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Neurologista do Hospital Japonês Santa Cruz fala sobre a importância do socorro rápido para evitar sequelas ou a morte
A Secretaria de
Estado da Saúde de São Paulo registrou 29.910 internações por Acidente Vascular
Cerebral (AVC) entre janeiro e julho deste ano, um pequeno aumento em relação
ao mesmo período de 2023, quando foram contabilizadas 29.211 internações.
Em todo ano de
2023, foram registrados 53.025 internações e 22.294 mortes pela doença, o que
representa uma redução de aproximadamente 1,27% nas internações e 3,59% nos
óbitos em comparação com 2022, quando o estado de São Paulo registrou 53.709
internações e 23.125 mortes.
“O AVC ocorre
quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a
paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. O AVC pode ser
classificado em dois tipos: isquêmico, que representa cerca de 85% dos casos e
é causado por um bloqueio nos vasos sanguíneos, ou o hemorrágico, quando há o
rompimento de um vaso sanguíneo”, explica o neurologista do Hospital Japonês
Santa Cruz, Dr. Flávio Sekeff Sallem.
Estima-se que uma
em cada quatro pessoas com mais de 35 anos terá um AVC durante a vida, por
isso, é essencial reconhecer os sinais da doença, como fraqueza ou formigamento
na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo, confusão
mental, alteração da visão, fala ou compreensão, desequilíbrio, falta de
coordenação, tontura e dor de cabeça súbita ou intensa.
“A cada minuto sem
receber tratamento adequado, cerca de 1,9 milhão de neurônios morrem. Portanto,
ao notar qualquer um dos sinais, o Serviço de Atendimento Médico de Urgência
(SAMU) deve ser acionado, ou a pessoa deve ir imediatamente a um hospital”,
destaca o neurologista.
Segundo a
Organização Mundial do AVC, 90% dos casos de AVC poderiam ser prevenidos por
meio do cuidado com a saúde e da atenção aos fatores de risco, como
hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto, sobrepeso ou obesidade,
tabagismo, uso excessivo de álcool, idade avançada e sedentarismo.
No dia 29 de
outubro, quando será celebrado o Dia Mundial do AVC, é importante reforçar a
conscientização sobre a prevenção e os sintomas da doença, que afeta milhões de
pessoas. “A prevenção é a chave para reduzir a incidência do AVC. Cuidar da
saúde diariamente e conhecer os sinais são passos fundamentais para salvar
vidas”, conclui o especialista.
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