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sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Esclerose múltipla, uma doença silenciosa e que precisa de atenção

Com cerca de 40mil portadores no Brasil, essa patologia costuma ter um diagnóstico demorado e atinge principalmente mulheres entre 20 e 40 anos


Pouco se fala sobre a esclerose múltipla. Trata-se de uma doença crônica, autoimune e que é causada por mecanismos inflamatórios e degenerativos que comprometem os neurônios das substâncias brancas e acinzentadas do sistema nervoso central. Essa enfermidade é neurológica e, dependendo da causa, ela pode ser classificada em: Esclerose sistêmica, Esclerose lateral amiotrófica e Esclerose múltipla. De acordo com dados da Federação Internacional de Esclerose Múltipla, existem aproximadamente 40 mil portadores da doença no Brasil.

"A esclerose múltipla é a principal doença inflamatória desmielinizante crônica do Sistema Nervoso Central. Acredita-se que indivíduos predispostos geneticamente ao serem expostos a determinados fatores externos desenvolvam autoimunidade.O processo inflamatório decorrente da resposta autoimune gera lesão da mielina, oligodendrócitos e axônios em graus variáveis", explica Paulo Nakano, neurologista do HSANP. Segundo o especialista, ela costuma atingir geralmente pessoas jovens, em média entre 20 e 40 anos de idade, predominando entre as mulheres.


Causas, sintomas e tratamentos

Uma das principais causas é o fator genético, o sistema imunológico desregulado e até mesmo fatores ambientais. A EM também pode se manifestar devido às infecções virais, falta de vitamina D, uso prolongado de cigarro, obesidade e até mesmo exposição de solventes e orgânicos. "No caso do início dos sintomas de forma súbita ou em poucas horas, é necessário procurar um pronto socorro para definir hipótese diagnóstica e realizar o tratamento específico pois existem doenças que dependem de um diagnóstico rápido e início imediato do tratamento como a hipoglicemia, acidente vascular cerebral entre outros. Caso sintomas tenham evolução mais arrastada, crônica, o paciente deverá procurar um neurologista para realizar exames complementares", orienta.

Ela costuma ser diagnosticada por meio da ressonância magnética de crânio e medula espinhal, também há outros exames complementares que auxiliam no diagnóstico como o de neurofisiologia, que é necessário para avaliar as funções que já estão comprometidas e verificar a resposta ao tratamento que está sendo feito.

O especialista explica que os sintomas tendem a ser diferentes em cada paciente, mas os mais comuns são os sensitivos e motores, principalmente a perda de sensibilidade dos membros inferiores ou de todo um lado do corpo. "A EM possui uma grande variedade de manifestações clínicas e ocorrem de maneira imprevisível. Muitos dos sinais e sintomas estão associados a uma lesão focal no sistema nervoso e outros relacionados a processos degenerativos. Os sintomas podem estar associados a dor ocular, sugerindo inflamação do nervo óptico, alterações motoras, sensitivas, dor, alteração cognitiva, dificuldade no controle esfincteriano e sexual."informa.

O tratamento para a EM é feito com o objetivo de amenizar o surto da doença por meio de corticoides e neuromoduladores. "Vale ressaltar que o diagnóstico precoce e uso das medicações específicas mudam de forma significativa a evolução da doença e, quanto mais cedo o tratamento é iniciado, maior a chance de modificar o seu curso natural a longo prazo, reduzindo no paciente o número de surtos, de lesões e de sequelas neurológicas, finaliza .

 

HSANP


Quem deve fazer check-up do coração?

Especialistas do Hospital São Camilo de SP reforçam importância de retomar cuidados com a saúde do órgão para pacientes que tiveram Covid-19 e outras doenças graves

 

A pandemia da Covid-19 elevou os riscos à saúde geral da população em diversos âmbitos. Seja pela falta de acompanhamento aos tratamentos para inúmeras doenças, seja pelas sequelas provocadas pela doença, a queda na realização de exames de rotina impede que doenças graves sejam diagnosticadas precocemente, impactando o sucesso dos tratamentos e a qualidade de vida das pessoas.

O cenário provoca uma reação em cadeia, conforme explica a Dra. Sueli Vieiras, cardiologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. “Não sabemos o curso que a pandemia terá no futuro, mas cuidar da saúde do coração neste momento é mais importante do que nunca.”

A preocupação da médica reflete uma realidade no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte entre os brasileiros. Dados apontam que cerca de 300 mil indivíduos sofrem anualmente de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), levando a óbito 30% destes casos.

Além disso, um estudo promovido pela International Atomic Energy Agency (IAEA, em português Agência Internacional de Energia Atômica) sobre o impacto da Covid-19 no diagnóstico de doenças cardíacas aponta para uma estimativa de que mais de 700 mil exames de diagnóstico por imagem para detecção de doenças cardiovasculares deixaram de ser realizados em todo o mundo entre março e abril de 2020, uma redução de 42% em relação ao mesmo período no ano anterior.

Quando considerado apenas o mês de abril, a queda na realização deste tipo de exame foi ainda maior, de 64% em relação a abril de 2019.

Para a cardio-oncologista da Rede São Camilo Dra. Marina Bond, a saúde do coração merece ainda mais atenção no caso de pacientes com câncer. Essa subespecialidade da cardiologia tem como objetivo prevenir, diagnosticar e tratar as complicações cardiovasculares (cardiotoxicidade) relacionadas a cirurgias, quimio, imuno, radio e endocrinoterapia, que são realizadas no combate ao tumor.

“O tratamento para o câncer de mama, linfomas e sarcomas, por exemplo, pode causar insuficiência cardíaca, uma doença grave que requer acompanhamento, sobretudo porque trata-se de uma complicação que pode ocorrer muitos anos depois”, destaca a especialista.

