Urologista do ICESP comenta que o avanço será de
extrema importância para pacientes com câncer de pênis, muito frequente no
Brasil
Os órgãos – pênis e escrotos (sem testículos) e parte da parede abdominal, vieram de um doador já falecido. O recebedor é um militar veterano ferido por um explosivo improvisado no Afeganistão e que deseja continuar anônimo. Ele está se recuperando bem e deve ter alta ainda essa semana.
O procedimento é o segundo transplante de pênis anunciado publicamente nos EUA, mas é o primeiro transplante total já realizado. Em 2016, cirurgiões do Hospital Geral de Massachussetts realizaram o primeiro transplante em um homem que teve seu órgão amputado devido à um câncer no local. O transplante de pênis é um procedimento que conecta todas as artérias, veias, nervos, pele e uretra com a do recebedor do órgão. Toda a remoção e ferimento de pênis é diferente dependendo das partes removidas, mas cirurgiões esperam que, pelo menos em alguns casos, as funções sexuais possam ser reestabelecidas.
A equipe do John Hopkins decidiu não transplantar
também os testículos no paciente, pois esse tipo de procedimento pode permitir
a mistura de material genético do doador. Os especialistas disseram também que há
muitas questões éticas não respondidas neste tipo de procedimento.