![]() |
| Divulgação |
Estima-se que
entre 2% e 3% das crianças menores de 3 anos no Brasil tenham APLV – Alergia à
Proteína do Leite de Vaca –, considerada a alergia alimentar mais comum na
infância. O diagnóstico costuma chegar após semanas ou meses de investigação,
quando sintomas como cólicas intensas, diarreia, refluxo, manchas vermelhas na
pele e até dificuldades respiratórias se tornam recorrentes. Quando finalmente
confirmado, o diagnóstico traz alívio, mas também medo. Medo das mudanças, da
alimentação restrita e do impacto na rotina da família.
O estudo
Value-Based Health Care (VBHC)¹, patrocinado pela Danone, com apoio da Mak
Valor Mentoring, Academia VBHC e associações de pacientes, escutou familiares e
profissionais de saúde envolvidos no cuidado de crianças com APLV sobre os
impactos reais da condição, e identificou que muitas famílias enfrentam culpa,
sobrecarga emocional, dificuldades financeiras e até isolamento social. “Eu
descobri que meu bebê tinha APLV com apenas um mês de vida e, para mim, foi um
impacto muito grande porque eu não conhecia esse tipo de alergia. Tive
depressão pós-parto... Foram inúmeros médicos, diagnósticos e muito sofrimento.
Eu via meu filho sofrendo e não conseguia fazer nada”, conta uma das mães que
participou do estudo.
A Dra. Ana
Grubba*, diretora médica da Danone, destaca cinco passos importantes para
orientar o início da rotina após o diagnóstico da Alergia à Proteína do Leite
de Vaca:
1.
Garantir acompanhamento médico e nutricional especializado
O diagnóstico e o
tratamento da APLV devem ser conduzidos por profissionais qualificados.
Pediatras, Alergologistas e o Gastroenterologistas são os mais indicados para
avaliar o quadro clínico e orientar a dieta, assegurando que a criança cresça
com saúde e segurança.
2.
Ajustar a alimentação da mãe em caso de amamentação
Quando o bebê é
amamentado, e há confirmação de que reage às proteínas do leite consumidas pela
mãe, é necessário que essa elimine leite de vaca e derivados de sua dieta. Esse
processo requer acompanhamento nutricional para evitar prejuízos à saúde
materna e ao bebê.
3.
Estabelecer uma rede de apoio e comunicação clara com cuidadores
Todos os
envolvidos nos cuidados com a criança, como familiares, escolas, babás e
profissionais da saúde, devem ser informados sobre a condição e orientados
quanto aos riscos da exposição ao alérgeno. Medidas como enviar os alimentos de
casa e fornecer instruções por escrito contribuem para a segurança da criança.
4.
Incluir a leitura de rótulos na rotina da família
A leitura
cuidadosa de embalagens e ingredientes é uma prática indispensável. Diversos
produtos industrializados contêm leite de vaca ou traços de leite, mesmo sem
menção direta. O controle rigoroso ajuda a prevenir reações adversas.
5.
Oferecer acolhimento emocional à família
O impacto
emocional do diagnóstico também deve ser considerado. Muitas mães relatam
sentimento de culpa, ansiedade e solidão. O suporte psicológico e o contato com
outras famílias que enfrentam a mesma condição podem fortalecer o enfrentamento
e promover bem-estar.
Com informação,
empatia e orientação, a rotina familiar se reorganiza. E o mais importante: na
maioria dos casos, a criança com APLV pode desenvolver tolerância com o passar
do tempo. Como sintetiza uma das mães ouvidas no estudo: “Foi difícil no
começo, mas hoje tudo está no nosso ritmo. Meu bebê está saudável, e isso é o
que mais importa”.
A jornada com APLV
é desafiadora, mas não precisa ser solitária. A escuta ativa das famílias e um
cuidado centrado no que realmente importa são os primeiros passos para
transformar o medo em segurança e a restrição em bem-estar.
Campanha
de conscientização
Durante os meses
de maio e junho, a Danone lidera uma ampla campanha nacional de conscientização
sobre a alergia proteína do leite de vaca (APLV), em parceria com a Associação
Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) e a Sociedade Brasileira de
Pediatria (SBP). A iniciativa tem como objetivo levar informação segura e
acessível para pais, profissionais da saúde e educadores, promovendo mais
conhecimento sobre os sintomas, o diagnóstico precoce e os cuidados com a APLV.
No perfil @aplvbrasil e no site www.alergiaaoleitedevaca.com.br, pais encontram materiais gratuitos, vídeos educativos,
orientações para escolas e ferramentas de apoio que ajudam a tornar a jornada
da APLV mais leve, segura e acolhedora para toda a família.
Referências:
*Ana Grubba, médica formada pela Santa Casa com especialização em pediatria pela USP e diretora médica da Danone.
¹Estudo Value-Based Health Care (VBHC), publicação da Danone. Novembro 2023
*Este é um material orientativo sobre APLV. Consulte sempre o médico e/ou nutricionista.

Nenhum comentário:
Postar um comentário