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quarta-feira, 22 de julho de 2020

Descubra dicas de como manter o seu negócio durante a pandemia



Para quem se encontra em um momento de dificuldade e está buscando dicas de como atravessar a crise atual, o consultor Renan Galdino explica alguns tópicos importantes que podem ajudar nos negócios


O novo coronavírus deixou um rastro de vítimas ao redor do mundo. Além das internações com os mais variados graus de letalidade, muitas empresas fecharam as portas e outras tantas tiveram que se reinventar para manterem-se no mercado. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que entrevistou 402 executivos de indústrias de médio (50-249 funcionários) e grande porte (250 ou mais funcionários), em todas as regiões do país, afirma que cerca de sete em cada dez empresas (70%)  acabaram perdendo o faturamento devido ao novo coronavírus.

“A cultura das empresas terá de mudar, não poderá mais carregar qualquer falha na estrutura dos produtos e custos operacionais. A margem está apertada e a solução da empresa será de dentro para fora. O preço de venda quem decide é quem compra”, afirma Renan Galdino, que, junto com o economista Luiz Lourenço, estão a frente da consultoria empresarial Renan Galdino, a qual tem como objetivo ajudar as empresas a não quebrarem durante a pandemia.

Para quem se encontra em um momento de dificuldade e está buscando dicas de como atravessar a crise atual, o consultor Renan Galdino explica alguns tópicos importantes que podem ajudar nos negócios: 


- Adiando o pagamento do Simples

Para quem está enquadrado na modalidade do Simples, o governo federal prorrogou o prazo de pagamentos das notas, o que pode ajudar nesse período de isolamento. Para não demitir os funcionários, as empresas podem entrar em um acordo e reduzir a jornada e o salário dos colaboradores pela metade.


- Procure se capacitar

Que tal reservar um tempo do dia para realizar um curso de capacitação? Busque algo que possa ser possível encaixar em sua rotina, pois quando a situação melhorar, os empreendedores que estiverem mais capacitados e preparados vão conseguir se levantar mais rapidamente.


- Interação com os clientes

É extremamente importante manter-se próximo aos clientes. Para quem oferece serviços, usar as redes sociais para conversar e interagir com os seguidores é uma ótima alternativa e costuma dar resultado. Vídeos, imagens e outros recursos chamam a atenção no feed e, consequentemente, atrai mais público.


- Promoções

Com o receio de gastar agora e não ter uma economia futuramente, muitos não estão comprando como antes. Por isso é fundamental fazer promoções. Sabe aquele produto que já está há um bom tempo no estoque? Então, esse é o momento de colocar um preço atrativo e fazer com que ele tenha procura. Diversificar o estoque também é importante, então vale a pena ver o que os consumidores estão buscando nesse período.


- Pesquise opções de créditos

Sem recursos para solicitar crédito? A solução é pesquisar bastante quais são os bancos que estão oferecendo modalidades diferenciadas, com as maiores carências e os menores juros para iniciar o pagamento.


- Negocie contas

Mantenha o controle do caixa e procure reduzir custos nesse momento. É possível negociar o aluguel do espaço, reduzir a conta de energia e os contratos com serviços terceirizados.


- Redes Sociais

Utilize as redes sociais ao seu favor e explore canais de vendas online. Com receio por conta da pandemia, muitas pessoas estão comprando apenas via delivery, então o importante é oferecer preços atrativos e diferenciais para se destacar da concorrência. 


- Organize as despesas

Projetar despesas e receitas dos meses subsequentes: o ideal é separar as despesas pelo tipo de gasto. Dessa forma é possível saber a quantia necessária para cada despesa e o quanto será preciso para manter o negócio pelos próximos meses.






Renan Galdino Consultoria Empresarial


Luiz David Lourenço - Economista, pós-graduado em finanças empresariais pela FEA-USP e Banking pela FGV, possuí mais de 37 anos em instituições financeiras, sempre ocupando posições estratégicas.


Renan Galdino - Gestor de empresas, pós-graduado em controladoria pela FHO, MBA em gestão estratégica de negócios pela FGV, especialista em gestão e reestruturação de empresas, administrador judicial pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, mais de 10 anos de experiência à frente da gestão de empresas em crise.


PÓS COVID 19 E O NEOCOOPERATIVISMO; SUGESTÕES



 “O governo deve orientar a gerar trabalho para cumprir com os objetivos fundamentais da República, a erradicação da pobreza e a diminuição das desigualdades sociais, de acordo com o editorial do Estadão de 06/07/2020.”


A pandemia põe em perigo os problemas de uma nação ressaltando a desigualdade social, a economia e a organização como sociedade. A crise mostrou nossas diferenças e diminuir a desigualdade é o mais acertado para a conquista da igualdade de um país para a erradicação da pobreza e a diminuição das desigualdades sociais, um dos meios de resolver o problema é ter fundamento na sugestão do neocooperativismo, através da geração de trabalho em cooperação econômica.

Não há cidadania sem trabalho e a solidariedade econômica é um dos recursos. É preciso estimular a geração de trabalho e não doações assistencialistas. A pandemia produziu uma grande destruição no mercado de trabalho e no econômico que se agravou no mundo e o neocooperativismo é um recurso em época de crise.

A pandemia afetou o mundo em impacto econômico e prejudicou a geração de trabalho em termos de alcance. È preciso uma solidariedade econômica a nível nacional como global, uma vez que as empresas de todo o mundo estão sofrendo com as guerras tarifárias e a desaceleração da economia que tem provocado uma recessão global.

A crise da pandemia alertou para atuação do Estado aos mais vulneráveis e uma sugestão é ”unificar todos os programas assistenciais para maior transparência dos gastos” de acordo com o artigo o Estado de São Paulo de SP 06/07. Outra instigação é a organização do trabalho em cooperação econômica pela reformulação do segundo princípio cooperativista, o controle democrático que organiza o social pela geração de trabalho como propõe o neocooperativimo.

