocar em ordem a saúde financeira da família, mas ter precauções e cuidados neste momento é fundamental • Marcelo Ramalho, CEO da Lendico, traz dicas valiosas aos consumidores que necessitam de crédito


Levantamento recente realizado pela Lendico, fintech especializada em empréstimo pessoal online, aponta o empreendedorismo como uma das principais causas para os brasileiros solicitarem crédito nos meses de agosto e setembro deste ano. Do total solicitado em setembro, 29% dos empréstimos foram para as pessoas investirem em um novo negócio ou na própria empresa. Quando falamos da região Nordeste, este número salta para 41%.

Lendico 
Divulgação
Tem sido um ano de grandes desafios, com uma pandemia inesperada e que trouxe consequências das mais diversas para o mundo todo. E, é claro, um dos maiores complicadores para a população brasileira foi a redução ou perda total da renda, fazendo com que boa parte dos consumidores acabasse recorrendo ao empréstimo pessoal para tentar manter as finanças em dia, investir em um novo negócio e, a partir daí, ter um novo ganho para o sustento da família.

Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas – IBRE FGV, realizada com mais de 2.500 empresas e 1.300 consumidores na primeira quinzena de maio, a Covid-19 afetou 53,5% das famílias brasileiras. Em momentos como esse, planejamento é a melhor solução.

O CEO da Lendico Marcelo Ramalho afirma que há muitas opções de crédito no mercado, mas é importante o consumidor se preparar antes de adquirir um empréstimo. E para auxiliá-los, o executivo elencou algumas dicas valiosas para que a escolha seja a mais acertada e segura possível.

 

  1. Você conhece realmente a sua situação financeira?

Não tome qualquer decisão antes de investigar a fundo a sua real situação financeira. Antes de solicitar um empréstimo, saiba o valor que você precisa para a finalidade que desenhou, veja a quantidade e o valor das parcelas que caberão no seu bolso. “É fundamental, neste momento, saber se o valor solicitado cabe no seu orçamento mensal. Um empréstimo deve colocar as suas finanças em dia e nunca prejudicar a sua saúde financeira, por isso, estude bem antes de fazer qualquer solicitação”, explica Ramalho.

 

  1. Simule sempre

Faça simulações e simulações. Aproveite esta que é uma das principais vantagens do empréstimo pessoal online. Após já ter definido o valor que atende às suas necessidades, realize diversas simulações até ter certeza de que o valor mensal da parcela cabe no seu orçamento e o tempo total esteja dentro das suas expectativas. Além, é claro, de saber, com isso, as taxas que serão cobradas. Mas não deixe de olhar sempre para o Custo Efetivo Total (CET), pois é ele que define o valor por mês que você pagará pelo empréstimo solicitado.

“Apesar dos brasileiros estarem muito familiarizados com o termo empréstimo, poucos se atentam à sigla CET quando assinam um contrato. CET nada mais é do que o custo total do valor tomado e envolve encargos, tributos, taxas e demais despesas de um empréstimo. Fique atento”, adverte o CEO da Lendico.

 

  1. Cuidado com fraudes. E desconfie das taxas muito abaixo do mercado

É muito comum ofertas de crédito enviadas por e-mail ou celular. Mas fique atento. Apesar dos alertas recorrentes das empresas, muitos consumidores ainda caem em golpes de cibercriminosos. Por isso, faça uma pesquisa minuciosa sobre a empresa que lhe ofereceu um crédito. E desconfie, sempre, das taxas muito abaixo daquelas praticadas pelo mercado.

 

  1. Dados e documentos em redes sociais? Nunca!

As transações online já fazem parte do nosso dia a dia. Mas também exigem cuidado redobrado dos consumidores ao compartilharem dados e documentos em redes sociais. Fintechs de empréstimo online, como a Lendico, solicitam o envio de documentação apenas pelo site da empresa, que é o local mais protegido, preservando, assim, a segurança de todos os consumidores.

“Nunca disponibilize dados como CPF, RG ou número do telefone em locais onde as informações estão visíveis para todos. Cuidar dos seus dados é um importante passo para evitar fraudes e golpes”, aconselha Ramalho.

 

  1. Solicitaram um depósito antecipado? Desconfie e Denuncie!

Desconfie das empresas e instituições de crédito que solicitam depósito de algum pagamento antecipado, mesmo que se trate de valor simbólico para liberar um recurso. As instituições idôneas e sérias agem de acordo com a legislação e não pedem valores antecipados. Se pedirem, desconfie e denuncie.

 

  1. Tenha consciência, sempre! O crédito está aí para te ajudar!

Como já mencionamos, a solicitação de um crédito, para qualquer que seja a finalidade, deve ser feita após muito estudo, entendimento da situação financeira da família e dos valores mensais que cabem no orçamento. A tomada do crédito deve ajudar o consumidor e seus familiares, e nunca os prejudicar. Portanto, principalmente em momentos de crise econômica, quando ficamos mais vulneráveis, tenha consciência antes de fazer qualquer solicitação. “Faça uso desta importante ferramenta com bom senso e muito cuidado”, finaliza Ramalho.

