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sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Fintechs são alternativa sustentável frente as taxas bancárias

O ponto de toda a questão que envolve as diferenças entre um fintech e uma instituição financeira tradicional é, em primeiro lugar, entender a estrutura bancária no Brasil. Hoje, o mercado é praticamente dominado por cinco grandes nomes, com estruturas enormes e agencias físicas, que custam verdadeiras fortunas por mês. E quem paga essa conta, claro, é o correntista.

Em contrapartida, temos as fintech que atuam a todo vapor, e possuem estruturas enxutas a aliada a uma tecnologia de ponta, o que acaba reduzindo, e muito, os custos operacionais. Só devido a esses fatores, já podem ser consideradas uma alternativa aos bancos.

Além de toda a novidade que trazem, seguem se reinventando e apresentando cada vez mais soluções para o dia a dia de seus usuários, o que é possível por conta de sua tecnologia e baixo custo, e por isso, conseguem ter preços muito mais competitivos. E é muito fácil e rápido abrir uma conta, basta acessar uma que mais lhe atenta, baixar o app e enviar as imagens solicitadas. Praticamente em cinco minutos, é possível já abrir a conta. Não precisa assinar mil folhas, sair de casa, dirigir, gastar combustível e tempo, o que em plena pandemia é excelente. Tudo se resolve no celular, e em casa mesmo.

E na contramão dessa realidade, estão os bancos tradicionais, que apenas dificultam as operações das empresas. Além de visarem tão somente o lucro, precisam manter a máquina girando e ainda remunerar seus acionistas.

Caso um correntista movimente um valor alto por mês, até conseguiria acesso a juros menores, mas no caso de um empresário que acabou de começar a sua operação, é preciso preparar o bolso! Os juros de qualquer produto, ou “cesta” são caríssimos. 

Segundo o Sebrae-SP, em 2018 mais de 20% das pequenas empresas fecharam as portas por falta de capital de giro. Junto com inadimplência, e problemas de gestão, são as principais causas de mortalidade das pequenas empresas brasileiras.

O principal desafio de um banco digital está alinhado a tecnologia, depois disso vem a atração de clientes. Muitas pessoas ainda têm medo de depositar o suado dinheiro em um banco digital e perder tudo. Essa preocupação não tem nenhuma justificativa, visto que a mesma garantia ocorre nas instituições tradicionais em que o Fundo Garantidor de Creédito (FGC) devolve até R$250 mil reais.

A análise de crédito das fintechs são bem diferentes se comparada aos bancos tradicionais, usam inteligência artificial para ajudar no processo e, além disso, esse levantamento de informação considera muitos fatores, o que ajuda inclusive a disponibilizar um crédito mais barato. Por exemplo, muitos passam por dificuldades, principalmente agora. A análise tradicional vê apenas a empresa e caso esteja negativada, já tem a solicitação negada.

A fintechs vão mais longe e validam mais informações. Analisam para quem aquele empresário vende, quantas operações de venda já realizou e com qual frequência, e também qual é o histórico de pagamentos dela. Todos esses fatores colaboram para uma análise mais eficiente, reduzindo o risco de inadimplência e conseguintemente reduzindo a taxa de juros.

Outro fator que ajuda tanto quem está começando ou já está em atividade há um certo tempo, são as antecipações de recebíveis, a grande vantagem está nas taxas e na agilidade do processo, além de ser muito transparente sem letrinhas miúdas.



Fábio Ieger - empreendedor e apaixonado por tecnologia. Administrador de empresas, sabe o quanto é desafiador o dia a dia para manter um negócio em atividade em um país com instituições financeiras que em nada ajudam o pequeno e médio empresário. Para levar soluções sustentáveis e realista a esse público, fundou a fintech CERTUS, que utiliza dados do seu software de gestão para conceder empréstimo e capital de giro para os que mais necessitam de ajudam, e esbarram em análises injustas. 

 

Certus

https://www.certus.inf.br/ 

ig @softwarecertus 

 

Entenda o que é ‘alergia’ ao dinheiro e como isso prejudica a vida das pessoas

Você tem alergia ao dinheiro? Talvez você tenha e nem saiba! Esse é um importante tema que o autor Reinaldo Domingos trata em seu novo livro Por que enfrentamos crises e não estamos preparados? (Editora DSOP).

A tal alergia não se refere ao contato físico com o dinheiro, como Domingos explica. "Quando falo de alergia não estou falando do dinheiro em espécie, mas o que ele representa para as pessoas. Muitas não conseguem reter o dinheiro, e ele simplesmente passa pelas mãos delas. É como se tivessem uma espécie de alergia mesmo. Algo que faz com que as pessoas tentem se livrar do agente alérgeno o quanto antes", explica.

A contatação do autor veio de muitos de seus atendimentos como terapeuta financeiro, no qual atendeu muitas pessoas recomendadas por psicólogos, que, entre seus problemas e traumas, apresentavam ausência de domínio do dinheiro.

"Fica evidenciado que o dinheiro para boa parte das pessoas é tratado como fim e não como meio. Isso se agrava ainda mais quando migramos do papel moeda para o digital, ou seja, não o enxergamos, tampouco dominamos o caminho que ele percorre. Ao nos depararmos com a necessidade de tê-lo, nos frustramos e até praticamos a autossabotagem, e possivelmente nos questionamos se ganhamos pouco ou se somos pouco valorizados ou mesmo tentamos descobrir onde todo o valor foi gasto", detalha o autor do livro.

Contudo, na obra Reinaldo Domingos avalia que gastar o dinheiro não é um problema. Aliás, a obra explica que é importante gastar sim. O que é observado e recomendado é que gaste com equilíbrio entre as necessidades e os sonhos.

