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quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Planejamento sucessório ajuda a evitar a judicialização em disputas familiares envolvendo heranças

 Com uma maioria de processos gerando desentendimentos familiares, algumas estratégias podem tornar o procedimento mais fluido e benéfico a todos

 

A judicialização de disputas familiares relacionadas à herança tem sido uma questão cada vez mais recorrente no Brasil. Especialistas no tema apontam que três em cada quatro casos de inventário enfrentam algum tipo de desentendimento entre os herdeiros, o que pode prolongar o processo, gerar custos elevados e, muitas vezes, comprometer as relações familiares. 

Para evitar esses cenários, os profissionais recomendam a utilização de ferramentas jurídicas e métodos alternativos de resolução de conflitos, como mediação e acordos extrajudiciais.

O Dr. Paulo Akiyama, advogado especialista em direito civil da Akiyama Advogados, explica que, entre as principais alternativas para evitar a judicialização, estão o planejamento sucessório antecipado e a implementação de governança familiar. “O planejamento sucessório permite que o titular do patrimônio decida, ainda em vida, como os bens serão organizados e distribuídos, reduzindo assim as chances de conflitos futuros”, completa. 

Além disso, ferramentas como testamentos, doações em vida e a criação de holdings familiares são bastante utilizadas nesse mesmo contexto. A mediação é sempre um recurso eficiente para resolver divergências antes que elas se transformem em disputas judiciais prolongadas.


Evite disputas entre herdeiros

Segundo Akiyama, a maior parte das disputas entre herdeiros poderia ser evitada com um planejamento sucessório bem estruturado. Na falta de um planejamento sucessório, há ainda formas de solucionar conflitos entre os herdeiros que é a mediação. “A mediação, por exemplo, oferece um espaço seguro para que as partes discutam suas divergências e cheguem a um acordo de forma amigável e eficiente”, afirma.

Outro aspecto fundamental é a educação patrimonial. Muitos conflitos decorrem da falta de informação sobre as implicações legais e financeiras do processo sucessório. Reunir os familiares para explicar os passos do planejamento e da partilha de bens é uma forma de promover o entendimento e reduzir ressentimentos. A transparência e o diálogo aberto entre os membros da família também desempenham um papel importante na prevenção de conflitos.

Para casos mais complexos, a formalização de instrumentos como protocolos familiares e acordos extrajudiciais pode trazer mais segurança e clareza às relações entre os herdeiros. Esses instrumentos permitem que as regras sejam definidas previamente, garantindo que todos os envolvidos compreendam seus direitos e deveres.

“A adoção dessas medidas reduz o risco de litígios e contribui para a preservação do patrimônio e das relações familiares”, pontua o especialista. Para ele, a prevenção é o melhor caminho para evitar desgastes emocionais e financeiros, reforçando a importância de buscar orientação jurídica especializada e investir em planejamento.

 

Paulo Akiyama - formado em economia e em direito desde 1984. É palestrante, autor de artigos, sócio do escritório Akiyama Advogados Associados e atua com ênfase no direito empresarial e direito de família.

Akiyama Advogados
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