Fisioterapeuta explica que nem toda dor pós-treino pode significar que o exercício foi eficaz e alerta para sinais que merecem atenção
Com a chegada do ano novo, muitas pessoas começam a se preparar para o projeto verão, quando tendem a levar as atividades físicas mais a sério e a intensificar os treinos. Com isso, as temidas dores musculares pós-treino ficam mais comuns e, embora algumas delas sejam completamente normais, pois indicam que o corpo está se adaptando aos novos desafios, é importante saber reconhecer os sinais de alerta que podem indicar algo mais sério, como lesões.
Segundo o fisioterapeuta e diretor clínico do ITC Vertebral - Guarulhos, Bernardo Sampaio, aquela dor muscular que aparece no dia seguinte a um treino com esforço é conhecida como dor muscular de início tardio (DMIT). “Essas dores atingem seu pico entre 24 e 48 horas após a realização da atividade física, especialmente se você iniciou uma nova rotina de exercícios ou aumentou a intensidade dos treinos. Essa dor é geralmente localizada nos músculos trabalhados e é uma resposta normal do corpo ao esforço”, explica.
Diferentemente da dor causada por lesões, que se intensifica com o movimento, a dor muscular pós-treino tende a diminuir com atividades leves. Isso sugere que os músculos estão se recuperando e respondendo positivamente ao esforço anteriormente aplicado. Em outras palavras, um pouco de dor é um bom sinal de que você está no caminho certo.
Porém, é preciso estar atento à duração e intensidade da dor, pois muitas vezes podem ser confundidas com lesões mais sérias, principalmente por pessoas que não estão acostumadas a fazer atividades físicas. Dores agudas e súbitas durante o exercício, inchaço visível, inflamação e limitações nas atividades diárias também podem indicar que algo está errado.
“Ignorar esses sinais pode levar a complicações crônicas, que não apenas impactam negativamente sua qualidade de vida, mas também podem interromper sua prática esportiva por longos períodos. Por isso, ouvir seu corpo e respeitar seus limites é crucial”, alerta Sampaio.
Vale lembrar que, se você está em dúvida sobre a
natureza da sua dor, a autoconsciência e a escuta atenta ao corpo são
essenciais. Se a dor persistir ou parecer fora do comum, o melhor a se fazer é
buscar orientação médica e consultar um fisioterapeuta, médico ou profissional
de saúde para uma avaliação.
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