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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Saiba como é celebrado o Natal no Alentejo



Maior região portuguesa preserva tradições antigas e festeja a data de maneira especial


Cada lugar do mundo tem suas particularidades durante as datas comemorativas, e o Alentejo, em Portugal, não é diferente. A mais autêntica região portuguesa preserva tradições natalinas especiais que encantam os turistas em suas viagens de fim de ano.

Para que não falte pão nas casas, no início de dezembro, sementes de trigo são plantadas em pequenos vasos com algodão embebido em água. De acordo com o costume, as plantas germinam e são colocadas junto ao presépio até o Dia de Reis, quando devem ser transplantadas para a terra.

Os presépios, aliás, ganham lugar de destaque nesta época. Um dos mais conhecidos do país é o da cidade de Estremoz, feito com bonecos de barro de um estilo próprio e cores alegres. A vila de Monsaraz também recebe 46 figuras em tamanho real. Espalhadas por suas ruas de pedra, elas são feitas de ferro e cerâmica.

Em Beja, o presépio vivo conta toda a história do nascimento de Jesus em versos. A encenação, conhecida como o Auto de Natal, acontece diversas vezes até o Dia de Reis. Já em Elvas, o teatro é substituído pelos cânticos natalinos, que são acompanhados pelo som da ronca, um instrumento musical tradicional parecido com a cuíca, feito com um pote de barro com um bocal coberto com pele de cabra ou carneiro e perfurado por uma vara de madeira.

No início de dezembro, os alentejanos iniciam a coleta de pedaços de madeira, que são reunidos nas principais praças das aldeias e vilas da região. Na véspera do Natal, são utilizados em uma enorme fogueira que, segundo a crença, ilumina o nascimento de Jesus e aquece a noite de inverno. As chamas podem chegar à altura das igrejas, e enquanto estão acesas, os moradores bebem vinho e relembram bons momentos.

O jantar da véspera de Natal é conhecido como Consoada. Na ocasião, são servidos pratos à base de peixe, como sopa de cação, pescada frita e bacalhau, de acordo com o antigo preceito de abstinência. Depois da Missa do Galo, no entanto, o jejum de carne vermelha é encerrado com uma ceia que inclui muita carne de porco.





Alentejo


Natal: aprenda a comprar brinquedos seguros


Oftalmologista alerta para cinco cuidados que evitam acidentes com presentes e embalagens 


Criança pequena gosta mesmo de receber brinquedos de presente no Natal. Pais, padrinhos, tios e avós sempre se fazem lembrar de alguma forma e procuram atender aos mais variados pedidos dos baixinhos. Mas antes de comprar um brinquedo, independentemente do valor do produto, é importante avaliar os riscos que ele pode trazer à saúde e ao bem-estar da criança. Nos Estados Unidos, por exemplo, ocorrem mais de 250 mil acidentes por ano envolvendo crianças e brinquedos. Em 50% dos casos, o incidente atinge o rosto – principalmente os olhos. No Brasil, as vendas de brinquedos aumentam consideravelmente nesta época do ano – e os riscos também!

Na opinião do oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, os adultos devem checar os riscos que o brinquedo oferece antes de ceder à vontade das crianças.  “Artigos que vêm desmontados podem causar problemas se a criança levar alguma parte à boca ou mesmo se uma peça se desprender e atingir os olhos. Também os brinquedos de propulsão, como alguns carrinhos e armas de ar ou de água, costumam fazer estragos. Abrasão da córnea, aumento da pressão ocular, e até mesmo uma catarata traumática podem ocorrer devido a esse tipo de acidente”, diz o médico.

Neves recomenda cinco cuidados para evitar que essa data comemorativa se transforme numa emergência médica:

  1. O presente tem de ser bom para a criança, não para você. “Os adultos devem conter a ansiedade na loja de brinquedos e ter em mente que o presente deve corresponder à idade da criança. A maioria dos brinquedos traz a faixa etária indicada na embalagem. Ao desrespeitar esse limite, você contribui para aumentar o risco de eventuais acidentes. Molas, dardos, arco e flecha, espadas, armas de pressão, carros de propulsão, bonecas desmontáveis e objetos pontiagudos têm alto potencial para provocar acidentes. Sendo assim, não devem chegar às mãos de crianças pequenas ou que costumam brincar longe dos adultos.” 
  2. Compre apenas brinquedos certificados. “É importante valorizar as normas com que o brinquedo é fabricado, bem como a idoneidade do fabricante e o manual de instruções. Peças em plástico rígido, que se soltam facilmente, podem atingir a vista de qualquer pessoa que estiver por perto – inclusive da criança. Sendo assim, mesmo em tempos economicamente difíceis, diga ‘não’ a brinquedos piratas.”
  3. Presentes esportivos devem ser acompanhados de protetores. “Ao comprar presentes esportivos, como bicicletas, skates, patins, raquetes e bolas, entre outros, garanta que a criança receba também os equipamentos de proteção, incluindo joelheiras, capacetes e – muito importante – óculos plásticos para proteger a visão em caso de quedas. Esses brinquedos são os campeões de acidentes envolvendo crianças. Portanto, todo cuidado é pouco.”
  4. Ajude a criança a abrir o presente. “Além de supervisionar a criança enquanto ela brinca, principalmente se ela for pequena, cuide para que a criança não se machuque ao tentar abrir sozinha o presente que recebeu, já que grampos e partes pequenas costumam se desprender quando a embalagem é aberta com entusiasmo. Mais um detalhe: não permita que os pequenos façam uso de tesoura ou faca para abrir a embalagem e montar seus presentes. É sempre bom que um adulto auxilie a criança nessa hora.”
  5. Se o olho for atingido, procure um serviço de urgência oftalmológica. “A primeira recomendação é procurar imediatamente um serviço especializado, para que possa ser realizado um exame mais minucioso. Mas enquanto o paciente é levado ao médico, deve usar compressas geladas no local contundido, sem massagear ou esfregar. Já em caso de perfurações, o ideal é colocar uma proteção ao redor dos olhos, como um copo plástico, sem fazer pressão no olho afetado.”