Pensando dessa forma, o antídoto para que esse problema da alergia seja resolvido é buscar pelo caminho que o dinheiro está percorrendo e o destino que a pessoa está dando para ele. Uma vez descoberto, o problema da alergia será resolvido. "Não devemos amar nem adorar o dinheiro, e sim respeitá-lo, porque ele é o meio que nos leva a realizar nossos sonhos e propósitos", finaliza Domingos.


Sobre o livro

O livro Por que enfrentamos crises e não estamos preparados? (Editora DSOP) é uma importante reflexão sobre os motivos dos impactos tão pesados das crises na vida dos brasileiros e o que estes precisam aprender para enfrentar esses momentos de forma estruturada, apontando para uma ferida bastante incômoda aos cidadãos: a incapacidade de lidar com as adversidades, inclusive econômicas.

O conteúdo foi escrito por Reinaldo Domingos durante o confinamento ocasionado pela pandemia do COVID-19, na qual observou as características das pessoas e famílias que levam ao momento calamitoso financeiramente que o país passa em relação ao dinheiro.

A obra será lançada no próximo dia 21 de setembro às 19h30. O evento será uma megalive gratuita e para participar o interessado precisa apenas realizar o cadastro no link - http://info.dsop.com.br/lancamento-livro-online .


Sobre o autor

Reinaldo Domingos é PhD em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira. Está a frente do canal Dinheiro à Vista, é colunista do de diversos meios de comunicação. Autor de diversos livros sobre o tema, como o best-seller Terapia Financeira e diversas outras obras.


Serviço

Lançamento - Por que enfrentamos crises e não estamos preparados? (Editora DSOP)
Autor - Reinaldo Domingos
Data - 21 de setembro
Hora - 19h30
Local - evento online
Inscrições - http://info.dsop.com.br/lancamento-livro-online
 


Mutirão de RG antecipa reabertura de 12 unidades do Poupatempo no interior

Agendamento para atendimento de RG pode ser feito a partir de sábado (19) 

 

O Poupatempo promove na próxima semana, segunda e terça-feira (21 e 22/09) o sexto mutirão do RG. Desta vez, os postos de Aguaí, Andradina, Assis, Avaré, Dracena, Itapeva, Jacareí, Lins, Penápolis, Pindamonhangaba, Registro e Tupã irão oferecer mais de 1,5 mil vagas para quem precisa solicitar a primeira ou segunda via do documento de identificação. O agendamento de data e horário, obrigatório para realizar o serviço, estará disponível às 7h deste sábado (19) pelo portal www.poupatempo.sp.gov.br ou aplicativo Poupatempo Digital. 

O mutirão antecede a reabertura oficial dos postos, que acontece na quarta-feira (23) para os demais serviços que precisam ser realizados presencialmente, como a primeira via e mudança de categoria da CNH e serviços de veículos que não são oferecidos de forma digital. Atualmente, mais de 80 serviços podem ser feitos online, como renovação simplificada da CNH, transferência e licenciamento de veículos, e a Carteira de Trabalho, por exemplo.  

No caso do RG, para ser atendido, basta comparecer à unidade selecionada no dia e horário agendados portando a Certidão de Nascimento ou Casamento, original e cópia simples, ou mesmo com o RG anterior, caso tenha sido emitido no Estado de São Paulo. Menores de 16 anos devem estar acompanhados por um dos pais ou responsável legal, portando um documento de identificação oficial com foto. Caso não possa comparecer, o responsável deve assinar uma autorização, que pode ser acessada pelo link http://bit.ly/2txpHQY, para ser apresentada no ato do atendimento, junto com um documento de identificação do responsável, com a mesma assinatura. 

 

Retomada consciente 

A reabertura gradual do Poupatempo começou em 19 de agosto, seguindo as diretrizes do Plano São Paulo, com a adoção de protocolos sanitários para prevenção da Covid-19. Até o momento 62 postos dos 75 existentes já retomaram o atendimento presencial à população.

Além da obrigatoriedade do uso de máscaras, medição de temperatura, higienização das mãos com álcool em gel e dos calçados com tapete sanitizante, o Poupatempo reduziu a capacidade de atendimento a 30% em cada unidade, priorizando serviços que necessitam da presença do cidadão para ser concluído. 

Todas as informações, endereços e horários de funcionamento dos postos podem ser consultados no site www.poupatempo.sp.gov.br




Serviço:  

Mutirão para emissão de RG: Aguaí, Andradina, Assis, Avaré, Dracena, Itapeva, Jacareí, Lins, Penápolis, Pindamonhangaba, Registro e Tupã.


Agendamentos: a partir deste sábado (19), através do www.poupatempo.sp.gov.br e aplicativo Poupatempo Digital. 

  

Datas: 21 e 22 de setembro (segunda e terça-feira). 


Instagram cresce na pandemia e audiência já é 31% maior que a do Facebook, revela estudo

Total de interações no Instagram foi quase 19 vezes maior que no Facebook, revela novo relatório da Socialbakers feito com base nos maiores perfis de marcas no Brasil e no mundo

 

Novo estudo da Socialbakers, plataforma líder global em soluções para otimização de performance corporativa em redes sociais, revela que o Instagram ampliou sua liderança sobre o Facebook durante a pandemia. Em termos de audiência global, a rede social ampliou para 31,2% a vantagem que era de 28% no primeiro trimestre de 2020.

O total de interações no Instagram foi 18,7 vezes maior do que no Facebook entre os meses de abril, maio e junho. As marcas, no entanto, publicaram mais conteúdo no Facebook, que recebeu cerca de 70% de todas as postagens dos 50 maiores perfis de empresas, mesmo com a interação nessa rede social sendo muito menor do que no Instagram.

O Instagram quase bateu seu próprio recorde de interações no final de junho, e durante o período raramente ficou abaixo de 80%. Já no Facebook, o envolvimento com as postagens diminuiu significativamente, passando de 100% em março para 50,8% durante os meses de abril, maio e parte de junho, antes de aumentar novamente no final de junho, quando voltou aos níveis normais. "O Instagram está se tornando a plataforma de mídia social número um quando se trata de engajamento de marcas. Quando olhamos para o engajamento em um nível absoluto, o Instagram tem um alcance maior por marcas do que o Facebook", explica Alexandra Avelar, country manager da Socialbakers.