Em reforço ao apelo das entidades de saúde para que a população retome os cuidados com a saúde geral, as especialistas frisam a importância do papel do check-up cardiovascular para detectar possíveis anormalidades o mais cedo possível.

Antes da pandemia, a orientação para realização dos exames cardiovasculares periódicos era, em geral, direcionada aos homens com mais de 45 anos ou mulheres após início da menopausa, além de pessoas com quadro de diabetes, obesidade, colesterol e triglicérides altos, fumantes e pacientes com histórico familiar ou que já fossem portadores de doenças cardíacas.

“Essa recomendação não mudou. No entanto, a falta de acompanhamento médico durante o longo período de isolamento social, somada aos riscos de sequela da Covid-19 àqueles que contraíram a infecção e ao aumento do sedentarismo, resulta em um cenário diferente, que nunca vivenciamos antes. Por isso, a atenção agora é maior”, alerta a Dra. Sueli.



Exames importantes do check-up cardiológico

Falta de ar, fraqueza, tontura, pernas inchadas, dor no peito e pontas dos dedos azuladas estão entre os principais sinais que indicam a possibilidade de algum comprometimento das funções cardíacas.

Além disso, caso a pessoa não tenha sintomas como estes, mas deixou de fazer exames durante a pandemia, reduziu a prática de atividades físicas e/ou percebeu aumento significativo de peso neste período, é recomendado realizar avaliação médica.

Confira abaixo quais são os exames que fazem parte do check-up:

Eletrocardiograma – verifica alterações no funcionamento do coração, identificando problemas como arritmias ou princípio de infarto.

Ecocardiograma – ultrassom que ajuda a diagnosticar patologias como sopros cardíacos, pericardites, endocardite infecciosa, cardiopatias congênitas e doenças valvulares, entre outras.

Exames de sangue para acompanhamento das taxas de glicemia, colesterol, triglicérides, troponina, creatinina, sódio, potássio, ureia, CPK e CK-MB.

Teste de esteira – avalia como o coração responde ao esforço físico.

Monitoramento Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) – fornece dados precisos com o monitoramento da pressão arterial por 24 horas.

Holter – checa alterações no ritmo cardíaco por meio de eletrodos, durante 24 horas.

A cardio-oncologista da Rede São Camilo ressalta que os exames são os mesmos para pacientes que têm câncer ou estão em remissão. “O importante é não deixar de fazer os exames de rotina, bem como o de rastreamento oncológico, uma vez que tanto o câncer quanto os problemas cardiovasculares têm muito mais chances de cura com o diagnóstico precoce”, finaliza.




Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp

Tempo seco: como se cuidar de maneira natural

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o nível ideal de umidade relativa do ar varia entre 40% e 70%. Nos últimos e nos próximos dias, o país todo enfrenta estado de atenção - já que a umidade do ar tem se mantido baixa. E com um tempo muito seco, seguido ainda de oscilações de temperatura, é hora de tomar alguns cuidados para a saúde não sair prejudicada. O farmacêutico naturopata Jamar Tejada, da capital paulista, deixa algumas dicas.


Hidrate-se

Para aumentar o consumo de água - que é essencial para manter o nível de hidratação corporal adequado nesses dias - os chás podem ser uma boa solução para variar nos sabores e consumir ainda mais líquidos.


Tenha plantas por perto

As plantas fazem o papel de umidificador caseiro já que liberam vapor no ar. Alguns exemplos são a aloe vera, palmeira de jardim e ficus e diversas outras espécies de philodendron e dracena que através das folhas, flores e caules deixam o ambiente mais úmido.


Umidificador caseiro

Para fazer um umidificador caseiro basta ferver duas xícaras de água em uma panela e colocar no ambiente ainda quente. Repetir a ação sempre que a água esfriar.


Homeopatia

A homeopatia ajuda a manter suas mucosas nasais saudáveis A hydrastis ou paris quadrifólia são algumas utilizadas no trato respiratório e assim ajudam a reestabelecer o equilíbrio. Ainda dentro da homeopatia podem ser utilizados os próprios tecidos da mucosa nasal, pulmão, laringe e faringe, chamados nosódios que quando indicados restabelecem a energia e integridade vital desses órgãos. Outro exemplo são as tinturas de algumas plantas como o eucalipto, que ajuda a expectorar e evita quadros de infecção que são tão comuns em clima seco.


Solução simples e natural

Para fazer uma solução nasal salina natural basta uma simples mistura de água com sal para ajudar a irrigar as mucosas. Para preparar o soro adicione 1 colher de chá de bicarbonato de sódio e 2 colheres de sal marinho em 250 ml de água fervida. Utilize um conta-gotas, uma seringa ou uma caneca para lavar narinas de 2 a 3 vezes ao dia . Isso ajuda a dispensar o uso de fluidificantes, vasoconstritores e descongestionantes nasais medicamentosos.



Jamar Tejada - Farmacêutico graduado pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica pela Universidade Luterana do Brasil, RS (ULBRA), Pós-Graduação em Gestão em Comunicação Estratégica Organizacional e Relações Públicas pela USP (Universidade de São Paulo), Pós-Graduação em Medicina Esportiva pela (FAPES), Pós-Graduação em Comunicação com o Mercado pela ESPM, Pós-Graduação em Formação para Dirigentes Industriais com Ênfase em Qualidade Total - Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-(UFRGS) e Pós-Graduação em Ciências Homeopáticas pelas Faculdades Associadas de Ciências da Saúde. Proprietário e Farmacêutico Responsável da ANJO DA GUARDA Farmácia de manipulação e homeopatia desde agosto 2008. https://www.tejardiando.com.br


Burnout na pandemia: despesas de planosde saúde com terapia cresce 329% entre executivos

A informação foi extraída de levantamento da 3 SEG com 1180 profissionais de média e alta gerência

 

A pandemia colocou a saúde mental no centro da estratégia das organizações para manutenção da saúde de seus colaboradores. Levantamento inédito da 3SEG, com base em um recorte nas despesas dos planos de saúde (sinistralidade) de 1180 executivos espalhados por cargos de média (87%) e alta gerência (13,%) em empresas com operação na cidade de São Paulo, aponta crescimento de 329,43% nos gastos com terapias, entre maio de 2020 e junho de 2021. Entre as companhias avaliadas estão indústrias, serviços financeiros, consultorias, escritórios de advocacia e empresas de tecnologia.