 


Lendico 

https://lendico.com.br/

Pesquisa da Visa mostra que 54% dos brasileiros concentrarão suas compras de final de ano no e-commerce

Do lado dos estabelecimentos comerciais, análise descobriu que 78% dos empreendedores no país estão otimistas com as oportunidades de vendas nos próximos dois meses

 

A temporada de compras de fim de ano se aproxima e as pequenas empresas iniciam a preparação para um dos períodos que costuma concentrar as maiores vendas do ano. A pandemia mudou a forma de comprar no mundo todo, impulsionando o crescimento do e-commerce e do uso dos pagamentos por aproximação. É o que mostra o estudo global da Visa - "Back to Business, Holiday Edition", na qual 54% dos brasileiros entrevistados confirmam que irão realizar a maioria das suas compras de final de ano no comércio eletrônico.

A pesquisa aponta que, apesar da crise, os brasileiros estão otimistas: 89% pretendem fazer compras de Natal neste ano. A maioria (58%) deverá optar por apoiar o comércio de bairro e concentrarão mais da metade das suas compras nesses estabelecimentos, seja de forma presencial ou online. Além disso, os presentes digitais ganharão destaque, com mais da metade (59%) planejando comprar por produtos ou serviços nesse formato. Desses, 31% esperam dar mais vales-presentes digitais que no ano passado, seguidos por entretenimento digital (25%) e esportes eletrônicos - como jogos, acessórios e assinaturas (24%).

Do ponto de vista dos pequenos negócios, o cenário também é positivo, segundo a pesquisa "Back to Business, Holiday Edition". Quase quatro em cada cinco PMEs brasileiras (78%) dizem que a época é muito relevante para seus negócios, destacando-se em relação ao restante do mundo, no qual 68% afirmam o mesmo globalmente.

Indo mais a fundo nos dados brasileiros, apenas 17% dos pequenos empreendedores afirmam que seus negócios não estão preparados para enfrentar o fluxo de vendas da alta temporada. Em relação aos preparativos para a demanda desse período, os empresários entrevistados disseram que os principais cuidados serão:

Estender seu horário comercial (32%);

Digitalizar partes de suas operações comerciais (29%);

Investir mais em sua infraestrutura física (26%);

Contratar mais pessoal para a operação (18%)

"O ano de 2020 foi extremamente desafiador para pequenas e médias empresas brasileiras, mas, principalmente, foi um ano que inspirou superação e a entrada de tantos negócios no mundo online. É muito animador enxergar no resultado da pesquisa que tanto os empreendedores quanto consumidores estão otimistas, e que já começaram os trabalhos para que as vendas e compras do final de ano sejam excelentes. Será o Natal do e-commerce, e continuamos trabalhando aqui na Visa para que essas transações sejam seguras e convenientes", acredita Fernando Teles, country manager da Visa do Brasil.


 

Visa Inc.

https://www.visa.com.br


Dia dos Supermercados: pesquisa revela dificuldade dos consumidores para compreender rótulos dos alimentos

Parcela significativa da população não sabe o significado dos principais termos técnicos presentes nos rótulos 
Créditos: Divulgação


Orgânico, integral, zero açúcar e sem glúten são exemplos de segmentações encontradas nas gôndolas e que podem gerar dúvidas no momento da compra


No dia 12 de novembro é celebrado o Dia Nacional dos Supermercados, local que reúne produtos para todos os gostos e necessidades. Contudo, nem todos os consumidores entendem de fato o que estão comprando. Segundo uma pesquisa publicada pela Revista Agropecuária Técnica (Agrotec), apesar de 60% dos entrevistados lerem os rótulos e verificarem a data de validade do produto no momento da compra, 70% deste grupo não sabe o que significa os principais termos técnicos presentes nos rótulos. A pesquisa também indicou que o comportamento é mais popular em consumidores com idade superior a 45 anos.

Segundo a engenheira de alimentos Melissa Gomide Carpi, as marcas têm um papel importante na conscientização do consumidor para uma compra responsável. “A linguagem técnica não pode ser predominante nos rótulos, mas é preciso seguir a legislação vigente. Precisamos destacar, de forma acessível, o que é mais relevante para o consumidor no momento da compra. As embalagens com cores diferentes para produtos em categorias diferentes são um exemplo de como podemos auxiliar o consumidor”, explica a gerente de inovação de produto da Jasmine Alimentos, empresa especializada em alimentos saudáveis.

Conheça algumas diferenças entre as categorias de alimentos encontradas nos supermercados:


Orgânico

Os alimentos orgânicos fazem parte de um sistema de produção sem utilização de agrotóxicos, adubos químicos ou substâncias sintéticas que causam prejuízos ao meio ambiente, com uso responsável dos recursos naturais. Os alimentos nessa categoria são mais sustentáveis e possuem ótimo valor nutricional.