No Brasil, a quantidade de postagens feitas tanto no Instagram quanto no Facebook é quase a mesma. Porém, ao contrário do que ocorre no mundo, a audiência das marcas ainda é maior no Facebook, mesmo que a quantidade de interações nessa mídia social seja muito menor do que no Instagram. 

"O Instagram teve um aumento de atividade, a plataforma quase atingiu seu pico relativo das interações no final do trimestre. Além disso, vimos um crescimento do público-alvo e interações totais no Instagram das 50 maiores marcas na rede social. Esse panorama mostra que o caminho seguirá positivo para o Instagram no futuro. A plataforma continua sendo altamente eficaz para promover o engajamento e alcançar grandes públicos e é cada vez mais o lugar certo para as empresas se mostrarem de maneira criativa, estimularem engajamento e aumentarem o reconhecimento da marca ", explica Alexandra. 

Uma outra descoberta presente no relatório atual da Socialbakers é que os posts de carrossel, que permitem a publicação de até 10 imagens e vídeos, têm superado consistentemente a imagem e o vídeo usados separadamente. E, com a média de 150,5 interações, alcançou o maior engajamento dos últimos 15 meses.

As principais marcas publicaram mais postagens no Facebook, mas o engajamento nessas postagens não atingiu os números alcançados no Instagram. Conclusões do novo relatório Social Media Trends Report Q2 2020 da Socialbakers foram feitas com base nos 50 maiores perfis de marcas do mundo e no Brasil, entre abril e junho de 2020. 



Metodologia do relatório 


Os Social Media Trends Reports refletem o banco de dados da Socialbakers no início do trimestre seguinte ao trimestre do relatório. Os dados são extraídos uma vez e não são atualizados entre as liberações.


 


Socialbakers

www.socialbakers.com


quinta-feira, 17 de setembro de 2020

O setembro amarelo traz reflexões sobre a tentação que temos em comparar nossa vida com a dos outros continuamente

No momento em que retomamos discussões e reflexões sobre a prevenção do suicídio neste setembro amarelo, temos importantes apontamentos a serem observados.  Lembrando que um dos principais deles é não se esquecer de que pensar na prevenção do suicídio - e em ajudar a impedir potenciais candidatos de tirar sua vida - deve ser feito ao longo dos 365 dias do ano. A cada minuto alguém pode estar entrando em estado de total desespero, desamparo e depressão, a ponto de enxergar apenas o suicídio como uma solução definitiva e cruel para aninhar sua angústia.

Uma situação dramática como essa aponta um fator que, com o advento tecnológico e as inovações de redes sociais, fica muito mais evidente: a necessidade que o ser humano possui em estar sempre comparando sua vida com a dos outros, diante das exposições jogadas e expostas nas mídias. Comparar-se é natural, pois estamos em constante busca de critérios para julgar o certo e o errado. Buscamos referências a todo custo. E as redes sociais nos proporcionam isso com muita facilidade, já que se apresenta como um território bem fértil para adventos comparativos. Mas a maior questão é que devemos nos conscientizar de que existe o lado bom e o lado ruim de tudo. Lembra da história de que a grama do vizinho é sempre mais verde que a nossa? Não. Ela não é. O que ocorre é que o é demonstrado nas redes é o que o outro deseja mostrar. A parte que lhe importa. Nem sempre aquela pessoa da foto, com o sorriso mais lindo em um dia ensolarado, está mesmo tão feliz como está aparentando. O que se passa dentro de cada um não pode ser genuinamente evidenciado de forma real. Cada um possui uma individualidade e vive um determinado contexto particular. Portanto, o maior cuidado que devemos tomar é buscar entender que a internet é uma vitrine irreal. Se a comparação for desigual, certamente o indivíduo que já se encontra fragilizado ou depressivo por qualquer que seja o motivo poderá ter sua autoestima afetada, a partir da criação de falsas expectativas e falsas ilusões - correndo o risco de entrar em um processo de negação de sua própria realidade, recusa de sua trajetória individual e estará sujeito a deixar de trabalhar os mecanismos de ponderação de sua essência.

Na prática, quando ficamos limitados a ver a vida do outro por um único ponto de vista, somos tentados a entrar em armadilhas ilusórias que alimentam apenas o que nos convém. Fortalece os desejos fantasmagóricos que temos em mente, contribuindo para que possamos nos sentir mais inferiorizados, sem ter o discernimento de enxergar que todos temos bons e maus momentos. Situações alegres, positivas, mas também difíceis e angustiantes. E está tudo bem. Isso é perfeitamente normal.                                                                  

E aqui entra a necessidade, em muitos casos, de se tirar a própria vida, movido por uma tentativa frustrada de evidenciar uma tristeza instalada e mal compreendida. Tristeza que dói. E o ato de suicídio é exatamente uma infeliz decisão de se eliminar essa dor. Portanto, ao perceber que as conquistas do outro estão criando empecilhos para que você consiga criar e valorizar seus próprios passos, ligue seu botão de alerta. Conscientize-se de que cada ser humano é único e tem emoções e sentimentos muito peculiares. Desejos, metas e conquistas são inerentes a todos. E se o outro consegue, você também pode conseguir. É importante avaliar e refletir o que possa estar lhe impedindo de ter um olhar mais crítico para perceber o que o afasta de sua felicidade. Só quando nos organizamos por dentro é que as coisas começam a tomar forma e a caminhar de vez em todos os sentidos de nossa vida. 

