Especialista da Alba Saúde revela alguns mitos sobre essa causa que acomete 12 mil de vidas no Brasil
Nove em cada dez mortes por suicidio poderiam ser evitadas.
Durante a pandemia da Covid-19, houve aumento de 32% nos casos. Mas, como
podemos ajudar uma pessoa que está correndo esse risco? Se você tem um amigo
que esteja desanimado, com falas como "estou querendo desistir",
"não aguento mais viver" e outras nesse sentido, preste atenção.
Segundo a psicóloga Clenice Araujo, da Alba Saúde, rede de clínicas no Rio de
Janeiro, existem alguns mitos sobre o suicídio, um deles é sobre que as pessoas
que pretendem se suicidar não falam.
"Elas falam e pedem ajuda, mas muitas vezes quem está ao
redor não consegue ajudá-las.
Quando a família ou amigos entendem que ela está correndo
risco, muitas vezes tentam reverter, levando a pessoa para a igreja, comprando
um livro motivacional, mas na maioria das vezes não conseguem ouvir o que ela
está sentido", aponta a psicóloga.
O mais indicado ao perceber que a pessoa está com depressão,
muito para baixo e sem motivo para criar uma sequência para a vida, é levá-la
para ajuda profissional.
"A pessoa que está pensando em suicídio precisa de ajuda
psicológica em primeiro lugar, alguém que esteja em condições de ouvir o que
ela esta sentindo, ao invés de dar conselhos emocionais. Nesse momento a pessoa
precisa de ajuda emocional especializada. Estamos no Setembro Amarelo para que
nós possamos prevenir e proteger nossos familiares e amigos dessa situação que
devasta não só uma família, mas a sociedade inteira", ressalta a
especialista.
Como identificar esses casos?
Segundo a psicóloga, a pessoa potencialmente suicida não
sente prazer em nada. "A arte, a música, nada faz sentido. Nada para ela
anima, é a pessoa que gosta de ficar quieta", aponta.
Para a especialista, dar o sentido à vida é o maior desafio
para os psicólogos, por que isso é uma construção, pois todos os dias as
pessoas tendem a dar sentido pela vida.
"Outro ponto importante a se ressaltar é que o suicídio
é uma falha da sociedade inteira, nós enquanto sociedade, falhamos em acolher essa
pessoa, em mostrar o lado saudável. Quando a sociedade está muito adoecida, a
tendência é que mais pessoas queiram morrer, porque eles representam a
sociedade pautada nos sorriso das redes sociais, quantas pessoas se matam e
vemos que ela tem fotos sorrindo postadas em seu feed. A sociedade nos impõe
padrões tão difíceis de serem alcançados, como no ponto de vista da beleza,
sucesso pessoal, comparações. Quando uma pessoa se suicida, não só a família e
amigos perderam aquela pessoa, mas sim a sociedade inteira falhou, pois nós
somos seres sociais, nós somos seres "um" e quando esse
"um" não é incluído, ele não se sente incluído,
ele não consegue ter lugar nesse mundo, então ele quer partir e assim mostra uma falha social, uma
responsabilidade social também", finaliza a especialista da Alba Saúde.
Sobre o Setembro Amarelo
O Setembro Amarelo foi criado pela Associação Brasileira de
Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) com o
objetivo de prevenir e reduzir os números de suícidio no país, a campanha tem
abrangência nacional.
No Brasil são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os
anos e mais de 1 milhão em todo o mundo. Segundo a ABP, Trata-se de uma triste
realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens.
Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos
mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e
abuso de substâncias.
Alba Saúde
Agendamento online: (21) 3251-8103 /(21) 97211-3993
(Whatsapp)
Unidades: Botafogo, Tijuca, Madureira, Carioca Shopping e
NorteShopping http://www.albasaude.com.br
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