No Brasil houve um aumento na queda das vagas formais e informais, além da redução da jornada de trabalho e salários, consequentes da pandemia e isto prejudicaram  a economia e a geração de trabalho. No momento o neocooperativismo é a uma ferramenta que com a “doutrina econômica da cooperação” poderá resolver o problema do mercado de trabalho no globo para organizar a desigualdade social e o desemprego.

Outro estímulo é criar o MERCOOP –( Mercado Econômico Cooperativo) para se adaptar a esta quarta revolução industrial e tecnológica a dos modernos meios de comunicação que aproximam as culturas, povos e nações, numa ação global, através da interação em cooperação e aplicar a quota-parte para um maior retorno social e para a iempresa, e passar a controlar a especulação e regulamentar o mercado financeiro.

O emprego caiu substancialmente e a recuperação fica comprometida, mas virá de maneira lenta e requer como solução que as pessoas se reúnam em cooperativas ou iempresas, empresas autogestionária, terceiro setor etc... O problema é que há mais pessoas desempregadas do que trabalhando. Uma questão de difícil solução é o econômico e a sugestão a ser resolvido é pela cooperação econômica. Nesta situação o neocooperativismo é o meio das pessoas se organizarem em grupo e desenvolverem atividades de maneira cooperativa em solidariedade econômica.

A transferência  de renda é um meio de estimulo de grande apelo político, outra sugestão seria impelir com antecedência para a geração de trabalho, através do neocooperativismo que precisa de parceria e estimulo com o governo. Outro efeito seria aproveitar os vários programas sociais de transferência de renda para organizar a geração de trabalho pela educação. Passado o isolamento social é necessário preocupar-se com a transferência de renda e não só pelo elevado custo do auxilio emergencial, mas pelo fato da oferta de trabalho.

A transferência de renda não estabelece as bases para a inclusão social e a solução é a inclusão produtiva e a iempresa pode ser uma alternativa por organizar o capital particular do cooperador/dono gerando trabalho em cooperação econômica. É preciso incrementar a renda e alcançar a sustentabilidade para organizar o mercado de trabalho em solidariedade econômica. O trabalho é o maior dever social e o programa de Renda Brasil ou qualquer outro programa assistencial precisa adotar a educação e a geração de trabalho, através da adesão livre e a preocupação com a comunidade, princípios cooperativistas, que devem  ser aplicados para acabar com o assistencialismo que é usado para fins eleitoreiro, em vez de promover o desenvolvimento social. É preciso incluir a sociedade no mercado de trabalho e investir na economia solidaria que pode ser uma das opções por gerarem trabalho com sustentabilidade, É um meio simples de implantar que pode ser útil para resolver o problema do mercado de trabalho em países comunistas ou capitalista.

A disseminação da covid no mundo altera o modelo econômico, rediscute o papel do Estado para recuperar a economia arruinada, a valorização do sistema público de saúde, atividades à distância. No pós-pandemia redimensionará a redução das pessoas entre fronteiras e maior busca pela cooperação cientifica a nível global. Estas são algumas sugestões a serem repensadas como investimento em educação, saúde, produção e tecnologia. Por que não empregar capital na educação com qualidade, saúde preventiva, emprego digno, saneamento, sustentabilidade e focalizar na redução da desigualdade?






Rosalvi Monteagudo - contista, pesquisadora, professora, bibliotecária, assistente agropecuária, funcionária pública aposentada e articulista na internet.




Como evitar uma bolha de inadimplência no mercado?



Seis em cada dez brasileiros deixaram de pagar alguma conta no mês de maio por causa da pandemia. Entre os mais afetados pela crise está a parcela da população que recebe até dois salários mínimos. O acúmulo de dívidas vai se tornando inevitável e a inadimplência tende a crescer ainda mais nos próximos meses. Como evitar que essa dívida se torne impagável?

Pelas notícias e dados oficiais do Governo, a pandemia jogou luz sobre uma grande parcela da população que, até então, não aparecia nas estatísticas oficiais. A informalidade, no Brasil, é gigantesca e a burocracia estatal é um entrave ao ingresso de grande parte dos informais na formalidade. No que diz respeito ao comércio e prestadores de serviços formais, o retorno às atividades ainda não foi suficiente para recompor as perdas do período de inatividade imposto pelas medidas de prevenção ao Covid-19. A retomada é lenta e a incerteza quanto à evolução da pandemia, no curto e médio prazo, contribui para a diminuição do consumo e de investimentos nas empresas e em novos negócios. Muitos negócios fecharam e tantos outros ainda irão fechar, o que acarreta em demissões.

Estamos falando sobre a relação entre consumo, trabalho e renda, questões diretamente relacionadas. A reabertura do comércio permitiu que as pessoas voltassem às ruas, visitassem salões de beleza, bares e restaurantes. Porém, além do medo provocado pelo vírus ainda em circulação, também é necessário considerar a redução da renda de boa parte das famílias. Mais de 1 milhão de brasileiros perderam o emprego em maio, como consequência da pandemia. Com menos posses e a incerteza do amanhã, a tendência é consumir cada vez menos e, consequentemente, experimentarmos uma retração na economia, dificultando ainda mais a saída da crise.

Antes de mais nada, é preciso que o cidadão reveja seu próprio orçamento, cortando ou, ao menos, diminuindo as despesas menos essenciais, focando em itens básicos para a sobrevivência, como alimentação, moradia e saúde. É preciso fazer uma avaliação das contas mensais: quanto é gasto com água, energia e aluguel, despesas fixas que não podem ser eliminadas. Essa base mensal de gastos dará a noção necessária para que o cidadão entenda quanto pode gastar. Depois, é o momento de analisar as dívidas e entrar em contato com seus credores, para verificar a possibilidade de renegociação.

