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| Unsplash |
Vivemos um momento em que o panorama do trabalho
mudou drasticamente e as organizações que não acompanharem esse ritmo correm o
risco de se tornarem obsoletas. A era das competências rígidas, desenhadas para
cargos fixos e funções bem delimitadas, está ficando para trás.
O novo mundo do trabalho exige fluidez,
adaptabilidade e, sobretudo, habilidades como ativo estratégico.
Não por acaso, empresas mais pragmáticas já
perceberam que modelos baseados em competências fixas, tão populares nas
décadas de 1980 e 1990, não dão mais conta da realidade atual.
Em seu lugar, surgem estruturas mais horizontais,
com equipes multifuncionais, projetos colaborativos e profissionais que
transitam entre diferentes funções e desafios. A relação entre indivíduo e
cargo se tornou mais maleável. A mesma pessoa pode contribuir em diversas
frentes, de forma simultânea e estratégica.
Essa transformação não é apenas operacional, mas
cultural. Ela exige uma nova mentalidade sobre o papel da aprendizagem nas
organizações. Não basta trocar um modelo pelo outro; é necessário adotar uma
cultura de desenvolvimento contínuo, orientada por dados, conectada à
performance real das pessoas e aos objetivos de negócio.
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| Divulgação DVS Editora |
É aqui que surge a provocação feita por Esther Wojcicki, educadora e jornalista americana, ao defender que a educação, inclusive a corporativa, precisa de “moonshots”.
O termo, inspirado pelo programa Apollo que levou o
homem à Lua, representa metas ousadas, quase impossíveis à primeira vista, mas
que, com visão, inovação e determinação, tornam-se realizáveis. É essa ambição
que falta à maior parte da Educação Corporativa atual.
Apesar dos investimentos crescentes em treinamento
e desenvolvimento, os resultados nem sempre acompanham. Os métodos continuam,
em muitos casos, obsoletos: excesso de palestras, conteúdos genéricos,
avaliações engessadas e pouca conexão com os desafios reais dos aprendizes. O
resultado? Profissionais desmotivados, aprendizado superficial e impacto quase
nulo na performance.
Precisamos, portanto, de um “moonshot” na Educação
Corporativa. Uma virada completa de chave. Uma revolução que coloque o aprendiz
no centro do processo, valorize a autonomia, promova o engajamento por meio de
projetos reais, colaboração e tecnologias aplicadas com inteligência.
Não se trata apenas de entregar conteúdos, mas de
criar experiências significativas, que desenvolvam habilidades essenciais para
o presente e o futuro do trabalho.
Na prática, isso significa abandonar o modelo
baseado em conteúdo e controle e adotar uma cultura de confiança. Acreditar no
potencial do aprendiz. Transformar o instrutor em facilitador. E construir um
ambiente que inspire curiosidade, ousadia, troca e transformação contínua.
O futuro do trabalho já está em curso, mas o futuro da aprendizagem ainda precisa de coragem para decolar. E talvez a pergunta mais importante seja: você e a sua organização estão prontos para conquistar a Lua também?


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