Integral

Os alimentos integrais mantêm o grão mais próximo do seu natural, sem passar por processos químicos ou de refinamento, que fazem com que grande parte dos nutrientes seja perdida. Por isso, os alimentos desta categoria costumam ser muito mais nutritivos do que os refinados. 


Zero açúcar

Nesta categoria, os alimentos não possuem açúcar adicionado em sua composição e mesmo os açúcares naturais dos ingredientes são controlados. O açúcar é um carboidrato simples, que é rapidamente incorporado pelo organismo. O excesso da substância pode levar à hiperatividade, ao déficit de atenção e à sobrecarga do pâncreas, órgão produtor de insulina, o hormônio que leva o açúcar para as células. 


Sem glúten

O glúten é um composto de proteínas encontrado no trigo e em grãos, como a cevada e o centeio. Os alimentos sem glúten eliminam essa proteína, trazendo benefícios como melhora na digestão, redução de problemas intestinais e diminuição da fome e compulsão, por exemplo. 

 


Jasmine Alimentos

 


A crise do Coronavírus já acabou ou é agora que ela vai começar?

A crise que os indicadores econômicos mostram é àquela a que mais nos apegamos, e que já nos acompanha desde o começo da pandemia. Mas há uma crise maior, que talvez algumas empresas demorem um pouco mais a perceber e que ficará evidente na volta do trabalho remoto: a readequação das rotinas nos escritórios.


“Ok, dados e números são importantíssimos para a (possível) recuperação da nossa economia pós coronavírus. Mas as pessoas, essas, sim, serão fundamentais no processo”. A frase do Headhunter e Coach de Carreira Marcelo Arone, especialista em recolocação executiva e sócio da OPTME RH, 12 anos de experiência no mercado de capital humano, define bem como as empresas vão precisar agir na volta do home office: com foco nas pessoas.

Marcelo lembra: “é claro que estamos falando de uma parcela pequena de empresas, se formos pensar na quantidade delas que teve que fechar as portas, demitir ou então que seguiu trabalhando mesmo na fase mais intensa da pandemia”, lembra eles. Os privilegiados que puderam seguir trabalhando em home office, agora, segundo Marcelo, terão o dever de levar para a empresa o que aprenderam em suas casas.

“A crise mais profunda que o Coronavírus trouxe vai ser percebida agora, ou em alguns meses, quando voltarmos a conviver. Não sabemos ainda quando todos voltarão, quem vai abrir totalmente as portas e como será esse retorno, mas uma coisa é totalmente real: enquanto pessoas e, especialmente, como chefia e colaboradores, não somos mais os mesmos”, afirma o headhunter.

Ele lembra que a própria palavra colaborador, que ganhou uma conotação muito necessária nas últimas décadas, certamente terá ainda maior importância a partir de agora: “mesmo os cargos de chefia, que é para os quais temos maior experiência na OPTME, deverão estar alinhados com uma postura mais colaborativa, mais fazedora, teremos empresas menos hierarquizadas e mais produtivas”, explica ele.

A grande questão é que já vivíamos uma crise e ainda estávamos lidando com ela de maneira antiquada, com padrões de produtividade ainda sofríveis e, muitas vezes, fugindo da tecnologia. “A pandemia veio mudar drasticamente essas duas frentes de trabalho: produtividade e avanço tecnológico simplesmente foram fundamentais e isso não deve mudar, mesmo com a volta ao escritório”, afirma.

Marcelo finaliza: “agora é que veremos quem realmente aprendeu a lidar com o inesperado e com a dificuldade e quem ainda terá que se adaptar. Talvez, a maior crise será a humana, ainda mais do que a econômica. Mas a resposta para essa dúvida só o tempo e a vivência trarão”.

 



Marcelo Arone - Headhunter, especialista em recolocação executiva e sócio da OPTME RH, com 12 anos de experiência no mercado de capital humano. Formado em Comunicação e Marketing pela Faculdade Cásper Líbero, com especialização em Coach Profissional pelo Instituto Brasileiro de Coaching, Marcelo já atuou na área de comunicação de empresas como Siemens e TIM, e no mercado financeiro, em empresas como UNIBANCO e AIG Seguros. Pelo Itau BBA, tornou-se responsável pela integração da área de Cash Management entre os dois bancos liderando força tarefa com mais de 2000 empresas e equipe de 50 pessoas. Desde então, se especializou em recrutamento para posições de liderança em serviços, além de setores como private equity, venture capital e empresas de Middle Market, familiares e brasileiras com potencial para investidores. Já entrevistou em torno de 8000 candidatos e atendeu mais de 100 empresas em setores distintos.