Na relação entre empresas e consumidores deve prevalecer o bom senso e a razoabilidade, especialmente nesse momento de pandemia. A mesma empresa que cobra dos seus clientes pode estar em dívida com fornecedores. O momento não é fácil para ninguém. O custo da inadimplência pode ser mitigado com o oferecimento de descontos e parcelamentos das dívidas em aberto. Com isso, pode-se viabilizar a continuidade dos negócios e, consequentemente, a circulação de riqueza. Uma negociação eficiente evitará os riscos de uma disputa judicial, que envolve custos e tempo, e fortalecerá a relação entre cliente e fornecedor.

Enquanto ainda não temos uma previsão de volta à normalidade, devemos investir na sobrevivência das empresas. O Governo deveria se preocupar em fazer chegar às pequenas e médias empresas linhas de crédito mais acessíveis que as oferecidas pelos bancos, já que são elas as responsáveis pela maior parte dos empregos gerados. Do ponto de vista jurídico, além da negociação amigável das dívidas, as empresas que não forem mais capazes de honrar com os seus compromissos ainda podem contar com a recuperação judicial, que é um instrumento importante para a sobrevivência daqueles negócios que demonstrem capacidade efetiva de retomada, após a negociação das dívidas com os seus credores sob supervisão do Judiciário.

Ter paciência e compreender o momento de dificuldade que todos estamos passando é o que pode nos unir e nos fortalecer nessa crise. Negociação é a palavra-chave para empresas, fornecedores e consumidores.





Mário Conforti - advogado e líder da área cível do escritório Marcos Martins Advogados.


A nova gestão para pequenas e médias empresas pós-pandemia



A gestão empresarial para PMEs (Pequenas e Médias Empresas) não mudou muito nos últimos 20 anos. Desde que comecei a participar de consultorias em gestão, os fundamentos são os mesmos. Porém, a partir de março deste ano as coisas mudaram repentinamente. Fazer uma previsão pós-quarentena para nossos clientes e demais empresas é muita pretensão, mas gostaria de compartilhar algumas reflexões para ajudar no processo de reabertura dos negócios.

Algumas premissas antes de começarmos: 
  1. A pandemia não irá terminar em um dia específico. Não sou especialista em saúde, mas pelo que tenho acompanhado, o coronavírus atingiu apenas parte da população e a imunização com efeito rebanho, quando mais de 70% já tiveram contato e desenvolveram anticorpos contra o vírus, está muito longe da realidade. As vacinas, infelizmente, ainda não são viáveis. Por isso, a flexibilização e monitoramento do avanço da contaminação ditará as idas e vindas da quarentena e isolamento. Ora os estabelecimentos abrem, ora podem fechar.
  2. O medo e insegurança imperam. Medo de contaminação, medo de perder a vida ou de perder um ente querido, medo do desemprego ou de perder renda. Existe um colapso total das pessoas e isso impacta em como elas irão consumir produtos e serviços daqui para frente.
  3. Adaptação e mudanças na rotina. Vivenciaremos uma mudança importante na forma como as pessoas irão trabalhar, como irão à escola, como vão se alimentar, como consumirão cultura e entretenimento. Todas as atividades devem sofrer alguma adaptação tendo como foco seguir regras de higienização, distanciamento e a priorização das atividades remotas.
  4. Setores e segmentos. Alguns foram duramente impactados, como as áreas de eventos, turismo, bares e restaurantes. Outros, caso do segmento de higiene e limpeza, nunca cresceram tanto. Por isso, o empresário deve buscar segmentos que tenham demanda para prosseguir e crescer, mesmo no meio da pandemia. 
  5. Com o plano de “retomada consciente” do governo do Estado de São Paulo, deveremos monitorar a abertura ou fechamento dos estabelecimentos, determinado pelo avanço ou diminuição da contaminação

Diante de todas essas premissas, vejo que a gestão das PMEs deve ser realizada dia após dia, com planos de curto prazo e análise de indicadores de receita, pagamentos, produção, estocagem, custos e equipe feitas com bastante critério. Por conta da abertura flexível, não se pode investir muito na produção com a certeza do escoamento dos produtos. Por outro lado, o empreendedor também não pode ser surpreendido por uma demanda maior e perder oportunidade de gerar receita. Neste momento, todos os controles devem estar à disposição de cada gestor para tomadas de decisão imediatas.

Não há dúvida de que entraremos em uma recessão. Por isso, os produtos com apelo de preços menores e para baixa renda têm potencial de consumo maior. Passamos pela mesma situação em 2014 e, pela experiência acumulada, sabemos qual caminho escolher agora. Temos bagagem para entender quais produtos e serviços precisam ser readequados de acordo com a propensão e poder aquisitivo dos clientes. Isso faz com que sejamos cães farejadores de desperdício e eliminadores de custos para mantes preços baixos. 

Deveremos trabalhar, ainda, nas ações de proteção. Telas de acrílico, faixas pintadas no chão indicando distanciamento, controle de entrada de clientes nos locais, dispenser de álcool gel acionado com os pés, cabines isoladas por pessoa ou por família, atendimento à domicílio e outras iniciativas devem ser executadas e divulgadas para que o cliente tenha confiança para consumir produtos e serviços da sua empresa.  

Temos recomendado para os donos de empresas que não arrisquem investir em novos negócios neste pós-pandemia, pois além da demanda ser menor, há o risco de encarar concorrentes que estão fazendo de tudo para sobreviver e, por isso, corroem as margens que um iniciante não tem fôlego para enfrentar. 

