Especialista
do IBCC Oncologia explica os principais sintomas e tratamentos desse tipo de
câncer
O câncer do colo do útero é uma condição que atinge
muitas mulheres. Estima-se que 17 mil casos serão diagnosticados entre
2023 e 2025, de acordo com o Ministério da Saúde. O diagnóstico precoce desta
neoplasia é muito importante para o tratamento, pois se descoberto na fase
inicial pode ser curado.
Esse tipo de câncer instala-se na parte inferior do
útero e, em quase todos os casos, é originado por uma infecção persistente por
tipos específicos do Papilomavírus Humano (HPV).
"A condição pode inicialmente se desenvolver
sem apresentar sintomas evidentes. No entanto, à medida que a doença progride,
alguns sinais podem surgir, como sangramento vaginal anormal, sangramento
durante a relação íntima, dor pélvica e corrimento vaginal incomum com odor
desagradável", explica Thais Almeida, oncologista no IBCC Oncologia,
hospital especializado no tratamento de câncer.
A prevenção é uma estratégia fundamental quando se
trata de câncer do colo do útero. O principal método de prevenção é a vacinação
contra o HPV, recomendada e disponível no SUS para meninas e meninos dos 9 aos
14 anos de idade com esquema de dose única. A vacina protege contra cepas
(tipos) de alto risco do HPV que podem causar o desenvolvimento do tumor.
Almeida ainda ressalta que o HPV é um vírus com
diversas variações, logo, a vacinação previne os tipos mais frequentes do
vírus, porém não todos, sendo, outra importante forma de prevenção o uso
de preservativo masculino ou feminino nas relações íntimas.
“A realização regular do exame de Papanicolau, cuja
frequência depende da idade e do histórico médico, também pode ajudar na
identificação de mulheres com alto risco para lesões pré-cancerosas ou
cancerosas, possibilitando a realização de medidas de redução de risco ou até
mesmo diagnóstico precoce, quando há maiores chances de cura”, reforça a
especialista.
As diretrizes brasileiras estão em fase de
atualização devido a incorporação dos testes moleculares para detecção do HPV
de alto risco ao SUS em 2024 como forma de rastreamento do câncer do colo do
útero, segundo o Ministério da Saúde.
Formas de se diagnosticar
Além do Papanicolau, outro exame que é
importante para o diagnóstico é a colposcopia que é um exame ginecológico
visual que utiliza um colposcópio para ampliar a imagem do colo do útero,
ajudando na visualização de áreas anormais, além de permitir a realização de
biópsias.
“Caso a biópsia se mostre necessária durante a
colposcopia (retirada de um pequeno fragmento de tecido do colo do útero para
que seja analisado em laboratório), poderá ser confirmado o diagnóstico
de lesão pré cancerígena ou câncer e determinado o tipo de tumor”, comenta a
especialista.
Tratamentos
O tratamento pode variar conforme o estágio
da doença. As possibilidades podem incluir a remoção apenas do colo do
útero nas lesões pré malignas até cirurgias para remover o tumor, com
variações que vão de procedimentos menos a mais invasivos. Além disso, a
radioterapia utiliza radiação para destruir as células cancerosas, enquanto a
quimioterapia faz uso de medicamentos para combater o câncer.
“Também há a terapia alvo, que se baseia em
medicamentos que atuam especificamente em alvos moleculares nas células
cancerosas. Informação, autocuidado e adesão às medidas preventivas são
essenciais para evitar o câncer do colo do útero”, explica Thais Almeida. O
especialista ainda reforça que é essencial procurar um profissional de saúde em
caso de sintomas, pois a detecção precoce aumenta significativamente as chances
de cura.
IBCC Oncologia
https://ibcc.org.br/
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