Cada vez mais em pauta, a diversidade é chave para que as corporações possam promover um ambiente de trabalho justo; para o especialista Ângelo Vieira Jr., a inovação está ligada a um impacto transformador, que é promovido por meio da integração dos princípios de diversidade, equidade e inclusão (DE&I) dentro da Cultura de Inovação
Empresas sérias entendem a importância de abraçar a diversidade em seu quadro de funcionários. Além de ser uma pauta já defendida pela ONU, por meio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), as pautas de diversidade, equidade e inclusão (DE&I) fazem parte da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo um relatório recente da McLean, 76% dos funcionários e candidatos a emprego consideram uma força de trabalho diversificada importante ao avaliar empresas e ofertas de emprego. Além disso, o estudo aponta que empresas com diversidade acima da média têm receitas de inovação 19% mais elevadas.
“Esses três pilares são fundamentais não apenas para o
sucesso de uma empresa, mas também para a construção da sustentação de um mundo
que possa ser melhor, mais amplo e mais harmônico no futuro. Só há inovação
verdadeira e genuína dentro de um espaço, seja ele empresa ou não, se houver
impacto transformador”, defende Ângelo Vieira Jr., executivo, conselheiro e
professor especialista em Marketing, Inovação, CX e Digital e estrategista-chefe
da Lúmen Strategy.
O papel da inovação e do propósito organizacional
Para o especialista, a inovação genuína em uma organização só ocorre quando se garante que os princípios de DE&I estejam integrados de forma estratégica ao propósito maior da organização. Ele acredita que a inclusão e o respeito às diferenças não são apenas uma questão de justiça social, mas fatores essenciais para a criação de ambientes inovadores e sustentáveis.
“Quando garantimos tais pilares, encontramos alguns caminhos cruciais: aumento da inovação, produtividade e atração de talentos de destaque no mercado, além de construir uma cultura humana e empática. Isso também auxilia na melhora das tomadas de decisão e, sem dúvida, aumenta o desempenho financeiro das empresas”, diz ele.
De acordo com Ângelo, há cinco passos simples para promover as pautas DE&I dentro das empresas:
·
Diversidade de pensamentos e ideias;
·
Geração de inovação constante;
·
Clima organizacional como diferenciação;
·
Atração de talentos;
· Resultados sustentáveis unindo técnica e humanidade.
Ele ainda ressalta algumas ações
indispensáveis para promover esse processo: conscientizar o negócio e alta
liderança sobre esses temas; estudar a cultura organizacional e como incorporar
os conceitos DE&I aos valores e estratégias macro da empresa; coibir
atitudes discriminatórias (como racismo e homofobia); envolver toda a liderança
para disseminação das boas práticas e para que se tornem verdadeiros
responsáveis pela implementação das mudanças.
Superando barreiras e resistência
No entanto, o especialista ressalta que podem existir certas barreiras no meio do caminho. A principal delas é o conservadorismo, mas há também resistência à mudança, falta de conhecimento sobre os tópicos, disseminação de informações erradas no mundo corporativo e falta de conhecimento técnico especializado dentro da organização.
“Acredito que o primeiro e bom argumento seja exatamente o de mostrar, sob as lentes do mundo, o progresso global que estamos fazendo em relação às práticas de DE&I. E, antes de tudo, essa visão precisa ser estratégica e incorporada ao propósito maior da organização”, explica.
“Estratégias como DE&I não podem estar centralizadas. Elas precisam ser incentivadas em todos os cantos da organização. Grupos de afinidade, educação contínua e treinamentos, exposições e momentos que reconhecem e brindam iniciativas inclusivas são fundamentais para uma implementação eficaz e duradoura”, conclui Ângelo.
Ângelo Vieira Jr., executivo - conselheiro e professor especialista em Marketing, Inovação, CX e Digital e estrategista-chefe da Lúmen Strategy.
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