Infelizmente, neste momento veremos que aqueles que não trabalham com boas práticas de gestão não vão resistir à crise. A pandemia só acelerou o processo, que mais cedo ou o mais tarde, iria acontecer, que é o fechamento de empresas conduzidas por pessoas que deixaram de lado o planejamento, o acompanhamento das ações, a tomada de decisões baseadas em dados, enfim, que não se valeram da gestão atenta do próprio negócio. 

É claro que também existirão boas notícias. Veremos empresas que trabalham da maneira correta se reinventando e superando as dificuldades. O novo mundo que nos aguarda será muito diferente de 2019 e de outros anos. A velocidade das mudanças já ditas há tanto tempo nunca esteve tão evidente. Empresas que utilizam plataformas digitais vendem mesmo com o isolamento social, as videoconferências e o ensino à distância já provaram que o ensino tradicional pode ser substituído. Por isso, o empreendedor deve ter a mente aberta para o novo e experimentar outras formas de gerir sua empresa. Talvez, ficar agarrado à forma como a gestão era feita até poucos meses atrás, levará a empresa a permanecer no passado. A empresa que melhor se beneficiará é aquela cujo gestor segue a citação de Alvin Toffler: “O analfabeto do século XXI não será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender”.






Haroldo Matsumoto - especialista em gestão de negócios e sócio-diretor da Prosphera Educação Corporativa, consultoria multidisciplinar com atuação entre empresas de diversos portes e setores da economia.

Como agilizar as simulações do seu planejamento orçamentário



A incerteza é um dos maiores desafios da década. A pandemia da Covid-19 assolou grandes nações e revelou uma nova série de incertezas nos mais diferentes aspectos tais como saúde, comportamento, economia e negócios. Na definição clássica, manter o controle das finanças corporativas é determinante para se obter sucesso nos negócios, mas, diante de um cenário como o que estamos vivendo, ficamos em dúvida do que podemos fazer para mitigar os efeitos negativos desse impacto.

É bastante importante investir em tecnologia aplicada a uma boa fundamentação de dados, análises e projeções. Não é de hoje que identificamos a necessidade de implantar softwares de planejamento, elaboração de orçamentos, previsão, análise e registro de resultados. Na realidade, as plataformas de planejamento orçamentário vêm ganhando popularidade entre as empresas, e os gestores já entenderam a importância da criação de modelos de rentabilidade para diferentes cenários, capazes de atender às mais variadas demandas dos ambientes organizacionais.

Para uma boa fundamentação de dados, os recursos de suporte podem ser segmentados em cinco categorias relacionadas, como a análise de planejamento, a descritiva, de diagnóstico, preditiva e prescritiva.

Devemos contar também com o atual mercado totalmente incerto e refletir sobre o que podemos fazer diante dessa realidade. Por isso, lembre-se que, seja qual for o planejamento corporativo, ele normalmente estará associado ao gerenciamento de desempenho da empresa, o que presume planejamento financeiro, orçamento e previsão.

Dessa forma, suas diretrizes precisam permear a compreensão de desempenhos passados, identificação de desvios de normas (plano vs real), avaliação de cenários possíveis, previsão de resultados prováveis e avaliação de riscos e restrições.

Quando se pensa em busca de resultados desafiadores com ciclos rápidos diante de um cenário absolutamente incerto, a análise de dados aliada à tecnologia pode ajudar na construção de planos com focos e cenários diferentes. E, embora todos reconheçamos o seu valor, o planejamento corporativo exige comprometimento e ferramentas dedicadas e interconectadas com suporte a coleta e preparo de informações, estudo de dados que inclua modelos de variação e previsões, entrega dos relatórios executivos e a realização de ajuste de modelos com base em relatórios de variação capazes de melhorar a precisão das previsões.

A revisão do planejamento deve ser realizada de forma periódica e continua, e os planos devem ser ajustados de acordo com cada cenário, para garantir que decisões oportunas e precisas sejam tomadas usando como base dados atualizados e confiáveis.

O processo de tomada de decisão é a força vital das operações comerciais inteligentes e por isso, é importante ressaltar que o real motivo para a utilização de todas essas novas tecnologias, como Big Data, Business Intelligence (BI), inteligência artificial e outras, é o suporte à decisão, que auxilia de forma eficaz.





Emerson Douglas Ferreira - especialista em consultoria de planejamento, inteligência de negócio e soluções que auxiliam executivos na tomada de decisão desde 1995, e fundador da Meeting Strategic Solutions.


É o fim do aluguel? As tendências em construção civil para o pós-pandemia



Não há dúvidas sobre o fato de que a pandemia deixará sua marca nos mais diversos setores. Transformações que já eram previstas por muitos especialistas foram forçadas a acontecer – afinal, era mudar ou mudar, sem mais opções. Na construção civil, há alguns exemplos interessantes do que acredito ser tendência para o futuro e do que pode ter provocado grandes expectativas agora, mas não devem ter impacto significativo a longo prazo.

O primeiro temor é sobre o fim do aluguel. Boa parte dos proprietários já observam uma debandada de inquilinos. Muitas empresas sentiram que seus funcionários se adaptaram bem ao home office e decidiram adotar o trabalho remoto como algo permanente. Portanto, não faz sentido para elas pagar o caríssimo aluguel de um imóvel bem localizado – ou, pelo menos, não de todo o imóvel. Uma sala pode suprir as necessidades de espaço, não mais todo o andar de um prédio comercial. Da mesma forma, muitas pessoas voltaram para a casa dos pais ou se mudaram para apartamentos e casas menores, e com preços mais compatíveis com seus orçamentos, por dificuldades financeiras.

