Além dos benefícios para as mamães e para a própria gestação, a atividade física durante esse período traz inúmeras vantagens para o bebê
A gravidez é
uma fase de muitas expectativas e mudanças significativas no corpo de uma
mulher. Neste período, uma dúvida comum entre as futuras mamães é se devem
continuar – ou até mesmo começar – a praticar exercícios físicos. De acordo com
Felipe Kutianski, especialista em fisiologia do exercício e fundador da
plataforma de treinos Onbody, a resposta é um enfático “SIM”.
“Desde que
sejam tomados os devidos cuidados e seguidas as orientações adequadas, a
atividade física pode ser o melhor remédio para uma gestação saudável”, afirma.
“Mulheres que mantêm uma rotina ativa têm menos chances de desenvolver diabetes
gestacional, hipertensão e depressão pós-parto. Além disso, os exercícios
ajudam a aliviar dores nas costas, melhoram a qualidade do sono e aumentam a
disposição”, destaca.
Além dos
benefícios para as mamães, a prática de exercícios físicos durante esse período
traz inúmeras vantagens para o bebê. “Bebês de mães ativas tendem a nascer com
peso adequado e apresentam menor risco de obesidade na infância, além de
melhores índices de desenvolvimento neuromotor”, aponta o especialista.
Estudos
recentes do American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) que
mulheres grávidas devem buscar pelo menos 150 minutos de atividade física
moderada por semana, o equivalente a 30 minutos por dia com uma frequência de
cinco vezes na semana. “Atividades como caminhada rápida, natação, ciclismo
estacionário, musculação, funcional, calistenia e até mesmo Crossfit são
geralmente seguras, desde que supervisionadas por um profissional de educação
física”, exemplifica.
No entanto,
monitorar a pressão arterial e os batimentos cardíacos durante os exercícios na
gravidez é fundamental. De acordo com a Sociedade Canadense de Ginecologia e
Obstetras, é recomendado que as gestantes mantenham a frequência cardíaca
máxima de 140 batimentos por minuto durante a atividade física. “Esse limite da
frequência cardíaca pode ser ultrapassado, dependendo do nível de
condicionamento físico individual e das recomendações médicas. O importante é
que a gestante consiga baixar rápido os batimentos e faça uma recuperação de
esforço também acelerada”, explica o especialista, fazendo referência aos
estudos do ACOG.
Quando
executado da forma correta e sob orientação profissional, o exercício físico
moderado pode ajudar ainda a manter a pressão arterial sob controle, o que é
benéfico para prevenir complicações como a pré-eclâmpsia. “A prática regular de
exercícios também aumenta a produção de endorfinas, hormônios que promovem a
sensação de bem-estar e ajudam a combater o estresse”, complementa Felipe
Kutianski.
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