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quinta-feira, 24 de julho de 2025

Crédito fácil vira armadilha para idosos: entenda como reconhecer fraudes ao pedir empréstimo online

Especialista explica as vulnerabilidades exploradas por criminosos em fraudes digitais


Mais de 72 mil pessoas idosas foram vítimas de golpes financeiros apenas em 2024, segundo dados do Disque 100. Em Minas Gerais, o crescimento foi ainda mais alarmante - os casos aumentaram 850% nos últimos cinco anos, conforme denúncia do Sindpol/MG. Entre as fraudes mais comuns, os falsos empréstimos online se destacam por explorar justamente a vulnerabilidade digital dessa parcela da população.

A praticidade de contratar empréstimos e financiamentos pela internet trouxe uma solução simples para imprevistos e apertos; ao mesmo tempo, criou uma onda de golpes financeiros disfarçados de “oportunidades imperdíveis”. Criminosos criam falsas promessas de crédito fácil, sem análise ou com taxas baixíssimas, somente para roubar dados e dinheiro de vítimas desprevenidas ou com menos familiaridade tecnológica. Segundo levantamento do Serasa, 50,7% dos brasileiros foram vítimas de fraudes no último ano, e 54,2% delas perderam dinheiro.

“Os golpes de crédito online contra pessoas idosas são especialmente cruéis, pois muitas vezes envolvem persuasão e pressão psicológica. Além de perder dinheiro, as vítimas também têm seus dados expostos, informações pessoais que podem ser usadas em outros crimes”, alerta Willian Conzatti, sócio-fundador da ConCrédito, fintech especializada em soluções financeiras acessíveis. 

Mas como identificar essas armadilhas antes de cair nelas? Willian elencou os 5 principais sinais que indicam quando se está diante de um golpe. Confira:

 

Crédito 100% garantido, sem análise – Nenhuma instituição séria libera empréstimos sem checar seu CPF ou score no Serasa. Se prometerem aprovação antes mesmo do envio dos documentos, é fraude.

 

Cobrança de pagamento adiantado para “taxas” ou “seguros” – Nunca pague nada antes de ter o dinheiro em sua conta. Golpistas inventam nomes como “tarifa de liberação” ou “depósito garantidor” para justificar a cobrança indevida.

 

Links suspeitos e sites falsos – Antes de fazer login ou fornecer dados pessoais, sempre verifique o endereço do site que está acessando e procure o cadeado de segurança no navegador de internet. Golpistas usam nomes parecidos com os de instituições reais para enganar vítimas desatentas.

 

Contato por WhatsApp ou redes sociais – Empresas legítimas não fazem ofertas de crédito por mensagens diretas, apesar de muitas delas possuírem canais oficiais de comunicação para os clientes entrarem em contato. Portanto, desconfie de números não oficiais e perfis sem verificação.

 

Pressão para decidir na hora – Se insistirem que “a oferta acaba hoje” ou que você “precisa pagar agora para garantir”, desconfie. “Ninguém perde uma condição legítima por esperar 24h e, em caso de dúvida, desligue o telefone ou desconsidere a mensagem. Procure então contatar a instituição pelos canais oficiais para confirmar as condições oferecidas”, orienta o especialista.

 

Como se proteger e o que fazer em caso de golpe

A segurança começa com hábitos simples: evite links de terceiros para acessar sites e aplicativos, verifique se a instituição está registrada nos órgãos reguladores e busque avaliações de outros usuários. "Para pessoas idosas, a recomendação é sempre conversar com familiares antes de qualquer decisão financeira importante. Nunca envie selfies segurando documentos, pois criminosos usam essas imagens para fraudes mais elaboradas. Se por acaso você for vítima e cair em uma fraude, bloqueie imediatamente seus cartões e contas, registre um B.O. online e formalize a denúncia no site do Banco Central”, orienta Willian.

 

ConCrédito

 

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