Esta, porém, é apenas uma questão de renovação de mercado. As pessoas não pararam de comprar carros por causa dos aplicativos de carona.  Há sempre alguém que vá querer um modelo esportivo, para viajar para a casa na praia, ou um mais compacto, porque mora sozinho e não precisa de tanto espaço. Maiores ou menores, luxuosos ou mais acessíveis, fato é que este mercado sempre está pronto para atender aos mais diversos tipos de consumidores. E isso é algo que ainda falta à construção civil.

Grandes centros de construção, que gastam fortunas alugando espaços quilométricos, já começam a optar pela sublocação. Dividir aquele espaço enorme com um lojista parceiro é uma opção economicamente viável, pois fica mais barato para os dois, e também atende às expectativas dos clientes. A loja vira um cartão de visitas. Ao invés do home center vender móveis planejados, ele reduz seu preço de aluguel ao sublocar para uma loja de móveis. Pode ser que, daqui a um tempo, tenhamos um verdadeiro coworking de lojas.

É preciso enxergar o setor como um todo, e isso só é possível a partir de dados e informações. Se houve queda no número de compra de imóveis, por outro lado, a quantidade de reformas aumentou. Tudo é uma questão de equilíbrio e de saber analisar a situação e as tendências com um olhar mais analítico.

Boa parte das novidades desse momento vieram para ficar. A construção civil raramente dá um passo em falso – até por isso, ela caminha devagar. As transformações ainda são feitas de maneira gradual, por mais que a pandemia tenha acelerado esse processo. O que deve permanecer é a necessidade de atendimentos mais ágeis, como a possibilidade de fazer orçamentos de materiais pela internet e o delivery de materiais, e o relacionamento com o cliente a partir do digital. Se era difícil encontrar marcas e lojas de materiais de construção nas redes sociais, hoje esses contatos estão muito mais acessíveis.

A informatização do mercado é algo que sempre defendo. Afinal, é a partir de dados que são feitos os maiores investimentos. O proprietário de um imóvel precisa saber quanto se cobra de aluguel em determinada região, assim como é interessante para uma loja de materiais de construção saber que uma construtora está levantando um prédio. Essa troca enriquece todo o setor, permitindo que a indústria seja mais assertiva em sua produção, o comércio não venda produtos com preço inflacionado e o consumidor pague mais barato.

Por fim, é importante destacar o papel importantíssimo da construção civil como motor da economia. Por ter uma cadeia enorme de produção que envolve os três setores - indústria, comércio e prestação de serviços - este é um setor que merece ser valorizado. Por ele, se gera renda para diversas famílias, acelerando o consumo e fortalecendo as vendas. A construção de conjuntos habitacionais e casas populares, com incentivo do governo, pode ser uma forte alavanca para a retomada econômica pós-pandemia. Assim, poderemos sair mais fortes como país.






Wanderson Leite - formado em administração de empresas pelo Mackenzie e fundador das empresas ProAtiva, app de treinamentos corporativos digitais, ASAS VR, startup que leva realidade virtual para as empresas e escolas; e Prospecta Obras, plataforma de relacionamento do segmento de construção civil.



Pandemia: como anda a relação das pessoas com o dinheiro?

 Freepik

Diante de um momento que ninguém imaginou viver, todos nós tivemos que nos adaptar de várias maneiras, mas o impacto financeiro, sem dúvidas, ditou uma nova forma de se relacionar com gastos e prioridades


Em tempos de crise, do mesmo modo que o desemprego aumentou veementemente e, segundo o IBGE totalizou 12,850 milhões de desempregados no Brasil, outras formas de trabalho vieram à tona e ditaram a maneira como as pessoas passaram a se relacionar com o dinheiro que, aliás, sofreu mudanças drásticas do dia para noite.

Enquanto muitas famílias perderam parte ou a totalidade de sua renda, outras conseguiram se manter ou até mesmo prosperar com novas propostas de negócios por meio de produtos e soluções inovadoras para caminhar na contra mão da crise.

Mas o que me chama a atenção é que, independentemente do lado em que as pessoas estão, ou seja, sem uma ocupação nesse momento ou se redescobrindo em novos formatos de trabalho, o fato é que, nem sempre conseguem se organizar corretamente para dar conta de todas as despesas que aparecem.
Muitos acabam por extrapolar nos gastos por impulso e no e-commerce. Isso porque, fazem compras pela busca de satisfação imediata, pois associam o consumo ao prazer, uma combinação que pode causar prejuízos financeiros desnecessários, porque não fazem um balanço das reais necessidades, e terminam caindo no vermelho.


Educação Financeira

Muita dessa dificuldade em controlar custos, vem da deficiência da educação financeira no universo familiar e escolar da maioria dos brasileiros, mesmo sendo um tema essencial na vida de todo cidadão. Talvez agora, num cenário de pandemia, o assunto seja mais valorizado, afinal, por meio dele que aprendemos a valorizar nosso trabalho e não desperdiçar nosso esforço diário.

Se não temos controles para nossas despesas mensais, não há renda que aguente. No entanto, infelizmente, estamos acostumados a falar sobre dinheiro somente em situações de dificuldade, o que gera uma crença equivocada de que dinheiro é ruim. Só que é preciso mudar esse enredo e aprender que falar sobre finanças, investimentos, e também dialogar sobre proteção e segurança, exatamente para que a dificuldade financeira não apareça.

Então, pergunte-se sempre: meus gastos estão sendo feitos por necessidade ou são frutos de um impulso? Estou comprando pela ansiedade e angústia causadas pelo isolamento social ou por qualquer outro motivo? Este é um momento que pede maior controle, tendo em vista a instabilidade financeira do país, mas fazer esse tipo de análise é fundamental a todo momento, assim como identificar e analisar os sinais e os porquês da compra.


