Educador
financeiro explica como contornar os preços altos e dá
dicas
de como fazer uma celebração respeitando o orçamento
As festividades de fim de ano, especialmente o
Natal, costumam ampliar os gastos familiares, seja com a compra de presentes
para os entes queridos ou com a tradicional ceia. No entanto, controlar os
custos é essencial para não comprometer o orçamento. A ceia natalina, marcada
por pratos típicos, tem exigido cada vez mais do bolso do brasileiro.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Neogrid, empresa especializada em
inteligência de dados e gestão de consumo, a ceia de Natal em 2024 será, em
média, 34% mais cara do que o ano passado, o que pode acabar aumentando ainda
mais as despesas nessa época. Entre os itens com maior aumento destacam-se:
azeite, arroz, bacalhau, batata inglesa, frango e até o clássico panetone.
Segundo o educador financeiro João Victorino, a alta dos preços
está acontecendo devido a valorização dos produtos típicos, aliada à inflação e
aos fatores climáticos que afetam a produção. “Diante deste cenário, é
importante lembrar que não é porque um alimento é mais caro que necessariamente
será melhor. Por isso, recomendo um planejamento cuidadoso, que inclua pesquisa
de preços, comparação entre marcas e, se possível, visitas a diferentes
estabelecimentos antes de realizar as compras”, afirma.
Para ajudar o consumidor a não extrapolar o orçamento na hora de preparar a
ceia de Natal, João Victorino elencou três dicas práticas e que considera
fundamentais:
1. Substituições de alimentos: se a alta nos preços
de nozes e demais castanhas estiver pesando no bolso, por exemplo, as frutas da
estação como cereja, damasco, uva, pêssego, entre outras, podem cumprir esse
papel com menor impacto no orçamento. Da mesma forma, o tradicional peru pode
ser trocado por um frango bem saboroso, preservando o sabor e reduzindo os
custos. Reforço, porém, que essas não são imposições, apenas opções para quem
deseja ou precisa economizar durante a ceia.
2. Antecipar as compras: fazer as compras
antecipadamente permite aproveitar promoções e ir estocando produtos não
perecíveis antes da alta temporada, o que pode garantir preços mais atrativos.
Optar por marcas menos conhecidas, mas de qualidade, também evita pagar mais
apenas pelo renome, enquanto organizar compras coletivas com familiares ou
amigos possibilita obter descontos por volume e compartilhar os custos.
3. Planejar o cardápio de acordo com a quantidade real de convidados:
fazer esse tipo de planejamento previne os desperdícios, assegurando economia
não apenas durante as compras, mas também no pós-festa. Buscar feiras livres ou
produtores locais garante itens frescos, saborosos e, muitas vezes, mais em
conta, tornando a ceia de Natal saborosa, equilibrada e financeiramente viável.
Por fim, João reforça a importância de terminar o ano de 2024 de maneira mais
leve, refletindo sobre o papel de cada um na preservação do meio ambiente. “Ao
consumir de forma consciente, ajudamos a reduzir o desperdício e assim, damos
mais valor à presença das pessoas que amamos, reunidas em torno de uma mesa
bonita, saudável e alegre, sem a necessidade de excessos”, finaliza.
João Victorino - administrador de empresas, professor de MBA do Ibmec e educador financeiro, formado em Administração de Empresas, tem MBA pela FIA-USP e Especialização em Marketing pela São Paulo Business School. Após vivenciar os percalços e a frustração de falir e se endividar, a experiência lhe trouxe aprendizados fundamentais em lidar com o dinheiro. Hoje, com uma carreira bem-sucedida, João busca contribuir para que pessoas melhorem suas finanças e prosperem em seus projetos ou carreiras. Para isso, idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.
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