Enfim, como mudar essa energia? Como alterar esses pensamentos limitantes? Saiba que uma situação não pode ser mudada apenas se enchendo de certezas negativas. Ao se comparar com os outros, ninguém está te julgando mais do que você mesmo. Fato é que estamos comprometidos com situações que podem nos impedir de seguir em uma busca por uma mente mais saudável.  Buscamos respostas e nem sempre as encontramos de imediato. Portanto, encare sua própria mudança interna. Não se compare a ninguém. Somos seres divergentes. Lições, experiências, necessidades e trajetórias diferentes. O outro não é tão grande e especial assim como lhe parece. Não se sinta insignificante ou menor com aquilo que está sendo exposto em uma rede social. Aprenda a lidar com seus defeitos, pois estes temos todos, até mesmo o carinha mais feliz da internet. Aquele que parece perfeito e esbanja felicidade a todo minuto, mas que lá no mais profundo do íntimo pode estar tão destruído emocionalmente que não demonstra, não verbaliza ou mesmo não busca ajuda profissional. Veste apenas uma máscara irreal e fica preso a seus sabotadores. Lidamos com dificuldades diariamente e disso ninguém escapa. Fuja da tentação de entrar na desilusão imposta por um feed perfeito, que retrata apenas melhores momentos com filtros aplicados.  

Portanto, valorize sua vida. Valorize cada dor, cada dúvida e cada conquista. Aprenda que é permitido crescer tanto com as coisas boas quanto com as ruins que acontecem conosco. Tirar a vida por se sentir inferiorizado não o tornará vencedor. Será vitorioso ao conseguir reconhecer suas falhas, suas forças e dentro desse cenário poder promover um autoconhecimento que lhe permita ressaltar suas qualidades e evidenciar o que tem de melhor. Não meça sua vida pela régua dos outros. Lamentar aquilo que não se tem é uma forma de desperdiçar o que já possui de melhor. Sua vida importa - e muito. Pense nisso e vida cada mais feliz e realizado, perseguindo seus objetivos e conquistando seus espaços merecidos.

 

 


Dra. Andréa Ladislau - Doutora em Psicanálise. Palestrante. Colunista. Academia Fluminense de Letras. Gestora em saúde. Repres. Intern. (USA) da University Miesperanza

 

Setembro Amarelo: Psicóloga aponta que ouvir os sinais e procurar ajuda médica é importante para prevenir o suicídio

Especialista da Alba Saúde revela alguns mitos sobre essa causa que acomete 12 mil de vidas no Brasil

 

Nove em cada dez mortes por suicidio poderiam ser evitadas. Durante a pandemia da Covid-19, houve aumento de 32% nos casos. Mas, como podemos ajudar uma pessoa que está correndo esse risco? Se você tem um amigo que esteja desanimado, com falas como "estou querendo desistir", "não aguento mais viver" e outras nesse sentido, preste atenção. Segundo a psicóloga Clenice Araujo, da Alba Saúde, rede de clínicas no Rio de Janeiro, existem alguns mitos sobre o suicídio, um deles é sobre que as pessoas que pretendem se suicidar não falam.

"Elas falam e pedem ajuda, mas muitas vezes quem está ao redor não consegue ajudá-las.

Quando a família ou amigos entendem que ela está correndo risco, muitas vezes tentam reverter, levando a pessoa para a igreja, comprando um livro motivacional, mas na maioria das vezes não conseguem ouvir o que ela está sentido", aponta a psicóloga.

O mais indicado ao perceber que a pessoa está com depressão, muito para baixo e sem motivo para criar uma sequência para a vida, é levá-la para ajuda profissional.

"A pessoa que está pensando em suicídio precisa de ajuda psicológica em primeiro lugar, alguém que esteja em condições de ouvir o que ela esta sentindo, ao invés de dar conselhos emocionais. Nesse momento a pessoa precisa de ajuda emocional especializada. Estamos no Setembro Amarelo para que nós possamos prevenir e proteger nossos familiares e amigos dessa situação que devasta não só uma família, mas a sociedade inteira", ressalta a especialista.

 

Como identificar esses casos?

Segundo a psicóloga, a pessoa potencialmente suicida não sente prazer em nada. "A arte, a música, nada faz sentido. Nada para ela anima, é a pessoa que gosta de ficar quieta", aponta.

Para a especialista, dar o sentido à vida é o maior desafio para os psicólogos, por que isso é uma construção, pois todos os dias as pessoas tendem a dar sentido pela vida.

"Outro ponto importante a se ressaltar é que o suicídio é uma falha da sociedade inteira, nós enquanto sociedade, falhamos em acolher essa pessoa, em mostrar o lado saudável. Quando a sociedade está muito adoecida, a tendência é que mais pessoas queiram morrer, porque eles representam a sociedade pautada nos sorriso das redes sociais, quantas pessoas se matam e vemos que ela tem fotos sorrindo postadas em seu feed. A sociedade nos impõe padrões tão difíceis de serem alcançados, como no ponto de vista da beleza, sucesso pessoal, comparações. Quando uma pessoa se suicida, não só a família e amigos perderam aquela pessoa, mas sim a sociedade inteira falhou, pois nós somos seres sociais, nós somos seres "um" e quando esse "um" não é incluído, ele não se sente incluído, ele não consegue ter lugar nesse mundo, então ele quer partir e assim mostra uma falha social, uma responsabilidade social também", finaliza a especialista da Alba Saúde.

 

Sobre o Setembro Amarelo

O Setembro Amarelo foi criado pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) com o objetivo de prevenir e reduzir os números de suícidio no país, a campanha tem abrangência nacional.

