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segunda-feira, 28 de julho de 2025

Diagnóstico da APLV: o que vem depois?

Divulgação
O diagnóstico é só o começo: lidar com a APLV envolve mudanças na rotina, impactos emocionais e novos cuidados no dia a dia da família

 

Estima-se que entre 2% e 3% das crianças menores de 3 anos no Brasil tenham APLV – Alergia à Proteína do Leite de Vaca –, considerada a alergia alimentar mais comum na infância. O diagnóstico costuma chegar após semanas ou meses de investigação, quando sintomas como cólicas intensas, diarreia, refluxo, manchas vermelhas na pele e até dificuldades respiratórias se tornam recorrentes. Quando finalmente confirmado, o diagnóstico traz alívio, mas também medo. Medo das mudanças, da alimentação restrita e do impacto na rotina da família.

 

O estudo Value-Based Health Care (VBHC)¹, patrocinado pela Danone, com apoio da Mak Valor Mentoring, Academia VBHC e associações de pacientes, escutou familiares e profissionais de saúde envolvidos no cuidado de crianças com APLV sobre os impactos reais da condição, e identificou que muitas famílias enfrentam culpa, sobrecarga emocional, dificuldades financeiras e até isolamento social. “Eu descobri que meu bebê tinha APLV com apenas um mês de vida e, para mim, foi um impacto muito grande porque eu não conhecia esse tipo de alergia. Tive depressão pós-parto... Foram inúmeros médicos, diagnósticos e muito sofrimento. Eu via meu filho sofrendo e não conseguia fazer nada”, conta uma das mães que participou do estudo.

 

A Dra. Ana Grubba*, diretora médica da Danone, destaca cinco passos importantes para orientar o início da rotina após o diagnóstico da Alergia à Proteína do Leite de Vaca:

 

1. Garantir acompanhamento médico e nutricional especializado

O diagnóstico e o tratamento da APLV devem ser conduzidos por profissionais qualificados. Pediatras, Alergologistas e o Gastroenterologistas são os mais indicados para avaliar o quadro clínico e orientar a dieta, assegurando que a criança cresça com saúde e segurança.

 

2. Ajustar a alimentação da mãe em caso de amamentação

Quando o bebê é amamentado, e há confirmação de que reage às proteínas do leite consumidas pela mãe, é necessário que essa elimine leite de vaca e derivados de sua dieta. Esse processo requer acompanhamento nutricional para evitar prejuízos à saúde materna e ao bebê.

 

3. Estabelecer uma rede de apoio e comunicação clara com cuidadores

Todos os envolvidos nos cuidados com a criança, como familiares, escolas, babás e profissionais da saúde, devem ser informados sobre a condição e orientados quanto aos riscos da exposição ao alérgeno. Medidas como enviar os alimentos de casa e fornecer instruções por escrito contribuem para a segurança da criança.

 

4. Incluir a leitura de rótulos na rotina da família

A leitura cuidadosa de embalagens e ingredientes é uma prática indispensável. Diversos produtos industrializados contêm leite de vaca ou traços de leite, mesmo sem menção direta. O controle rigoroso ajuda a prevenir reações adversas.

 

5. Oferecer acolhimento emocional à família

O impacto emocional do diagnóstico também deve ser considerado. Muitas mães relatam sentimento de culpa, ansiedade e solidão. O suporte psicológico e o contato com outras famílias que enfrentam a mesma condição podem fortalecer o enfrentamento e promover bem-estar.

 

Com informação, empatia e orientação, a rotina familiar se reorganiza. E o mais importante: na maioria dos casos, a criança com APLV pode desenvolver tolerância com o passar do tempo. Como sintetiza uma das mães ouvidas no estudo: “Foi difícil no começo, mas hoje tudo está no nosso ritmo. Meu bebê está saudável, e isso é o que mais importa”.

 

A jornada com APLV é desafiadora, mas não precisa ser solitária. A escuta ativa das famílias e um cuidado centrado no que realmente importa são os primeiros passos para transformar o medo em segurança e a restrição em bem-estar.

 

Campanha de conscientização 

 

Durante os meses de maio e junho, a Danone lidera uma ampla campanha nacional de conscientização sobre a alergia proteína do leite de vaca (APLV), em parceria com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). A iniciativa tem como objetivo levar informação segura e acessível para pais, profissionais da saúde e educadores, promovendo mais conhecimento sobre os sintomas, o diagnóstico precoce e os cuidados com a APLV. No perfil @aplvbrasil e no site www.alergiaaoleitedevaca.com.br, pais encontram materiais gratuitos, vídeos educativos, orientações para escolas e ferramentas de apoio que ajudam a tornar a jornada da APLV mais leve, segura e acolhedora para toda a família.

 



Referências:

*Ana Grubba, médica formada pela Santa Casa com especialização em pediatria pela USP e diretora médica da Danone.

¹Estudo Value-Based Health Care (VBHC), publicação da Danone. Novembro 2023

*Este é um material orientativo sobre APLV. Consulte sempre o médico e/ou nutricionista.



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