 

Veja 4 habilidades para conseguir crescer no turismo/hotelaria no "novo normal"

Especialista, Rodrigo Berghahn, da rede Minds Idiomas, lista 4 competências que hoteleiros/profissionais do turismo terão que ter no ''novo normal''


Com o distanciamento necessário p/ conter o Covid-19, comunicação online/escrita se tornam essenciais na retomada das redes p/ turismo e/ou home office nos hotéis



Há 40 anos, no dia 9 de Novembro de 1980, foi instituído o Dia do Hoteleiro. A data é marcada pela criação da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis - ABIH. A associação foi fundada no dia 9/11/1936. De acordo com o atual presidente da Associação, Manoel linhares, a pandemia do COVID-19 levou o segmento turístico/hoteleiro a um ponto de inflexão, ou seja abriu espaço para que um turismo mais esclarecido e que está se adaptando as mudanças impostas pela nova forma de consumir.

Uma dessas adaptações é a capacidade dos profissionais que atuam no ramo da hotelaria se comunicarem com eficiência de forma escrita, principalmente em inglês. " Antes, no ramo turístico, os hoteleiros e todos que atuam com turismo eram treinados com afinco na comunicação oral. O inglês e demais idiomas deveriam ser verbalizados com sucesso, com o maior número de vocábulos possíveis. Hoje, essa capacidade migrou para a escrita. Check in e check out oferecidos por e-mail, pedidos de A & B (Alimentos e Bebidas) feitos por APP’s e/ou WhatsApp dos gestores dos hotéis, e etc. Há uma nova habilidade sendo exigida desses profissionais: a redação bem feita e lúdica na escrita", explica Rodrigo Berghahn, Coordenador Pedagógico da rede Minds English School.

Um dos grupos hoteleiros que apostou no APP para facilitar a comunicação entre os hóspedes e os seus colaboradores foi o Four Seasons. Responsável por criar o aplicativo Four Seasons App que permite que os hóspedes se comuniquem com o hotel em tempo real. O APP tem a atualização da função de chat periodicamente.

Apesar da Organização Mundial do Turismo (OMT) ter mostrado que entre Janeiro e Junho de 2020, a quantidade de turistas estrangeiros no mundo diminuiu 65%, há uma retomada no turismo local. Ou seja, cresceu o número de pessoas que estão fazendo o isolamento e que têm alguma flexibilidade na sua região procurando hotéis próximos aos grandes centros. Seja para passarem um final de semana e/ou um Day off em hotéis/pousadas próximas. Ou fazendo Home office nos hotéis. É o que mostra a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC): o turismo interno voltou a crescer quase 20% em junho.

No Brasil, a rede Accor adaptou vários quartos dos seus hotéis para atender a executivos e/ou profissionais que queriam trabalhar em um local diferente da residência. Seguindo todos os protocolos de segurança, as habitações são estruturadas com internet rápida, alimentação servida nos quartos em que os próprios hospedes colocam o carrinho dentro dos seus quartos. Tudo para garantir o distanciamento necessário.

Rodrigo Berghahn, Coordenador da Minds English School, rede de idiomas que tem um curso específico para formar profissionais no setor hoteleiro/turismo lista 4 habilidades necessárias que serão exigidas no "novo normal" dos profissionais de turismo:


1) Escrita objetiva

Escrever tem a ver com leitura. Logo, ler livros básicos em inglês, matéria jornalísticas, quadrinhos/comics no idioma facilitará na escrita. Na Minds Idiomas, no curso de Atendimento e Viagens, aprimoramos a escrita por meio de exercícios práticos. São situações reais que ocorrem nos hotéis e os estudantes devem completar os diálogos. Além de redigirem e-mails e escreverem textos. Tudo em inglês e simulando experiências reais, sempre.


2) Ter conhecimento sobre saúde/higienização

Não é preciso fazer um curso de medicina, mas acompanhar os noticiários da sua região, ter acesso a conhecimentos de primeiro socorro, e se atualizar sobre medidas de higiene novas como biocleaning (Uso de equipamentos como Powerzone e Vapodil, luvas, máscaras, óculos de proteção, proteção descartável para sapatos, entre outras) ajudam neste "novo normal". Por meio dos debates online, do curso de Atendimento e Viagens, na Minds Idiomas, falamos sobre essas novas medidas de higiene no ramo turístico. Tudo para familiarizar os estudantes com as novas medidas exigidas nos hotéis mundialmente.


3) Capacidade de se comunicar mais assertiva - 4 esferas da comunicação

Antes, os profissionais de hotéis e da cadeia turística em geral eram muito exigidos quanto a capacidade de se comunicar. Ser flexível, praticar a escuta ativa e atender cada cliente na sua especificidade já fazia parte da rotina desses profissionais. Principalmente dos Concierges. Com a Covid-19 e os cortes orçamentários realizados nas redes hoteleiras essa capacidade de se comunicar intensificou-se para todos os cargos. As 4 áreas: escutar, falar, ler e escrever em um outro idioma não são habilidades extras dos funcionários e sim um pressuposto para conquistarem e manterem os seus empregos. No curso de 6 meses, Atendimento e Viagens, focamos no desenvolvimento desses 4 habilidades em inglês.


