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Considerada multifatorial, a saúde mental encontra
na alimentação saudável um dos pilares para o seu bom desempenho e bem-estar.
Tudo o que comemos, impacta na química cerebral e alguns alimentos influenciam
desde a produção de neurotransmissores – como a serotonina – até os níveis de
inflamação e de estresse oxidativo. É o que explica a nutricionista Dra. Aline
Maldonado e o psicólogo Paulo Henrique Nunes, ambos consultados pela Josapar
– detentora das marcas Tio João e Meu Biju
– para esclarecer algumas dúvidas sobre o assunto.
Segundo os especialistas, alimentação e saúde
mental devem caminhar de mãos dadas, pois ao garantir uma dieta equilibrada,
com nutrientes essenciais e bons hábitos diários, maior será o bem-estar e o
bom humor. Em contrapartida, dietas ricas em alimentos ultraprocessados, açúcar
refinado e gorduras saturadas podem aumentar os níveis de inflamação no corpo e
no cérebro, afetando a clareza mental, a regulação emocional e cognitiva.
“Para que o organismo se mantenha em equilíbrio, se
faz necessário estar nutrido, principalmente com vitaminas e nutrientes
essenciais encontrados na alimentação natural e saudável. A falta ou o excesso
de alimentos, exacerbam alguns sintomas emocionais, como as crises de ansiedade
e irritabilidade, especialmente em longos períodos de privação de comida. Temos
o consenso de garantir ao menos três refeições diárias, com diversidade de
alimentos, balanceando a quantidade de acordo com a indicação calórica
individual de cada pessoa. A máxima de ‘descascar mais e desembalar menos’ é o
caminho a ser seguido”, orienta o psicólogo.
Nutrientes e alimentos
essenciais para a boa saúde mental
A respeito dos nutrientes que contribuem para o bem-estar
mental, Dra. Aline explica que os mais relevantes são o ômega-3, triptofano,
magnésio, vitaminas do complexo B e antioxidantes como a vitamina C, E, selênio
e zinco, que podem ser facilmente consumidos pelos que priorizam a alimentação
natural e variada.
“É aquele básico que funciona, começando pelo
tradicional arroz e feijão, alimentos que se complementam e fornecem nutrientes
como o triptofano, um precursor da serotonina, vitaminas no complexo B e
magnésio. Já o ômega-3 pode ser encontrado em peixes de água fria, como a
sardinha e o atum, além de alimentos como a linhaça e a chia. Abacate e
espinafre são também fontes de magnésio, assim como carnes e ovos são fontes de
vitaminas do complexo B; enquanto as frutas cítricas, castanhas e sementes complementam
a carga de antioxidantes necessária”, detalha a nutricionista.
Além dos nutrientes essenciais, Dra. Aline
recomenda a adoção de alguns hábitos que podem também impactar na saúde mental.
“Precisamos ter atenção à hidratação, que afeta o funcionamento cerebral e
contribui para a fadiga e a irritabilidade. Da mesma maneira, comer com atenção
plena, saboreando os alimentos, ajuda a reconhecer os sinais de fome e
saciedade. Para evitar oscilações de humor, é interessante que se estabeleçam
horários regulares para as refeições, pois isso ajuda a manter os níveis de
glicose estáveis”.
Comida afetiva e saúde mental
Também conhecida como comfort food, a
comida afetiva tem um papel significativo na relação entre alimentação e saúde
mental. Paulo Henrique Nunes explica que além dos nutrientes, esses alimentos
estão ligados a memórias, emoções e sensações de acolhimento, e devem fazer
parte da dieta, com a devida moderação. Segundo ele, mais importante do que
impor restrições alimentares, é ter consciência da qualidade do que comemos e o
autocontrole para evitar excessos.
“Alimentos doces e ricos em carboidratos trazem
lembranças de pessoas e da infância, pois além da sensação imediata de prazer,
em virtude do sistema de recompensa cerebral, são carregados de significados da
nossa história de vida. Brigadeiros e coxinhas das festas infantis, bolo de vó,
hot dog e pizza que lembram encontros sociais, trazem sentimentos de alegria,
afeto, e proporcionam um efeito calmante ao liberar a dopamina. Apesar desse
alívio temporário, é importante dosá-los e equilibrá-los com ingredientes mais
nutritivos no dia a dia. Comer é um ato de cuidado e conexão”, conclui o
psicólogo.

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