No Brasil são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos e mais de 1 milhão em todo o mundo. Segundo a ABP, Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

 



Alba Saúde

Agendamento online: (21) 3251-8103 /(21) 97211-3993 (Whatsapp)

Unidades: Botafogo, Tijuca, Madureira, Carioca Shopping e NorteShopping http://www.albasaude.com.br

@clinicaalbasaude


Doença mental não é "coisa de doido"

 Setembro Amarelo completa 5 anos, quebra tabus e provoca mudanças no enfrentamento de problemas emocionais. Psicóloga fala sobre como o assunto passou a ser mais abordado por pacientes 

 

Criada em 2015 no Brasil, a campanha mundial Setembro Amarelo, completa cinco anos com saldo positivo. É no que acredita a psicóloga Ana Lídia Agel, que atende no Centro Clínico do Órion Complex. Ela conta que houve um aumento da sensibilização e diminuição da resistência e tabu. “A nossa cultura não era aberta para esse profissional por puro desconhecimento da sua importância, e por isso negava o combate acessível às doenças depressivas. Era considerado “coisa de doido”, pontua. 

Segundo informações no portal oficial da campanha, encabeçada pelo do Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), 32 pessoas tiram a própria vida diariamente no Brasil. Dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde, mostraram que 800 mil pessoas cometem suicídio em todo mundo. No Brasil, foram registrados mais de 13 mil casos, a grande maioria entre homens, que correspondem a 76% dos casos.

Para Ana Lídia, uma das maiores contribuições da campanha é que o tema passou a ser tratado com mais abertura dentro do consultório, o que contribui com o tratamento e prevenção de doenças mentais que podem levar ao ato de tirar a própria vida. “Nitidamente foi perceptível a abertura das pessoas, inclusive homens em procurar o tratamento e se abrirem mais em busca da estabilidade emocional”, confirma. 

Mais que palavras, a psicóloga explica que é preciso ficar atento à linguagem não verbal, para perceber atitudes que indicam o início da depressão e os comportamentos destrutivos. “A pessoa está sempre cabisbaixo, mostrando desânimo, desmotivação, falta de energia para atividades básicas, isolamento social e diminuição de apetite. Os sinais verbais são manifestos através de frases bem expressivas como: Eu não aguento mais;  Estou com vontade de sumir; Vou dar descanso para vocês; Ninguém vai sentir minha falta; Por que eu nasci”, detalha. 

Entretanto, é possível que uma pessoa doente consiga mascarar a tristeza e por isso, nem sempre é possível compreender os reais motivos que levam um indivíduo a tirar a própria vida. “Já tiveram muitos casos que a pessoa se mostrava sempre alegre e divertido, mas mas sempre com algum tipo de compulsão como bebida, drogas, sexo, compras, remédios ou jogos que podem ser “válvula de escape” da dor emocional. “Fiquem de olho nos detalhes, da demonstração na intimidade, nas postagens nas redes sociais, nas mudanças de comportamentos, pois serão norteadores mesmo em uma pessoa que camufla com aparente alegria”, aconselha Ana Lídia. 

No dia a dia é possível ajudar familiares a preservar a vida tentando não ignorar os sinais depressão e tristeza e demonstrando acolhimento. “Temos que transmitir o amparo através do amor diário para as pessoas que estão ao nosso lado então conseguiremos evitar que as estatísticas aumentem. O mais comum é sermos mais educados e pacientes com as pessoas de fora, clientes, amigos, colegas de trabalho, mas com pais, cônjuges e filhos agimos com menos paciência. Esse tratamento gera o sentimento de falta de pertencimento social familiar”

A profissional lembra que existem várias formas acessíveis de combater a tristeza  como  exemplo a prática de esportes constantes, grupos de apoios sociais, parentes e amigos próximos, prática de hobbies e outras fontes de prazer como meditação diária, e fortalecimento do pilar espiritual. “Praticar a gratidão ao invés da reclamação e com certeza a psicoterapia também é uma forma eficaz de combater o suicídio, muitas vezes com acompanhamento em conjunto com psiquiatra e em alguns casos com uso de medicação de apoio”, finaliza 

 

Ajuda profissional não pode ser tabu, diz especialista



Conscientização e mobilização sobre o risco de suicídio são resultados do crescimento da visibilidade do Setembro Amarelo

 


 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos mais de 800 mil pessoas tiram a vida, sendo que 75% desses casos são pessoas de classe média e baixa. Há uma estimativa que no mundo a cada 40 segundos ocorre um suicídio. Ainda segundo a Organização essa é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 e 19 anos. 

 

A campanha do setembro amarelo foi criado em 2014 com o intuito de conscientizar as pessoas sobre o valor da vida, chamar atenção para o sofrimento emocional e sobretudo para o adoecimento mental, já que cerca de 96,8% dos suicídios, são causados por transtornos mentais. Mesmo com tantos casos crescendo a cada ano, ainda existem, em nossa cultura, um grande tabu para se falar sobre o assunto.

 

Há quase duas décadas a psicóloga e psicoterapeuta, mestre e PhD em saúde mental pela UNICAMP, Dra. Daniela Ghorayeb, vem ajudando  pessoas através do tratamento do adoecimento mental, atuando quando necessário, em conjunto com sua equipe multidisciplinar em saúde mental. “Encontrar bem-estar emocional inclui buscar ajuda profissional qualificada, que acompanhe o paciente de forma integral, reconhecendo conflitos, sofrimentos e suas causas, além de desenvolver novos modos de se colocar no mundo, ao mesmo tempo em que se trata a psicopatologia que acomete o paciente”, diz a psicóloga. 

 

A especialista acredita que o setembro amarelo “é a luz no fim do túnel em relação ao preconceito que é relacionado aos assuntos, transtorno mental e suicídio” e acrescenta que “iniciativa de criação do setembro amarelo por parte do CFM (conselho federal de medicina), junto com a ABP (associação brasileira de psiquiatria) deve ser fortalecida com a participação cada vez mais cada vez mais enfática, seja por parte dos profissionais de saúde, seja por instituições do setor público e privado. “Acima de tudo e além da conscientização social, a prevenção está fortemente relacionada com a ação dos profissionais que atendem pacientes com risco de suicídio na rede de saúde como um todo, tanto no sentido de reconhecer fatores de risco, assim como no sentido das ações preventivas”, diz Daniela. 