Os recursos destinados ao pagamento de terapias foi 102% superior utilizado para o custeio de consultas médicas de outras especialidades no período. O levantamento demonstra, ainda, que 73% das despesas para saúde mental no período verificado ocorreram por meio de reembolsos, o que mostra que os usuários estão buscando atendimento fora da rede credenciada atual. A média geral de reembolsos para os demais procedimentos é de 15%.

“Este é um problema que poderá impactar seriamente as empresas daqui para frente”, alerta o sócio da 3SEG, Alexandre Delgado. Ainda que exista uma variação importante entre os percentuais reembolsados estabelecidos em contrato de cada plano de saúde corporativo, o valor das consultas fora da rede credenciada é, em média, 60% mais caro.

O uso de aplicativos ou plataformas de telemedicina que oferecem serviços em saúde mental é baixo entre colaboradores da média e alta gerência, atingindo a marca de 22% do total de consultas. Entretanto, ainda assim, supera a marca de consultas de outras especialidades, que atingem a marca de 11%. “Este público busca profissionais com referência, seja por indicação ou pela formação, experiência”, explica Delgado.

A criação de uma rede mais ampla de prestadores em saúde mental se faz necessária. “Temos auxiliado consultivamente mais 20 empresas a negociar com as seguradoras a inclusão de novos profissionais especializados. Infelizmente, os dados indicam que podemos estar vivenciando uma epidemia de burnout“, afirma. De acordo com Delgado, em um período de sinistralidade em baixa, por conta da pandemia e suas restrições de circulação de pessoas, é importante que os gestores e dos planos de saúde se preparem antes da retomada total das atividades para absorver a maior parte possível da demanda de saúde mental dentro da rede de prestadores, além de investir na criação de programas de prevenção para redução de eventos e sinistros.


Posso comprar imóvel em leilão de forma parcelada?

Existem duas formas de se adquirir um imóvel em leilão: por meio de pagamento à vista ou de forma parcelada, conforme disciplina o artigo 895 do Código de Processo Civil.

A opção de pagamento de forma parcelada é a que mais atrai os licitantes, já que o interessado poderá investir um montante menor e pagar aos poucos o restante. Quem se interessar por esta forma de pagamento ao arrematar o imóvel poderá apresentar proposta por escrito, seja em juízo ou ao leiloeiro, antes do início do primeiro leilão, devendo a proposta ser de 25% com pagamento à vista, podendo o saldo remanescente ser pago em até 30 parcelas reajustáveis pelo índice do Tribunal de Justiça competente. Salientando que esta proposta no primeiro leilão deve ser pelo valor de avaliação do imóvel.

A mesma forma de pagamento se aplica no segundo leilão do imóvel, sendo que, nesta oportunidade, a oferta de parcelamento deve ser de acordo com o percentual estabelecido pelo juiz do processo, seja de 50% ou 60% sobre o valor da avaliação do imóvel, sendo sempre de 25% à vista, e o saldo remanescente em até 30 parcelas corrigidas de acordo com o índice do Tribunal de Justiça competente.

Deve-se destacar que as ofertas para pagamento parcelado, seja no primeiro ou no segundo leilão, não poderão ser por preço vil, ou seja, aquelas consideradas abaixo do valor da avaliação do imóvel ou entre 50 ou 60% do valor arbitrado pelo juiz para o segundo leilão.

Resta destacar que, nos casos de arrematação parcelada, o imóvel arrematado será hipotecado ao juízo como garantia de pagamento e permanecerá assim até a efetivação do pagamento de todas as parcelas, podendo ser levantada a hipoteca ao final do pagamento.

Ressalto que, muito embora sejam admitidas as ofertas de pagamento parcelado, seja para o primeiro ou para o segundo leilão, estas não suspendem a realização do leilão, tendo em vista que as ofertas para pagamento à vista têm preferência em relação às de pagamento parcelado.

Por fim, resta destacar que, não havendo o pagamento de qualquer das parcelas do pagamento parcelado, haverá a aplicação de 10% de multa ao arrematante sobre as parcelas vencidas acrescida das vincendas, e, como consequência do atraso, o arrematante ficará inadmitido de participar de eventual leilão deste imóvel.

No entanto, havendo real interesse na aquisição deste imóvel pelo licitante, e possibilidade de pagamento à vista, segue uma dica. Ofereça a oferta por escrito para pagamento parcelado e se habilite para a compra à vista. Em não havendo qualquer oferta para pagamento à vista, você será o vencedor do leilão da forma parcelada, realizando assim uma economia do seu investimento. Se houver lances para pagamento à vista você já estará habilitado para oferecer seu lance até o valor que entender razoável ao seu investimento.

É importante estar ciente dessas duas formas de pagamento para não perder a oportunidade de comprar um imóvel em leilão, seja para investir ou para adquirir seu tão sonhado imóvel.

