Entidade médica também reforça sobre os impactos negativos na qualidade de vida
No próximo dia 5 de julho é celebrado o Dia Nacional de Conscientização e Enfrentamento da Dor Crônica. A data possui como objetivo reconhecer e apoiar as pessoas que sofrem com essa condição debilitante.
De acordo com dados do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), subsidiado pelo Ministério da Saúde, até dezembro de 2023, cerca de 37% das pessoas com 50 anos ou mais convivem com dores crônicas.
A dor, de maneira simplificada, pode ser classificada como aguda ou crônica. A aguda possui uma função protetora que sinaliza o cérebro sobre a presença de estímulos prejudiciais, por exemplo, queimaduras, cortes e quedas. Por sua vez, a crônica, que é considerada a própria doença, persiste após três meses ou além do tempo esperado de cura, tal como enxaqueca, fibromialgia, dor lombar e artrite.
A geriatra e presidente da Comissão de Dor da
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Dra. Bianca Figueiredo
de Barros, afirma que as dores crônicas afetam negativamente a qualidade de
vida das pessoas idosas. As consequências podem causar insônia, isolamento
social, depressão, ansiedade, polifarmácia, hospitalização e internação
prolongada, e o aumento da demanda por serviços de saúde.
Ademais, a especialista reitera que apesar da idade ser um fator de risco, a dor não é consequência do envelhecimento: “Hábitos e atitudes corretas de vida podem contribuir para a prevenção de quadros crônicos, considerando a individualidade de cada paciente. Praticar exercícios físicos, controlar a obesidade, boa alimentação, cuidados com a postura e boa qualidade no sono são algumas atitudes que ajudam na prevenção de quadros dolorosos”.
Por fim, a presidente da Comissão de Dor da SBGG ressalta a importância de ações do poder público, a fim de garantir que a pessoa idosa acometida de dor crônica receba atendimento integral pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Por meio da criação de políticas públicas haverá melhor educação e conscientização da sociedade sobre a dor crônica, ajudando a reduzir estigmas como a dor ser normal da idade. A dor crônica onera o serviço de saúde e, com ações adequadas, consequentemente, haverá redução de custos.”
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