Jonathan
Aprigio, Analista de Rede na Leste, explica o que as pessoas precisam saber para
garantir uma navegação mais segura na internet;
Às vezes, pensamos
que gabaritamos o teste sobre segurança online, mas, na prática, quando menos
esperamos, notamos alguma coisa errada com nosso computador. Talvez tenha sido
aquele link que remetia a uma promoção imperdível ou uma senha que jurávamos
que ninguém seria capaz de descobrir.
Cenários assim não
são incomuns no dia a dia das pessoas e muitos deles estão ligados à falta de
conhecimento na hora de navegar online. Um compilado deste ano realizado pela Comparitech,
com base em diversas pesquisas, mostrou que cibercriminosos (comumente chamados
de hackers) têm voltado seus esforços para dispositivos inteligentes, como
smartwatches e drones, entre outros.
Ainda segundo os
dados trazidos pela Comparitech, 75% das organizações nos Estados Unidos
relataram a propagação de malware entre funcionários. Além disso, 69% dos
profissionais de cibersegurança disseram que suas equipes estão
subdimensionadas, aumentando o risco de ataques.
Para Jonathan
Aprigio, Analista de Rede na Leste, há mitos nos
quais as pessoas acreditam sem pensar duas vezes, mas que podem comprometer a
segurança online e a integridade do computador. “Por exemplo, circula por aí
que os Mac, da Apple, são imunes a vírus e, por isso, tendem a ser mais
seguros. Na verdade, todos os sistemas operacionais são suscetíveis a ataques
de malwares”, diz.
Por
uma navegação mais segura
Além da
desinformação sobre os sistemas operacionais, Jonathan aponta que é muito comum
associar o uso de VPN ou navegação anônima a um anonimato total na internet.
“Mais uma inverdade que é espalhada aos quatro ventos. VPNs podem aumentar a
privacidade e a navegação anônima impede que seu histórico de navegação seja
salvo localmente, mas essas medidas não impedem rastreamento por sites,
provedores de internet ou ataques cibernéticos”, explica.
A seguir, o
especialista elenca os principais mitos que precisam ser desmentidos se as
pessoas realmente quiserem uma navegação mais segura.
1.
Senhas fortes são infalíveis. “Senhas
fortes são importantes, mas podem ser comprometidas por meio de phishing ou
vazamentos de dados. Por isso, é de suma importância complementá-las com a
autenticação em dois fatores (2FA) e, acima de tudo, evitar clicar ou acessar
sites desconhecidos ou suspeitos”, conta.
2.
Arquivos baixados de sites confiáveis não são infectados por vírus. “Um pensamento totalmente equivocado, pois até mesmo
sites confiáveis podem ser alvos de ciberataques. Devido a isso, é preciso
manter os softwares sempre atualizados e não deixar de usar um antivírus, além
de, claro, evitar downloads de fontes desconhecidas e ter cuidado com e-mails e
links suspeitos”, desmente.
3. Não
é possível pegar vírus pelas redes sociais. “Enquanto o uso de Facebook, Instagram e outras redes
sociais não é motivo para temer a infecção do computador ou dispositivo móvel
diretamente, por outro lado, o compartilhamento excessivo de informações
pessoais pode ser explorado por cibercriminosos. Ainda, é comum que pessoas
mal-intencionadas utilizem recursos para espalhar links maliciosos e golpes de
phishing nessas plataformas, então todo cuidado é pouco”, alerta.
4.
Posso usar redes públicas sem medo. “Infelizmente,
ainda tem quem acredite no conto da carochinha de que redes públicas, como as
que encontramos em aeroportos e alguns estabelecimentos comerciais, são
seguras. Por mais que elas possam ser úteis em várias situações, o Wi-Fi
público pode ser facilmente interceptado por atacantes, permitindo acesso a
dados sensíveis - e em hipótese alguma realize transações sensíveis em redes
públicas, mesmo se você usar VPN”, ensina.
5. Se
o site possui captcha, seu acesso é seguro. “Captchas ajudam a prevenir bots automatizados, mas
não protegem a máquina contra ataques de phishing ou comprometimento de
credenciais. Com isso, voltamos àquela velha história de manter softwares,
sistema operacional e antivírus sempre atualizados, bem como não acreditar em
todos os links que são encaminhados por e-mail, SMS ou por mensagens no
WhatsApp”, adverte.
Para concluir,
Jonathan traz mais alguns alertas a respeito da segurança online. “Criminosos
podem usar informações pessoais expostas online para cometer fraudes, como
acessos não autorizados a contas bancárias e cartões de crédito, prejudicando a
vida pessoal, profissional e até mesmo financeira das vítimas. Por isso, além
das dicas dadas acima, aconselho usar senhas fortes provenientes de
gerenciadores de senhas, manter firewall e software de antivírus sempre
ativados e atualizados e fazer backup regular dos dados. Quando se fala de
navegação online, toda cautela é pouca”, finaliza.
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