 


Paulo Mariano - advogado especializado em leilão judicial de imóveis, com experiência de mais de 500 processos nessa modalidade de investimento. Já assessorou investidores, familiares e amigos e vem se utilizando do leilão de imóveis para seu próprio investimento. 

www.paulomariano.adv.br


Caso Rayssa, a fadinha do skate: por que buscar especialista em proteção de registro de marca é a melhor maneira de se proteger

Um caso amplamente divulgado na mídia foi o registro sem permissão da marca “fadinha do skate”, atribuído à medalhista olímpica Rayssa Leal que, aos 13 anos, conquistou a medalha de prata na categoria “street” da modalidade do skate olímpico, consagrando-se como a atleta mais jovem da história a subir num pódio olímpico. O caso levou à tona um alerta sobre o que de fato deve acontecer para que haja um registro regular de uma marca.

O registro ocorreu após uma advogada considerar fundamental preservar eventuais direitos da Rayssa. Ela fez o pedido ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) sem conhecimento da atleta, que só ficou sabendo de tal feito depois da ampla publicidade feita pela advogada por meio das redes.

No entanto, leis e normas foram ignoradas nessa atitude. Primeiro que a advogada buscou esse feito com um pedido em seu próprio nome e, segundo que o artigo 124 do Código da Propriedade Industrial, esclarece não ser possível registro da marca para apelidos ou nomes artísticos sem autorização do titular, ainda que o “dono” do apelido ou nome artístico o utilize comercialmente sem registro oficial.

Também foi ignorado o artigo 128 §1 da Lei de Propriedade Intelectual (LPI), que determina que o proprietário da marca precisa declarar no requerimento do registro que exerce atividade intimamente ligada à qual ele procura proteção.

Outro fator que também chamou atenção é que já havia três requerimentos de proteção intelectual destinados à marca Fadinha do Skate para áreas de treinamento, vestuário e saúde por uma empresa que nada tinha a ver com a prática da medalhista olímpica. O mais curioso é que esses três registros estão com pedido de nulidade em andamento desde 2020 realizados pela atleta Rayssa e tal fato foi absolutamente ignorado pela advogada.

Ainda que estivesse regularmente por meio de procuração representando a skatista, a profissional deveria ter se atentando a tal situação antes de qualquer ingresso, por ser esse um requisito muito relevante antes de efetuar qualquer pedido de registro.

Nesse caso da advogada, o pedido não foi anulado porque, inicialmente, ela fez o que é conhecido como depósito - que seria como deixar o nome à amostra durante 60 dias, para o caso de haver alguém que se sinta prejudicado com o pedido possa protestar a respeito - portanto, o processo ainda não foi terminado. Inclusive, existem notícias que a advogada já tenha feito contato com os representantes jurídicos da atleta para consumar e transferir o apelido da jovem medalhista olímpica.

Diante dessas questões, buscar um especialista na área de registros de marcas é fundamental, tanto para registrar quando para acompanhar a sua marca. Ele vai orientar sobre todas as questões jurídicas necessárias para esse registro e monitorar a sua marca no mercado, garantindo sua legitimidade e segurança.

 


Fabiana Barbosa - empresária, advogada especialista em Direito Empresarial, Direito Digital e Propriedade Intelectual, palestrante, mentora de novos negócios e start ups e proprietária do escritório de advocacia B3S Marcas. www.b3smarcas.com.br


Precisamos falar sobre as mulheres do Afeganistão

Diante de tudo que vem ocorrendo (e sempre ocorreu), o mundo e, principalmente, o mundo feminino, passou a, novamente, olhar a situação das mulheres afegãs com olhos de solidariedade e medo pelos atos e consequências que podem atingir a classe feminina. Diante de atos de violência moral, psicológica e física, nos perguntamos: como tudo isso veio a acontecer?

Se fizermos uma comparação bem simples entre as mulheres afegãs e brasileiras, por exemplo, veremos que ambas tiveram seus direitos suprimidos e negados por muito tempo.

Direito à educação, direito ao voto, direito ao trabalho, direito à voz, direito sobre seu próprio corpo e tantos outros direitos que as mulheres brasileiras foram conquistando durante os anos.

Se analisarmos as conquistas dos direitos acima, veremos que a maioria deles foi conquistado pela coragem e audácia das mulheres, como, por exemplo, o direito à educação e até mesmo o direito de ir e vir.

Está na essência da mulher a coragem, força (e não estamos falando da física, mas, sim, da psicológica) e determinação e, acima de tudo, a vontade de mostrar que sempre foram iguais aos homens.

Na década de 60, no Brasil, um grande movimento feminino uniu forças para que, juntas, atingissem seus objetivos e conquistassem seus direitos.

Sabemos que são culturas diferentes, povos diferentes e países diferentes, mas todas, em sua essência, são mulheres e possuem a coragem e agem com o coração como sua força.

Nas últimas décadas, sabemos que as mulheres afegãs passaram a desfrutar de alguns poucos direitos básicos, como educação, trabalho e, ainda que minimamente, a voz, mas sabemos que ainda é muito pouco.

Quando falamos de Brasil e das mulheres brasileiras, podemos contar inúmeras histórias em que arregaçaram as mangas e foram em busca de igualdade de educação, trabalho, voz e voto.

Sabemos de relatos de mulheres que adentraram em faculdades e sofreram inúmeros preconceitos e vetos, simplesmente pelo fato de serem mulheres e de fazerem parte de uma cultura que desvalorizava a mulher e sua capacidade física, moral e intelectual. Muitas morreram, foram agredidas, mutiladas e sofreram diversas agressões psicológicas, mas sabiam que não podiam desistir, seja pelo amor à família, amor por sua identidade, amor por seu corpo e por seu psicológico.

Se analisarmos o contexto histórico, iremos perceber que todos os povos passaram por essas mudanças, estando alguns países mais avançados e outros menos.

Comparando o direito à educação, no Brasil, temos inúmeras histórias, como, por exemplo, a primeira médica, a primeira advogada e tantas outras. No Afeganistão, pudemos ver mulheres trabalhando em bancos, hospitais, centros educacionais, dentre outros.

