Insulina, Ozempic, Mounjaro e outros termolábeis podem perder a eficácia em variações de temperatura; especialista do Grupo Polar orienta sobre o transporte seguro
As férias chegaram e muitas pessoas se preparam para viajar. Mas além das roupas adequadas para o destino, quem faz uso de medicamentos termolábeis, como insulina, Ozempic e Mounjaro, deve se planejar para garantir o transporte seguro, já que esses fármacos devem ser armazenados em temperaturas entre 2°C e 8°C.
Para não prejudicar a estabilidade dos medicamentos durante o
trajeto, é essencial utilizar bolsas térmicas ou caixas específicas que
assegurem a refrigeração recomendada pelo fabricante.
“Seja qual for o medicamento termolábil, ele não deve ser
congelado nem exposto a temperaturas extremas. Transportá-los de forma
inadequada pode impactar negativamente seu funcionamento e até oferecer riscos
ao paciente”, explica a farmacêutica e diretora técnica do Grupo Polar, Liana
Montemor. “É importante lembrar que os frascos ou refis não podem estar em
contato direto com o gelo, para evitar congelamento”, acrescenta.
Durante o percurso, os frascos ou canetas devem ser acondicionados
em bolsa térmica ou caixa de isopor, porém, o gelo não deve ser comum, nem
seco, uma vez que podem causar temperaturas negativas. “O gelo que pode ser
utilizado é o gelo artificial espuma, com propriedades exclusivas que garantem
a estabilidade na manutenção térmica de produtos de cadeia fria e é indicado
para o transporte de produtos que requerem tempo e temperaturas controlados,
principalmente para a faixa de 2 °C a 8 °C. Essas embalagens devem ser
qualificadas por profissional competente antes do uso”, diz Liana.
Em viagens de avião, os frascos ou canetas não devem ser despachados com a bagagem, pois a baixa temperatura no compartimento de cargas pode congelá-los.
Praticidade, mas com estilo
O mercado vem criando alternativas para facilitar e modernizar o
transporte, sem que seja necessário levar um aparato complexo para conservar os
medicamentos fora de casa. Bolsas com design discreto, versáteis e de fácil
manuseio, como shoulder bags (bolsas de ombro), têm sido criadas para
atender a esses pacientes. “Elas contêm subcompartimento para a alocação de até
duas unidades de gelo espuma, além de espaço para itens como seringas, fitas de
medição glicêmica e até objetos pessoais, como carteira e celular. O design é
de uma bolsa comum para o dia a dia, mas que mantém a temperatura ideal da
insulina ou outros medicamentos por até 10 horas”, ressalta.
Crédito: Grupo Polar
As shoulder bags passam por testes de qualificação em câmaras térmicas, simulando as condições climáticas características do Brasil. “A tecnologia atual possibilita a criação de materiais que mantêm os medicamentos na temperatura ideal, assegurando sua eficácia por períodos prolongados”, afirma Liana. “Além disso, o desenvolvimento de designs mais ergonômicos e funcionais facilita o transporte e o armazenamento de itens essenciais para o cuidado diário com o diabetes ou em tratamentos contra a obesidade, sempre nas condições que garantem a integridade do medicamento”, conclui.

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