Dr. Marcos Alvinair, do Mater Dei Santa Genoveva, destaca a relevância do papel do geriatra na equipe de cuidados paliativos e o impacto do envolvimento familiar no processo.
Os cuidados paliativos têm como objetivo oferecer alívio de
sintomas, dor e estresse a pacientes com doenças graves, visando melhorar sua
qualidade de vida. No coração dessa abordagem, está a equipe multidisciplinar,
que trabalha em conjunto para proporcionar um atendimento completo e
humanizado, focado nas necessidades físicas, emocionais e psicológicas do
paciente.
O Dr. Marcos Alvinair, geriatra do Hospital Mater Dei Santa
Genoveva, detalha o papel central do geriatra na equipe multidisciplinar de
cuidados paliativos. Segundo o especialista, a maioria dos pacientes indicados
para cuidados paliativos pertence à terceira e quarta idade, devido à
prevalência de doenças degenerativas e neoplásicas. Como profissional que
acompanha o envelhecimento e os múltiplos diagnósticos ao longo da vida do
paciente, o geriatra tem um papel fundamental na minimização do sofrimento,
proporcionando conforto físico, respiratório e cardiovascular.
"O geriatra detém um conhecimento mais abrangente,
especialmente quando já é médico do paciente, o que lhe permite identificar
intolerâncias alimentares, farmacológicas e outros detalhes importantes no
histórico clínico. Isso o coloca numa posição de liderança, respeitando as
vontades do paciente e orientando os demais profissionais da equipe para
melhores resultados", afirma o Dr. Alvinair.
Benefícios da abordagem multidisciplinar
Dr. Alvinair destaca os benefícios da abordagem multidisciplinar para pacientes em cuidados paliativos, sobretudo no manejo de doenças crônico-degenerativas e neoplásicas. Ele aponta que, além de médicos e enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e outros profissionais são essenciais para garantir o conforto e reduzir o sofrimento dos pacientes.
"Cada membro da equipe multidisciplinar traz um
conhecimento específico, e quando essas especialidades são somadas, os
resultados são mais robustos. O objetivo final é sempre proporcionar conforto
ao paciente, especialmente nos casos em que não há expectativa de cura",
explica o médico.
Envolvimento da família no processo de cuidados
paliativos
O geriatra também enfatiza a importância do envolvimento
familiar no processo de cuidados paliativos. Segundo ele, a equipe multidisciplinar
deve esclarecer e motivar os familiares a participarem ativamente do cuidado,
considerando o crescente número de pacientes terminais que enfrentam o
isolamento social, mesmo tendo familiares vivos.
"Envolver os familiares tem um valor emocional e espiritual
significativo. Muitas vezes, é uma oportunidade para resolver problemas de
convivência ou de relacionamento, ajudando tanto o paciente quanto seus entes
queridos a encontrar paz nesse momento final", ressalta.
Critérios para integrar cuidados paliativos ao tratamento
geriátrico
Em relação à definição do momento ideal para integrar
cuidados paliativos ao tratamento de um paciente geriátrico, Dr. Alvinair
observa que os critérios são individualizados. Ele considera o prognóstico da
patologia, o preparo físico, mental e financeiro do paciente, além de discutir
as opções com o próprio paciente, quando possível, ou com seus familiares.
"Os critérios são sempre balanceados e discutidos caso
a caso, respeitando as condições específicas do paciente e buscando o melhor
momento para introduzir a equipe multidisciplinar", conclui o
especialista.
Cuidado com o idoso no Mater Dei Santa Genoveva
No Mater Dei Santa Genoveva, o cuidado com o idoso é uma
prioridade. A equipe multidisciplinar trabalha em conjunto para garantir que os
pacientes recebam o atendimento adequado às suas necessidades, promovendo
conforto e qualidade de vida. O foco no paciente e na família, aliados à
excelência médica, faz do hospital uma referência no atendimento a idosos em
cuidados paliativos.
A Linha do Cuidado do Idoso, oferecida pela equipe
multidisciplinar do Mater Dei Santa Genoveva, proporciona um atendimento
completo e humanizado, com foco no bem-estar físico e emocional do paciente.
Essa abordagem colaborativa é essencial para garantir qualidade de vida e
suporte integral, tanto para os pacientes quanto para suas famílias.
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