O medo e o medo à submissão, além de todo tipo de agressões, assolaram, por muito tempo, as mulheres brasileiras, que, através de sua coragem, determinação e amor à família, não se renderam às forças masculinas e políticas, conquistando, além de direitos, cada vez mais espaço de voz, conhecimento, trabalho, espaço político e científico.

Nos momentos mais difíceis, nenhuma associação, ONG ou qualquer entidade de representatividade se comoveu em auxiliar e lutar bravamente por mais direitos e espaços, ao contrário, as mulheres se uniram e enfrentaram todos os impedimentos e conquistaram o espaço almejado.

Quando falamos em violência, que, hoje, é o que mais mata as mulheres no Brasil, temos inúmeras frentes de ajuda humanitária, alguns passos políticos e uma legislação que surgiu para proteger as mulheres vítimas de violência. Podemos citar a iniciativa em incluir, no Código Penal, medidas de enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher.

Marco histórico de proteção da mulher e da família, mas, devemos nos atentar que, todos os outros direitos conquistados durante esses longos anos, foram obtidos pela coragem, força e garra da mulher.

Sabemos que, em se falando das afegãs, muito há de se evoluir, mas elas possuem a mesma essência das mulheres brasileiras e que fazem, infelizmente, parte de uma nação dominada por homens violentos, que usam de sua religião para matar, coagir, agredir de todas as formas a mulher e sua família.

Hoje, as mulheres brasileiras podem sair às ruas, mostrar seu rosto e seu corpo, trabalhar, estudar, ter ou não uma família, casar ou não casar, namorar ou não namorar e determinar sua opção sexual, mas começaram a conquistar esses direitos somente com a coragem que sempre esteve com elas e sem qualquer  ajuda governamental.

Como no Brasil, talvez o primeiro passo seja começar por elas mesmas, pedir socorro por elas mesmas, enfrentar o que se imagina que não se pode enfrentar por elas mesmas, assim como no Brasil e, por elas, sua família e sua nação, começar a construir um novo mundo.

O mundo parou para ver as mulheres afegãs, mais uma vez, darem a volta por cima e, com a ajuda que as mulheres brasileiras não tiveram, o mundo estende as mãos e se compadece da terrível situação e nós, brasileiras, dizemos para vocês: o mundo está ao lado de vocês e vocês podem, através da coragem e do amor, voltar a ter todos os direitos conquistados.

Não basta somente rezar pelas afegãs, nós, mulheres, precisamos agir, como se fossemos uma só, em defesa da nossa classe e da nossa essência.

 

 

Dra. Catia Sturari - advogada especializada em Direito de Família, atuando há 12 anos na área. Formada pela IMES (Hj, USCS), em São Caetano do Sul, atualmente cursa pós-graduação em Direito de Família pela EBRADI. Condutora do programa Papo de Quinta, no Instagram, voltado às questões que envolve o Direito de Família, também é palestrante em instituições de ensino e empresas e é conhecida pela leveza em conduzir temas difíceis de aceitar e entender no ramo do Direito de Família.


A linguagem não-verbal nas entrevistas on-line

Além do que é falado, algumas atitudes podem influenciar na hora da contratação


A pandemia do corona vírus foi responsável por diversas e gigantescas mudanças no mundo todo. Uma delas se refere ao mercado de trabalho. Isso porque, ao buscar manter a saúde de todos em segurança e ainda assim continuar com as relações trabalhistas, foram necessárias algumas mudanças, como as entrevistas, que passaram a ser on-line. Com esse novo formato, surgem algumas dúvidas: como se portar nessas ocasiões?

A gestora de carreira e especialista em RH, Madalena Feliciano, responde à essa pergunta: “Nesse modelo de entrevistas, algumas atitudes ficam bastante acentuadas, principalmente no que se refere à linguagem não-verbal”. Assim, além de cuidar do roteiro de fala, é importante também cuidar da postura e modo de agir como um todo.

“Alguns comportamentos, como gesticular demais com as mãos e mexer o corpo com muita frequência podem impactar o resultado da entrevista”, alerta a gestora. Isso porque essas atitudes podem dizer muito sobre nós. No geral, uma pessoa que não consegue ficar parada por alguns minutos é uma pessoa muito ansiosa e inquieta.

Além da postura, é importante ficar atento às expressões faciais das emoções. “Sorrir o tempo todo, mostrar raiva, decepção e outros sentimentos com muita intensidade pode também diminuir as chances do recrutador te contratar”, explica Madalena. Assim, sempre preste atenção no que você irá transmitir com aquela expressão.

Ademais aos cuidados com a aparência e as próprias atitudes, é essencial também que a entrevista seja realizada em um ambiente favorável. Dessa forma, procurar um lugar silencioso, com uma iluminação boa e com um fundo de pouca interferência é indispensável para uma entrevista de sucesso. O quarto, o escritório ou até mesmo a sala, caso não haja ninguém para interferir no processo, podem ser bons locais, desde que tenham um apoio para o celular ou computador.

Por estar no formato remoto, muitos candidatos acreditam ser mais fácil camuflar algumas atitudes. No entanto, os recrutadores continuam em alerta tanto quanto estavam no modelo presencial.

Por último, a gestora afirma que manter a calma é essencial. “Lembrar que as suas expressões corporais dizem muito sobre você é um pensamento que não deve ser ignorado. Por isso, controle as suas expressões, utilize uma roupa adequada e mantenha um diálogo claro e aberto, porque essas são atitudes que podem te garantir ou não a vaga”.

 



Madalena Feliciano - Gestora de Carreira                                                                                         

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Nova lei paulistana aquece o mercado de recarga de veículos elétricos e híbridos

A nova Lei municipal que prevê a obrigatoriedade da instalação de carregadores de veículos elétricos e híbridos em edifícios residenciais e comerciais da capital paulista desde 31 de março já está impactando os negócios das empresas do segmento.