4) Habilidade de entender outros ritmos de escrita e fala

Um francês falando em inglês e um australiano escrevendo em inglês. Duas situações desafiadoras para quem tua em hotéis. Cada país tem as suas gírias e maneiras ao se comunicar. No "novo normal" conseguir compreender os hóspedes, de diversos lugares do mundo, com novas rotinas nos hotéis - eventos online, conferências nos seus próprios quartos, etc - será prioridade. No curso de Atendimento e Viagens realizamos simulações com pessoas de todo o mundo falando em inglês para desafiar a lógica dos estudantes e para que esses consigam desenvolver a habilidade de compreender na escuta e leitura qualquer indivíduo que use a língua inglesa. No material de áudio da Minds Idiomas temos sotaques de várias partes do mundo.

P/ saber mais sobre o curso de 6 meses, Atendimento e Viagens, da Minds Idiomas: clique Aqui. A rede tem condições especiais na Black Friday.




Minds Idiomas



6 perguntas para os candidatos das eleições municipais

Fundação Grupo Boticário propõe o debate de temas relacionados à proteção do meio ambiente no âmbito das cidades


Em vista das eleições que vão acontecer neste ano, com o primeiro turno marcado para 15 de novembro, a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza convida os veículos de imprensa a fazer perguntas para os candidatos a prefeito e vereador sobre como eles pretendem, dentro das atribuições dos poderes municipais, criar cidades mais inteligentes e sustentáveis, assim como promover a conservação da natureza.

Para contribuir o debate desta temática, a Fundação Grupo Boticário propõe as seguintes questões, elaboradas com base em necessidades atuais das cidades brasileiras e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

1)    A conservação do meio ambiente ganhou destaque com o advento da pandemia e do debate de suas causas e efeitos. Como o(a) candidato(a) avalia que a gestão municipal pode contribuir para a conservação da natureza nos municípios?

2)    Cada vez mais cidades no mundo têm se comprometido com planos de retomada verde. Sabendo que a natureza é importante geradora de emprego e renda, como o(a) candidato(a) pretende integrar a conservação do meio ambiente aos setores produtivos da economia municipal?

3)    As cidades sofrem todos os anos com enchentes, no período de chuvas, e falta d´água, na estiagem. A infraestrutura verde já é reconhecida como uma solução bastante eficiente para auxiliar no combate a esses problemas, empregada em algumas grandes cidades com sucesso, como Wellington (Nova Zelândia), São Francisco e Califórnia (Estados Unidos), Edmonton (Canadá), Bristol (Reino Unido) e Curitiba (Brasil). De que forma o(a) candidato(a) pretende enfrentar essas questões? A infraestrutura verde é uma alternativa considerada no seu plano de governo?

4)    O município é responsável por uma grande parcela da rede de ensino, especialmente do Fundamental. O(a) candidato(a) considera importante fortalecer a educação ambiental na grade das escolas municipais?

5)    Qual sua proposta para ampliar e conservar as áreas verdes no município, considerando que elas comprovadamente colaboram para a saúde e o bem-estar da população?

6)    Os transportes representam uma parcela significativa das emissões de gases do efeito estufa no mundo. Quais estratégias de mobilidade urbana o(a) candidato(a) planeja adotar?


A agilidade agregada aos benefícios da tecnologia sem fio

Uma das mais importantes frentes de combate à pandemia de Covid-19 é a tecnologia. Com ela, a eficiência na hora de tratar um paciente que se encontra em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) se torna imprescindível. É possível, também, ver que todos os setores da sociedade estão reunindo esforços para superar esse momento. Com isso, diversas tecnologias ganham destaque no tratamento dos infectados.

Aplicativos já foram lançados para tirar dúvidas sobre sintomas, prevenção e demais informações a respeito da luta contra o coronavírus. Tudo está sendo feito com o objetivo de minimizar seus devastadores impactos. E quem mais sofre com toda essa realidade, com certeza, são as pessoas que desenvolvem um quadro mais grave e têm de ser entubadas.

Nessas situações, o paciente necessita de toda a atenção da equipe médica, porém, por estar imobilizado e, portanto, sem condições de se mover com comodidade, utiliza-se chamadores para que os enfermeiros venham ajudá-lo em algum momento. Um exemplo do uso desses aparelhos se dá no caso em que o paciente sente que não está bem, nesse momento que é utilizada a campainha.

Esses dispositivos que auxiliam de forma considerável na logística de um hospital são ferramentas que trazem agilidade no momento de salvar vidas. São soluções muito práticas que vêm ganhando bastante espaço no mercado porque utilizam tecnologia sem fio, o que gera economia e maior praticidade na hora de instalar os equipamentos nos quartos dos enfermos, já que a instalação não requer obras complicadas e que podem atrapalhar o funcionamento do local.