Transtorno do Comprar Compulsivo

Com a tecnologia a nosso favor, até as compras essenciais se tornaram mais práticas. Assim, mesmo em tempo de dificuldades financeiras, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCOMM), a compra via e-commerce cresceu 40% desde março deste ano.

Essa facilidade faz com que muitas pessoas exagerem. Fazer um balanço do que é realmente necessário é vital, já que o momento pede muita cautela e planejamento financeiro. Além disso, é preciso ficar atento para a compulsividade que pode ser considerada uma doença chamada TCC (Transtorno do Comprar Compulsivo), também conhecido como “oniomania”, que precisa de acompanhamento médico.

Feita toda essa reflexão, o que se espera de verdade, é que a experiência de viver uma pandemia faça com que as pessoas passem a valorizar mais o espaço familiar e os gastos domésticos. É preciso um novo olhar sobre os temas mais importantes de nossas vidas e, dentre eles, ter mais consciência em relação aos gastos supérfluos.




Dora Ramos - consultora contábil com mais de 30 anos de experiência. Empreendedora desde os 21 anos, é CEO da Fharos Contabilidade e Gestão Empresarial. Está há mais de 20 anos na jornada do autoconhecimento, é terapeuta holística, além de trabalhar também com PNL, aromaterapia, massagem, reiki e outras terapias de reconexão.

Brasil está entre os 10 países com maior taxa de criminalidade na pandemia



Ter segurança e confiança para passear e ir quando e onde quiser não é somente um direito do cidadão como um dever a ser oferecido pelo poder nacional de cada nação. Sabendo que a prática é bem diferente da teoria, o Cuponation, plataforma de descontos e integrante da alemã Global Savings Group, compilou dados sobre o cuidado e a proteção que o Brasil e demais países possuem, principalmente na época da pandemia.

A plataforma Numbeo realizou nas últimas semanas uma pesquisa sobre os índices de criminalidade e segurança em mais de 130 países durante o isolamento social devido ao Coronavírus, e o resultado brasileiro é desesperador. 

Nosso país aparece na 7º posição no ranking do índice criminal, com porcentagem estimada em 68,31 - ou seja, o Brasil está entre os 10 países mais perigosos para se viver por conta dos erros da população e do poder. Obviamente na mesma posição, a porcentagem do índice de segurança nacional é calculada ao contrário da do primeiro índice, indicando 31,69. Confira a pesquisa completa no infográfico interativo do Cuponation.

Apesar da exponencial situação do país e de não ter uma média nos registros oficiais sobre o aumento ou diminuição da criminalidade brasileira, é fácil compreender. Afinal, mesmo a segurança pública nacional sendo um serviço que não para, aqueles que deveriam nos proteger do crime também desejam se proteger do vírus.

A Fundação Getúlio Vargas e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública realizou um levantamento recentemente com mais de 1.500 policiais no país, registrando que em cada estado mais de 50% deles admitiram sentir medo de contrair o COVID-19. Além disso, apenas 34% destes afirmaram receber qualquer tipo de treinamento para trabalhar na pandemia.

De volta ao estudo da Numbeo, o país que está no topo da lista também é sul-americano: a Venezuela aparece com uma taxa de criminalidade em torno de 84,36%. Papua Nova Guiné e África do Sul são as nações que ocupam o segundo e terceiro lugares do ranking, com o índice estimado em 80,04% e 77,29%, consecutivamente.





O ensino à distância é uma realidade à qual temos que nos adaptar


O neurocientista, psicanalista e psicopedagogo Fabiano de Abreu diz que o ensino à distância é uma realidade a que todos, principalmente o governo, terá que se adaptar


Os tempos que vivemos são tempos de mudança. Há novas realidades a que nós temos que adaptar, novas formas de viver e de experienciar. O ensino à distância é uma dessas novas etapas que teremos que integrar nas nossas vidas.

Segundo o neurofilósofo, psicopedagogo e especialista em estudos da mente humana, Fabiano de Abreu, a pandemia da covid-19 veio mostrar que, o nosso mundo tecnológico ainda apresenta falhas quando algo surge inesperadamente. No entanto o tempo é de adaptações rápidas e eficazes. 

"Em tempos de pandemia e quarentena, vimos a necessidade repentina da inclusão educacional online. E foi então que percebemos que não estávamos tão adiantados como pensávamos. As plataformas de ensino à distância não estavam preparadas para uma mudança sem planejamento como uma chave de liga e desliga acionada com uma alavanca.", reflete.

Esta nova forma de viver condicionou toda uma sociedade desde os alunos, aos pais, aos professores e educadores. Ninguém ficou de fora. Como nos alerta Fabiano, "Essa mudança afetou uma rotina em que, muitos dos pais apenas se preocupavam em levar as crianças para escola e depositar a confiança na instituição para todo o resto. Com o fechamento das escolas, o ensino online tornou-se uma realidade em que, não só a escola teve que se preparar de forma rápida e eficiente, como também houve uma necessidade de atenção dos pais para com os seus filhos.".

Ainda segundo o especialista, há mudanças que se vão transformar em aspetos positivos e outras que terão de se tornar obrigações. Fabiano começa por destacar a aproximação de pais e filhos na elaboração de tarefas conjuntas.

"Eu vejo não só alguns pontos positivos para o ensino à distância em relação ao relacionamento pais e filhos como também uma necessidade dentro de uma realidade na qual, a pandemia, forçou para que nos adotássemos o quanto antes. Vou explicar os pontos que, na minha visão, o ensino online torna-se crucial e uma realidade na qual temos que, desde já, não só nos adaptar, mas o governo deve implantar.", explica o filósofo.