A nova lei municipal que prevê a obrigatoriedade da instalação de carregadores de veículos elétricos e híbridos em edifícios residenciais e comerciais da capital paulista desde 31 de março já está impactando os negócios das empresas do segmento.

“As consultas e negócios com as construtoras quintuplicaram de abril para cá”, informa Pedro Schaan, CEO da Zletric, empresa com sede em Porto Alegre (RS) que já possui cerca de 100 pontos de carregamento espalhados pelos estados do RS, SC, SP e RJ e se prepara para começar a atuar no PR. “Nossa meta é chegar a 300 pontos até o final de 2021”, prevê ele.

Apesar de garantir um crescimento dessa estrutura de recarga na cidade, a nova legislação paulistana ainda causa dúvidas no mercado. “Essa lei não específica quantos carregadores devem ser instalados em cada prédio. E se, por exemplo, for um para cada vaga de automóvel elétrico, como será feito com os condomínios que fazem um rodízio entre as vagas?”, questiona Schaan.

A Zletric, porém, já montou sua estratégia para atender essa demanda. De acordo com Pedro, a forma mais segura e economicamente viável para as construtoras lidarem com a lei é entregarem os novos edifícios ou condomínios de São Paulo com todas as suas vagas previamente preparadas para receberem um aparelho de recarga no futuro.


RECARGA DE VEÍCULOS COM EQUIPAMENTOS ALUGADOS

A Zletric oferece esse serviço de consultoria às construtoras para essa preparação, orientando sobre todos os procedimentos necessários para cada vaga receber o seu carregador individual.

A partir dessa preparação, quando houver demanda, a Zletric poderá alugar um carregador nacional, feito no RS, com assinatura mensal a partir de R$ 169,00. O cliente acionará o seu carregador por meio de um aplicativo no celular e pagará individualmente pelo consumo de energia.

Quanto custa carregar um carro elétrico? Segundo Pedro Schaan, para um motorista que rodar em torno de 30 km por dia com seu automóvel, esse custo oscilará entre R$ 200,00 a R$ 300,00 mensais.


PRÉDIOS TAMBÉM PODEM COMPRAR O CARREGADOR

Mas há outros tipos de soluções disponíveis no mercado. A Electric Mobility Brasil, que opera neste mercado desde 2016 e já comercializou 1.600 pontos de recarga no País, aposta na venda dos seus carregadores portugueses da marca Efacec Electric Mobility. De acordo com Eduardo Sousa, CEO da empresa, as consultas das construtoras cresceram muito desde o início do ano.

“A lei deixa algumas dúvidas, mas eu entendo que pelo menos um ponto de recarga seja obrigatório o prédio oferecer”, diz Sousa. Essa infraestrutura poderá crescer aos poucos, de acordo com a demanda que seja criada no futuro.

“Existem empreendimentos premium que decidiram que todas as suas vagas de veículos serão equipadas com um carregador. É uma estratégia de marketing dessas construtoras. Já fizemos vendas de 20 a 25 pontos de recarga em um mesmo edifício”, explica.

Os carregadores da Electric Mobility Brasil custam, aproximadamente, entre R$ 7.000,00 e R$ 15.000,00. O preço varia de acordo com a potência do aparelho e também em função de recursos “inteligentes”. Por exemplo: o mesmo carregador pode atender vários moradores, cada um deles utilizando um cartão de acesso personalizado, que permite a cobrança individualizada do consumo.


VEÍCULO ELÉTRICO LATINO-AMERICANO

Zletric e Electric Mobility Brasil vão expor suas tecnologias e soluções para o mercado de recarga no “Veículo Elétrico Latino-Americano”, que será realizado em São Paulo (SP), entre 23 e 25 de setembro. Elas também vão participar do “Congresso da Mobilidade e Veículos Elétricos” (C-MOVE), que acontecerá nos dias 23 e 24 de setembro, no auditório do Museu do Futebol do Pacaembu. Mais informações em www.velatinoamericano.com.br.


COMO PARTICIPAR?

Para participar do C-MOVE, o público deve acessar www.sympla.com.br/c-move-2021---congresso-de-mobilidade-e-veiculos-eletricos__1222335.


EVENTO SERÁ REALIZADO AO AR LIVRE

Em sua 16ª edição, o “Veículo Elétrico Latino-Americano” terá muitas outras atrações e, em 2021, levará o nome de “VE Open”, um modelo de evento atualizado ao momento da pandemia no País. O local também foi alterado. Pela primeira vez, o VE será realizado ao ar livre, na Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP).

O “VE Open” será realizado entre 23 e 25 de setembro com uma programação diária e intensa voltada para a mobilidade elétrica. Nos três dias do evento, vai acontecer uma feira com exposição de veículos, equipamentos e tecnologias do mercado da eletromobilidade.


LGPD: Sanções começaram a valer em agosto, mas sociedade ainda não se adequou

Empresas ainda não têm condições de cumprir integralmente o dispositivo, grande parte da sociedade desconhece a lei. Especialistas alertam que é preciso educar cidadãos e mercado para segurança social

 

A aplicação de sanções por desrespeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) começou a valer em 1º de agosto deste ano e agentes de tratamento (sejam pessoas físicas ou jurídicas) podem ser responsabilizados administrativamente pelo tratamento irregular de dados pessoais.

 

São 9 penalidades:

  • Advertência;
  • Multa simples de até 2% do faturamento do exercício anterior, limitada a R$ 50 milhões por infração;
  • Multa diária de até 2% do faturamento do exercício anterior, limitada a R$ 50 milhões por infração;
  • Publicização da infração cometida e devidamente apurada;
  • Bloqueio dos dados até a regularização;
  • Eliminação dos dados;
  • Suspensão parcial do funcionamento dos bancos de dados por até 6 meses, com possibilidade de prorrogação por igual período;
  • Suspensão do exercício das atividades relacionadas ao tratamento de dados por até 6 meses, com possibilidade de prorrogação por igual período e,
  • Proibição parcial ou total do exercício de atividades relacionadas ao tratamento de dados.