A importância de dispositivos sem fio em um hospital também se dá quando a necessidade de investimento em tecnologia não pode ultrapassar o orçamento disponibilizado pela administração. Por isso, equipamentos que dispensam a utilização de fiações são econômicos, pois geram agilidade na instalação e, consequentemente, economia nos gastos. 

Quanto à agilidade, essa é causada pela necessidade de otimização dos cuidados com os pacientes diagnosticados com a Covid-19, e é suprida pela facilidade na utilização dos dispositivos que são implantados nos locais de forma imediata.

Atualmente, a tecnologia sem fio usada nos chamadores utiliza a transmissão de sinais por rádiofrequencia, porém com a chegada do 5G os resultados do uso dessa tecnologia podem ser expandidos e potencializados de forma que a própria logística de um hospital tenha ganhos positivos também.

Os benefícios do uso da tecnologia sem fio na pandemia são agregados à agilidade no atendimento e no dinamismo da demanda adicional, que o novo coronavírus provocou em todos os centros de tratamento. Com isso, sem sombra de dúvidas, a recuperação das pessoas ganhará mais qualidade porque há a junção da prevenção, agilidade, tecnologia e economia. E esses aspectos juntos podem ajudar na retomada da vida cotidiana dos infectados sem maiores preocupações.

 


José Rubens Almeida - graduado em ciências da computação e diretor da AGM Automação, que produz toda a linha de equipamentos Psiu sem fio. www.psiusemfio.com.br


63% dos brasileiros mudaram seus hábitos de desinfecção durante a pandemia

Pesquisa da SC Johnson mostra mudanças significativas nos hábitos de desinfecção dos consumidores do país

 

A SC Johnson anunciou hoje os resultados de uma nova pesquisa que destaca mudanças importantes no comportamento de higiene entre os brasileiros durante a pandemia da COVID-19. Agências de saúde em todo o mundo têm enfatizado a necessidade de desinfetar as superfícies para proteção contra a doença, e o levantamento* realizado pela empresa descobriu que 63% – quase dois em cada três brasileiros – mudaram seus hábitos de desinfecção em suas casas durante a pandemia.

“Essa pesquisa mostra que a pandemia mudou as percepções e hábitos das pessoas sobre como se protegerem”, afirma Tatiana Ganem, gerente geral da SC Johnson Brasil. “É muito importante que as pessoas mantenham seus hábitos de desinfecção como parte de suas rotinas de limpeza regulares para proteger suas famílias de vírus, germes e bactérias.”


Informações Adicionais

A pesquisa revelou mudanças de comportamento dos brasileiros como resultado da pandemia da COVID-19. Embora as práticas de desinfecção tenham sido importantes para ajudar a proteger as famílias do novo coronavírus, as pessoas também estão focadas em manter rotinas proativas em suas casas.

  • 69% dos brasileiros com filhos menores de 18 anos em casa disseram que aumentaram suas práticas de desinfecção doméstica durante a pandemia;
  • 67% dos brasileiros planejam desinfetar suas casas pelo menos duas vezes por semana após a pandemia;
  • 83% dos brasileiros com 56 anos ou mais, incluindo pessoas na faixa etária de alto risco, consideram-se muito bem informados ou bem informados sobre a prevenção de doenças causadas por germes, bactérias e vírus.


Educação e Conscientização

Embora muitas pessoas entendam a importância de desinfetar a casa para se proteger contra germes, bactérias e vírus, a pesquisa também revela que os entrevistados estão ansiosos por mais informações. Como uma empresa familiar, a SC Johnson tem o compromisso de ajudar a proteger as famílias dessas doenças, bem como fornecer transparência com os ingredientes de seus produtos.

  • 21% dos brasileiros ainda não se consideram bem informados sobre prevenção de doenças causadas por germes, bactérias e vírus;
  • 81% dos brasileiros acreditam nas informações do rótulo de um produto sobre sua eficácia contra germes, bactérias e vírus;
  • 76% dos brasileiros consideram a qualidade do produto um fator relevante na hora de comprar um desinfetante.

“A SC Johnson tem um longo legado de trabalho para melhorar a vida das famílias no Brasil e no mundo”, diz Tatiana Ganem. “Estamos empenhados em conscientizar e ajudar os brasileiros a manter hábitos de higiene saudáveis.”

*A SC Johnson encomendou uma pesquisa online com 1.000 adultos no Brasil, que foi realizada entre 9 e 15 de setembro de 2020. A margem de erro para este estudo (n = 1.000) é de +/- 3,1%.

