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segunda-feira, 28 de julho de 2025

Dia 28 de julho marca alerta: Brasil soma mais de 718 mil casos de hepatites virais

Entre 2000 e 2023, o Brasil confirmou mais de 718 mil casos de hepatites virais. Em 2025, São Paulo e Belo Horizonte registram alta expressiva nos casos de hepatite A, e Ministério da Saúde reforça urgência da testagem e vacinação gratuita pelo SUS
 

Em alusão ao Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, celebrado em 28 de julho, e dentro da campanha nacional do Julho Amarelo, o Ministério da Saúde lançou este mês um novo alerta sobre o avanço das hepatites virais no Brasil, com foco na testagem e vacinação. Entre 2020 e 2023, o país registrou mais de 785 mil casos dessas infecções silenciosas. Só no primeiro semestre de 2025, os números acendem um novo sinal de alerta: os casos de hepatite A em São Paulo já superam metade de todos os registros de 2024, e em Belo Horizonte triplicaram, apontando que o vírus está em plena circulação, especialmente entre adultos não vacinados.
 

Segundo o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2025, divulgado pelo Ministério da Saúde no dia 8 de julho, o Brasil notificou 718.651 casos confirmados de hepatites virais no período de 2000 a 2023, sendo 39,3% de hepatite B, 37,3% de hepatite C, 22,5% de hepatite A e 0,9% de hepatite D. O documento também reforça que o diagnóstico precoce, a vacinação e o tratamento eficaz estão entre as principais estratégias para interromper a cadeia de transmissão e evitar complicações, como cirrose e câncer de fígado.
 

Dra. Patrícia Almeida, Hepatologista do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que as hepatites virais são inflamações do fígado causadas por diferentes vírus e, muitas vezes, não apresentam sintomas evidentes, o que dificulta o diagnóstico. “Cansaço, dor abdominal, febre, urina escura, fezes claras e icterícia podem ser sinais de alerta. Por isso, é fundamental que a população faça o teste rápido gratuito, disponível no SUS, principalmente os grupos de risco: como pessoas com mais de 40 anos, profissionais de saúde, comunidade LGBTQIA+ e quem recebeu transfusão antes de 1993”, orienta a médica.
 

O tratamento da hepatite C, por exemplo, pode curar mais de 95% dos casos com medicamentos antivirais de ação direta, gratuitos e com baixa taxa de efeitos adversos. Já a hepatite B, embora ainda sem cura definitiva, pode ser controlada com medicamentos que evitam a progressão da doença. A hepatite A, por sua vez, é altamente prevenível por meio da vacina, disponível nos postos de saúde, e por cuidados básicos de higiene e saneamento.
 

A transmissão da hepatite A ocorre principalmente pela via fecal-oral, por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados e práticas de higiene inadequadas. Já as hepatites B e C são transmitidas pelo contato com sangue contaminado e relações sexuais desprotegidas. Por isso, além da vacinação, é essencial não compartilhar objetos pessoais, usar preservativos e manter hábitos saudáveis.
 

Neste Julho Amarelo, o Ministério da Saúde destaca ainda a importância de ações integradas que envolvem testagem, vacinação, redução do consumo de álcool, alimentação equilibrada e prática de atividades físicas, fortalecendo os cuidados com o fígado, um dos órgãos mais importantes do corpo humano. “Com prevenção, diagnóstico precoce e tratamento, podemos evitar complicações graves e garantir mais qualidade de vida. Este é o momento de cuidar do seu fígado e de reforçar a importância da saúde hepática”, finaliza a Dra. Patrícia.

 

Dra. Patrícia Almeida - CRM SP 159821 - Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (2010).mResidência Médica em Clínica Médica no Hospital Geral Dr César Cals em Fortaleza-CE- (2011-12). Residência em Gastroenterologia no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo-(USP RP) (2013/15). Aprimoramento em Hepatologia no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP RP)- (2016). Aprimoramento em Transplante de fígado no Hospital das clínicas da Universidade de São Paulo (USP RP) (2017). Observership no Jackson Memorial Hospital em Miami/EUA 2017. Doutorado em Hepatologia no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo Título de Especialista em Gastroenterologia pela FBG Título em Hepatologia pela SBH. Hepatologista do Hospital Israelita Albert Einstein



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