O setor de energia está entre os mais promissores do país. O Brasil, com sua ampla matriz energética, que inclui desde usinas hidrelétricas até fontes renováveis e a abertura do mercado livre de energia, coloca-se no radar dos mercados com maior potencial de crescimento. Diante disso, torna-se essencial que o segmento invista no uso de tecnologias que permitam uma utilização inteligente de ferramentas, otimizem operações e melhorem a tomada de decisões estratégicas.
Falar sobre tecnologia, atualmente, pode parecer
repetitivo. Afinal, há muito tempo, ela deixou de ser um diferencial e se
tornou uma necessidade nas organizações. Através do seu uso, as empresas têm
acesso a informações em tempo real que, quando analisadas corretamente, podem
se transformar em oportunidades valiosas. Essa conscientização ganhou ainda
mais destaque com o avanço da inteligência artificial (IA), que vem
ressignificando os modelos de gestão e operação das organizações.
Assim como em outros setores, o de energia também
tem passado por uma profunda transformação digital nos últimos anos. E, diante
do atual momento de expansão vivido pelo setor, torna-se crucial a utilização
de ferramentas tecnológicas que auxiliem na melhoria da governança, controle de
fluxos, gestão financeira e contábil, entre outros aspectos. Não à toa, um
estudo da Minsait, 67% das empresas do segmento planejam aumentar seus
investimentos em tecnologia nos próximos dois anos.
Essa conscientização é fundamental, especialmente,
considerando os desafios que o segmento enfrenta. O Brasil é conhecido por ter
um dos sistemas tributários mais complexos do mundo, com uma legislação que
muda frequentemente e particularidades regionais que precisam ser seguidas. O
não cumprimento dessas normas pode resultar em penalizações e multas,
impactando diretamente a conformidade (compliance) das empresas.
Além das questões fiscais, as geradoras de energia
enfrentam o desafio de estabelecer uma gestão ágil e eficiente em meio às
constantes mudanças e tendências que afetam o setor. Nesse contexto, a
tecnologia surge como um alicerce essencial, integrando-se a esses desafios e
proporcionando agilidade e eficiência na gestão.
Apesar dos inúmeros benefícios que a tecnologia
oferece, é comum o equívoco de que ela resolverá todos os problemas, quando na
verdade, ela é um meio, e sua eficácia depende da organização prévia dos
processos. Para que a implementação tecnológica seja bem-sucedida, é crucial
que as empresas identifiquem os pontos sensíveis de seu negócio.
Uma solução eficaz nesse sentido é a adoção de um
ERP, que atua diretamente na organização dos processos, fornece dados em tempo
real e gera insights valiosos a partir das informações disponíveis. Além disso,
o sistema de gestão pode integrar-se com outras tecnologias promissoras como
IA, Business Intelligence (BI), Big Data e Internet das Coisas (IoT),
centralizando dados e registros, e facilitando o cumprimento das obrigações
legais, adaptando-se às legislações regionais.
Implementar um novo sistema e um modelo operacional
mais eficiente não é uma tarefa simples, e dificilmente será realizada sem o
suporte adequado. Por isso, contar com uma consultoria especializada no setor é
uma excelente alternativa, pois permite identificar gargalos e pontos de
melhoria que impulsionam o desempenho.
Assim como outros setores já comprovam a eficácia da tecnologia no dia a dia das operações, o mesmo deve ser adotado pelas geradoras de energia. Com a expansão prevista para o mercado energético nos próximos anos, é essencial que as empresas estabeleçam uma base sólida, focando não apenas no planejamento, mas também na preparação para a integração de novas tecnologias. Afinal, para enxergar o futuro, é preciso encontrar a fonte certa de iluminação.
Marcos Leite - executivo da SPS Rio.
SPS Group
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