 


 

SC Johnson

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Estudos detalham impactos do declínio de populações de mamíferos na região neotropical

Grupo liderado por ecólogo da USP mostra que defaunação pode comprometer mais de 40% dos serviços ambientais prestados por esses animais, entre eles controle de doenças e formação de solo. Efeito é maior sobre os grandes mamíferos (macaco da espécie Brachyteles_arachnoides, popularmente conhecido como muriqui-do-sul; foto: ICMBio)

Um grupo de cientistas liderado pelo ecólogo Juliano André Bogoni, da Universidade de São Paulo (USP), publicou dois artigos que desvendam a intensidade da defaunação de mamíferos nos neotrópicos – região que compreende a América Central, todas as ilhas do Caribe e a América do Sul – e seus efeitos deletérios mais funestos.

No primeiro estudo, publicado em agosto na Ecosystem Services, os pesquisadores apontam que a extinção de mamíferos afeta mais de 40% dos serviços ambientais prestados por esses animais, como provisão de proteína animal para populações tradicionais e controle de doenças, por exemplo. No entanto, os mamíferos de pequeno porte têm “backups”, ou seja, há mais de uma espécie que realiza o mesmo serviço.

No segundo trabalho, publicado em setembro na Scientific Reports, o grupo quantificou em 56% a defaunação de grandes e médios mamíferos nos neotrópicos e propôs um novo Índice de Pressão de Caça (IPC), que indica a vulnerabilidade de determinado local à prática da caça ilegal com base em fatores que inibem e incentivam a atividade. O trabalho revela, ainda, que os mamíferos que sobraram são os menores.

Segundo Bogoni, o resultado do primeiro artigo foi um tanto surpreendente para a equipe. “Percebemos que, embora os mamíferos estejam declinando de forma muito rápida nos neotrópicos, ainda há backups: quando falta um, outro está fazendo o serviço. Mas isso não acontece com todos eles. Há famílias, por exemplo, como a Cricetidae (ratos) nas quais encontramos às vezes 30 espécies dentro de um gênero e quase até uma centena de espécies em ‘grupos-irmãos’, que são espécies de gêneros muito relacionados evolutivamente e morfologicamente. Ou seja, há muitas espécies que se sobrepõem no grupo dos pequenos mamíferos e dos voadores [morcegos]. Se tivéssemos nos concentrado em mamíferos médios e grandes, o declínio dos serviços teria sido muito maior.”

Os predadores de topo da cadeia alimentar são bons exemplos de falta de sobreposição. “Neste caso, só há um backup. A onça-pintada e o puma, por exemplo. Quando se perde um, sobra apenas o outro – isso se eles coexistirem no mesmo lugar, o que muitas vezes não acontece. Neste caso, a perda da espécie significa a perda dos serviços.”

Bogoni é pós-doutorando da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), no Laboratório de Ecologia, Manejo e Conservação de Fauna Silvestre, e atualmente desenvolve sua pesquisa na Universidade de East Anglia, no Reino Unido, com Bolsa de Estágio de Pesquisa no Exterior concedida pela FAPESP.

Para estabelecer a metodologia, os cientistas simularam dois macrocenários de defaunação: estocásticos (como se todos os grupos de mamíferos declinassem de igual forma) e determinísticos (quando alguma característica do ambiente ou do próprio grupo determina a defaunação). “O cenário determinístico é a ‘vida real’, o que está acontecendo hoje. Mas, como eu não sabia quais eram os grupos mais penalizados, pois não havíamos publicado ainda o segundo trabalho, também simulei o cenário estocástico, para poder comparar.”


Serviços afetados

A equipe dividiu os serviços prestados pelos mamíferos em quatro grandes grupos: provisão (que inclui proteína animal para populações tradicionais, inutilização e dispersão de sementes, bem como suas respectivas capacidades de afetar a dinâmica de regeneração das florestas e dos recursos madeireiros, e recursos genéticos); regulação (que inclui regulação climática, controle de doenças e pestes, controle biológico, recuperação de desastres naturais e polinização); culturais (ecoturismo, identidade etnocultural, estética e educação); e suporte (formação de solo, ciclo de nutrientes, produção de oxigênio e produtividade primária).

Os principais serviços ecossistêmicos afetados nos diferentes cenários de defaunação foram o ecoturismo (43,4%), a formação de solo (39,8%), o controle de doenças (39,6%), a aquisição de proteína para subsistência (38,0%) e a identidade etnocultural (37,3%), cujas perdas sob o regime de defaunação determinística variaram de 38,9% a 53,0% em comparação com a linha de base. No cenário determinístico especificamente, os principais serviços impactados entre os diferentes regimes de defaunação (ecoturismo, formação do solo, controle de doenças e aquisição de proteínas pelos povos tradicionais) tiveram redução acima de 40%.

