Antes mais relacionado a crianças, transtorno pode
ser descoberto mais tarde e pode ou não ter associação a outras comorbidades,
como depressão ou ansiedade
A
saúde mental vem recebendo cada vez mais atenção ao longo dos últimos anos e,
com maior entendimento das questões, quebra de tabus e avanço em tecnologias,
foram permitidos diagnósticos que, antes, não eram possíveis. Entre eles, está
o Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH). Dentro de um período de 10 anos, os
diagnósticos de TDAH aumentaram em 4,06%. ¹
O
transtorno é de caráter neurobiológico e de razões genéticas, podendo trazer
sintomas como a falta de atenção, inquietude e hiperatividade e, embora seja
mais associado à infância, estima-se que 60% dos diagnosticados entrem na vida
adulta com algum sintoma.²
De
acordo com o neurologista Mauro Muszkat, professor orientador em Mestrado e
Doutorado no Programa de Educação e Saúde da Infância e Adolescência (UNIFESP
Campus Guarulhos) e líder do Grupo de Pesquisa em Reabilitação e Ensino em
Neurociência Educacional do CNPq, isso ocorre porque, na infância, os sintomas
podem se manifestar de modo único, não sendo acompanhado de outros sinais e
dificultando o diagnóstico.
Por não ser tratado, o TDAH pode vir acompanhado de outras comorbidades, como depressão e transtornos de ansiedade, trazendo impactos ao trabalho e vida social desse paciente. A partir daí, a pessoa entende que há um prejuízo em razão do TDAH não identificado anteriormente e pode precisar tratar a comorbidade antes de tratar o desencadeador.
Os diagnósticos em adultos vêm sendo cada vez mais frequentes, com um aumento
de até 123%, quando comparado ao aumento de diagnósticos em crianças de 5 a 11
anos (26,4%). “O diagnóstico em adultos vem aumentado devido à conscientização
do impacto que o transtorno causa em seus pacientes.”
Outro
fator que chama a atenção é a associação do TDAH a demais transtornos
psiquiátricos.¹ Estima-se que 70% das crianças com o transtorno apresentam
outra comorbidade e pelo menos 10% apresentam três ou mais comorbidades³, como
depressão, ansiedade, tiques e transtorno opositivo desafiador⁴.
“Os outros transtornos podem aparecer associadamente devido ao compartilhamento de ciclos neurais entre o TDAH e a regulação emocional. Quando não tratado, pode afetar áreas na vida do paciente, como o resultado e produtividade no trabalho, relações de amizade, profissionais, familiares e amorosas, assim como diminuir o desempenho nos estudos. Isso tudo causa baixa autoestima nos pacientes e os impactos podem desencadear transtornos de humor, como a depressão, transtornos de ansiedade e, para pessoas com tendências genéticas a outros problemas, como bipolaridade e borderline, pode ser o fator desencadeante”, alega Muszkat.
Existem tratamentos efetivos, que controlam os sintomas e possibilitam um cotidiano produtivo ao paciente. Recentemente, uma nova alternativa terapêutica chegou ao mercado, o Consiv (cloridrato de metilfenidato), da Adium, nas apresentações de 18, 36 e 54 mg4.
O medicamento tem liberação prolongada e gradual, evitando picos e sustentando por mais tempo a disponibilidade no organismo. O comprimido em formato reduzido e biconvexo pode auxiliar na deglutição, possui tecnologia de liberação com duração de até 12 horas. O medicamento favorece as necessidades de concentração durante o dia atendendo ao período escolar, em crianças acima de 6 anos e adolescentes, ou na jornada de trabalho e estudo, para adultos, permitindo, ainda, um bom descanso à noite.⁵
Adium
www.adiumpharma.com
Referências:
¹ Link Acesso em 09/05/2024.
² Biblioteca Virtual em Saúde – Ministério da Saúde. Link. Acesso em 09/05/2024.
³ Clinical Psychopharmacology and Neuroscience. Prevalence and Comorbidities of Attention Deficit Hyperactivity Disorder Among Adults and Children/Adolescents. Disponível em Link. Acesso em 13/12/2023.
⁴ Ministério da Saúde. Entre 5% e 8% da população mundial apresenta Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade. Disponível em Link. Acesso em 13/12/2023. ⁵ Consiv. Bula. Disponível em Link. Acesso em 13/12/2023.
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