Como
transformar o evento de fim de ano da empresa em uma experiência realmente
inclusiva 
Katya Hemelrijk - diretora de operações da Talento Incluir
Dicas para não deixar ninguém de fora e reforçar a cultura de inclusão de pessoas com deficiência das empresas
Com a chegada do fim do ano, muitas empresas estão planejando confraternizações, festas e eventos corporativos para celebrar conquistas, desafios e fortalecer vínculos. Porém, a diretora de operações da Talento Incluir - consultoria pioneira com a missão de trazer dignidade para pessoas com deficiência por meio da empregabilidade – Katya Hemelrijk, faz um alerta importante: quando um evento exclui pessoas, ele fracassa como experiência e compromete a cultura inclusiva da empresa.
A executiva e especialista em inclusão reforça: “Acessibilidade não é um detalhe ou um item opcional. É o centro da experiência.É o que transforma presença em pertencimento. Sem ela, o evento acontece, mas a inclusão não”, afirma.
A inclusão deve ser pensada intencionalmente desde o primeiro momento — da escolha do local à definição do cardápio. “Incluímos intencionalmente ou excluímos consequentemente. Quando a produção do evento não pensa na pessoa com deficiência desde o planejamento, está dizendo que ela não é bem-vinda”, pontua.
Um
direito garantido pela Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015) a
acessibilidade quando ignorada pode causar prejuízos à imagem da marca e até
multas legais. “Ignorar o direito de acessar qualquer espaço em igualdade de
condições é uma infração”, reforça Katya Hemelrijk, que traz dicas da Talento
Incluir para eventos de fim de ano acessíveis e para que a
celebração seja uma experiência de pertencimento para todas as pessoas:
- Planeje o evento com acessibilidade desde o
início: escolha locais que tenham rampas, elevadores,
banheiros acessíveis e sinalização tátil. Avalie também o percurso de
chegada ao evento, considerando transporte público, estacionamento e
calçadas acessíveis. Considere ter pessoas com deficiência colaborando do
planejamento à execução do evento;
- Garanta a acessibilidade comunicacional:
disponibilize intérpretes de Libras, legendas em vídeos, audiodescrição e
materiais em formatos acessíveis. A comunicação inclusiva é essencial para
que todos participem plenamente.
- Ofereça espaços de descompressão:
eventos longos ou com estímulos visuais e sonoros intensos podem ser
desafiadores para algumas pessoas. Crie um espaço reservado para pausas e
descanso, sinalizado e tranquilo.
- Adapte o cardápio e a experiência
gastronômica: considere restrições alimentares e diferentes
formas de acesso à comida, como bancadas na altura adequada e utensílios
adaptados. Alimentar-se é também um ato de inclusão.
- Treine a equipe e fornecedores do evento: todas
as pessoas envolvidas (recepcionistas, seguranças, garçons, técnicos)
devem estar preparadas para acolher e orientar com empatia, respeito e
naturalidade.
- Avalie a acessibilidade digital:
sites e formulários de inscrição devem ser compatíveis com leitores de
tela e demais tecnologias assistivas. A inclusão começa antes mesmo da
chegada ao evento.
- Peça feedback e aprimore continuamente:
após o evento, pergunte às pessoas com deficiência sobre a experiência
vivida. Esse retorno é o melhor guia para evoluir nas próximas edições.
“Acessibilidade
é uma escolha estratégica. Quando alguém chama de custo, o que está faltando
não é dinheiro, é prioridade! Quando existe intenção verdadeira, a
acessibilidade deixa de ser obstáculo e vira potência. Um evento acessível alcança
mais pessoas, engaja melhor e traduz, sem esforço, os valores da marca.
Quando a inclusão está no centro, ela não só qualifica a experiência, mas também constrói reputação, aproxima pessoas e deixa um legado.”conclui Katya Hemelrijk
Talento Incluir
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