 

Nesse sentido, é fundamental desconstruir tabus e estigmas, que levam as pessoas em sofrimento ao isolamento, por medo da discriminação e da vergonha, dificultando a busca por ajuda. Ressaltando que embora seja valioso o acolhimento e apoio de amigos e familiares, isso não substitui o tratamento e acompanhamento profissional. Para a doutora, o Centro de Valorização à Vida (CVV) “é um trabalho muito importante, um recurso de valor, que também deve ser sistematicamente divulgado.”

 

A recomendação da psicóloga é buscar ajuda sempre que for necessário, e que qualquer adoecimento, seja físico ou mental, deve ser levado a sério. “ Quando o assunto for saúde mental, precisamos encarar o que se passa com a atenção e tratar adequadamente.”


A informação pode trazer avanços: levando em conta os dois fatores de risco fundamentais, têm-se a tentativa prévia de suicídio e a presença de transtorno mental, que em alguns casos, não foi diagnosticado, não tendo sido tratado, ou se foi, não de modo adequado. Outros fatores de risco relacionam-se com perdas recentes e com o isolamento social, assim experiências na história de vida, relacionadas a abusos e diversas naturezas na infância. Outro fator é o gênero masculino, as idades entre 15 e 30 anos e acima de 65, além de aspectos de saúde limitantes como doenças crônicas. “Portanto, buscar ajuda profissional para o sofrimento mental é a ação primária e mais importante para prevenir o suicídio,” finaliza a especialista.

 

 


Daniela Ghorayeb - psicóloga e psicoterapeuta, Mestre e PhD em Saúde Mental pela Faculdade de Ciências Médica da UNICAMP. Há quase duas décadas ajuda as pessoas a encontrar bem estar emocional, reconhecendo e tratando conflitos, sofrimentos e suas causas.


Transtorno Opositivo Desafiador - Quando a Birra se Torna Um Transtorno Neuropsiquiátrico

Especialista afirma: O tratamento deste Transtorno é interdisciplinar e depende de três bases: Medicação, Psicoterapia comportamental e Suporte Escolar.

 


Sentir raiva, perder um pouco o controle, irritar-se vez ou outra ainda que “por motivos não muito sérios”, faz parte de todos nós humanos, sejamos adultos ou crianças.

Sim, crianças também podem ter seus momentos de raiva, indignação e irritação e isso começa muito, muito cedo, quando ainda se é um bebê. São as chamadas “birras infantis”.

O problema, no entanto, começa quando estas birras começam a tornar-se graves e contínuas. É aí que devemos nos preocupar, pois a criança pode estar desenvolvendo o Transtorno Opositivo desafiador- TOD e precisará ser tratada.

Quem vai nos explicar tudo sobre este assunto é a Neurologista infantil e da adolescência, Dra. Gladys Arnez, especialista em Transtornos comportamentais na infância e adolescência e também em tratamento do autismo. Ela está a frente da Neurocenterkids, na região do ABC, em São Paulo.

O Transtorno Opositivo Desafiador é um Transtorno Neuro Psiquiátrico, que está dentro de um grupo de Transtornos Comportamentais Destrutivos da infância, sendo mais comum na pré-adolescência e na adolescência, porém, pode surgir antes destas fases.

O TOD é uma condição responsável por comportamentos que são completamente restritivos em ambientes sociais. As crianças e os adolescentes incluídos neste quadro, costumam manifestar momentos de raiva, insubordinação, teimosia constante, hostilidade, sentimento de vingança e uma grande dificuldade em obedecer a regras quando solicitadas.


“É fundamental saber diferenciar o TOD da Birra , diz a Dra. Gladys Arnez, que explica: “A Birra”, é um comportamento imaturo e transitório da criança, na procura de expressar o que ela está sentindo ou conseguir o que ela quer, sendo mais comum em crianças com idades  entre 10 meses e 2 anos e normalmente estes episódios, passam antes dos 4 anos, principalmente quando os pais dão menos importância.

De acordo com a Dra. Gladys Arnez, o que difere o Transtorno Opositivo Desafiador da “birra” é que o TOD caracteriza a criança como sendo sempre muito irritável, opositora e que o tempo todo, com ou sem motivo, faz de tudo pra irritar os outros.  “-É uma criança que não reconhece regras. Ela é sempre do contra, está sempre testando limites, não se importa com o sentimento dos outros, está sempre contra a família, amigos e não assume a responsabilidade dos seus erros, além de não ter medo de punição, fazendo com que tenha maior probabilidade de se envolver com drogas ou apresentar comportamentos ilícitos mais tarde.”- diz a especialista.

Devido a este tipo de comportamento estas crianças acabam sofrendo bullying por diversas vezes e/ ou perdendo oportunidades de eventos de escola, passeios e até amizades. Infelizmente até mesmo entre os pais e irmãos, eles são mal falados, tratados diferentes e vistos como “ovelhas negras”

Estudos mostram que em 50% dos casos, a associação com o TDAH é frequente e deve ser observada e investigada, além de deficiência intelectual, transtorno Bipolar e muitos outros quadros, os quais pode-se fazer o diagnóstico diferencial.

 

As Causas:

Quanto ao TOD, não se tem uma causa definida, mas acredita-se que a base dos relacionamentos familiares parece ser um fator importante para o desenvolvimento do distúrbio: violência doméstica, abuso sexual, abuso físico, negligência, abuso de álcool e drogas pelos pais, bem como conflitos familiares, podem desencadear o Transtorno na criança.

Para fechar um diagnóstico correto é necessário ter no mínimo 6 meses de causa e apresentar pelo menos 4 dos sintomas principais que são: Irritabilidade; Comportamento desafiador; Agressividade; Impulsividade; Dificuldades de relacionamento com colegas; Comportamento vingativo; Raiva e Ansiedade.


