A perda urinária, também conhecida como
incontinência urinária, é um problema mais comum do que se imagina e pode
afetar pessoas de todas as idades.
No entanto, não é normal perder urina,
explica o Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável
pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes
de Barros.
Caso esteja ocorrendo com relativa
frequência, ainda que em pequenas quantidades, o problema deve ser investigado
e tratado.
Algumas situações exigem atenção especial:
- Perda de urina ao tossir, espirrar ou fazer esforço
físico:
pode indicar fraqueza nos músculos do assoalho pélvico.
- Urgência urinária: sentir uma
necessidade súbita e forte de urinar, muitas vezes acompanhada de perda de
urina.
- Incontinência urinária noturna: acordar à
noite diversas vezes para urinar ou fazer xixi na cama.
- Dificuldade para controlar a bexiga: não
conseguir segurar a urina por muito tempo.
- Dor ao urinar: pode
indicar uma infecção urinária ou outro problema.
- Sangue na urina: sinal de
alerta que deve ser investigado imediatamente.
Principais causas
As causas da perda urinária podem variar,
como no caso de enfraquecimento do assoalho pélvico decorrente de gravidez e
parto; diminuição dos níveis de hormônios femininos, na menopausa, afetando a
bexiga e a uretra; ou perda da força e função de músculos e nervos da bexiga
por conta do envelhecimento.
Algumas questões de saúde podem estar
envolvidas. Em caso de obesidade, o excesso de peso pode pressionar a bexiga e
causar incontinência. Doenças como a esclerose múltipla e o mal de Parkinson
podem afetar o controle da bexiga. Algumas cirurgias também podem causar danos
aos nervos que controlam a bexiga.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da incontinência urinária
envolve uma avaliação médica completa, que inclui informações sobre sintomas,
hábitos e histórico médico; exame físico da região abdominal e pélvica, além de
exames complementares, como teste de urina, ultrassonografia, urofluxometria e
outros, dependendo da suspeita.
O tratamento da incontinência urinária
depende da causa e da gravidade do problema. Algumas opções de tratamento
incluem:
- Fisioterapia: exercícios
perineais para fortalecer os músculos do assoalho pélvico.
- Medicamentos: para tratar
a bexiga hiperativa ou relaxar os músculos da bexiga.
- Dispositivos médicos: cones
vaginais, eletroestimulação da musculatura do assoalho pélvico e outros
dispositivos podem ser utilizados.
Tratamento cirúrgico
Muitas vezes, será necessária a correção
cirúrgica. Neste caso, diversas são as técnicas e formas de cirurgia, sempre
visando o melhor resultado com o menor tempo de recuperação.
“Uma das opções é a cirurgia vaginal, que
é considerada minimamente invasiva por utilizar um orifício natural do corpo da
mulher: a vagina. Por este meio, é possível acessar o assoalho pélvico e
realizar a correção necessária”, afirma o Dr. Alexandre.
Segundo o especialista, a cirurgia permite que haja manipulação mínima na cavidade pélvica, promovendo pronta recuperação e não deixando cicatriz aparente.
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