Fonte: Dr. Renato Neves - cirurgião-oftalmologista, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos www.eyecare.com.br



Filhos influenciam cinco em cada dez pais na escolha dos presentes de Natal, mostra pesquisa da CNDL/SPC Brasil


41% dos pais decidem em conjunto com os filhos qual presente comprar no Natal, enquanto 9% deixam a criança escolher sozinha; para não frustrar desejo dos filhos, 8% admitem possibilidade de não pagar alguma conta


A chegada do mês de dezembro é tradicionalmente acompanhada pela expectativa com o Natal, que movimenta o comércio e também faz a alegria das crianças. Um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que, em metade dos casos (50%), os filhos participam, em alguma medida, do processo de escolha dos presentes que vão receber dos pais. De acordo com a pesquisa, 41% dos pais compartilham com os filhos a decisão de que presente levarão para casa, ao passo que outros 9% deixam as crianças decidirem sozinhas o presente que vão ganhar. Já 47% dos entrevistados centralizam a decisão, sem permitir a participação dos filhos no processo de compra.

Na avaliação do educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, o envolvimento da criança no processo de escolha dos presentes pode ser saudável para a formação das crianças e uma oportunidade para ensinar noções básicas de educação financeira aos filhos. “Uma boa alternativa para os pais saberem lidar com os desejos e frustrações dos filhos é pedir a criança ou adolescente que faça uma lista daquilo que espera receber, podendo colocar vários presentes como opção, mas que respeitem um determinado limite de valor. Dessa maneira, os filhos percebem que essa não é uma decisão exclusiva deles, mas que precisa ser feita em acordo com os adultos, que trabalham e têm o controle do dinheiro dentro de casa”, explica o educador.

Vignoli ainda explica que é natural as crianças pedirem diversos presentes, ainda mais quando estão no convívio com outras crianças e também estimuladas pela propaganda. “Os pais não podem camuflar a realidade financeira dentro de casa para satisfazer a vontade da criança. Mesmo que seja no Natal, uma data simbólica e importante para muitas famílias. Aprender a lidar com frustrações é uma condição importante do desenvolvimento infantil e pode ajudar a criança a aprender o valor do dinheiro desde cedo. O ideal é que esse comportamento seja estimulado de forma contínua e não apenas no Natal. O assunto ‘dinheiro’ não deve ser tabu, os pais devem tratar disso sempre com seus filhos, ensinando-os a valorizar os recursos financeiros e usá-los com sabedoria, sem exceder o orçamento”, orienta.


8% dos pais admitem que podem não pagar alguma conta para satisfazer vontade dos filhos no Natal

A pesquisa ainda revela que alguns pais costumam tomar atitudes extremas para garantir que os filhos não fiquem sem os presentes de Natal desejados. De acordo com o levantamento, 8% dos pais entrevistados admitem que vão deixar de pagar alguma conta para satisfazer a vontade dos filhos neste Natal, sendo que 5% não sabem ao certo qual conta vão atrasar o pagamento e outros 3% admitem abrir mão de quitar a fatura do cartão de crédito.

Para o educador financeiro José Vignoli não é justificável que pais e mães acabem se complicando financeiramente para satisfazer as vontades das crianças. “O exemplo precisa vir de cima. Atitudes com essa colocam a situação financeira da família em risco e podem fazer com que muitos iniciem um novo ano no vermelho. O recomendável, é sempre comprar um presente de Natal que corresponde à realidade financeira da família”, alerta.


Metodologia

Inicialmente foram ouvidas 761 pessoas nas 27 capitais para identificar o percentual de quem pretendia ir às compras no Natal e, depois, a partir de 607 entrevistas, investigou-se em detalhes o comportamento de consumo no Natal. A margem de erro é de 3,5 e 4,0 p.p, respectivamente, para um intervalo de confiança de 95%.



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