Especialista da Organon explica por que o procedimento tem ganhado espaço entre brasileiras e responde dúvidas comuns que ainda cercam o tema
Adiar a
maternidade deixou de ser uma escolha difícil. Carreira, estudo ou simplesmente
a vontade de esperar pelo momento certo são motivos cada vez mais comuns entre
mulheres que decidem esperar para serem mães. Nesse cenário, o congelamento de
óvulos surge como uma alternativa concreta para ajudar nessa decisão. No
entanto, ainda há muitas dúvidas sobre quando fazer, como funciona e o que
realmente esperar.
Segundo
dados da Anvisa, em 2023 o número de procedimentos de congelamento de óvulos no
Brasil cresceu quase 33%. Para Viviane Santana, gerente médica da Organon e
especialista em reprodução humana, esse crescimento reflete não apenas o avanço
da tecnologia, mas também uma mudança de mentalidade. “Congelar óvulos é uma
possibilidade de ampliar escolhas. É uma estratégia de planejamento reprodutivo
que pode dar mais liberdade e tranquilidade para a mulher decidir com mais
calma o momento certo de viver — ou não — a maternidade.”
Um ponto
importante é que de preferência o congelamento não deve ser deixado para
“depois”. Embora muitas mulheres pensem no procedimento aos 37, como apontou
pesquisa encomendada pela Organon, o ideal, segundo especialistas, é realizá-lo
antes dos 35, quando os óvulos ainda têm maior qualidade. “A idade no momento
da coleta é o principal fator de sucesso para uma futura gravidez. Não basta
apenas congelar, é preciso congelar uma boa quantidade de óvulos que tenham
qualidade”, alerta Viviane.
Segundo a
Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), 91% das brasileiras em
idade fértil nunca fizeram exames para avaliar sua reserva ovariana, e 45% nem
sabem que esses testes existem. Exames simples, como a dosegem do AMH (hormônio
anti-Mülleriano) ou a contagem de folículos antrais por ultrassom, ajudam a
orientar decisões mais informadas sobre o congelamento. A recomendação é
iniciar esse acompanhamento a partir dos 30 anos, ou antes, em casos com
fatores de risco.
“Se as
mulheres conhecessem melhor sua fertilidade desde cedo, poderiam planejar com
mais autonomia. Informação é tão importante quanto acesso”, reforça.
Um erro
comum é pensar no congelamento como uma garantia infalível. Não é. “O
procedimento aumenta a possibilidade de gestação, especialmente se feito antes
dos 35 anos, mas não há garantia de sucesso. Atualmente, as taxas de sucesso
são muito altas, mas para isso é fundamental que os óvulos congelados sejam de
boa qualidade.”, explica a especialista.
O
procedimento é relativamente rápido: leva de 12 a 15 dias e envolve quatro
etapas principais: avaliação médica, estimulação ovariana com hormônios, coleta
dos óvulos e congelamento com técnicas modernas que evitam danos às células. Os
óvulos são armazenados em nitrogênio líquido e podem ser utilizados futuramente
em fertilizações in vitro.
Hoje, o
congelamento também tem sido uma opção para mulheres diagnosticadas com
endometriose, câncer ou outras condições que comprometem a fertilidade. “Nesses
casos, congelar é uma forma de proteger o futuro reprodutivo diante de um
cenário incerto e de tratamentos que podem comprometer a reserva ovariana”,
explica.
Além dos
aspectos médicos, congelar os óvulos pode trazer também um impacto emocional
positivo. Para muitas mulheres, o procedimento representa um alívio: a pressão
do “agora ou nunca” dá lugar à possibilidade de decidir com mais serenidade.
“Saber que a maternidade pode ser vivida com planejamento ajuda a reduzir a
ansiedade e permite que cada fase da vida seja aproveitada com mais leveza”,
conclui Viviane.
Pesquisa encomendada pela Organon ao Instituto Ipsos
O
levantamento, realizado entre julho e agosto de 2023, com 600 mulheres de todas
as regiões do Brasil, de 18 a 45 anos, apontou que 70% das entrevistadas já
ouviram falar sobre métodos para engravidar. Quando perguntadas sobre quais
tratamentos tinham conhecimento, com a possibilidade de múltiplas escolhas, 85%
citaram inseminação artificial, 77% fertilização in vitro, 72% congelamento de óvulos
e 41% indução da ovulação. No entanto, quando estimuladas a dar mais detalhes
sobre fertilização, 32% não souberam explicar. Entre as mulheres de 18 a 24
anos, o percentual de conhecimento sobre os tratamentos cai para 57%.
Quanto aos tratamentos que
as mulheres consideram utilizar futuramente, o congelamento de óvulos é o mais
popular, com 23% das entrevistadas afirmando que têm essa intenção. Em seguida,
aparecem inseminação artificial (20%), indução da ovulação (19%) e fertilização
in vitro (19%).
Organon
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