Para o executivo,
a diferença entre uma ideia promissora e um negócio de impacto está na forma
como se executa
Uma ideia promissora, por si só, não garante um
negócio de sucesso. Para Thiago
Oliveira, CEO da Saygo — empresa brasileira de tecnologia
voltada para a aceleração de negócios — o que transforma uma boa ideia em um
empreendimento escalável é a capacidade de estruturar um modelo replicável, com
clareza de propósito e foco na execução. “Escalabilidade não é só crescer
rápido. É crescer com base em processos que funcionam e se sustentam sem
comprometer a qualidade”, afirma o executivo.
A afirmação vem de quem acompanha de perto a
jornada de dezenas de startups e empresas em fase de crescimento. Na Saygo, Oliveira lidera estratégias que integram tecnologia, governança e
capacitação empreendedora. Segundo ele, muitos negócios não prosperam por
ausência de fundamentos básicos. “Falta clareza sobre a proposta de valor,
métricas mal definidas, erros na contratação e ausência de processos. Tudo isso
compromete a escalabilidade”, explica.
Estrutura é o que sustenta o crescimento
Thiago defende que o primeiro passo para tornar uma
ideia escalável é pensar no modelo de negócios de forma sistêmica. Isso inclui
não apenas a solução central, mas como ela será entregue em escala, com
padronização e controle de qualidade. “Empresas que crescem demais sem
estrutura estouram no meio do caminho. Escalar exige planejamento, capital,
equipe preparada e um sistema de gestão que permita acompanhar resultados em
tempo real”, aponta.
A visão do CEO da Saygo está alinhada a dados do
estudo “Panorama das Startups no Brasil”, da Abstartups, que indica que 74% das
startups fecham as portas em até cinco anos — e, em 42% dos casos, o motivo é a
falta de estrutura e gestão.
O papel dos investidores e aceleradoras
A entrada de investidores e aceleradoras é, para
Oliveira, um divisor de águas no caminho da escalabilidade. No entanto, ele
alerta que o apoio externo só faz sentido quando o empreendedor está preparado.
“Receber investimento sem ter clareza de onde aplicar o recurso é receita para
o fracasso. O capital deve acelerar algo que já está validado”, afirma.
A Saygo atua como ponte entre startups e capital de
crescimento, promovendo o que Thiago chama de “execução orientada a resultados”.
A empresa oferece suporte desde a construção da cultura organizacional até a
implantação de indicadores de performance (KPIs). “Nosso trabalho é transformar
boas ideias em negócios investíveis, e negócios investíveis em operações de
crescimento previsível”, resume.
Dicas para evitar as armadilhas da escalabilidade
Entre os erros mais comuns de empresas em
crescimento, Thiago Oliveira destaca:
- Contratar
antes da hora: equipes inchadas sem
processos definidos geram mais custo do que produtividade.
- Ignorar
o cliente: escalar sem ouvir o mercado
pode levar a um produto que cresce na direção errada.
- Desorganização
financeira: sem fluxo de caixa controlado, o crescimento pode gerar
colapso.
- Falta
de foco: querer abraçar vários mercados ao mesmo tempo dilui recursos e
energia.
Para o CEO da Saygo, o segredo está na execução
disciplinada. “A diferença entre uma ideia promissora e um negócio de impacto
está na forma como se executa. Com método, metas claras e foco em resultado,
escalar é consequência”, conclui.
Thiago Oliveira - Com um Monza e dinheiro emprestado,
fundou seu primeiro negócio em logística, que anos depois seria vendido por
milhões de dólares. Tornou-se sócio da maior aceleradora de startups da América
Latina, a ACE, e do maior Venture Capital da região, a Bossanova
Investimentos.Ao identificar os desafios enfrentados por importadores e
exportadores no fechamento de câmbio, fundou a corretora de câmbio do grupo,
inicialmente chamada Zebra e agora Saygo Câmbio, transformando o setor. Além de
empreendedor, é mentor e conselheiro de diversas empresas e cofundador da
Oliveira Foundation, ONG que já impactou mais de 100 mil crianças em países de
língua portuguesa. Seu foco está em soluções cambiais, desenvolvimento
tecnológico e estratégias para expansão internacional de empresas.
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Saygo
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