De acordo com Bogoni, alguns serviços, como identidade etnocultural, podem declinar muito rapidamente. “As pessoas se associam, na maioria das vezes, aos predadores de topo ou a animais que tenham alguma característica ecomorfológica muito aflorada. Um rato talvez nunca seja objeto de identidade etnocultural, mas uma onça-pintada, sim, pois povoa o imaginário das pessoas desde tempos pré-colombianos. Outro exemplo de declínio severo de serviços é o provimento de proteína animal para povos tradicionais, que é a caça para subsistência. É um serviço que não tem muito backup, e foi um dos que mais declinaram. Quanto menos backup, maior a possibilidade de o serviço declinar, ou até zerar.”

O ecólogo realizou uma vasta revisão da literatura buscando por artigos que remetessem a serviços prestados pelos mamíferos de acordo com critérios ecomorfológicos – de como eles se comportam e como são. “É delicado estabelecer isso porque é algo putativo: predeterminamos que aquele animal presta certos serviços de acordo com algumas características que ele tem. O input foi baseado na literatura e em critérios como tamanho do corpo, dieta etc. Para evitar enviesar a atribuição do animal, consultamos mais oito especialistas em mastozoologia para colher opiniões. Na média, a diferença entre as nossas atribuições e a dos outros especialistas foi de 3%. Ou seja: a atribuição do serviço, embora presumível, é bem confiável.”

A metodologia abrange dados sobre 1.153 espécies de mamíferos distribuídas em 2.427 assembleias (grupos de espécies com histórias evolutivas relacionadas, dentro de determinada comunidade) em cerca de 20,4 milhões de quilômetros quadrados (km2) na América Latina. Entre a concepção do trabalho e a elaboração do banco de dados para a rodagem das análises, Bogoni contabiliza de seis a sete meses.


Perda de hábitat x caça

No segundo artigo, os cientistas abordam a intensidade da defaunação e a pressão que a caça exerce em grandes mamíferos nos neotrópicos. “Com base em dados atuais de defaunação que venho compilando desde 2015 e números da International Union for Conservation of Nature [IUCN], que fornecem uma distribuição aproximada dos mamíferos em polígonos predeterminados, assumimos que esses polígonos seriam a distribuição do animal na América pré-colonial, e fizemos a comparação. Realizei a análise para 1.029 assembleias.”

Ele esclarece que a equipe usou uma abordagem matemática chamada de matriz de confusão para lidar com os falsos negativos, ou seja, quando o animal presumivelmente ainda está presente, mas não foi registrado no banco de dados moderno. “Aplicando essa matriz para ‘corrigir’ possíveis falsos negativos, nossos dados mostram uma defaunação de 56,5%. Os índices mais severos de defaunação estão na América Central, no bioma Caatinga, no Brasil, e na porção norte da América do Sul.”

E alerta para o resultado mais importante do trabalho: “As assembleias foram miniaturizadas. Na distribuição dos dados por assembleia, em 95% dos casos os animais deveriam ter, de acordo com a média histórica, por volta de 14 quilos (kg), mas agora eles têm apenas 4 kg. Ou seja: sobraram os animais menores. A defaunação, além de ser pervasiva, é mais direcionada a grupos de grande porte, provavelmente afetada primariamente pela perda de hábitat e acentuada pela caça”.

Bogoni e os colegas também propuseram o novo Índice de Pressão de Caça (IPC), com base em fatores que inibem e incentivam a prática. “Na metodologia listamos diversos deles. Por exemplo, latitude: à medida que a latitude diminui, mais perto do Equador, mais espécies, mais biomassa, mais produtividade, então a probabilidade de se caçar ali é maior que nos extremos, onde só há bichos pequenos e rarefeitos no espaço. O mesmo raciocínio vale para a altitude: quanto maior, menos presas, menor a probabilidade de caça. Consideramos outros fatores, como ocorrência de luminosidade artificial, ou a relação entre a produtividade primária e a biomassa vegetal. Ambientes com alta produtividade e baixa biomassa vegetal provavelmente são pastagens, e se há gado, há proteína animal, não é necessário caçar”, explica.

Os resultados mostram valores relativamente altos de IPC para uma vasta fração dos neotrópicos: aproximadamente 17 milhões de km2, que incluem em grande parte a Amazônia, o Cerrado, a Caatinga e regiões da Patagônia. “Estamos tentando entender o que pesa mais para a defaunação: perda de hábitat ou caça. Por enquanto, todos os trabalhos mostram que é um efeito sinergético, mas queremos entendê-los separadamente, para que as estratégias de conservação levem em conta essas nuances”, adianta Bogoni.

O artigo Effects of mammal defaunation on natural ecosystem services and human well being throughout the entire Neotropical realm pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S2212041620301157?via%3Dihub.

Para ler o estudo Extent, intensity and drivers of mammal defaunation: a continental-scale analysis across the Neotropics acesse: www.nature.com/articles/s41598-020-72010-w.




Karina Ninni

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/estudos-detalham-impactos-do-declinio-de-populacoes-de-mamiferos-na-regiao-neotropical/34561/


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