O tratamento deste Transtorno é interdisciplinar e depende de três bases: Medicação, Psicoterapia comportamental e Suporte Escolar.

A medicação ajuda na maioria dos pacientes e melhora a auto regulação de humor frente às frustrações; a Psicoterapia tende centrar em alterações comportamentais na família com medidas de manejo educacional (conversar com a criança, dar bons exemplos, ter paciência ao falar, explicar o motivo das ordens dadas, etc.); e, em relação ao Suporte escolar, deve-se oferecer reforço, apoio e abertura para um bom diálogo, pois esta abertura melhora o engajamento do aluno opositor às regras escolares.

 

Se o seu filho tem TOD, aí vão umas dicas:


-Tenha cuidado ao discutir algo da relação de casal perto da criança (caso more c/ o cônjuge)               

– Nunca use de agressividade e Violência;
– Fortaleça a autoestima da criança, fazendo-a sempre se superar em boas ações;
– Em absolutamente todas as situações utilize a boa conversa;
– Trabalho em equipe com Práticas de esportes e atividades em equipe geram disciplina, assim como, cooperação e dinamismo;
– Repreender sempre, porém, com calma e sabedoria;
– E tenha Paciência!

 

Dra. Gladys Arnez - médica Pediatra e Neurologista Infantil e da Adolescência, especialista em Transtornos Escolares e Comportamentais, mestranda em Neurociências com ênfase no Tratamento do autismo e está à frente da Clínica Neurocenterkids, em São Paulo.

www.clinicaneurocenterkids.com.br

Instagram: @clinica_neurocenterkids

 

BRANCA(O) DE LUTO E OS SETE SINTOMAS: DICAS PARA SUPERAR MOMENTOS DE PERDA

Não existe uma só pessoa na face da Terra que não conheça a prodigiosa fábula “A Branca de Neve e os Sete Anões”. Aquela em que a alabastrina protagonista cantarola, logo no início da trama, à beira de um poço artesiano: “Um dia eu serei feliz. Sonhando assim.” A moça pálida, entretanto, ao buscar ventura, só não sabia que precisaria passar por uma labiríntica jornada.

E que fatídica peregrinação seria essa? Assim como acontece na trama, o indivíduo que almeja encontrar o seu príncipe ou princesa encantada(o), necessita passar pelo caminho que o psicanalista suíço Carl Jung denominou de “individuação”. Isto é: atrever-se rumo à sombria floresta interna, perder-se e, só assim, poder acoplar as suas partes rumo ao happy ending.

Na visão do fundador da psicologia analítica, individuar-se é tornar-se um ser unificado e indivisível em que cada pedacinho do psiquismo é reconhecido, aceito e assimilado pelo centro de si mesmo (Self). E como este processo se dá na prática? A primeira etapa, para Jung, parte da vontade de abrir mão da fase “sou o dono do mundo” rumo ao processo de luto reparador.

Sabe aquela cena em que Branca está no meio do bosque e, de tamanho terror, cai aos prantos no chão ao dar de cara com múltiplos seres abomináveis? Pois bem, pode-se dizer que os fantasmas, simbolicamente, representam os seus fragmentos mentais dissociados e o choro epifânico o big moment da personagem na narrativa, que cai no abismo da não existência.

Os episódios que vêm em seguida são conhecidos. Lembra-se da cantoria ”Eu vou, eu vou, para casa agora eu vou. Parara-tim-bum, parara-tim-bum!”? De maneira metafórica, ela personifica aquela pequena voz, lá no fundo do inconsciente, que premedita a chegada dos “sete sintomas” pelo qual a pessoa enlutada passará até que o ciclo integrativo se complete.

E quais seriam eles? “Zangado”, o mais rabugento dentre os homenzinhos da trama, alude à raiva que ronda aquele que caiu em enegrecimento. Rejeitar a realidade, inconformando-se com ela, é a maneira envenenada pela qual a bruxa que habita o aparelho psíquico se utiliza para se evadir do desprazer proporcionado pela perda da onipotência de pensamento.

E o que dizer do “Soneca”? Muitas vezes, querer dormir em um lindo “Esquife de Cristal” até que o cavalo branco chegue é o mecanismo de defesa ideal para não sentir tudo aquilo que se foi. Em outras palavras, sonolência em excesso ou estar continuamente em estado de letargia, apesar de ser um sintoma comum, devem ser tolerados e sentidos como parte do processo.

Mãos ao rosto e “Atchim!”. A melancolia e o baixo estado de espírito podem reverberar diretamente no sistema imunológico do desolado. Logo, não é estapafúrdio que resfriados, gripes, dores pelo corpo e demais somatizações deixem os dias menos belos. A dica é: cuide-se. Quanto mais afeto você tiver em relação aos seus sintomas, mais rápido eles irão embora.

Sentindo-se “Dengoso”? A perda do objeto amado possui outra importante consequência: na seara emocional, ainda restam fragmentos do “era uma vez” de outros tempos. Aqueles que, mesmo morando em um palácio, eram engolidos com ódio enquanto lavava os excrementos da Rainha Má. São eles que o(a) perseguem, gerando estados de desamparo e insegurança.

“Feliz” por que comeu a deliciosa torta de maçã? No pesar, o estado exagerado de felicidade nada mais é do que uma estratégia de fuga psíquica. Intitulada mania, quando o sujeito se dá conta, já está dançando e cozinhando para outros pequenos seres diminutos que conhecera outro dia no bosque perto de casa. Isso sem falar da pitoresca habilidade de falar com animais.

Dando muitas ordens por aí? Talvez seja aquela parte de você que, nesta etapa, se comporta como o “Mestre”. Diante do abismo e do caos provocados pela perda, querer controlar o mundo à sua volta é uma forma refratária de compensação: “Controlo o lado de fora para que, ilusoriamente, eu tenha a sensação de que estou conseguindo controlar o lado de dentro”.