 

A fiscalização será feita pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão do Governo Federal criado há nove meses para regulamentar e fiscalizar o cumprimento da legislação. A proposta é que a atuação da ANPD seja prioritariamente didática nesta fase inicial, contudo já possível a aplicação de qualquer das penalidades listadas, pois o prazo de vacatio legis, que ainda perdurava para os dispositivos da lei que preveem tais sanções, se encerrou no último dia 31 de julho.

 

A legislação prevê, ainda, que as empresas devem estruturar o tratamento dos dados segundo os papéis definidos: operador (que realiza o tratamento de dados pessoais em nome do controlador), o controlador (aquele a quem competem as decisões referentes ao tratamento de dados pessoais) e o encarregado (pessoa indicada pelo controlador e operador para atuar como canal de comunicação entre o controlador, os titulares dos dados e a ANPD).

 

De modo geral, objetivo da LGPD é tutelar juridicamente a posse, o acesso, o armazenamento e o descarte dos dados pessoais (como nome, endereço, CPF etc.) e dos dados pessoais sensíveis (aqueles que dizem respeito a aspectos inerentes à personalidade e às preferências dos cidadãos, tais como religião ou quadros de saúde, por exemplo). O problema é que, apesar do tempo de adaptação, muitos empresários ainda não se adequaram.

 

O advogado Geraldo Gonçalves de Oliveira especializou-se em direito e inteligência artificial porque seus clientes começaram a pedir consultorias na área. E a LGPD virou um dos seus atendimentos de referência. Agora, 1/3 da demanda do seu negócio é sobre o assunto. E só no último mês já houve um aumento de 30% em relação ao mesmo período do ano passado. “Muitos empresários de todo porte deixaram para organizar as diretrizes da LGPD na última hora. As dúvidas são grandes até mesmo entre os advogados. Por isso, eu me especializei em uma faculdade de referência. São inúmeros os detalhes que não podem escapar porque as multas e as sanções podem ser impactantes para os empresários e para a sociedade”, comenta.

 

E o cidadão também precisa saber mais. A autônoma Míriam Belo faz doces e pizzas para vender. Ela tem acesso a informações de seus clientes. Muitos deles também tem dados da empreendedora. Mas ela ainda nem ouviu falar sobre LGPD. “É claro que a gente sabe que não passa CPF e identidade dos clientes para outras pessoas. Mas eu não sabia que tinha lei sobre isso e nem mesmo regras definindo como fazer cada etapa do acesso à essas informações. Certamente precisarei de ajuda porque não entendo muito disso”, comenta preocupada. Míriam não está só. Muitos ainda desconhecem a LGPD e as diferenças dela para o que já está previsto, por exemplo, no Código de Defesa do Consumidor e na legislação civil em geral, que envolve temas como a violação ao direito de imagem e outras garantias jurídicas que tratam de assuntos relativos aos dados.

 

Para José Luiz de Moura Faleiros Júnior, professor de direito da Faculdade SKEMA Brasil e advogado , a LGPD veio para trazer maior segurança jurídica a uma sociedade conectada e marcada pelas atividades de tratamento de dados: “A tecnologia é uma realidade inescapável. As informações pessoais são valioso substrato contemporâneo, pois alimentam sistemas capazes de traçar perfis de comportamento e consumo, que tiveram o uso potencializado pelo implemento de algoritmos em diversas atividades. E, no Brasil, ainda não estamos atentos aos riscos da circulação inconsequente destes dados. Os mais graves envolvem manipulações comerciais muitas vezes realizadas pela perfilização abusiva ou pela coleta de dados pessoais sem o consentimento do titular. Nesse sentido, o primeiro conceito que precisamos reforçar é o de que dados têm valor e dono, consolidando o fundamento da autodeterminação informativa, enunciado no texto da LGPD. E dados não devem circular sem autorização ou controle, pois isso vulnerabiliza toda a sociedade. É preciso pedir permissão ao titular dos dados para acessá-los, armazená-los e usá-los. E mais: quem o fizer precisa informar para o titular e para as instituições fiscalizadoras como, quando e de que maneira isso foi feito, e para qual finalidade. É um longo caminho que ajustaremos ao vivenciarmos os impactos da lei. Um desafio para todos nós. Mas, somente assim, o desenvolvimento tecnológico será instrumento de construção de uma sociedade mais dinâmica e adaptada aos desafios do século XXI”.

 

Faleiros orienta ainda que, para começar, todos precisamos entender quais são os direitos do titular dos dados, que a lei apresenta em rol bem definido. Ele destaca alguns desses direitos:

  • Acesso – titular precisa saber quem tem acesso aos seus dados;
  • Confirmação de existência do tratamentos de dados – titular precisa saber se existem dados seus sendo tratados;
  • Revogação do consentimento para o tratamento de dados - titular pode desautorizar qualquer tipo de tratamento de dados, ainda que tenha autorizado anteriormente;
  • Anonimização – titular pode solicitar a utilização de técnicas para minimizar sua identificação em determinado banco de dados;
  • Portabilidade – titular pode solicitar que seus dados sejam portados de um agente de tratamento para outro.

 

O especialista completa: “A LGPD é um grande avanço e, nesta etapa, o processo educativo para cidadãos e agentes de tratamento é o mais importante. Empresas de portes variados e que atuam em segmentos diferentes terão necessidades igualmente diversas e isso precisa ser considerado. As grandes empresas, que possuem maior suporte especializado acabaram começando mais rapidamente a mudança. Mas todos precisaremos de tempo e muitas campanhas de conscientização para absorvermos quais são nossos direitos e deveres”, finaliza.

