Com informação e
conhecimento, essa situação de desigualdade pode ser revertida, avalia
especialista em planejamento financeiro para mulheres
Um estudo do Sebrae, divulgado no começo de agosto,
revelou como a desigualdade de gênero é um entrave para mulheres na hora de
empreender. Segundo o levantamento, elas pagam, em média, taxas de juros de 40%
ao ano na obtenção de crédito, enquanto para os homens esse encargo é de 36%.
Como mudar essa situação?
Para a consultora Júlia Lázaro, especialista em
Planejamento Financeiro, a solução passa pela promoção da educação financeira
para as mulheres. Ao serem preparadas para lidar com as finanças e entender
como funciona a economia, elas estarão aptas a exigir equidade e alcançar
autonomia – inclusive para empreender.
“Com educação financeira, a mulher empreendedora
vai saber, por exemplo, identificar diferentes linhas de crédito disponíveis no
mercado. Com isso, ela vai conseguir verificar quais delas se encaixam às suas
necessidades e, portanto, qual linha de crédito é mais acessível”, avalia a
consultora.
Além disso, ela estará munida de argumentos para
não aceitar que, apenas pelo fato de ser mulher, pague mais em um mesmo
financiamento do que um homem. “Não há razões concretas e objetivas para impor
às mulheres empreendedoras taxas de juros mais elevadas do que aos
empreendedores homens”, sublinha Júlia Lázaro.
Dessa forma, a orientação é para não ter receio nem
vergonha de, diante de uma oferta inicial de crédito, argumentar e negociar. Se
constatar que o fato de ser mulher está pesando desfavoravelmente na análise de
risco e, por consequência, nos encargos do financiamento, não aceite.
Por isso é tão importante a mulher empreendedora
investir em sua educação financeira. Nesse sentido, Júlia Lázaro, sócia
fundadora e CEO da Mitfokus, uma fintech especializada em atender negócios na
área de saúde, tem se dedicado também à promoção de conhecimento sobre
planejamento financeiro para mulheres, através de palestras e cursos.
“A educação financeira faz parte do que defino como a tríade do poder feminino, formada pela saúde física, pela saúde emocional e pela saúde financeira propriamente dita. Esses três elementos estão interligados”, observa a consultora.
Júlia Lázaro
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