Nesse sentido, Abreu elabora uma lista sobre as mudanças que terão de ser analisadas e pensadas por toda a sociedade, desde a escola, ao governo e no seio familiar. Segundo Abreu, o governo tem que pensar em estratégias para disponibilizar internet e computadores para todos e criar plataformas de ensino viáveis. Além disso é necessário formar os professores para esta realidade. Segundo o especialista temos que pensar a longo prazo no caso de existirem outras pandemias. A covid-19 deve servir como uma preparação para o futuro. 

Segundo ele as etapas necessárias são as seguintes:

Internet para todos - Todos os países deverão se preocupar com a potência e estabilidade da internet e que ela chegue a todos. Educação online exige uma boa internet até mesmo pela questão dos vídeos, arquivos, espaço de armazenamento e transmissões em directo como vídeo aula ao vivo. O governo deve não só fornecer internet gratuita, como também controlar o valor da internet no mercado por ser um bem de necessidade pública. 

Plataforma de ensino - As instituição devem se preocupar com o tipo de plataforma para as aulas online, a necessidade de ser 100% online já é uma realidade. A plataforma tem que ter capacidade de ter não só apostilas, arquivos em pdf, como também vídeo aula e transmissões ao vivo, em direto, entre alunos e professores como uma sala de aula. Também é necessário um sistema de fiscalização para o dia da prova, isso é possível quando o aluno sabe que está sendo observado. Tem como o professor conseguir ter em um mesmo plano de tela todos os alunos, basta uma tela grande que divida-os em quadrados em uma tela. 

Computadores para todos - É de responsabilidade do governo que todos tenham acesso a um bom computador. Não só fornecendo aos de baixa renda, mas também auxiliando na isenção de impostos para esses tipos de aparelhos eletrônicos assim como investindo na fabricação dos equipamentos no país. 

Preparação dos professores - O governo tem que repensar seu método de ensino acrescentando métodos para ensino à distância onde o professor deve se portar de maneira diferente do presencial. A organização em relação a comunicação para que mais de um aluno não fale ao mesmo tempo. Organização e controle em relação a comunicação em geral. Utilizar de técnicas de posicionamento de câmera em que o aluno se sinta na sala de aula e não sinta a diferença tendo que se adaptar e sim, sentir-se dentro do padrão visual que está acostumado. Muitos YouTubes dão boas aulas com quadros em que escrevem o que está ensinando e se posicionando de maneira que não atrapalhe a visão do aluno. A necessidade de ser criativo e chamar a atenção do aluno também é maior. Pois há maiores chances do aluno se distrair no seu ambiente de casa. Pode passar um animal de estimação, um outro membro da família, podem ter objetos próximos que o distraia ou até mesmo notificações no telefone que desviem a atenção. Os pais também tem que ajudar na configuração do aparelho para que diminua as possibilidades de desvio de atenção. Vejo vídeos de professores no YouTube que prendem mais a atenção do que muitos professores que dão aulas presenciais. Não podemos esquecer que o YouTube e vídeos na internet é algo que chama a atenção das crianças mais do que uma aula presencial. Tem que aproveitar isso e ser criativo para criar vídeos como muitos criam e tem milhares de views. 

Necessidade do ensino à distância 

Outras pandemias - A ciência já revelou diversas vezes que as possibilidades de pandemia são reais. O mundo globalizado, o deslocamento dos povos e o número de habitantes cada vez maior e aglomerado em grandes centros aumentam as possibilidades de outros surtos, por isso, o ensino à distância é um ótimo meio de evitar a proliferação já que milhares estarão a estudar em casa e não a se deslocar promovendo maior contato físico. 

Aproximação dos pais - Estamos vivendo uma era de distanciamento dos pais com os filhos. A necessidade dos pais de trabalharem cada vez mais devido ao alto consumo, conseguirem bancar altos impostos e manter um melhor bem estar da família fez com que houvesse uma distância dos pais com os filhos e isso está acarretando em vários problemas; o acompanhamento dos pais na educação dos filhos é primordial para o melhor desenvolvimento da criança, a falta deste contato acarreta em problemas na adolescência e na fase adulta. É da nossa natureza biológica, está impresso em nosso código genético essa necessidade do cuidador, dos pais para cuidarem e educarem. Até a total formação do cérebro, a criança precisa deste apoio racional dos pais para a sua educação e acompanhamento ou isso afetará na fase adulta. O ensino a distância obrigou aos pais a dedicarem mais tempo para os seus filhos e neste método de ensino, é essencial a ajuda dos pais não só para que o aluno possa se adaptar, mas também pelo esquecimento e falta de vontade já que o ambiente caseiro o torna mais relaxado. Não podemos esquecer que a nossa casa é um local de descanso e acaba proporcionando essa ideia inconsciente causando um relaxamento. Temos que adaptar uma nova realidade inclusive, se puder, criando um ambiente de estudos para o filho não esquecendo a sua postura ao sentar pois influencia na falta de relaxamento. 

Comportamento dos pais - Agora os pais podem estar mais a par do que os alunos aprendem e eles tem que criar métodos e uma rotina para auxiliar os filhos. Método de leitura em voz alta, pedir para o filho ensinar o que aprendeu, pedir para que reescreva o que leu. Quer melhor do que nós adultos podermos relembrar ou aprender coisas novas? E acompanharmos o filho e não passar vergonha quando ele disser o que aprendeu e não sabermos. Esta aliança com o filho também e importante para criação e pela confiança do filho com os pais. Muitos casos de jovens que usam drogas está relacionado a ausência dos pais ou falta de confiança e liberdade para contar a vida aos pais e os pais poderem dar conselhos antecedendo a possibilidade de uma ação errada que leve ao prejuízo do jovem. A proximidade trás a confiança de uma amizade e quando temos conhecimento dos problemas dos filhos, ajudamos orientando através da nossa experiência evitando assim, o pior. 