 

Por que é importante que a sua empresa seja “alfabetizada” em dados

Conheça dicas sobre como ensinar os seus colaboradores a lerem e interpretarem dados

 



Há pouco tempo, era bastante comum que quem estivesse à procura de um emprego encontrasse entre os requisitos para uma vaga “saber usar o computador”. Hoje, no entanto, a maioria das candidaturas a vagas é feita online – e até os nossos celulares podem ser considerados supercomputadores. Ou seja, saber usar o computador já é algo bastante difundido.

Atualmente, uma das exigências que vêm se tornando mais comuns para vagas de emprego qualificadas, em qualquer área, é ser “alfabetizado” em dados. Isso quer dizer que o profissional precisa saber ler e analisar dados, explicar o que eles significam e contextualizá-los.

De acordo com Felipe Mafra, instrutor de ciência de dados na Udemy, é importante que os profissionais saibam interpretar dados porque estamos na era da informação, em que tudo é baseado neles. “O matemático britânico Clive Humby disse que os dados são o novo petróleo e eu concordo com ele. As áreas de negócios e de tecnologia das empresas praticamente se fundiram e, por isso, é muito importante que as empresas tenham profissionais que entendam o seu negócio e saibam analisar os seus dados”, diz Mafra.

Veja a seguir três dicas para “alfabetizar” os seus colaboradores em dados, de acordo com o eBook da Udemy Business “Data Literacy: An Essential Skill For Every Employee” (algo como “Alfabetização em dados: Uma habilidade essencial para todos os funcionários”, em português) e com Mafra:


1- Foque-se nas habilidades, não nas ferramentas

É claro que é importante ensinar Excel e Power BI para os colaboradores. Mas, se eles não forem capazes de interpretar os dados que veem, o fato de saberem usar essas ferramentas não será suficiente – os dados não falam por si mesmos. De acordo com a empresa de tecnologia Seagate Technology, 68% dos dados disponíveis nas empresas nunca são usados por elas.

Por isso, é preciso treinar os funcionários para lerem dados, analisá-los, usá-los no dia a dia e contarem histórias com eles. Isso tudo a equipe pode aprender por meio de cursos online ou em mentorias com outros membros da empresa que já têm essa competência.



2- Não suponha que os seus funcionários já sejam “alfabetizados” em dados

Mesmo que a empresa tenha entre os seus funcionários alguns “mestres” em Excel ou Power BI, isso não significa necessariamente que eles saibam ler esses dados da melhor forma possível. Uma forma de saber em que nível os colaboradores estão no que diz respeito a dados é aplicando um teste, como se aplicaria um teste de inglês, por exemplo. Assim, é possível separar a equipe por níveis de proficiência e dar a atenção necessária para cada nível na hora de ensinar.

“Para entender dados relacionados a um negócio, muitas vezes é importante que o funcionário tenha uma visão holística da empresa. Por exemplo, alguém que trabalha com vendas pode aprender mais sobre negociação com fornecedores. Assim, compreenderá melhor como é formado o preço final dos produtos, por exemplo. Isso tudo são dados”, diz Mafra.



3- Ajude os seus colaboradores a melhorarem as habilidades de dados deles

A terceira dica para colocar em prática essa “alfabetização” em dados é estabelecer quais métricas são importantes para a sua empresa, que fontes devem ser usadas para buscar esses dados e de que forma eles devem ser analisados. Essas informações podem ser usadas para criar um programa interno de treinamento, que pode incluir trilhas de aprendizado, mentorias e metas (tanto pessoais, para os funcionários, como para a empresa no geral). “Dessa forma, os colaboradores serão capazes de usar dados em qualquer apresentação ou bate-papo”, afirma Mafra.





Udemy


Dólar a menos de 5 reais? Especialista fala sobre as previsões da taxa de câmbio

Segundo Mariana Gonzalez, especialista em mercado financeiro do ISAE Escola de Negócios, ainda não há um consenso para o fechamento do dólar em 2021, mas ele deve flutuar entre R$ 5,10 a R$ 4,90


Com a reabertura das fronteiras e a possibilidade de voltar a viajar, muitos turistas estão preocupados com o alto valor do dólar. O mesmo acontece no universo dos investimentos, já que a taxa de câmbio funciona como uma proteção tanto para nossa inflação relativa quanto para a segurança dos ativos na bolsa de valores.

A pandemia trouxe fortes consequências para nossa economia. A restrição de oferta devido aos constantes lockdowns, os cortes nos juros que geraram uma pressão inflacionária no país, a dívida pública alcançando uma zona perigosa e a desestabilidade política com a aproximação das eleições formaram, sem dúvida, uma combinação perigosa que culminou na tendência de maior perda de valor do Real.

Mesmo neste cenário, a especialista em mercado financeiro do ISAE Escola de Negócios, Mariana Gonzalez, aponta que o Brasil tem fortes contrapontos que tornam a economia nacional mais atraente aos olhos dos investidores externos. “A ascensão da taxa básica de juros, o saldo bastante positivo das exportações e o comércio interno em ritmo de recuperação gera interesse aos investidores estrangeiros”, afirma

Ainda assim, não há um consenso de mercado para o fechamento do dólar em 2021, que deve flutuar entre R$ 5,10 a R$ 4,90. “O resultado dependerá de qual lado será mais forte: o cenário no qual veremos antigos hábitos da nossa política com medidas populistas de estímulos de curto prazo nocivos e abandono das reformas com a aproximação das eleições ou o cenário construtivo para o crescimento do país com a relação saudável de gastos públicos, sem aumento de impostos e controle da inflação. Prefiro acreditar, e temos instrumentos que nos indicam isso, que o cenário construtivo pode prevalecer”, completa a especialista.

 

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