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quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Após conquistas de 2024, movimento pela eliminação do câncer do colo do útero intensifica ações no Janeiro Verde

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O Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) abre o ano de 2025 com o radar de monitoramento que visa um futuro livre da doença por meio da maior adesão à vacinação contra o HPV e ao teste HPV-DNA, além da oferta de tratamento adequado a partir da identificação de lesões pré-câncer

 

O Janeiro Verde, mês de conscientização do câncer do colo do útero, abre o calendário de prevenção de câncer acompanhado das boas notícias que marcaram o ano de 2024, que foram a criação do Radar pela Eliminação do Câncer do Colo do Útero; a volta, anunciada pelo Ministério da Saúde, da vacinação contra o HPV nas escolas, nas esferas federal, estadual e municipal e a incorporação no Sistema Único de Saúde (SUS) do teste de DNA para detecção do HPV. O objetivo para o novo ano é intensificar o acesso da população-alvo a esses avanços, caminhando para um futuro livre da doença. 

O Janeiro Verde acontece em todo o território nacional, com palestras, campanhas educativas e distribuição de material informativo, em hospitais, postos de saúde e nas redes sociais. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deverá registrar aproximadamente 17 mil novos casos de câncer do colo do útero em 2025, sendo o segundo tumor maligno mais comum na mulher (atrás apenas do câncer de mama) e o câncer ginecológico mais comum no país. 

A oncologista clínica Andréa Gadêlha Guimarães, presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), ressalta que a eliminação do câncer do colo do útero é uma meta possível. “O câncer do colo do útero é um dos tipos de câncer mais preveníveis, graças à vacinação contra o HPV e estratégias efetivas como o Papanicolau e o teste molecular para detecção para detecção do vírus HPV”, ressalta. 

7 ANOS DO MOVIMENTO “BRASIL SEM CÂNCER DE COLO DO ÚTERO” - Criado em 2018, o movimento "Brasil Sem Câncer de Colo do Útero" conta com o apoio de mais de 20 sociedades médicas e visa reverter a desinformação que ainda prevalece sobre o câncer de colo do útero e promover mudanças fundamentais nas políticas públicas de saúde. Entre suas responsabilidades para 2025 está o monitoramento da efetividade da volta da vacinação contra o HPV nas escolas e do acesso ao teste de DNA para detecção do HPV.   

A expectativa do Grupo EVA é que, ao aplicar a vacina nas escolas, será possível atingir uma grande parte da população de forma eficiente e inclusiva, cujo objetivo é criar uma geração de jovens protegidos contra o câncer do colo do útero. Em relação ao teste de HPV-DNA, além de ser uma tecnologia eficaz para detecção e diagnóstico precoce, traz a vantagem do aumento do intervalo de realização do exame. Enquanto o rastreio por meio do exame Papanicolau deve ser realizado a cada três anos e, em caso de detecção de alguma lesão, de forma anual, a nova testagem é recomendada a cada cinco anos. O Ministério da Saúde acredita que, com essa mudança, haverá melhor adesão e facilitará o acesso ao exame.

Na prática, a testagem molecular para detecção do vírus HPV é uma estratégia de rastreio mais sensível. Ela identifica mais pacientes em risco, detectando não a lesão pré-maligna, mas sim ela age antes disso, identificando se a pessoa apresenta infecção por algum HPV de alto risco. Portanto, o exame permite a descoberta antes que se tenha alguma lesão pré maligna. Além disso, a coleta do HPV-DNA é mais fácil, permitindo à mulher a autocoleta. 

Por meio do monitoramento, o Grupo EVA vislumbra ver o Brasil avançar rumo ao cumprimento das três metas principais para a eliminação global do câncer do colo do útero, que são ter 90% das meninas de 9 a 14 anos vacinadas contra o HPV; 70% das mulheres de 35 a 45 anos com teste de HPV-DNA realizado e 90% das mulheres com lesões iniciais devidamente tratadas.

 

Sobre o Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) – O EVA é uma associação sem fins lucrativos, atualmente presidida pela ginecologista oncológica Andréa Gadêlha Guimarães, gestão de 2025-2026, composta em sua maioria por médicos, com missão de combate ao câncer ginecológico, com foco na educação, pesquisa e prevenção, promovendo apoio e acolhimento às pacientes e aos familiares.


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