Meio ambiente - A quarentena provou que a poluição diminuiu e o meio ambiente será de necessidade global ou a terra se tornará inabitável no futuro. Se vivemos para criar nossos filhos e netos, não faz sentido não pensar nos que virão depois deles. A educação à distância então se tornará um método obrigatório e temos que desde já nos acostumarmos com ela. 

Sem pressão - O ensino à distância é no tempo do aluno, sem pressão, dando tempo para que ele possa criar métodos de aprendizagem mais eficazes que num tempo corrido. Claro que há sempre prazos a cumprir, mas já o treina para o mercado de trabalho que funciona da mesma maneira. O aluno também pode rever a aula e revisar o conteúdo. 

Segundo o filósofo, o método de ensino tem que ser revisto e alerta que podemos estar a usar uma metodologia obsoleta.

"O ensino presencial já é coisa do passado e os benefícios do ensino online são maiores. Ele garante a possibilidade de obrigar ao aluno a aprender outras línguas para cursos no estrangeiro e globaliza o mundo já que a pessoa pode fazer cursos no exterior e conseguir emprego em outro país. Também aumenta a concorrência com a possibilidade de ensino em mais de um país reduzindo assim o valor da mensalidade. Não adianta não querer avançar por medo de uma nova realidade, temos que nos adaptar a uma nova realidade. No final, a competência do profissional é ele que faz. Seja no presencial ou online, se o aluno não tiver interesse, ele pode aprender agora e esquecer amanhã e não ser um bom profissional. Não é o método em si que vai revelar o bom profissional e sim o indivíduo e sua força de vontade. Vai de nós, educadores e governo buscar meios para auxiliar nesta educação da melhor forma nos adaptando a realidade.", conclui.


Confiança do empresário e intenção de investir seguem em patamares baixos


De acordo com a FecomercioSP, o empreendedor deve ser cauteloso nesse momento de crise, reavaliar riscos e renegociar prazos


Mesmo com reabertura gradual do comércio, os empresários ainda se deparam com restrições de funcionamento e o receio dos consumidores, tanto pelas questões sanitárias quanto pela dúvida de quanto tempo ainda vai durar essa crise causada pela disseminação de covid-19. Com isso, o Índice de Confiança do Empresário (ICEC) segue abaixo dos patamares adequados, registrando 66 pontos em julho, baixa de -40,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Contudo, em relação a junho, já apresenta alguma reação, com alta de 8,6%. Na comparação com o mês anterior, o Índice de Expansão do Comércio (IEC) e o Índice de Estoque (IE) permaneceram estáveis.

Para o momento, a FecomercioSP recomenda aos empreendedores que sejam conservadores nas operações administrativas, reavaliem riscos e evitem aumento de custos. O controle do fluxo de caixa continua fundamental para manter o negócio, sendo importante ajustar o cronograma de pagamentos e recebimentos, redobrando o controle de saídas e entradas de dinheiro. Também é essencial se atentar às pequenas despesas, que somadas podem significar uma parcela importante do orçamento. Além disso, é bom renegociar os vencimentos e os prazos, sempre alinhando os recursos de acordo com o planejamento de trabalho dos funcionários e o ritmo dos fornecedores.

A Federação também sugere: maior controle do estoque, focar nas mercadorias que têm mais saída e reavaliar preços; oferecer formas de pagamento diferenciadas; evitar excesso de endividamento; e diversificar os canais de vendas, investindo em tecnologia e acompanhando às tendências do e-commerce.


ICEC

O Índice de Confiança do Empresário (ICEC) registrou alta de 8,6% no comparativo mensal – 61 pontos em junho para os atuais 66,2. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve queda de -40,8%.

Dois quesitos que compõem o indicador registraram baixa em julho: o Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) caiu -7,2% e o Índice de Investimento do Empresário do Comércio registrou leve retração de -0,3%. Por outro lado, o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio aumentou 22,7%.


IEC

O Índice de Expansão do Comércio (IEC) ficou praticamente estável, com leve baixa de -0,4%: de 62,8 pontos em junho, para 62,5 pontos em julho. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a baixa foi de -38,4%.

Com a retomada gradual das atividades do comércio, um dos itens, o Índice Expectativas para Contratação de Funcionários obteve alta de 6,5%. Em contrapartida, o Nível de Investimento das Empresas recuou -8,6%, na passagem de junho para julho.


IE

O Índice de Estoque (IE) também permaneceu estável -0,3% – de 93,1 pontos em junho, para os atuais 92,9 pontos. Em relação ao mesmo mês de 2019, sofreu queda de 20,4%.


Notas metodológicas

ICEC

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) contempla as percepções do setor em relação ao seu segmento, à sua empresa e à economia do País. São entrevistas feitas em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados). As questões agrupadas formam o ICEC, que, por sua vez, pode ser decomposto em outros subíndices que avaliam as perspectivas futuras, a avaliação presente e as estratégias dos empresários mediante o cenário econômico. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, contudo sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.


IEC

O Índice de Expansão do Comércio (IEC) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011, com dados de cerca de 600 empresários. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, desinteresse e interesse absolutos em expansão de seus negócios. A análise dos dados identifica a perspectiva dos empresários do comércio em relação a contratações, compra de máquinas ou equipamentos e abertura de novas lojas. Apesar desta pesquisa também se referir ao município de São Paulo, sua base amostral abarca a região metropolitana.


IE

O IE é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011 com dados de cerca de 600 empresários do comércio no município de São Paulo. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques: “acima” (quando há a sensação de excesso de mercadorias) e “abaixo” (em casos de os empresários avaliarem falta de itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo). Como nos dois índices anteriores, a pesquisa se concentra no município de São Paulo, entretanto sua base amostral considera a região metropolitana.
 


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