Por fim, se você chegou ao aspecto “Dunga” do luto, parabenize-se. Isto significa que, por mais estranha seja a sua mágoa, já é capaz de conviver e se divertir com a sombra daquilo que um dia padeceu. Pegue o seu espelho de mão, admire-se e, só então, profetize a frase: “Espelho, espelho meu. Existe alguém mais inteiro do que eu?”. Verá como tudo terá valido a pena.

 



Renan Cola - psicanalista da É Freud, Viu?


5 práticas simples de autocuidado para a saúde mental

Não é só o corpo que necessita de cuidados, é necessário dar atenção para o bem-estar físico e emocional também

 

Falar sobre autocuidado está muito em alta no momento, principalmente agora durante o período de isolamento social, em que as pessoas estão ficando mais em casa. Viver sob pressão ou até mesmo situações de estresse e preocupações fazem parte da rotina de muitos brasileiros, e está errado quem pensa que autocuidado é apenas beber dois litros de água por dia, passar protetor solar sempre que sair de casa ou praticar exercícios físicos alguns dias da semana.  O autocuidado vai muito além do bem-estar físico, para estar bem consigo mesmo é extremamente importante estar de bem com seu lado emocional também. 

De acordo com o Coordenador do Curso de Psicologia, do Centro Universitário Unimetrocamp, Professor José Anizio Marim, “existem certos cuidados para que nosso lado emocional não adoeça, entre eles, separamos algumas práticas simples, que são fundamentais para melhorar nosso bem estar mental”.


Priorizar: Saber escolher as tarefas mais importantes, deixando algumas para depois. O que é importante para você pode não ser prioridade para os outros.


Escolha: Só você pode decidir o que é importante para suprir as suas necessidades! Evite depender da opinião dos outros para sua felicidade.


Expressão: Saiba conhecer suas emoções e expressá-las de forma real. Evite pensar na reação das pessoas para se manifestar. 


Desacelerar: Com todas as obrigações no dia, é comum que algumas delas sejam feitas muitas vezes no “automático”. Tenha prazer em cada realização. Se errar, comece novamente.


Permissão: Se permita falar “não” para as coisas que incomodam. Não precisa agradar a todos para ser feliz.

 


Centro Universitário UniMetrocamp 


AMANHÃ EU FAÇO - CONFIRA CINCO DICAS DE COMO DRIBLAR A PROCRASTINAÇÃO E TER UM DIA A DIA MAIS PRODUTIVO

Que atire a primeira pedra quem nunca disse a clássica frase "depois eu faço" diante de alguma tarefa pendente. Uma das principais inimigas de qualquer cronograma e produtividade, a procrastinação é mais comum do que se imagina, principalmente quando se trata de atividades que não proporcionem uma sensação de prazer imediato. Isso porque nosso cérebro adora receber estímulos que acionem o circuito mesocortilímbico - também conhecido como circuito cerebral do prazer -, região que produz maiores níveis de dopamina quando recebemos impulsos que nos satisfazem como assistir um filme, comer ou até mesmo rir com alguns memes na internet.


Apesar de ser um comportamento bastante comum, é importante estar de olho e perceber até que ponto a procrastinação tem sido recorrente e se tem atrapalhado o andamento e a qualidade do seu trabalho ou da sua rotina de estudos. A fim de dar uma força extra para não deixar para amanhã o que pode ser feito hoje, Milene Rosenthal, psicóloga e cofundadora da Telavita, clínica online de psicoterapia que conecta pacientes a profissionais da psicologia, separou algumas dicas de como evitar o problema e impulsionar sua produtividade. Confira!


Faça em doses homeopáticas: somos seres imediatistas e sempre em busca de prazeres imediatos, logo tarefas muito complexas ou longas acabam "cortando nosso barato". Por isso, é interessante, sempre que possível, transformá-las em mini atividades, para serem realizadas pouco a pouco. Desta forma, além de não precisar fazer "na marra" ou na correria para obedecer aos prazos, você ainda estimula o seu cérebro ao proporcionar a sensação de dever cumprido a cada passo dado;


Comece pelas urgências: nem sempre é possível desmembrar suas tarefas em pedacinhos. Por isso, tenha em mãos uma lista de pendências e elenque-as por ordem de prioridade. Assim, fica mais fácil de desenvolver o senso de urgência e tirar da frente aqueles "pepinos" inadiáveis;


O dia tem 24 horas - utilize isso a seu favor: no começo pode até parecer maçante, mas elaborar uma rotina bem organizada e separar momentos do dia para cada afazer é sempre o melhor o caminho. Veja, um dia tem exatos 1440 minutos, logo, ter isso em mente facilita na hora de separar instantes para trabalho, estudos, refeição e, até mesmo, a descompressão;


Nem sempre o ócio é seu inimigo: nem sempre ser uma pessoa muito ocupada é sinônimo de produtividade. Logo, ter alguns momentos ociosos e de procrastinação (com parcimônia e responsabilidade, claro) podem ser uma ferramenta poderosa no quesito criatividade! Como dito acima, com uma rotina bem organizada, é possível tirar uns instantes do seu dia para simplesmente "descarregar" o cérebro. A justificativa é bem simples: a felicidade nos estimula mentalmente, nos auxiliando, inconscientemente, a termos ideias e soluções mais criativas e fluidas;


Não se cobre demais:
seja por cansaço, estresse ou realmente algum bloqueio criativo no dia, por mais que seu cronograma esteja bem organizado, é inevitável que alguns dias simplesmente não saiam como planejado. E está tudo bem! Nestes momentos, respire fundo, respeite seu tempo, converse com seu gestor e/ou professor e, se for o caso, sinalize que o dia está sendo improdutivo. Desta forma, será possível reorganizar as demandas, respirar fundo e recomeçar no próximo dia mais centrado.


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