Janeiro é o mês dedicado ao bem estar emocional. Para pessoas que sofrem de enxaqueca, frequência e intensidade das crises podem levar a transtornos mentais
O início do ano é dedicado à
campanha Janeiro Branco, movimento que convida a sociedade a refletir, dialogar
e agir em prol do bem-estar emocional. Este ano, o tema “o que fazer pela saúde
mental agora e sempre?” chama a atenção para a urgência do assunto. Para
pessoas que sofrem de enxaqueca, cerca de 15% da população total de acordo com
a Organização Mundial de Saúde, transtornos psicológicos como o estresse
emocional e a ansiedade são os principais gatilhos desencadeadores de crises e
a depressão é comumente associada como sintoma da doença.
De causa hereditária e sem cura, a enxaqueca é
uma doença incapacitante que afeta diretamente o dia a dia das pessoas que
convivem com esta condição. Porém, existe tratamento e ele é baseado em
prevenir as crises, evitando que elas aconteçam e promovendo mais qualidade de
vida ao paciente.
“Os cuidados corretos devem envolver uma equipe
multidisciplinar de especialistas na doença, focados no paciente com todas as
suas particularidades, oferecendo um plano de tratamento que leva em conta
diagnóstico, histórico, gravidade e experiências anteriores de cada pessoa”,
enfatiza a neurologista Thaís Villa, especialista no diagnóstico e tratamento
das dores de cabeça e da enxaqueca.
Thaís explica que, além da utilização de
medicamentos de ponta eficazes para evitar que as crises aconteçam, a toxina
botulínica é uma importante aliada para a prevenção da enxaqueca crônica.
“Acompanhamento nutricional, fisioterapia e
exercícios físicos orientados são fundamentais também, assim como a terapia
psicológica, melhorando significativamente a frequência e a intensidade das
crises. Afinal, normal é viver sem dor!”, ressalta a médica.
Em particular, a psicologia faz uso de várias
técnicas para auxiliar na prevenção dos estímulos e sintomas da enxaqueca, como
a terapia cognitiva comportamental que orienta como lidar com os gatilhos de
ansiedade e depressão e técnicas de relaxamento para prevenir as dores de
cabeça, principal e mais comum sintoma da doença, e também é essencial para a
compreensão e insistência no tratamento por parte do paciente.
“Enxaqueca não tratada pode levar à cronificação
da doença, fazendo que as crises fiquem mais frequentes e intensas, levando a
pessoa a fazer uso excessivo de analgésicos, que além de não tratar a doença,
aumenta o risco de sintomas de ansiedade, depressão, distúrbios de sono,
dificuldades de atenção e memória e, em casos de ‘enxaqueca com aura’, aumenta
o risco de AVC e infartos. Queda de produtividade, dias de lazer e trabalhos
perdidos por conta das crises também são uma piora marcante e progressiva da
qualidade de vida”, completa a neurologista.
Dra Thaís Villa (CRM 110217) - Idealizadora do Headache Center Brasil, clínica multiprofissional pioneira e única no país no diagnóstico e tratamento integrado das dores de cabeça e da enxaqueca. Neurologista e Neuropediatra, com Doutorado pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e Pós-Doutorado pela Universidade da Califórnia (UCLA) nos Estados Unidos. Professora de Neurologia e Chefe do Setor de Cefaleias na UNIFESP (2015 a 2022). Membro Titular da Academia Brasileira de Neurologia. Membro da Sociedade Brasileira de Cefaleia. Membro do Conselho Consultivo do Comitê de Cefaleias na Infância e Adolescência da International Headache Society. Atua exclusivamente na pesquisa e atendimento de pacientes com dor de cabeça, no diagnóstico e tratamento da enxaqueca, enxaqueca crônica, cefaleia em salvas e outras cefaleias em adultos e crianças. Palestrante convidada em congressos nacionais e internacionais.
Headache Center Brasil: www.headachecenterbrasil.com.br
Instagram: headache_center_brasil
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