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segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Proteínas presente no esmalte dentário ajuda na prevenção de doenças, mostra novo estudo

Getty Images
Dentista especialista em saúde integrativa explica a relação da saúde bucal com a saúde do organismo

 

Uma nova abordagem para estudar o esmalte dos dentes pode oferecer aos cientistas uma oportunidade de compreender de forma mais aprofundada a saúde das populações humanas. É o que concluiu um estudo publicado no final de setembro na revista científica Journal of A Archeological Science. Para a realização da pesquisa, foram examinadas duas proteínas imunológicas que se encontram no esmalte dentário de humanos, que é a imunoglobulina G, um anticorpo que combate as infeções, e a proteína C reativa, que está presente durante a inflamação no organismo. De acordo com a dentista biológica integrativa, dra. Sandra Chagas, a nossa saúde bucal carrega informações valiosas sobre a saúde restante do corpo, e agora, com este novo estudo, é preciso levar a relação boca-corpo mais a sério. 

De acordo com as descobertas, as proteínas imunitárias presentes no esmalte dos dentes podem fornecer informações mais específicas sobre a saúde do que as que os cientistas conseguem obter ao observarem as alterações estruturais nos ossos ou nos dentes. Isso porque muitas doenças não deixam vestígios visíveis no esqueleto, enquanto as proteínas dos dentes podem registar respostas a doenças ou inflamações.

Segundo os pesquisadores, esse método também tem o potencial de alimentar descobertas sobre os efeitos do stress, das doenças e do estilo de vida nos humanos modernos.

 

Imunoglobina G e prevenção de doenças 

A imunoglobulina G (IgG), que está presente no esmalte dentário, é um tipo de anticorpo essencial para o sistema imunológico, sendo fundamental no combate a infecções. A IgG é a imunoglobulina mais abundante no sangue e nos fluidos corporais, representando cerca de 70-75% dos anticorpos em circulação. 

“Ela desempenha um papel importante na resposta imunológica ao se ligar a patógenos como vírus, bactérias e fungos, neutralizando-os ou facilitando sua eliminação. A IgG também promove a fagocitose, um processo no qual células do sistema imunológico (como macrófagos) englobam e destroem os microrganismos”, explica a especialista. Além disso, a IgG ativa o sistema complemento, que ajuda a destruir microrganismos e células infectadas.

 

Proteína C reativa 

De acordo com a especialista, a proteína C reativa é produzida pelo fígado e liberada no sangue em resposta à inflamação. Ela é um marcador importante utilizado em exames laboratoriais para detectar a presença de inflamação ou infecção no organismo. “Quando há uma inflamação aguda, como em infecções, lesões teciduais ou doenças crônicas inflamatórias (como artrite reumatoide ou doenças cardiovasculares), os níveis de PCR no sangue aumentam rapidamente”. 

Essas descobertas são de extrema importância para os cuidados com a saúde, isso porque as proteínas imunitárias presentes no esmalte dos dentes poderiam fornecer informações mais específicas sobre a saúde do que as que os cientistas conseguem obter. Os pesquisadores explicam ainda que muitas doenças não deixam vestígios visíveis no esqueleto, enquanto as proteínas dos dentes podem registar respostas a doenças ou inflamações. 

Dra. Sandra explica que, muito além do esmalte dentário, todos os procedimentos que realizamos na boca tem alguma interferência no restante no nosso organismo. “Os nossos dentes estão ligados a todo o nosso organismo. Por isso, uma inflamação no dente é capaz de causar uma série de problemas, como alterações neurocomportamentais, alterações cardíacas, alterações cerebrais, imunológicas, hormonais e até intolerâncias alimentares. Por isso, precisamos estar sempre atentos à nossa saúde bucal e agora, com este novo estudo, preservar o máximo o nosso esmalte dentário”, pontua a especialista. 



Dra. Sandra Chagas - Com 40 anos de experiência como cirurgiã-dentista pela USP e especialista em odontologia biológica, a Dra. Sandra Chagas se destaca como autoridade em saúde integrativa. Seu canal no YouTube, “Dra. Sandra Chagas”, com 420 mil inscritos e quase 2 mil vídeos, a consolidou como referência em temas como desparasitação, inflamação, saúde digestiva e hepática. Além disso, possui uma grande comunidade de seguidores nas redes sociais com mais de 240 mil followers no Instagram. Sua vasta formação inclui pós-graduação em nutrição e atuação como terapeuta sistêmica integrativa, especialista em modulação hormonal e nutracêuticos, além de terapeuta neural. Autora do livro digital "O que há por trás da doença", a Dra. Sandra já impactou mais de 3 mil pessoas em todos os continentes com seus programas.
@Drasandrachagas


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