Vídeo alcança 99,54% dos brasileiros e se consolida como o formato mais estratégico da publicidade
Inside Video 2025, da Kantar IBOPE Media, mostra como a convergência entre TV, streaming, redes sociais e plataformas de vídeo amplia o alcance das marcas, gera resultados e demanda novas estratégias de mensuração
O vídeo nunca esteve tão presente — e tão decisivo — na jornada do consumidor. Em um ecossistema cada vez mais convergente, o formato se firma como o principal ativo estratégico para as marcas que buscam relevância, escala e retorno em suas campanhas. É o que revela o Inside Video 2025, estudo anual da Kantar IBOPE Media, que mostra que o vídeo impactou 99,54% da população brasileira em 2024.
“O vídeo é multidirecional. Ele flui de todos para todos
os lados e está presente em todas as etapas da jornada do consumidor. O desafio
do mercado hoje não é apenas criar bons conteúdos em vídeo, mas entender como
eles se conectam com o público em cada plataforma, contexto e momento do dia”,
afirma Paula Carvalho, Diretora Comercial de Sell Side e New Business da Kantar
IBOPE Media.
Consumo: escala, frequência e relevância
Mais do que alcançar, o vídeo mantém presença. Em 2024, em um único dia, o alcance do vídeo chegou a 63,65% dos brasileiros; esse número subiu para 87,02% em uma semana e 94,41% ao longo de um mês. O tempo médio diário total de consumo chega a 5 horas e 9 minutos — com as TVs e CTVs liderando com 5h38, à frente de desktops, tablets e smartphones.
A liderança da TV ao longo do dia é clara, mas os
smartphones ganham espaço nas primeiras horas da manhã, reforçando a importância
de estratégias cross-device que acompanhem o ritmo real do consumidor.
Publicidade e performance: o formato que
entrega
Mais de 56 mil marcas investiram em vídeo em 2024. Entre os usuários de internet, 44% dizem prestar mais atenção a anúncios em vídeo do que em outros formatos na internet — e 53% dos espectadores de VOD são favoráveis à presença de publicidade nas plataformas.
Entre os consumidores que assinam serviços com anúncios, 75% notam as marcas durante os programas e 63% pesquisam online os produtos que veem anunciados. Mesmo entre os que não recebem publicidade, o impacto permanece alto (66% e 54%, respectivamente). Isso mostra que o vídeo não apenas comunica: ele impulsiona intenção e gera resposta.
Com a chegada da TV 3.0 e a consolidação das TVs
conectadas, o content commerce ganha tração. O vídeo deixa de ser apenas meio
de inspiração e passa a ser um ponto de venda integrado à experiência de
conteúdo.
Comportamento: compartilhado e multitela
Além de massivo, o consumo é coletivo e contextual. O coviewing foi registrado em 24,65% dos lares brasileiros — índice que chega a 37,83% entre crianças de 4 a 11 anos e permanece expressivo entre adultos jovens (27,09% entre 25 a 34 anos).
As jornadas também são simultâneas: 17,15% das pessoas
consomem vídeo tanto em TVs/CTVs quanto em smartphones, mostrando que o
conteúdo circula entre telas ao longo do dia — e que planejamento e mensuração
precisam acompanhar essa fluidez.
Tecnologia e estratégia: personalização em
escala
A nova fase do mercado é guiada pela economia da intenção. Mais do que disputar atenção, o desafio é entregar relevância, no momento certo, para o público certo. E o vídeo, com o apoio da inteligência artificial generativa, está no centro dessa transformação.
A IA já permite que campanhas sejam criadas, personalizadas e distribuídas com base em dados de comportamento, adaptando formatos, mensagens e plataformas. Essa automação com inteligência acelera o time-to-market e amplia a eficiência da comunicação.
A infraestrutura também evolui: a posse de CTVs cresceu
157% em 9 anos, e os domicílios com VOD assinam, em média, 2,5 serviços
simultâneos. Entre esses usuários, 47% se dizem satisfeitos com a renovação dos
catálogos, e 34% estariam dispostos a trocar por pacotes com anúncios, se isso
significasse economia.
Um ecossistema pronto para a próxima onda
O Inside Video 2025 mostra que o vídeo já é o epicentro
das experiências digitais no Brasil. E que entender esse novo cenário exige uma
nova abordagem de mensuração: híbrida, integrada e orientada por dados reais.
Kantar IBOPE Media
www.kantaribopemedia.com
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